Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp
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observações mais relevantes, citam-se a formação de heterodímeros funcionais entre receptores AT1 e B2, a modulação de expressão de receptores B1 e B2 por receptores AT1, a geração de NO via B2/BK após estimulação de receptores AT2, a potencialização de efeito vasodilatador de BK por Ang-(1-7) e por inibidores de enzima conversora de angiotensina, que catalisa a formação de Ang II e inativa BK. Embora receptores de cininas e receptores de angiotensinas sejam proteínas abundantemente expressas na membrana de células endoteliais, as informações sobre essas interações especificamente no endotélio vascular são escassas. O presente projeto baseia-se na investigação da possível modulação de receptores de cininas sobre os efeitos vasculares desencadeados por Ang II e por Ang-(1- 7), tendo como enfoque central a ativação de vias sinalizadoras de células endoteliais. Para isso, a reatividade vascular de anéis de aorta e diversas vias de sinalização em células endoteliais estimuladas com Ang II ou Ang-(1-7) serão estudadas em preparações provenientes de camundongos submetidos à deleção genética de receptores B1 ou B2 e em preparações de camundongos selvagens analisados em presença de antagonistas específicos desses receptores. Sob essas condições, serão avaliados: a produção de NO e expressão da NO-sintase, liberação de prostanóides, a geração de ânions superóxido e expressão da enzima NA- DPH-oxidase, a expressão gênica e proteica de receptores de angiotensinas e os níveis de Ang II e Ang-(1-7) em culturas primárias de células endoteliais. importância do peptídeo-semelhante 798 -ao-glucagon-1 (Glp-1) na manutenção do volume extracelular: abordagem funcional, farmacológica e molecular Adriana Castello Costa girardi Instituto do Coração (InCor) Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina/USP Processo 2007/52945-8 vigência: 1/10/2007 a 30/9/2011 O peptídeo-semelhante-ao-glucagon-1 (GLP-1) possui ação insulinotrópica que contribui para a manutenção da glicemia, constituindo, portanto, um potencial alvo terapêutico para o tratamento do diabetes melittus tipo II. Descreveu-se recentemente que GLP-1 promove natriurese em ratos e humanos devido à diminuição da reabsorção de sódio acompanhada do decréscimo da secreção de hidrogênio. Esses dados sugerem que o GLP-1 inibe a atividade do trocador sódio-hidrogênio NHE3 em células de túbulos proximais renais. Em estudos prévios, demonstou-se que o trocador NHE3 e a dipeptidilpeptidase-IV (DPPIV), enzima responsável pela degradação do GLP-1, formam um complexo proteico em túbulos renais. Estudos funcionais indicam que inibidores da DPPIV inibem a atividade do trocador NHE3. Baseando-se nesses rela- 333 tos, propõe-se: 1) avaliar o efeito do GLP-1 sobre a atividade do trocador NHE3 em células de túbulos proximais renais; 2) verificar se o aumento da concentração plasmática do GLP-1 causa atenuação da hipertensão arterial em ratos SHR; 3) utilizando-se abordagem proteômica, verificar se há diferenças na composição dos complexos proteicos formados com NHE3, DPPIV e GLP1R (receptor de GLP-1) em ratos SHR comparados ao grupo-controle (ratos WKY). O conhecimento adquirido por meio desse projeto poderá fornecer uma maior compreensão dos mecanismos pelos quais indivíduos obesos e/ou diabéticos tipo II desenvolvem hipertensão arterial. efeito do consumo crônico de etanol 799 sobre o sistema adrenomedulina em aorta e leito mesentérico de ratos e avaliação do papel protetor desse peptídeo nas alterações vasculares induzidas pelo etanol Carlos Renato Tirapelli Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo (USP) Processo 2006/60076-7 vigência: 1/4/2007 a 31/3/2011 Saúde As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil. O consumo crônico de etanol induz alterações significativas das funções cardíaca e circulatória, figurando como um importante fator de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Aumento da pressão arterial, alteração da reatividade vascular e produção de espécies reativas de oxigênio são alguns aspectos