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Fatores contribuintes ocupacionais da síndrome do impacto no ombro

Fatores contribuintes ocupacionais da síndrome do impacto no ombro

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<strong>Fatores</strong> <strong>contribuintes</strong> <strong>ocupacionais</strong> <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong><br />

<strong>ombro</strong><br />

Raíssa de Souza Santana<br />

souza_raissa@hotmail.com<br />

Dayana Priscila Maia Mejia²<br />

Resumo<br />

Pós-graduação em Ergo<strong>no</strong>mia – Facul<strong>da</strong>de Ávila<br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> Impacto ou <strong>do</strong> pinçamento é o termo geral designa<strong>do</strong> de varia<strong>da</strong>s alterações <strong>no</strong><br />

<strong>ombro</strong> que se manifestam por <strong>do</strong>r e limitação funcional, sobretu<strong>do</strong> na realização de ativi<strong>da</strong>des<br />

acima <strong>da</strong> cabeça <strong>do</strong> úmero, a causa mais comum são as tendinites <strong>do</strong>s músculos <strong>do</strong> manguito<br />

rota<strong>do</strong>r, que, se não trata<strong>da</strong>s a tempo, podem levar à ruptura total desses tendões (SOUZA,<br />

2004). A pessoa pode sofrer ao longo <strong>do</strong>s a<strong>no</strong>s lesões varia<strong>da</strong>s desde grandes traumas até<br />

peque<strong>no</strong>s. A frequência desses eventos contribui para a cronici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> lesão. A repercussão<br />

funcional pode resultar num peque<strong>no</strong> edema até a ruptura total de músculos <strong>do</strong> manguito. O<br />

mecanismo de lesão fica por conta <strong>do</strong> atrito com o acrômio e seu encaixe junto ao osso e<br />

teci<strong>do</strong>s moles <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>. Esse mecanismo pode ocorrer nas tarefas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> diária, lazer ou<br />

profissional. A maioria <strong>do</strong>s eventos profissionais ocorre pelo uso <strong>do</strong> membro superior acima <strong>da</strong><br />

linha de 90 graus <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> associa<strong>do</strong> ao transporte manual de cargas acima <strong>do</strong> Limite<br />

Individual Permiti<strong>do</strong> e que sejam executa<strong>da</strong>s de forma habitual e permanente, sem pausas ou<br />

micropausas.<br />

Palavras-chave: <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong>, <strong>ombro</strong>.<br />

1. Introdução<br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong> resulta de varia<strong>do</strong>s fatores que resulta em ação<br />

biomecânica de compressão de estruturas moles principalmente os músculos <strong>do</strong>s<br />

<strong>ombro</strong>s que compõem o manguito rota<strong>do</strong>r. A escápula participa dessa ação quan<strong>do</strong> o<br />

braço é eleva<strong>do</strong> acima de <strong>no</strong>venta graus na elevação ou flexão. A <strong>do</strong>r pode estar<br />

presente por causas diversas, uma delas por inflamação <strong>da</strong> bursa (bursite) que cobre o<br />

manguito rota<strong>do</strong>r ou uma tendinite <strong>do</strong> próprio manguito. Algumas vezes, uma ruptura<br />

parcial <strong>do</strong> manguito pode ser a causa <strong>da</strong> <strong>do</strong>r.<br />

Segun<strong>do</strong> Konin, (2006), a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> também pode ser decorrente de maus<br />

hábitos posturais <strong>do</strong> pescoço e <strong>do</strong>s membros superiores. A má postura ao sentar (postura<br />

desleixa<strong>da</strong>) resulta em protrusão anterior <strong>da</strong> cabeça e <strong>do</strong> pescoço, rotação medial <strong>do</strong>s<br />

membros e aumento <strong>da</strong> cifose torácica.<br />

Para Souza, (2001), a etiologia <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> é multifatorial. A área crítica<br />

para compressão ocorre sobre o tendão <strong>do</strong> músculo supra-espinhal, que se constitui na<br />

estrutura com maior probabili<strong>da</strong>de de ser afeta<strong>da</strong>, resultan<strong>do</strong> em lesões parciais e totais<br />

ou ain<strong>da</strong> em calcificações.<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s lesões <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> deve levar em conta as relações anatômicas de to<strong>do</strong> o<br />

quadrante superior. Isto se torna ca<strong>da</strong> vez mais fun<strong>da</strong>mental quan<strong>do</strong> se analisa a<br />

biomecânica de uma articulação em relação ás outras. O complexo <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> pode ser<br />

dividi<strong>do</strong> em cinco articulações, a saber: gle<strong>no</strong>umeral, umerocoroacromial (supra-umeral<br />

ou subdeltóidea), acromioclavicular e escapulotorácica.<br />

Atualmente, a ergo<strong>no</strong>mia está sen<strong>do</strong> inseri<strong>da</strong> <strong>no</strong>s programas de gestão de segurança,<br />

saúde e produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas, mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> o sistema de trabalho, adequan<strong>do</strong> as<br />

ativi<strong>da</strong>des às características, habili<strong>da</strong>des e limitações humanas, de forma segura e<br />

eficiente.<br />

1


2. Desenvolvimento<br />

2.1 Anatomia <strong>do</strong> Ombro<br />

As estruturas ósseas <strong>do</strong> complexo <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> consistem na escápula, na clavícula e <strong>no</strong><br />

