o uso do princípio dos interesses coincidentes na motivação ... - UFV
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Essas modificações também poderiam ter impacto positivo no trei<strong>na</strong>mento das<br />
novatas, pois certamente as vetera<strong>na</strong>s teriam mais interesse em passar as suas experiências a<br />
todas, (quer seja por trei<strong>na</strong>mento formal ou informalmente) e não ape<strong>na</strong>s para as que fazem<br />
parte <strong>do</strong> seu grupo, o que se tor<strong>na</strong>, evidentemente, um fator de igual interesse para a empresa.<br />
O próprio fato de sempre as mesmas ganharem o prêmio individual levanta a suspeita a<br />
respeito da possível existência de certas técnicas de venda desenvolvidas por algumas<br />
atendentes e não transmitidas às demais, ao mesmo tempo em que pode gerar des<strong>motivação</strong><br />
para as outras.<br />
A definição de metas não poderá ser de forma alguma empurrada pela gerência.<br />
Chalegre (2001) não ape<strong>na</strong>s afirma que isto jamais deve acontecer, como também lembra que<br />
as metas devem ser em função de algo controlável pelos trabalha<strong>do</strong>res envolvi<strong>do</strong>s. Num<br />
sistema de vendas, evidentemente, grande parte <strong>do</strong> poder de decisão vem <strong>do</strong> cliente,<br />
principalmente num sistema de venda passiva, mais um motivo, então, para as metas serem<br />
negociadas com atenção. As metas devem ter credibilidade e factibilidade, ou seja, terem um<br />
embasamento correto e ser alcançável. Além disso, é fundamental que as profissio<strong>na</strong>is<br />
possam saber <strong>do</strong>s seus resulta<strong>do</strong>s e das demais. Assim, o gráfico de vendas existente <strong>na</strong><br />
empresa é o que Chalegre (2001) chama de “esta<strong>do</strong> da arte” no campo de controle <strong>do</strong><br />
funcionário <strong>do</strong>s seus próprios resulta<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> um aspecto muito positivo.<br />
As premiações diárias e sema<strong>na</strong>is, que foram tiradas por determi<strong>na</strong>ção da gerência,<br />
certamente são benéficas. Não ape<strong>na</strong>s Chalegre (2001) afirma que a premiação deve ocorrer<br />
o mais rápi<strong>do</strong> possível após a ação (ou o reforço ocorrer o mais rápi<strong>do</strong> possível após o<br />
comportamento operante a ser reforça<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> os Behavioristas), como a própria criação<br />
de premiações deste tipo informalmente pelas líderes mostra essa carência.<br />
Ainda nesta questão <strong>do</strong> intervalo de tempo entre o comportamento e o prêmio, o<br />
sistema de comissio<strong>na</strong>mento em função da quitação da última parcela faz com que o prêmio<br />
seja mais distante no horizonte <strong>do</strong> tempo (vai receber ape<strong>na</strong>s dali a meses e ainda corren<strong>do</strong> o<br />
risco de nem chegar a receber) poden<strong>do</strong> fazer com que se diminua o interesse <strong>na</strong>s vendas, por<br />
parte das atendentes, em muitas parcelas, estratégia que para a empresa provavelmente é<br />
viável.<br />
Além disso, deve-se buscar um sistema estável de regras, em que as mudanças sejam<br />
implantadas levan<strong>do</strong> em consideração a solicitação <strong>do</strong>s próprios trabalha<strong>do</strong>res e avisadas<br />
com a máxima antecedência possível, sen<strong>do</strong> tanto as mudanças quanto a data destas<br />
negociadas.<br />
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