consequentes do consumo de etanol. Além disso, o consumo crônico de etanol altera os sistemas que controlam a liberação de substâncias endógenas envolvidas na manutenção das funções vasculares, como, por exemplo, o sistema renina-angiotensina, e os sistemas adrenérgicos, e endotelinérgico. A adrenomedulina (AM) é um peptídeo produzido pelas células endoteliais e do músculo liso vascular que exerce ação direta sobre as funções cardiovasculares sendo capaz de induzir relaxamento vascular e hipotensão. Além dos efeitos fisiológicos de controle da função cardiovascular, a AM desempenha função protetora em diversas doenças, como hipertensão essencial, hipertrofia e falência cardíaca, em que o aumento dos níveis plasmáticos desse peptídeo foi observado. A AM também exerce atividade antioxidante nos tecidos vasculares e é capaz de modular a resposta vasoconstritora induzida por diferentes agonistas em condições patológicas em que a resposta a esses vasoconstritores encontrase aumentada. A AM desempenha função protetora nas lesões gástricas produzidas pelo etanol. A injeção central de AM reduz a lesão gástrica produzida pelo etanol em até 72%. Verificou-se também que o tratamento com etanol induz aumento da expressão da AM e de seus receptores
334 Programa Jovens Pesquisadores na mucosa gástrica de ratos. No entanto, não há dados na literatura descrevendo o efeito do consumo crônico de etanol sobre o sistema-AM vascular ou ainda se esse peptídeo desempenha papel protetor nas alterações da reatividade vascular induzidas pelo consumo crônico de etanol. Portanto, o presente estudo foi delineado de forma a investigar as consequências funcionais e celulares do consumo crônico de etanol sobre o sistema-AM vascular e o possível papel protetor desse peptídeo nas alterações da reatividade vascular e produção de ânions superóxido associadas ao consumo de etanol. neurobiologia do 800 abuso de drogas Manoel Jorge Nobre do Espírito Santo Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo (USP) Processo 2004/02859-0 vigência: 1/1/2005 a 31/12/2008 Dada a similaridade entre as respostas manifestadas por animais diante de situações que produzem medo ou a partir da estimulação elétrica ou química de estruturas pertencentes ao sistema encefálico aversivo e aquelas verificadas durante a síndrome de abstinência induzida pela suspensão abrupta do tratamento crônico com drogas de abuso, surge a hipótese de todos esses processos serem produzidos (ou mediados), no todo ou em parte, por um mesmo mecanismo neural. Nesse sentido, o presente projeto tem como finalidade investigar os processos neurobiológicos básicos que mediam essas respostas, assim como estudar a possível sensibilização a estímulos aversivos gerada pela abstinência. Para isso, os diferentes subprojetos utilizam um procedimento experimental genérico que consiste em: 1) indução da dependência da droga em estudo (diazepam, d-anfetamina e morfina) após o tratamento crônico com injeção intraperitoneal ou implante subcutâneo de minipumps; 2) período de retirada para indução da síndrome de abstinência; 3) testes comportamentais e farmacológicos com a utilização de agonistas ou antagonistas específicos administrados i.p. ou localmente; 4) imunoistoquímica. A realização desses experimentos contribuirá para um melhor conhecimento dos processos neurobiológicos básicos que mediam as respostas de medo e ansiedade subjacentes à dependência de drogas de abuso. Caracterização farmacológica, 801 bioquímica e imunológica de venenos e toxinas de peixes peçonhentos do Brasil Mônica valdyrce dos Anjos Lopes Ferreira Instituto Butantan Secretaria de Estado da Saúde Processo 2003/13751-2 vigência: 1/7/2004 a 31/10/2008 Este projeto tem como principal objetivo o estudo da fisiopatologia dos venenos dos peixes brasileiros que mais causam acidentes: niquins (Thalassophryne nattereri), bagres (Cathrops spixii e Genidens genidens), peixes-escorpião (Scorpaena plumieri e Scorpaena brasiliensis) e arraias (gênero Potamotrygon). Serão caracterizadas as principais atividades tóxicas induzidas pelos venenos e por suas toxinas majoritárias. Também serão determinadas as correlações