úmero. A mobili<strong>da</strong>de desfruta<strong>da</strong> pelo membro superior advém em parte <strong>da</strong>s estruturas<br />

conheci<strong>da</strong>s como cíngulo <strong>do</strong> membro superior e articulações <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>, ou mais<br />

precisamente articulações gle<strong>no</strong>umeral. Para Blandine (2002), o cíngulo <strong>do</strong> membro<br />

superior é forma<strong>do</strong>, anteriormente por duas clavículas, duas escápulas posteriormente e<br />

pelo ester<strong>no</strong> anterior e medialmente, sen<strong>do</strong> estes os ossos responsáveis pela transmissão<br />

de força <strong>do</strong>s membros superiores para o corpo, que contribui para o movimento <strong>do</strong><br />

braço através de ações articulares coordena<strong>da</strong>s.<br />

Segun<strong>do</strong> Hall (2003), o <strong>ombro</strong> é a articulação mais complexa <strong>do</strong> corpo huma<strong>no</strong>,<br />

principalmente pelo fato de ele incluir quatro articulações básicas gle<strong>no</strong>umeral,<br />

ester<strong>no</strong>clavicular, escapulotorácica, acrômioclavicular e coracoclavicular. As<br />

articulações têm duas funções extremamente opostas: permitir o movimento deseja<strong>do</strong> e<br />

restringir o movimento indesejável.<br />

Para Palastanga (2000), to<strong>do</strong>s os músculos <strong>do</strong> complexo <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> se originam na<br />

escápula e clavícula são eles: serrátil anterior, eleva<strong>do</strong>r <strong>da</strong> escápula, trapézio, romboide<br />

maior e me<strong>no</strong>r, deltoide, coracobraquial, grande <strong>do</strong>rsal, peitoral maior e me<strong>no</strong>r e o<br />

manguito rota<strong>do</strong>r.<br />

Fonte: Disponível www.fisioweb.com.br. Acesso em 18/02/2012<br />

Figura 01: Articulação Gle<strong>no</strong>umeral, Autor: Henry Gray.<br />

2


Fonte: Disponível: http://www.auladeanatomia.com.br. Acesso 18/02/2012<br />

Figura 02: Sistema articular-Articulações Si<strong>no</strong>viais (Diartroses)<br />

2.2 Biomecânica <strong>do</strong> <strong>ombro</strong><br />

De acor<strong>do</strong> Konin (2006), a biomecânica é a ciência que estu<strong>da</strong> o movimento huma<strong>no</strong><br />

através <strong>da</strong> análise <strong>da</strong> física <strong>do</strong>s sistemas biológicos. O movimento de qualquer<br />

articulação ocorre dentro de um pla<strong>no</strong> imaginário, onde ca<strong>da</strong> pla<strong>no</strong> se projeta em tor<strong>no</strong><br />

de um eixo é o ponto central <strong>no</strong> qual uma articulação gira. O movimento huma<strong>no</strong> se<br />

baseia em três pla<strong>no</strong>s que se movem em tor<strong>no</strong> de eixos: pla<strong>no</strong> sagital, pla<strong>no</strong> frontal e<br />

pla<strong>no</strong> horizontal ou transversal.<br />

Wilk (2000), ensina que a biomecânica pode ser dividi<strong>da</strong> em forças internas e externas.<br />

As forças internas são compostas pelas forças musculares, articulares e outras forças,<br />

enquanto que as forças externas constituem-se <strong>da</strong> força <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> força de reação<br />

<strong>no</strong> solo e outras. As forças internas relacionam-se com o ato motor e com as cargas<br />

mecânicas executa<strong>da</strong>s pelos membros inferiores, representa<strong>do</strong>s pelo estresse, resulta<strong>do</strong><br />

<strong>no</strong> desenvolvimento e crescimento <strong>da</strong>s estruturas <strong>do</strong> corpo.<br />

2.3 Cinesiologia <strong>do</strong> <strong>ombro</strong><br />

O <strong>ombro</strong> é uma articulação proximal <strong>do</strong> membro superior é a mais móvel de to<strong>da</strong>s as<br />

articulações <strong>do</strong> corpo huma<strong>no</strong>. O <strong>ombro</strong> possui três graus de liber<strong>da</strong>de, o que lhe<br />

permite orientar o membro superior em relação aos três pla<strong>no</strong>s <strong>do</strong> espaço, graças a três<br />

eixos principais que são o eixo transversal conti<strong>do</strong> <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> frontal, eixo ânteroposterior<br />

conti<strong>do</strong> <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> sagital e o eixo vertical determina<strong>do</strong> pela intersecção <strong>do</strong><br />

pla<strong>no</strong> sagital e <strong>do</strong> pla<strong>no</strong> frontal. O eixo longitudinal <strong>do</strong> úmero permite a rotação externa<br />

e interna <strong>do</strong> braço e <strong>do</strong> grau de liber<strong>da</strong>de e só é possível nas articulações triaxiais. Ela<br />

resulta <strong>da</strong> contração <strong>do</strong>s músculos rota<strong>do</strong>res e a rotação automática que aparece sem<br />

nenhuma ação voluntaria nas articulações biaxiais ou ain<strong>da</strong> nas articulações de três<br />

eixos, quan<strong>do</strong> utiliza<strong>da</strong>s como articulações de <strong>do</strong>is eixos (KAPAND JI, 1990).<br />

3. Síndrome <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

De acor<strong>do</strong> Souza (2001), a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> (impingement) ou <strong>do</strong> pinçamento é<br />

consequência de uma diminuição de espaço, o que leva as estruturas a se comprimirem<br />

umas as outras, ocorren<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong> irritação <strong>do</strong>s tendões <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r e,<br />

possivelmente, <strong>do</strong> tendão <strong>da</strong> cabeça longa <strong>do</strong> bíceps braquial, quan<strong>do</strong> cruzam sob<br />

3


acrômio em uma região conheci<strong>da</strong> como espaço subacromial. A compressão pode<br />

ocorrer quan<strong>do</strong> a cabeça <strong>do</strong> úmero estiver insuficientemente estabiliza<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong> fossa<br />

glenóide, durante movimentos ativos <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>, a disfunção <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r ou <strong>da</strong><br />

cabeça longa <strong>do</strong> bíceps braquial permite a migração superior excessiva <strong>da</strong> cabeça <strong>do</strong><br />

