Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp
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266<br />
<strong>Programa</strong> <strong>Jovens</strong> <strong>Pesquisadores</strong><br />
Gramaticalização de perífrases<br />
609 conjuncionais na história<br />
do português<br />
Sanderléia Roberta Longhin Thomazi<br />
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto<br />
Universidade de São Paulo (USP)<br />
Processo 2002/12005-2<br />
vigência: 1/5/2003 a 30/4/2007<br />
O objetivo desta pesquisa é estudar, na história do<br />
português, um mecanismo de produção de perífrases<br />
conjuncionais que vem se definindo há séculos e que a<br />
qualquer momento pode produzir <strong>no</strong>vas conjunções, a<br />
partir da reinterpretação de material linguístico disponível<br />
<strong>no</strong> repertório da língua. Trata-se, mais especificamente,<br />
de investigar, num corpus diacrônico do português, a<br />
produção de perífrases conjuncionais do tipo “advérbio<br />
+ que”, como um caso legítimo de gramaticalização. Para<br />
tanto, dois objetivos mais específicos serão contemplados.<br />
O primeiro, de natureza teórica, consiste em buscar uma<br />
fundamentação teórica mais sólida a respeito do conceito<br />
de gramaticalização, uma vez que, nas discussões sobre<br />
o tema, é possível reconhecer diferentes concepções<br />
para esse fenôme<strong>no</strong> de criação linguística; e o segundo,<br />
de natureza empírica, consiste em mapear na diacronia a<br />
trajetória de gramaticalização de cinco perífrases de base<br />
adverbial – ainda que, antes que, assim que, já que e logo<br />
que –, o que só será possível através da descrição do comportamento<br />
sintático, semântico e pragmático dos itens<br />
envolvidos.<br />
Fo<strong>no</strong>logia do<br />
610 português arcaico<br />
gladis Massini-Cagliari<br />
Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara<br />
Universidade Estadual Paulista (Unesp)<br />
Processo 1997/12447-5<br />
vigência: 1/3/1998 a 31/3/2002<br />
O projeto Fo<strong>no</strong>logia do português arcaico tem como<br />
objetivo descrição de aspectos fo<strong>no</strong>lógicos da língua portuguesa<br />
<strong>no</strong> seu período arcaico, em especial o trovadoresco<br />
(fins do século XII até meados do século XIV). Pretende-se,<br />
por meio do estudo do “cancioneiro da biblioteca<br />
nacional de Lisboa”, chegar à descrição de fenôme<strong>no</strong>s<br />
segmentais e suprassegmentais do português arcaico, em<br />
especial fenôme<strong>no</strong>s prosódicos (como acento e ritmo) e<br />
outros fenôme<strong>no</strong>s que exigem tratamento não linear (estruturação<br />
silábica e outros processos dela dependentes).<br />
Tais fatos serão abordados a partir das teorias fo<strong>no</strong>lógicas<br />
não lineares, em especial os modelos métrico, lexical, prosódico<br />
e autossegmental.<br />
para a emergência de síntese de fala<br />
611 de alta qualidade em língua portuguesa:<br />
um gerador automático de prosódia<br />
e um ambiente de desenvolvimento<br />
Plínio Almeida Barbosa<br />
Instituto de Estudos da Linguagem<br />
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)<br />
Processo 1995/09708-6<br />
vigência: 1/8/1996 a 28/2/2001<br />
Ao contribuir para a implantação de um ambiente<br />
computacional que permita realizar um sistema concatenativo<br />
de síntese da fala para <strong>no</strong>ssa língua <strong>no</strong> Laboratório<br />
de Fonética Acústica e Psicolinguística Experimental<br />
(Lafape) do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL),<br />
na Unicamp, este estudo possibilitará a emergência de<br />
tec<strong>no</strong>logia de fala nesta instituição. Tal ambiente dará<br />
condições para testar o modelo de geração da estrutura<br />
rítmica em fase de desenvolvimento, como trabalho de<br />
pós-doutorado, por meio da necessária integração do<br />
módulo prosódico (cujo modelo de geração do ritmo<br />
representa uma parte fundamental) aos demais módulos<br />
de um sistema de síntese. Além disso, por viabilizarem o<br />
desenvolvimento completo de um sistema de síntese da<br />
fala, ambiente computacional e modelo prosódico fornecerão<br />
ao Instituto de Estudos da Linguagem um meio<br />
material para testar suas teorias linguísticas ou ajudar<br />
a elaborar outras, visto acreditarmos que o componente<br />
parole (na dicotomia saussureana) seja fundamental<br />
para o avanço do conhecimento do sistema formado por<br />
um código – a língua – e sua manifestação física em situação<br />
– a fala. O objetivo de criar condições para que<br />
se faça ciência da fala com qualidade <strong>no</strong> Lafape é inerente<br />
à <strong>no</strong>ssa proposta e procura trazer uma mentalidade<br />
mais instrumental e numérica aos colegas acostumados<br />
a pensar apenas o simbólico. Para realizar as tarefas acima<br />
mencionadas, será preciso tornar possível a integração<br />
entre os módulos de um sistema de síntese da fala<br />
(sejam eles mais ligados a conhecimento linguístico ou<br />
mais ligados a conhecimento de engenharia eletrônica)<br />
pela concepção de interfaces que permitam que os módulos<br />
conversem entre si. A formação de cientista da fala<br />
permite empregar como metodologia a participação <strong>no</strong><br />
trabalho das equipes responsáveis pelos diversos módulos.<br />
Essa participação tem por objetivo viabilizar a articulação<br />
de saberes voltada à construção do ambiente<br />
computacional, bem como à completa adequação de um<br />
gerador automático de prosódia para a obtenção de um<br />
sistema de síntese de alta qualidade. O teste do sistema<br />
de síntese constituirá o modo de sabermos se alcançamos<br />
<strong>no</strong>ssa meta. O trabalho será monitorado por reuniões<br />
frequentes e divulgação científica por meio da participação<br />
em congressos.