16.04.2013 Views

o uso do princípio dos interesses coincidentes na motivação ... - UFV

o uso do princípio dos interesses coincidentes na motivação ... - UFV

o uso do princípio dos interesses coincidentes na motivação ... - UFV

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

2.2 O <strong>princípio</strong> <strong>do</strong>s <strong>interesses</strong> <strong>coincidentes</strong><br />

Neste ponto, chegamos à seguinte questão: Como definir quais as ações a serem<br />

executadas sobre o ambiente? Chalegre esclarece que:<br />

Este ainda afirma:<br />

“Conduzir seres humanos significa dar a eles objetivos comuns.<br />

Desencorajar as lutas inter<strong>na</strong>s. Premiar as condutas adequadas,<br />

punir as prejudiciais aos objetivos”. Em outras palavras, devemos<br />

trabalhar com o <strong>princípio</strong> <strong>do</strong>s <strong>interesses</strong> <strong>coincidentes</strong>. Este é “um<br />

<strong>princípio</strong> <strong>do</strong> gerenciamento humano, que diz que as pessoas só agem<br />

<strong>na</strong> mesma direção se os seus interessem coincidem. Portanto,<br />

<strong>interesses</strong> divergentes geram comportamento conflitante. Interesses<br />

convergentes geram espírito de equipe, esforços foca<strong>do</strong>s, resulta<strong>do</strong>s<br />

muito melhores”. (CHALEGRE, 2001: 8)<br />

“Sua aplicação inteligente pode melhorar muito a rentabilidade da<br />

empresa e, com ela, a satisfação daqueles que ali se encontram.”<br />

(CHALEGRE, 2001: 9).<br />

Assim, antes de mais <strong>na</strong>da, o autor acima apresenta<strong>do</strong> defende que a empresa<br />

deve definir claramente quais são os seus objetivos (e assim definir os objetivos da<br />

modelagem, a primeira etapa para a execução desta). Em seguida, as políticas inter<strong>na</strong>s<br />

devem ser elaboradas de forma que não produza <strong>interesses</strong> divergentes entre entre ela e<br />

os trabalha<strong>do</strong>res (em outras palavras, escolher o tipo de reforço e os esquemas de<br />

reforços a serem usa<strong>do</strong>s). Apesar desta questão parecer relativamente simples, muitas<br />

empresas <strong>na</strong> prática não se encontram sensíveis a questão. O caso comenta<strong>do</strong> abaixo<br />

ilustra essa questão:<br />

“Em uma grande indústria, foi cria<strong>do</strong>, pela logística, um modelo<br />

econômico de entrega. Ele partia <strong>do</strong> <strong>princípio</strong> de que um lote único de<br />

merca<strong>do</strong>ria sain<strong>do</strong> diretamente da fábrica e desti<strong>na</strong><strong>do</strong> a um varejista,<br />

evitaria que fosse descarrega<strong>do</strong> em um depósito de filial. Se<br />

descarrega<strong>do</strong>, manipula<strong>do</strong> novamente e reembarca<strong>do</strong>, seriam<br />

acrescenta<strong>do</strong>s custos de operação e de armaze<strong>na</strong>gem. A entrega<br />

direta, ou com um único transbor<strong>do</strong> <strong>na</strong> <strong>do</strong>ca, sem adentrar ao<br />

estoque, significava poder cobrar um preço mais baixo <strong>do</strong> varejista.<br />

O conceito era <strong>do</strong> interesse de to<strong>do</strong>s. Entretanto, alguém teve a idéia<br />

de reduzir também os custos de venda. Assim, a comissão foi reduzida<br />

para 1/3 <strong>do</strong> normal sobre essas operações. Ocorreu que o pessoal de<br />

vendas, embora trei<strong>na</strong><strong>do</strong> e incentiva<strong>do</strong> verbalmente, passou<br />

imediatamente a evitar qualquer negócio desse tipo. Pre<strong>do</strong>minou a<br />

idéia de que se o pessoal vendesse parcela<strong>do</strong>, passan<strong>do</strong> pelo estoque,<br />

cobran<strong>do</strong> mais <strong>do</strong> cliente, ganharia três vezes mais. Como diria um<br />

deles:<br />

- Por que vou trabalhar contra mim mesmo? Minha família está<br />

esperan<strong>do</strong> em casa pelo dinheiro que eu ganho.” (CHALEGRE, 2001:<br />

29).<br />

8

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!