úmero dentro <strong>da</strong> fossa glenóide.<br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> ocorre em fases, com consequente evolução, na fase 1, comum<br />

em jovens, poden<strong>do</strong> ocorrer, <strong>no</strong> entanto, em qualquer i<strong>da</strong>de, ocorre <strong>do</strong>r <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

relaciona<strong>da</strong> a movimentos repeti<strong>do</strong>s de elevação. Pode ocorrer limitação de mobili<strong>da</strong>de<br />

e crepitação. Os sintomas na fase 2 são semelhantes. Nessas duas situações, o quadro<br />

pode ser reversível.<br />

Para Molinaro (2000), a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> é semelhante a uma ler/<strong>do</strong>rt, que pode ser<br />

causa<strong>da</strong> pelo excesso de movimentos com <strong>ombro</strong> em abdução maior <strong>do</strong> que 90 graus de<br />

amplitude ou por um trauma. Desta forma, não consideramos a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong><br />

como uma <strong>do</strong>ença específica, classificamos como uma de de<strong>no</strong>minação geral de<br />

algumas lesões <strong>no</strong> <strong>ombro</strong>, como por exemplo: as tendinites e bursites.<br />

3.1 Mecanismo de lesão <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> é, de mo<strong>do</strong> geral, o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> efeito cumulativo<br />

<strong>da</strong>s passagens múltiplas <strong>do</strong>s tendões <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r por baixo <strong>do</strong> arco<br />

coracoacromial. O tamanho relativo <strong>do</strong> espaço subacromial é, quase sempre, precursor<br />

<strong>do</strong> processo. A redução <strong>no</strong> espaço disponível abaixo <strong>do</strong> acrômio seja por a<strong>no</strong>rmali<strong>da</strong>des<br />

congênitas seja por alterações degenerativas, aumenta a probabili<strong>da</strong>de de que venham a<br />

ocorrer consequentes <strong>da</strong><strong>no</strong>s aos tendões <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r, como o <strong>impacto</strong> causa<strong>do</strong><br />

por um acrômio “recurva<strong>do</strong>” que pode provocar a fibrose <strong>do</strong>s tendões <strong>do</strong> manguito<br />

rota<strong>do</strong>r e, por fim, a redução pronuncia<strong>da</strong> <strong>do</strong> espaço subacromial (CANAVAN, 2001).<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s lesões <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> deve levar em contas as relações anatômicas de to<strong>do</strong> o<br />

quadrante superior. Isto se torna ca<strong>da</strong> vez mais fun<strong>da</strong>mental quan<strong>do</strong> se analisa a<br />

biomecânica de uma articulação em relação às outras.<br />

4. Etiologia <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

Segun<strong>do</strong> Konin (2006), a <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> é causa<strong>da</strong> pelo desgaste <strong>do</strong> manguito<br />

rota<strong>do</strong>r, grupo de músculos <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> (subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e<br />

re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> me<strong>no</strong>r) que cobre a cabeça <strong>do</strong> úmero e tem grande importância na estabilização<br />

e na amplitude de movimentos <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>.<br />

Para Neto (2000), causa <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> pode ser devi<strong>do</strong> a diversos fatores, tais como<br />

variantes anatômicas, traumas, esporões degenerativos, instabili<strong>da</strong>de articular <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>,<br />

fraqueza <strong>da</strong> musculatura <strong>da</strong> bainha rotatória e hipovascularização <strong>do</strong> tendão supraespinhoso.<br />

Ativi<strong>da</strong>des <strong>ocupacionais</strong> e esportivas que requeiram o uso repetitivo <strong>do</strong><br />

braço acima <strong>da</strong> cabeça (carpinteiros, na<strong>da</strong><strong>do</strong>res, arremessa<strong>do</strong>res, pintores e escala<strong>do</strong>res)<br />

também estão sujeitos à <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong>, isto porque seus movimentos induzem ao<br />

<strong>impacto</strong>, uma vez que estão to<strong>do</strong>s esforçan<strong>do</strong> o <strong>ombro</strong> em graus de maior tensão<br />

muscular <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r (importante estabiliza<strong>do</strong>r) e de me<strong>no</strong>r espaço<br />

subacromial (90 a 120 graus).<br />

Pode ser também decorrente de maus hábitos posturais <strong>do</strong> pescoço e <strong>do</strong>s membros<br />

superiores. A má postura ao sentar (postura desleixa<strong>da</strong>) resulta em protrusão anterior <strong>da</strong><br />

cabeça e <strong>do</strong> pescoço, rotação medial <strong>do</strong>s membros e aumento <strong>da</strong> cifose torácica.<br />

A <strong>síndrome</strong> de uso excessivo na articulação acromioclavicular são frequentemente<br />

condições críticas onde ocorre ativi<strong>da</strong>de muscular acima de 90 graus <strong>do</strong> membro<br />

4


superior associa<strong>da</strong> a força e longo duração ou pós-traumáticas. As causas podem ser<br />

movimentos força<strong>do</strong> repeti<strong>do</strong> <strong>da</strong> articulação com braço a nível <strong>da</strong> cintura, como ao<br />

polir, montar peças na indústria e na construção civil, ou em movimentos repeti<strong>do</strong>s de<br />

extensão diagonal, abdução, e rotação interna, como bloqueio de vôlei.<br />

4. Mecanismo de lesão <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> <strong>do</strong> atleta<br />

A maioria <strong>da</strong>s lesões atlética <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> representa o resulta<strong>do</strong> de uma ativi<strong>da</strong>de<br />

repetitiva realiza<strong>da</strong> acima <strong>da</strong> cabeça e que pode ser classifica<strong>da</strong> como microtraumática<br />

ou resultante de um mecanismo de um mecanismo de uso excesso. O mecanismo<br />

fisiopatológico <strong>da</strong> impactação, frequente na região avascular vulnerável <strong>do</strong>s tendões <strong>do</strong><br />

supra-espinhoso. O <strong>impacto</strong> pode resultar em inflamação em outras estruturas como<br />

bíceps e a articulação acromioclavicular, isso se dá pela intima associação anatômica <strong>do</strong><br />