entre a estrutura e a função de cada toxina. Avaliaremos ainda os mediadores farmacológicos responsáveis pelas principais atividades biológicas detectadas nos venenos visando à neutralização dos mesmos. Além disso, produziremos antissoros específicos para cada veneno e avaliaremos sua eficácia na neutralização das principais atividades tóxicas detectadas. Por meio dos antissoros, verificaremos a possível reatividade antigênica existente entre os diferentes venenos. Os resultados obtidos serão importantes para o entendimento dos mecanismos de ações envolvidos no envenenamento, o que consequentemente nos levará ao desenvolvimento de tratamentos mais específicos e adequados. Poderá também resultar em um banco de dados sobre sequências de toxinas de peixes peçonhentos do Brasil e propiciar o descobrimento de toxinas que representem ferramentas biológicas. efeitos cognitivos atípicos do 802 benzodiazepínico lorazepam Sabine Pompéia Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Processo 2003/00046-9 vigência: 1/9/2003 a 31/8/2007 O benzodiazepínico (BZ) lorazepam, após a ingestão de doses únicas por voluntários normais, acarreta efeitos atípicos sobre a percepção visual e a pré-ativação perceptiva (perceptual ou repetition priming), quando comparado a outros compostos da mesma classe de drogas. Não são conhecidas as relações entre esses efeitos, tampouco se estão presentes em usuários crônicos desse medicamento. O presente projeto envolverá dois experimentos: a) aprofundar o conhecimento a respeito dos efeitos agudos desse composto em voluntários normais, por meio do estudo das relações entre prejuízo de pré-ativação perceptiva e alterações sobre percepção visual (em versões de testes adaptadas para uso no Brasil); e b) verificar se usuários crônicos do lorazepam apresentam ou não tolerância aos efeitos agudos atípicos desse composto, mediante verificação de desempenho em testes de pré-ativação perceptiva e percepção visual (que se mostrarem sensíveis a efeitos
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observações mais relevantes, citam-se a formação de heterodímeros<br />
funcionais entre receptores AT1 e B2, a modulação<br />
de expressão de receptores B1 e B2 por receptores<br />
AT1, a geração de NO via B2/BK após estimulação de<br />
receptores AT2, a potencialização de efeito vasodilatador<br />
de BK por Ang-(1-7) e por inibidores de enzima conversora<br />
de angiotensina, que catalisa a formação de Ang II e<br />
inativa BK. Embora receptores de cininas e receptores de<br />
angiotensinas sejam proteínas abundantemente expressas<br />
na membrana de células endoteliais, as informações sobre<br />
essas interações especificamente <strong>no</strong> endotélio vascular são<br />
escassas. O presente projeto baseia-se na investigação da<br />
possível modulação de receptores de cininas sobre os efeitos<br />
vasculares desencadeados por Ang II e por Ang-(1- 7),<br />
tendo como enfoque central a ativação de vias sinalizadoras<br />
de células endoteliais. Para isso, a reatividade vascular<br />
de anéis de aorta e diversas vias de sinalização em células<br />
endoteliais estimuladas com Ang II ou Ang-(1-7) serão<br />
estudadas em preparações provenientes de camundongos<br />
submetidos à deleção genética de receptores B1 ou B2 e<br />
em preparações de camundongos selvagens analisados<br />
em presença de antagonistas específicos desses receptores.<br />
Sob essas condições, serão avaliados: a produção de NO<br />
e expressão da NO-sintase, liberação de prostanóides, a<br />
geração de ânions superóxido e expressão da enzima NA-<br />
DPH-oxidase, a expressão gênica e proteica de receptores<br />
de angiotensinas e os níveis de Ang II e Ang-(1-7) em culturas<br />
primárias de células endoteliais.<br />
importância do peptídeo-semelhante<br />
798 -ao-glucagon-1 (Glp-1) na manutenção<br />
do volume extracelular: abordagem<br />
funcional, farmacológica e molecular<br />
Adriana Castello Costa girardi<br />
Instituto do Coração (InCor)<br />
Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina/USP<br />
Processo 2007/52945-8<br />
vigência: 1/10/2007 a 30/9/2011<br />
