Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp
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çada, será determinada em que etapas do processo industrial<br />
o efluente tratado poderá ser reusado e sua porcentagem<br />
de inserção.<br />
pesquisas em tec<strong>no</strong>logias<br />
785 não convencionais de tratamento<br />
de efluentes industriais<br />
Marcos Roberto de vasconcelos Lanza<br />
Universidade São Francisco (USF)<br />
Campus de Bragança Paulista<br />
Processo 2002/01413-2<br />
vigência: 1/4/2003 a 31/3/2008<br />
O campo das ciências ambientais tem feito e<strong>no</strong>rmes<br />
progressos <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s, em que o planejamento do<br />
uso racional dos recursos energéticos e hídricos, assim<br />
como a discussão da <strong>no</strong>rma ISO 14.000, tem gerado grandes<br />
desafios às ciências aplicadas <strong>no</strong> que diz respeito ao<br />
desenvolvimento de <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias ou tec<strong>no</strong>logias não<br />
convencionais, <strong>no</strong>vos processos e <strong>no</strong>vos materiais a serem<br />
utilizados na prevenção da poluição. Entre as tec<strong>no</strong>logias<br />
não convencionais, a tec<strong>no</strong>logia eletroquímica de tratamento<br />
de resíduos e efluentes apresenta como grande<br />
vantagem a sua compatibilidade ambiental, considerando-se<br />
o fato de que o principal reagente, o elétron, é um<br />
reagente limpo. As principais vantagens dessa tec<strong>no</strong>logia<br />
limpa são a sua versatilidade, eficiência energética, facilidade<br />
de automação e uma excelente relação custo/beneficio,<br />
em termos tec<strong>no</strong>lógicos, econômicos e ambientais.<br />
Os tratamentos eletroquímicos de efluentes promovem a<br />
remoção ou a destruição de espécies poluentes, direta ou<br />
indiretamente, por meio de processos eletroquímicos de<br />
oxidação e/ou redução em células eletroquímicas, sem a<br />
adição de produtos químicos. Nesse tipo de tratamento,<br />
as espécies poluentes podem ser removidas de gases, líquidos<br />
ou mesmo sólidos durante ou ao final de um processo<br />
industrial. Em termos gerais, pode-se afirmar que<br />
a tec<strong>no</strong>logia eletroquímica oferece um meio eficiente de<br />
controle da poluição por meio de reações redox, seja por<br />
meio das reações diretas entre as espécies poluentes e as<br />
superfícies eletródicas ou do sinergismo desses processos<br />
com o poder de espécies oxidantes ou redutoras geradas<br />
in situ, oferecendo uma opção promissora para a prevenção<br />
e minimização dos problemas de poluição industrial,<br />
podendo ser conjugados ou mesmo substituir os tratamentos<br />
convencionais de efluentes e resíduos industriais.<br />
Este projeto contempla a formação futura de um grupo<br />
de pesquisa na área ambiental, junto à Faculdade de<br />
Ciências da Universidade São Francisco (USF, Bragança<br />
Paulista), capacitando recursos huma<strong>no</strong>s para o desenvolvimento<br />
e a aplicação de tec<strong>no</strong>logias não convencionais,<br />
como as tec<strong>no</strong>logias eletroquímicas e fotoeletroquímicas,<br />
<strong>no</strong> tratamento de efluentes industriais orgânicos, tendo<br />
Engenharias<br />
325<br />
como foco inicial o tratamento de efluentes gerados na<br />
indústria farmacêutica. Os tratamentos eletroquímicos e<br />
fotoeletroquímicos com iluminação artificial e solar serão<br />
aplicados a partir da avaliação de materiais eletródicos,<br />
do projeto e da construção de reatores eletroquímicos,<br />
em escalas de bancada e piloto, visando ao tratamento de<br />
efluentes industriais orgânicos advindos das indústrias<br />
farmacêuticas, simulados e reais, contendo alguns princípios<br />
ativos produzidos em larga escala (cloranfenicol,<br />
paracetamol, dipirona sódica, ranitidina e diclofenaco<br />
sódico), assim como a determinação dos mecanismos de<br />
degradação envolvidos.<br />
implementação de estação para tratamento<br />
786 de efluentes industriais e águas residuárias:<br />
desenvolvimento do processo<br />
fotoeletroquímico em escala piloto<br />
Ronaldo Teixeira Pelegrini<br />
Centro Superior de Educação Tec<strong>no</strong>lógica (Ceset)<br />
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)<br />
Processo 2000/15036-0<br />
vigência: 1/1/2002 a 31/12/2005<br />
O presente projeto propõe a criação de um laboratório<br />
de pesquisa <strong>no</strong> Centro Superior de Educação Tec<strong>no</strong>lógica<br />
(Limeira, SP) destinado a implementar procedimentos<br />
para o tratamento de efluentes industriais e águas<br />
residuárias por meio do desenvolvimento do processo<br />
fotoeletroquímico em escala piloto. O processo fotoeletroquímico<br />
caracteriza-se por realizar a despoluição de<br />
maneira rápida, sem deixar resíduos e sem exigir adição<br />
de espécies químicas para seu funcionamento. Pode operar<br />
na presença de qualquer poluente tóxico e em qualquer<br />
valor de PH. Ocupa pouco espaço e pode contar<br />
com sistemas de recirculação para maior depuração do<br />
efluente. Seus principais componentes são um conjunto<br />
de eletrodos que podem ser adaptados em tubulações ou<br />
em canaletas e são capazes de operar a baixo custo porque<br />
trabalham com potenciais baixos e empregam lâmpadas<br />
de mercúrio (sem o bulbo protetor) utilizadas na iluminação<br />
de ruas. Os principais reagentes são o elétron e o<br />
fóton, que não são poluentes. Estudos recentes indicaram<br />
o processo fotoeletroquímico como uma metodologia<br />
significativamente eficiente para tratar compostos poluentes<br />
de caráter recalcitrante aos tratamentos biológicos.<br />
Portanto, o desenvolvimento dessa técnica para uso<br />
em grande escala deverá trazer ótimos resultados para o<br />
meio ambiente.