<strong>ombro</strong> com outras regiões. Com o atrito exagera<strong>do</strong> devi<strong>do</strong> o processo inflamatório,<br />

poderá ocorrer microlacerações e lacerações parciais. Se o processo continua, pode<br />

haver alterações ósseas na articulação acromioclavicular e levar a lacerações completa<br />

<strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r (BRODY,2001).<br />

Os mecanismos de lesões <strong>no</strong> <strong>ombro</strong> <strong>do</strong> atleta ocorrem por meio atraumático e<br />

traumático. Os mecanismos repetitivos, principalmente <strong>do</strong>s atletas arremsessa<strong>do</strong>res,<br />

praticantes de esportes de não-contato (natação, tênis, e vôlei), são responsáveis por<br />

grande numero de lesões traumática. Os traumas diretos ou indiretos ocorrem<br />

principalmente <strong>no</strong>s esportes que priorizam o contato físico.<br />

As lesões esportivas podem ser classifica<strong>da</strong>s em agu<strong>da</strong>s e crônicas, sen<strong>do</strong> que a maioria<br />

<strong>da</strong>s agu<strong>da</strong>s é consequência de acidentes, portanto, involuntária e de rápi<strong>da</strong> instalação.<br />

As lesões crônicas ou de desgaste são causa<strong>da</strong>s <strong>no</strong> aparelho <strong>do</strong> sistema músculo<br />

esquelético de sustentação e movimentação que se instalam lentamente, a princípio<br />

despercebi<strong>da</strong>s, e que ao contrário <strong>do</strong> que acontece com as agu<strong>da</strong>s, apenas em longo<br />

prazo são reconheci<strong>da</strong>s como perturbações patológicas (ROMPRE; RIEDER, apud<br />

CESAR, 2000).<br />

5. Lesões por esforço repetitivo (LER)-Distúrbios osteomusculares relaciona<strong>da</strong>s ao<br />

trabalho (DORT)<br />

Segun<strong>do</strong> Rocha (2008), O termo LER/DORT é abrangente e se refere aos distúrbios ou<br />

<strong>do</strong>enças <strong>do</strong> sistema músculo-esqulético, principalmente de pescoço e membros<br />

superiores, relaciona<strong>do</strong>s ou não, ao trabalho. São um grupo heterogêneo de distúrbios<br />

funcionais e/ou orgânicos que são induzi<strong>do</strong>s mais frequentemente por fadiga<br />

neuromuscular causa<strong>da</strong> por trabalho realiza<strong>do</strong> em posição fixa (trabalho estático) ou<br />

com movimentos repetitivos, principalmente de membros superiores; falta de tempo de<br />

recuperação pós-contração e fadiga devi<strong>do</strong> à falta de flexibili<strong>da</strong>de de tempo e ritmo<br />

eleva<strong>do</strong> de trabalho. As afecções músculo-esqueléticas relaciona<strong>da</strong>s com trabalho, que<br />

<strong>no</strong> Brasil tornaram-se conheci<strong>da</strong>s como lesões por esforços Repetitivos (LER) e/ou<br />

Distúrbios Osteomusculares Relaciona<strong>da</strong> ao Trabalho (DORT) representam o principal<br />

grupo de agravos à saúde, entre as <strong>do</strong>enças <strong>ocupacionais</strong> em <strong>no</strong>sso país. No Brasil, essas<br />

afecções, de acor<strong>do</strong> com o INSS, é a segun<strong>da</strong> causa de afastamento <strong>do</strong> trabalho, geran<strong>do</strong><br />

muito sofrimento, incapaci<strong>da</strong>de e longos perío<strong>do</strong>s de afastamento com benefícios e<br />

indenizações (O`NEILL, 2000).<br />

As lesões por esforços repetitivas (LER), atualmente de<strong>no</strong>mina<strong>da</strong>s distúrbios<br />

osteomusculares relaciona<strong>do</strong>s ao trabalho (DORT), têm si<strong>do</strong> considera<strong>da</strong>s como mal<br />

ocupacional <strong>do</strong> século, reafirman<strong>do</strong> tendência de <strong>no</strong>va epidemia industrial, segun<strong>do</strong><br />

5


Santos Filho (1998). Trata-se de distúrbios osteomusculares <strong>do</strong>s membros superiores de<br />

origem ocupacional, decorrentes <strong>do</strong> uso repeti<strong>do</strong> e, ou força<strong>do</strong> de grupos musculares,<br />

bem como de sobrecarga estática <strong>da</strong> musculatura.<br />

6. <strong>Fatores</strong> Contribuintes Ocupacionais <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>no</strong> <strong>ombro</strong><br />

6.1 <strong>Fatores</strong> Contribuintes Ocupacionais <strong>da</strong> <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> <strong>no</strong><br />

arremessa<strong>do</strong>r.<br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> <strong>do</strong> arremessa<strong>do</strong>r representa má a<strong>da</strong>ptação aos estresses<br />

repetitivos de lançar. Embora os sintomas com que o paciente se apresenta sejam<br />

frequentemente atribuíveis ao rompimento ou à tendinite <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r, há uma<br />

característica de insuficiência ou disfunção <strong>do</strong> manguito rota<strong>do</strong>r, mu<strong>da</strong>nças <strong>no</strong><br />

ligamento gle<strong>no</strong>umeral, cápsula e bor<strong>do</strong> que parece predispor à falha <strong>no</strong> manguito<br />

rota<strong>do</strong>r. Esta má a<strong>da</strong>ptação característica pode ocorrer mesmo com a mecânica “ideal”<br />

de lançamentos. Contu<strong>do</strong>, certos desvios <strong>do</strong> “ideal” parecem aumentar o risco de lesão<br />

por uso excessivo. No arremesso, assim como <strong>no</strong> saque ou corta<strong>da</strong>, a tarefa biomecânica<br />

fun<strong>da</strong>mental é acelerar a bola. Isso se consegue aceleran<strong>do</strong> primeiro a massa <strong>do</strong> corpo e,<br />

então, transferin<strong>do</strong> ímpeto ao membro superior eleva<strong>do</strong>, aceleran<strong>do</strong> a mão e a bola<br />