O peptídeo-semelhante-ao-glucagon-1 (GLP-1) possui<br />
ação insuli<strong>no</strong>trópica que contribui para a manutenção<br />
da glicemia, constituindo, portanto, um potencial alvo terapêutico<br />
para o tratamento do diabetes melittus tipo II.<br />
Descreveu-se recentemente que GLP-1 promove natriurese<br />
em ratos e huma<strong>no</strong>s devido à diminuição da reabsorção<br />
de sódio acompanhada do decréscimo da secreção de<br />
hidrogênio. Esses dados sugerem que o GLP-1 inibe a atividade<br />
do trocador sódio-hidrogênio NHE3 em células de<br />
túbulos proximais renais. Em estudos prévios, demonstou-se<br />
que o trocador NHE3 e a dipeptidilpeptidase-IV<br />
(DPPIV), enzima responsável pela degradação do GLP-1,<br />
formam um complexo proteico em túbulos renais. Estudos<br />
funcionais indicam que inibidores da DPPIV inibem<br />
a atividade do trocador NHE3. Baseando-se nesses rela-<br />
333<br />
tos, propõe-se: 1) avaliar o efeito do GLP-1 sobre a atividade<br />
do trocador NHE3 em células de túbulos proximais<br />
renais; 2) verificar se o aumento da concentração plasmática<br />
do GLP-1 causa atenuação da hipertensão arterial em<br />
ratos SHR; 3) utilizando-se abordagem proteômica, verificar<br />
se há diferenças na composição dos complexos proteicos<br />
formados com NHE3, DPPIV e GLP1R (receptor<br />
de GLP-1) em ratos SHR comparados ao grupo-controle<br />
(ratos WKY). O conhecimento adquirido por meio desse<br />
projeto poderá fornecer uma maior compreensão dos<br />
mecanismos pelos quais indivíduos obesos e/ou diabéticos<br />
tipo II desenvolvem hipertensão arterial.<br />
efeito do consumo crônico de eta<strong>no</strong>l<br />
799 sobre o sistema adre<strong>no</strong>medulina em aorta<br />
e leito mesentérico de ratos e avaliação<br />
do papel protetor desse peptídeo nas<br />
alterações vasculares induzidas pelo eta<strong>no</strong>l<br />
Carlos Renato Tirapelli<br />
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto<br />
Universidade de São Paulo (USP)<br />
Processo 2006/60076-7<br />
vigência: 1/4/2007 a 31/3/2011<br />
Saúde<br />
As doenças cardiovasculares são as principais causas<br />
de morte <strong>no</strong> Brasil. O consumo crônico de eta<strong>no</strong>l induz<br />
alterações significativas das funções cardíaca e circulatória,<br />
figurando como um importante fator de risco <strong>no</strong><br />
desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Aumento<br />
da pressão arterial, alteração da reatividade vascular e<br />
produção de espécies reativas de oxigênio são alguns aspectos<br />
consequentes do consumo de eta<strong>no</strong>l. Além disso, o<br />
consumo crônico de eta<strong>no</strong>l altera os sistemas que controlam<br />
a liberação de substâncias endógenas envolvidas na<br />
manutenção das funções vasculares, como, por exemplo,<br />
o sistema renina-angiotensina, e os sistemas adrenérgicos,<br />
e endotelinérgico. A adre<strong>no</strong>medulina (AM) é um peptídeo<br />
produzido pelas células endoteliais e do músculo liso<br />
vascular que exerce ação direta sobre as funções cardiovasculares<br />
sendo capaz de induzir relaxamento vascular<br />
e hipotensão. Além dos efeitos fisiológicos de controle da<br />
função cardiovascular, a AM desempenha função protetora<br />
em diversas doenças, como hipertensão essencial,<br />
hipertrofia e falência cardíaca, em que o aumento dos<br />
níveis plasmáticos desse peptídeo foi observado. A AM<br />
também exerce atividade antioxidante <strong>no</strong>s tecidos vasculares<br />
e é capaz de modular a resposta vasoconstritora<br />
induzida por diferentes agonistas em condições patológicas<br />
em que a resposta a esses vasoconstritores encontrase<br />
aumentada. A AM desempenha função protetora nas<br />
lesões gástricas produzidas pelo eta<strong>no</strong>l. A injeção central<br />
de AM reduz a lesão gástrica produzida pelo eta<strong>no</strong>l em até<br />
72%. Verificou-se também que o tratamento com eta<strong>no</strong>l<br />
induz aumento da expressão da AM e de seus receptores