15.04.2013 Views

Fatores contribuintes ocupacionais da síndrome do impacto no ombro

Fatores contribuintes ocupacionais da síndrome do impacto no ombro

Fatores contribuintes ocupacionais da síndrome do impacto no ombro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

acrômio em uma região conheci<strong>da</strong> como espaço subacromial. A compressão pode<br />

ocorrer quan<strong>do</strong> a cabeça <strong>do</strong> úmero estiver insuficientemente estabiliza<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong> fossa<br />

glenóide, durante movimentos ativos <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>, a disfunção <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r ou <strong>da</strong><br />

cabeça longa <strong>do</strong> bíceps braquial permite a migração superior excessiva <strong>da</strong> cabeça <strong>do</strong><br />

úmero dentro <strong>da</strong> fossa glenóide.<br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> ocorre em fases, com consequente evolução, na fase 1, comum<br />

em jovens, poden<strong>do</strong> ocorrer, <strong>no</strong> entanto, em qualquer i<strong>da</strong>de, ocorre <strong>do</strong>r <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

relaciona<strong>da</strong> a movimentos repeti<strong>do</strong>s de elevação. Pode ocorrer limitação de mobili<strong>da</strong>de<br />

e crepitação. Os sintomas na fase 2 são semelhantes. Nessas duas situações, o quadro<br />

pode ser reversível.<br />

Para Molinaro (2000), a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> é semelhante a uma ler/<strong>do</strong>rt, que pode ser<br />

causa<strong>da</strong> pelo excesso de movimentos com <strong>ombro</strong> em abdução maior <strong>do</strong> que 90 graus de<br />

amplitude ou por um trauma. Desta forma, não consideramos a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong><br />

como uma <strong>do</strong>ença específica, classificamos como uma de de<strong>no</strong>minação geral de<br />

algumas lesões <strong>no</strong> <strong>ombro</strong>, como por exemplo: as tendinites e bursites.<br />

3.1 Mecanismo de lesão <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> é, de mo<strong>do</strong> geral, o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> efeito cumulativo<br />

<strong>da</strong>s passagens múltiplas <strong>do</strong>s tendões <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r por baixo <strong>do</strong> arco<br />

coracoacromial. O tamanho relativo <strong>do</strong> espaço subacromial é, quase sempre, precursor<br />

<strong>do</strong> processo. A redução <strong>no</strong> espaço disponível abaixo <strong>do</strong> acrômio seja por a<strong>no</strong>rmali<strong>da</strong>des<br />

congênitas seja por alterações degenerativas, aumenta a probabili<strong>da</strong>de de que venham a<br />

ocorrer consequentes <strong>da</strong><strong>no</strong>s aos tendões <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r, como o <strong>impacto</strong> causa<strong>do</strong><br />

por um acrômio “recurva<strong>do</strong>” que pode provocar a fibrose <strong>do</strong>s tendões <strong>do</strong> manguito<br />

rota<strong>do</strong>r e, por fim, a redução pronuncia<strong>da</strong> <strong>do</strong> espaço subacromial (CANAVAN, 2001).<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s lesões <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> deve levar em contas as relações anatômicas de to<strong>do</strong> o<br />

quadrante superior. Isto se torna ca<strong>da</strong> vez mais fun<strong>da</strong>mental quan<strong>do</strong> se analisa a<br />

biomecânica de uma articulação em relação às outras.<br />

4. Etiologia <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

Segun<strong>do</strong> Konin (2006), a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> é causa<strong>da</strong> pelo desgaste <strong>do</strong> manguito<br />

rota<strong>do</strong>r, grupo de músculos <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> (subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e<br />

re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> me<strong>no</strong>r) que cobre a cabeça <strong>do</strong> úmero e tem grande importância na estabilização<br />

e na amplitude de movimentos <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>.<br />

Para Neto (2000), causa <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> pode ser devi<strong>do</strong> a diversos fatores, tais como<br />

variantes anatômicas, traumas, esporões degenerativos, instabili<strong>da</strong>de articular <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>,<br />

fraqueza <strong>da</strong> musculatura <strong>da</strong> bainha rotatória e hipovascularização <strong>do</strong> tendão supraespinhoso.<br />

Ativi<strong>da</strong>des <strong>ocupacionais</strong> e esportivas que requeiram o uso repetitivo <strong>do</strong><br />

braço acima <strong>da</strong> cabeça (carpinteiros, na<strong>da</strong><strong>do</strong>res, arremessa<strong>do</strong>res, pintores e escala<strong>do</strong>res)<br />

também estão sujeitos à <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong>, isto porque seus movimentos induzem ao<br />

<strong>impacto</strong>, uma vez que estão to<strong>do</strong>s esforçan<strong>do</strong> o <strong>ombro</strong> em graus de maior tensão<br />

muscular <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r (importante estabiliza<strong>do</strong>r) e de me<strong>no</strong>r espaço<br />

subacromial (90 a 120 graus).<br />

Pode ser também decorrente de maus hábitos posturais <strong>do</strong> pescoço e <strong>do</strong>s membros<br />

superiores. A má postura ao sentar (postura desleixa<strong>da</strong>) resulta em protrusão anterior <strong>da</strong><br />

cabeça e <strong>do</strong> pescoço, rotação medial <strong>do</strong>s membros e aumento <strong>da</strong> cifose torácica.<br />

A <strong>síndrome</strong> de uso excessivo na articulação acromioclavicular são frequentemente<br />

condições críticas onde ocorre ativi<strong>da</strong>de muscular acima de 90 graus <strong>do</strong> membro<br />

4

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!