(GARRICK, 2001).<br />

5.2 Tênis<br />

O tênis é uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de extremamente propensa a desenvolver a Síndrome <strong>do</strong><br />

Pinçamento (KAGAN, 1999). Nos joga<strong>do</strong>res de tênis, assim como <strong>no</strong> beisebol, a<br />

Síndrome <strong>do</strong> Pinçamento é provoca<strong>da</strong> pelo excesso de movimentos repetitivos sobre os<br />

rota<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>, a exemplo <strong>do</strong> saque e outras joga<strong>da</strong>s que necessitam de grande<br />

aplicação de força e movimentos de grande amplitude. Fato este compara<strong>do</strong> aos<br />

movimentos de rotação externa relaciona<strong>do</strong>s à incidência de <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> em<br />

tenistas por Doneux (1998). Montalvan et al. (2002) avaliaram alguns aspectos<br />

associa<strong>do</strong>s às lesões <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> <strong>do</strong>minante de 150 joga<strong>do</strong>res vetera<strong>no</strong>s de tênis durante o<br />

campeonato de Roland Garros (França). Através de testes isométricos e exames de<br />

ultra-som <strong>no</strong> manguito rota<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>, os autores observaram deterioração na<br />

cavi<strong>da</strong>de articular <strong>do</strong> mesmo em aproxima<strong>da</strong>mente 18% <strong>do</strong>s atletas de 45 a<strong>no</strong>s e 30%<br />

<strong>do</strong>s atletas acima de 55 a<strong>no</strong>s, principalmente sobre o tendão <strong>do</strong> supra-espinhoso.<br />

5.3 Basquetebol<br />

O basquetebol se tor<strong>no</strong>u um <strong>do</strong>s esportes mais populares em o mun<strong>do</strong>. Possui como<br />

características principais esforços breves e intensos, realiza<strong>do</strong>s em diversos ritmos, um<br />

conjunto de saltos, corri<strong>da</strong>s, movimentos coordena<strong>do</strong>s ataque defesa, passes, arremessos<br />

assim sen<strong>do</strong> um esporte de grande movimentação e coordenação (DAIUTO, 2005).<br />

5.4 Beisebol<br />

O beisebol é um esporte que envolve um arremesso superior, realiza<strong>do</strong> exaustivamente<br />

durante jogos e treinamentos. Durante esse movimento repetitivo, a cintura escapular<br />

está sujeita a uma série de forças de tração e compressão sobre as articulações <strong>do</strong> <strong>ombro</strong><br />

e <strong>do</strong> cotovelo, principalmente <strong>no</strong>s arremessa<strong>do</strong>res e, podem determinar <strong>do</strong>enças<br />

especificas. Tullos, King (2000), relataram que as lesões por excesso de uso <strong>do</strong>s<br />

6


membros superiores são mais frequentes <strong>do</strong> que as lesões agu<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s joga<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

beisebol e, pelo me<strong>no</strong>s, 50% de to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res de beisebol já apresentaram<br />

sintomas de lesões nas articulações <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> ou <strong>do</strong> cotovelo, que os impediram de<br />

treinar por tempo variável e indetermina<strong>do</strong>. Lyman et al. (2002), realizaram<br />

recentemente, um estu<strong>do</strong> prospectivo, onde avaliaram 476 jovens joga<strong>do</strong>res de beisebol<br />

com i<strong>da</strong>de média de 12 a<strong>no</strong>s e constataram aproxima<strong>da</strong>mente 52% de lesões crônicas <strong>no</strong><br />

<strong>ombro</strong> <strong>no</strong>s arremessa<strong>do</strong>res deste esporte.<br />

7. <strong>Fatores</strong> <strong>contribuintes</strong> <strong>do</strong>s distúrbios osteomusculares <strong>no</strong>s <strong>ombro</strong>s <strong>do</strong>s colhe<strong>do</strong>res<br />

de café<br />

Os distúrbios osteomusculares <strong>no</strong>s <strong>ombro</strong>s <strong>do</strong>s colhe<strong>do</strong>res de café podem estar<br />

relaciona<strong>do</strong>s às ativi<strong>da</strong>des laborais, o que ocorre devi<strong>do</strong> o uso excessivo <strong>do</strong>s membros<br />

superiores. Associa<strong>do</strong> este fato, agrega-se o fato de os ganhos serem por produtivi<strong>da</strong>de<br />

individual, o que reforça ain<strong>da</strong> mais o risco de surgimento de <strong>da</strong><strong>no</strong>s osteomusculares,<br />

pois, a presença de esforços repetitivos ou de posturas isométricas, durante longos<br />

perío<strong>do</strong>s, pode levar a esses <strong>da</strong><strong>no</strong>s. O conhecimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> relação homemtrabalho<br />

aju<strong>da</strong> na melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> laborativa, pois, deficiências podem ser<br />

ameniza<strong>da</strong>s por meio de mu<strong>da</strong>nças <strong>no</strong> local de trabalho e de posturas, ou mesmo<br />

orientação aos trabalha<strong>do</strong>res de como desenvolverem suas ativi<strong>da</strong>des laborativas. A<br />

articulação mais utiliza<strong>da</strong> para a realização <strong>da</strong> colheita de café é o <strong>ombro</strong>, que conduz o<br />

cotovelo e a mão. (FEHLBERG, 2001).<br />

8. <strong>Fatores</strong> <strong>contribuintes</strong> <strong>do</strong>s distúrbios osteomusculares <strong>no</strong>s <strong>ombro</strong>s <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Construção Civil<br />

Na Indústria <strong>da</strong> Construção Civil é uma <strong>da</strong>s que apresenta as piores condições de<br />

segurança e saúde, em nível mundial. A construção civil consiste em ativi<strong>da</strong>des que<br />

deman<strong>da</strong>m grande esforço físico ao trabalha<strong>do</strong>r, devi<strong>do</strong> a uma rotina de ritmo pesa<strong>do</strong> e,<br />

na maioria <strong>da</strong>s vezes, em circunstâncias inadequa<strong>da</strong>s, sem pausas e com condições<br />

mínimas de trabalho. No cenário brasileiro a construção civil é um <strong>do</strong>s setores mais<br />

dinâmicos <strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia e, ao mesmo tempo, um <strong>do</strong>s que apresenta maiores desafios<br />

para a saúde pública, especificamente para a saúde <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r (LACERDA, 2006).<br />

Um <strong>do</strong>s maiores problemas que afeta a saúde <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r são as lesões<br />

musculoesqueléticas liga<strong>da</strong>s ao trabalho, que são patologias que se manifestam por<br />

alterações a nível muscular, tendões, nervos, ligamentos, cartilagens, as regiões de<br />

maior acometimento <strong>no</strong> corpo e funções laborais desempenha<strong>da</strong>s por trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong><br />

construção civil mais susceptíveis a lesões (OLIVEIRA,1997).<br />

A construção civil agrega trabalha<strong>do</strong>res responsáveis pela preparação de terre<strong>no</strong>,<br />

construção de edifícios, construção de obras de engenharia civil, obras de infraestrutura<br />

para engenharia elétrica e de telecomunicações. Nessas áreas o trabalha<strong>do</strong>r exerce<br />

ativi<strong>da</strong>des como limpeza e preparação <strong>do</strong> local, cavar buracos, operar ferramentas<br />

elétricas, máquinas, carga e descarga <strong>do</strong>s materiais de construção, mistura e colocação<br />

de concreto, fixações, serragem de madeira, montagem de estruturas, confecção de<br />

telha<strong>do</strong>, mistura de argamassa, reboco e demolição (Latza et. al, 2000). Em algumas<br />

áreas de atuação não é possível à automação <strong>do</strong> serviço, submeten<strong>do</strong> os trabalha<strong>do</strong>res à<br />

manipulação e transporte manual de cargas pesa<strong>da</strong>s e manutenção de posturas por<br />

tempo prolonga<strong>do</strong>. Desta forma, apesar de sua constante evolução, a construção civil<br />

consiste em ativi<strong>da</strong>des que deman<strong>da</strong>m grande esforço físico ao trabalha<strong>do</strong>r, devi<strong>do</strong> a<br />

7


uma rotina de trabalho de ritmo pesa<strong>do</strong> e na maioria <strong>da</strong>s vezes em circunstâncias<br />

inadequa<strong>da</strong>s, sem pausas e com condições de trabalho mínimas (Alves et. al,2003).<br />

Essas condições precárias de trabalho <strong>no</strong> setor <strong>da</strong> construção civil aumentam ain<strong>da</strong> mais<br />

o <strong>impacto</strong> na saúde <strong>do</strong> ser huma<strong>no</strong>, submeten<strong>do</strong> os trabalha<strong>do</strong>res a fatores de risco tais<br />

como, posturas incorretas, peso excessivo, movimentos repetitivos, vibração nas mãos,<br />

braços e to<strong>do</strong> o corpo. Além disso, fatores individuais (peso corporal, alterações<br />

biomecânicas e i<strong>da</strong>de) e fatores psicossociais (peque<strong>no</strong> índice de treinamento,<br />

ferramentas pouco específicas, tempo de trabalho e satisfação profissional) também<br />

podem representar fatores de risco para lesões musculoesqueléticas (OLIVEIRA, 1997).<br />

8. <strong>Fatores</strong> <strong>contribuintes</strong> <strong>do</strong>s distúrbios osteomusculares <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> <strong>da</strong> <strong>do</strong>na de casa<br />

Particularmente nas <strong>do</strong>nas de casa, os hábitos de estender roupas em varais altos, pegar<br />

objetos em armários altos ou mesmo pegar suas bolsas deixa<strong>da</strong>s <strong>no</strong> banco de trás <strong>do</strong><br />

carro, obrigam a um movimento de alavanca contra resistência, fazen<strong>do</strong> com que ocorra<br />

um atrito entre o tendão <strong>do</strong> grupo muscular de<strong>no</strong>mina<strong>do</strong> manguito <strong>do</strong>s rota<strong>do</strong>res e a<br />

articulação acrômio clavicular, causan<strong>do</strong> micro ou macro traumatismo.<br />

Conforme menciona Yeng, Teixeira e Barbosa (1998, p. 65) os fatores de risco<br />

associa<strong>do</strong>s a LER / DORT incluem a repetição <strong>do</strong>s movimentos, vibrações, uso de força<br />

incompatível com as necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s tarefas, posturas incorretas, ergo<strong>no</strong>mia<br />

inadequa<strong>da</strong> e solicitações cumulativas <strong>do</strong> aparelho locomotor. A falta de repouso<br />

adequa<strong>do</strong>, o discondicionamento <strong>do</strong>s aparelhos cardiovascular e locomotor, além <strong>do</strong> alto<br />

grau de estresse e insatisfação <strong>no</strong> ambiente de trabalho, social e familiar, são fatores<br />

complementares que contribuem para a gênese ou perpetuação <strong>do</strong>s sintomas.<br />

9. <strong>Fatores</strong> <strong>contribuintes</strong> <strong>do</strong>s distúrbios osteomusculares <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> <strong>no</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> corte de cana-de-açúcar<br />

O setor agroindustrial <strong>da</strong> cana de açúcar é um <strong>do</strong>s mais antigos <strong>do</strong> país, está liga<strong>do</strong> aos<br />

principais eventos <strong>da</strong> formação histórica <strong>do</strong> Brasil. Trazi<strong>da</strong> para o Brasil <strong>no</strong> perío<strong>do</strong><br />

Colonial, a cana-de-açúcar tor<strong>no</strong>u-se uma importante fonte de ren<strong>da</strong> e deu origem ao<br />

ciclo econômico <strong>do</strong> açúcar. As primeiras lavouras de cana-de-açúcar foram instala<strong>da</strong>s<br />

na capitania de Pernambuco, estenden<strong>do</strong>-se para o Sul através <strong>do</strong> litoral. Além <strong>do</strong><br />

açúcar, são extraí<strong>do</strong>s <strong>da</strong> cana vários tipos de álcool (ALCOPAR, 2009).<br />

Segun<strong>do</strong> Vilas Boas e Dias (2008), estima-se que <strong>no</strong> Brasil, apenas nas ativi<strong>da</strong>des de<br />

corte de cana-de-açúcar estejam envolvi<strong>do</strong>s aproxima<strong>da</strong>mente 335 mil trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Estes trabalha<strong>do</strong>res desenvolvem ativi<strong>da</strong>des <strong>no</strong> corte de cana-de-açúcar, que her<strong>da</strong>m<br />

traços <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de colonização, onde a mão-de-obra utiliza<strong>da</strong> para o cultivo <strong>da</strong> cana e<br />

a produção de açúcar era escrava.<br />

Segun<strong>do</strong> Alves (2008), o corte de cana é realiza<strong>do</strong> ao ar livre, sob o sol, com o<br />

trabalha<strong>do</strong>r equipa<strong>do</strong> com uma vestimenta composta de botas com biqueira de ferro,<br />

calças de brim, perneiras de couro até o joelho conten<strong>do</strong> três barras de ferro frontais,<br />

camisa de manga compri<strong>da</strong>, chapéu, lenço <strong>no</strong> rosto e pescoço, óculos e luvas de raspa<br />

de couro. Esta vestimenta, os equipamentos e a realização <strong>do</strong> trabalho sob o sol levam a<br />

um eleva<strong>do</strong> dispêndio de energia, per<strong>da</strong> de água e sais minerais, o que por si só são<br />

elementos deletérios à saúde. Por esse motivo algumas usinas já levam ao campo e<br />

distribuem entre os trabalha<strong>do</strong>res soro, por via oral, e, em alguns casos, suplementos<br />

energéticos. Algumas usinas afirmam tratar-se apenas de soro caseiro, uma mistura de<br />

sal e açúcar em água. Outras usinas dizem que além de sal e açúcar, o soro contém<br />

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potássio e outros sais minerais, além de substâncias que dão cor e sabor, tornan<strong>do</strong> o soro<br />

uma espécie de refresco (ALVES, 2008).<br />

Segun<strong>do</strong> Alves (2008) estes trabalha<strong>do</strong>res submeti<strong>do</strong>s a longas jorna<strong>da</strong>s de trabalho,<br />

sob o sol e trajan<strong>do</strong> essa vestimenta e tais equipamentos, sofrem também de <strong>do</strong>res <strong>no</strong><br />

corpo (lombalgias), e vários são acometi<strong>do</strong>s de lesões sérias nas articulações, as quais<br />

podem ser considera<strong>da</strong>s LER (Lesão por esforço repetitivo). Neste senti<strong>do</strong>, muitos<br />

acabam acometen<strong>do</strong>-se de automedicação para não diminuir o rendimento ou perder o<br />

dia de trabalho. Buscan<strong>do</strong> amenizar o desgaste físico causa<strong>do</strong> pelo trabalho, o gasto de<br />

energia <strong>no</strong> trabalho deve ser convenientemente reposto com descansos regulamentares,<br />

ao longo <strong>da</strong> jorna<strong>da</strong> e ao seu térmi<strong>no</strong>, e com ingestão de uma dieta equilibra<strong>da</strong>,<br />

compatível com o desgaste físico executa<strong>do</strong> e prática de outros exercícios físicos, que<br />

compensem o excesso de alguns, durante o trabalho (ALVES, 2008).<br />

A ativi<strong>da</strong>de, <strong>no</strong> setor canavieiro, apresenta riscos <strong>ocupacionais</strong> com gravi<strong>da</strong>des<br />

variáveis. Em meio aos processos de trabalhos evolvi<strong>do</strong>s na produção de açúcar, um <strong>do</strong>s<br />

aspectos de alto risco ocupacional refere-se às más posturas a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s durante o perío<strong>do</strong><br />

de trabalho, bem como ao uso inadequa<strong>do</strong> de ferramentas, equipamentos, produtos<br />

químicos e ao próprio ambiente de trabalho. As posturas a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s pela Ergo<strong>no</strong>mia e<br />

Engenharia de Segurança <strong>do</strong> trabalho costumam ser analisa<strong>da</strong>s ten<strong>do</strong> como foco<br />

principal os riscos a que os trabalha<strong>do</strong>res estão sujeitos. Principalmente a carga física<br />

deman<strong>da</strong><strong>da</strong> em virtude <strong>do</strong>s esforços realiza<strong>do</strong>s pelo trabalha<strong>do</strong>r. Essas cargas podem<br />

alterar o desempenho funcional, provocar distúrbios posturais e o aparecimento, a curto<br />

e/ou longo prazo de patologias recorrentes (MONTEIRO; ADISSI, 2000).<br />

10. <strong>Fatores</strong> <strong>contribuintes</strong> <strong>do</strong>s distúrbios osteomusculares <strong>do</strong> <strong>ombro</strong> <strong>do</strong> sol<strong>da</strong><strong>do</strong>r<br />

A ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos tem si<strong>do</strong> associa<strong>da</strong> ao trabalho de<br />

sol<strong>da</strong>gem a partir <strong>da</strong>s queixas frequentes <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res aos profissionais de saúde<br />

(HERBERTS e KADEFORS, 1976; WIKER, CHAFFIN e LANGOF, 1989).<br />

O trabalho <strong>do</strong> sol<strong>da</strong><strong>do</strong>r é reconheci<strong>do</strong> como um trabalho que exige grande esforço e que<br />

representa risco para o profissional. É até mesmo considera<strong>do</strong> símbolo de tal tipo de<br />

trabalho, visan<strong>do</strong> a ser, em vários países, objeto de pesquisas que buscam identificar os<br />

elementos responsáveis tanto pelo esforço como pelo risco enfrenta<strong>do</strong>s pelos<br />

sol<strong>da</strong><strong>do</strong>res. Profun<strong>da</strong>mente liga<strong>do</strong> ao tipo de processo de sol<strong>da</strong>gem emprega<strong>do</strong>, o tipo<br />

de risco a que o sol<strong>da</strong><strong>do</strong>r está submeti<strong>do</strong> é defini<strong>do</strong>, geralmente, com base em <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

ambientais ou estu<strong>do</strong>s de posturas de trabalho. No Rio Grande <strong>do</strong> Sul, as comunicações<br />

de Acidente de trabalho – CATs já foram utiliza<strong>da</strong>s, também, como para apontar suas<br />

possíveis causas: os acidentes <strong>do</strong> tipo <strong>impacto</strong> sofri<strong>do</strong> – que acontece quan<strong>do</strong> um objeto<br />

é o agente <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> e atinge o trabalha<strong>do</strong>r – contribuíram para 40% <strong>do</strong>s acidentes<br />

registra<strong>do</strong>s com sol<strong>da</strong><strong>do</strong>res <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de 1996 e 1997, levan<strong>do</strong> à sugestão de que a<br />

desorganização <strong>do</strong> posto de trabalho fosse possível causa<strong>do</strong>r deste tipo de acidente, ou<br />

ain<strong>da</strong>, que pudessem ocorrer em consequência de <strong>do</strong>res de cabeça, tonturas e estresse<br />

resultante de intoxicação por fumos de sol<strong>da</strong>gem (GOLDMAN, 2000).<br />

Ain<strong>da</strong>, levan<strong>do</strong> em conta, juntamente com as condições de trabalho em contrata<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s<br />

posto de sol<strong>da</strong>gem, também contínuo desenvolvimento tec<strong>no</strong>lógico, pode-se considera<br />

<strong>do</strong>is pontos de vistas ao vislumbrar o futuro <strong>da</strong> profissão de sol<strong>da</strong><strong>do</strong>r: um, de que<br />

trabalho manual está se tornan<strong>do</strong> obsoleto a partir <strong>da</strong>s estratégias de racionalização <strong>da</strong><br />

indústria atual; outro, de que o recurso huma<strong>no</strong> se torna ca<strong>da</strong> vez mais importantes para<br />

a indústria <strong>no</strong>vos paradigmas <strong>da</strong> produção (KADEFORS, 2001).<br />

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A seguir figuras que exemplificam as situações de maior risco de <strong>impacto</strong>:<br />

Fonte: http://wwwrevistafun<strong>da</strong>cões.com.br<br />

Fonte: http://wwwbrasildiario.com.br Fonte:http://www ciacbahia.com.br<br />

Fonte: Disponivel: http://www2.uol.com.br/revista<strong>do</strong>volei/imagens.shtm<br />

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CONCLUSÃO:<br />

A <strong>síndrome</strong> <strong>do</strong> <strong>impacto</strong> refere-se à redução <strong>do</strong> espaço subacromial <strong>no</strong>s movimentos de<br />

abdução ou flexão conjuntamente à rotação interna, levan<strong>do</strong> os teci<strong>do</strong>s comprometi<strong>do</strong>s<br />

neste espaço a ficarem comprimi<strong>do</strong>s, atritan<strong>do</strong> e impactan<strong>do</strong> a bursa, os tendões <strong>do</strong><br />

manguito rota<strong>do</strong>r entre a cabeça <strong>do</strong> úmero e teto osteoligamentar coroacromial ou<br />

acrômio.<br />

As mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des esportivas que envolvem movimentos excessivos <strong>da</strong> articulação <strong>do</strong><br />

<strong>ombro</strong> (principalmente abdução e rotação medial e lateral), devem receber especial<br />

atenção por parte <strong>do</strong>s técnicos, a fim de minimizar a ocorrência desta lesão. Nas<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des competitivas com grande exigência de movimentos <strong>da</strong>s articulações <strong>do</strong><br />

<strong>ombro</strong>, o fortalecimento e o estímulo proprioceptivo <strong>da</strong>s estruturas musculares anexas<br />

ao complexo <strong>do</strong> <strong>ombro</strong>, devem receber uma atenção especial, a fim de prevenir a<br />

interrupção <strong>do</strong> treinamento, que é comum neste tipo de lesão.<br />

Os fatores de risco decorrem de: longas jorna<strong>da</strong>s; condições inadequa<strong>da</strong>s; movimentos<br />

repetitivos, posturas isométricas; falta de percepção <strong>do</strong>s riscos; diversi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> trabalho;<br />

desenvolvimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de por questão de sobrevivência e por falta de opção;<br />

ausência de treinamentos; falta de perspectiva profissional.<br />

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