Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp
Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp
Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
126<br />
<strong>Programa</strong> <strong>Jovens</strong> <strong>Pesquisadores</strong><br />
Instituto de Biologia<br />
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)<br />
Processo 2004/05269-9<br />
vigência: 1/10/2004 a 30/9/2009<br />
O projeto propõe quatro linhas de pesquisa com borboletas<br />
da Mata Atlântica: biogeografia (distribuição espacial<br />
de espécies ao longo dos gradientes de habitat); uso de<br />
recursos (variação geográfica nas relações tróficas de grupos<br />
de borboletas); sistemática filogenética (elaboração<br />
de hipóteses filogenéticas para borboletas); e conservação<br />
(indicadores ambientais e seu uso para monitoramento).<br />
O objetivo do projeto é articular estas quatro linhas de<br />
modo a produzir um corpo sólido de informações sobre<br />
seis grupos de borboletas na Mata Atlântica (com ênfase<br />
<strong>no</strong> Estado de São Paulo, com informação substancial já<br />
obtida em projetos precedentes), Ithomiinae, Biblidinae,<br />
Satyrinae, Acraeini, Melitaeini (Nymphalidae) e Troidini<br />
(Papilionidae). Além da relevância acadêmica, os resultados<br />
deverão subsidiar ações de conservação dos remanescentes<br />
de habitats e das espécies de borboletas nesse<br />
sistema, que é um dos mais ameaçados do país.<br />
Componentes espaciais da diversidade<br />
198 de insetos aquáticos em riachos da mata<br />
atlântica <strong>no</strong> estado de são paulo<br />
Adria<strong>no</strong> Sanches Melo<br />
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto<br />
Universidade de São Paulo (USP)<br />
Processo 2002/12538-0<br />
vigência: 1/11/2003 a 31/3/2004<br />
O projeto tem o objetivo de estudar padrões e<br />
processos que atuam sobre a diversidade de insetos em<br />
riachos. Alguns subprojetos abordarão a diversidade de<br />
insetos em geral durante a fase aquática (em geral imaturos).<br />
Em outros subprojetos, atenção será dada aos adultos<br />
(terrestres) de um componente importante da fauna<br />
de insetos em riachos, a ordem Trichoptera. Nos subprojetos<br />
que abordam padrões de diversidade, as coletas serão<br />
feitas de maneira hierárquica, de forma a possibilitar<br />
inferências sobre os componentes espaciais da diversidade.<br />
Nos subprojetos que abordam processos que atuam<br />
sobre a diversidade, estão previstos estudos que avaliem<br />
os efeitos de perturbações naturais, bem como de perturbações<br />
de origem antrópica. Entre os produtos previstos,<br />
estão determinações de associações entre larvas e adultos<br />
de Trichoptera, chaves de identificação dos gêneros<br />
de Trichoptera (larva e adulto), estimativa do número de<br />
Trichoptera em São Paulo e a proporção de espécies já<br />
descritas, determinação de características recorrentes de<br />
comunidades em ambientes preservados e degradados e<br />
compreensão dos efeitos causados por perturbações de<br />
origem natural e antrópica.<br />
avaliação das respostas de bioindicadores<br />
199 vegetais a diferentes condições da<br />
química atmosférica envolvidas <strong>no</strong> smog<br />
fotoquímico: um estudo em câmara<br />
controlada simulando a poluição urbana<br />
Sílvia Ribeiro de Souza<br />
Instituto de Botânica<br />
Secretaria do Meio Ambiente<br />
Processo 2002/04751-6<br />
vigência: 1/7/2003 a 31/10/2007<br />
O incremento da concentração de poluentes atmosféricos<br />
tem preocupado as agências de controle ambiental,<br />
tornando a problemática da poluição do ar alvo de grande<br />
interesse para estudo. Os veículos têm sido os principais<br />
responsáveis pela contaminação do ar nas grandes cidades,<br />
por emitir compostos precursores do fenôme<strong>no</strong> tipicamente<br />
urba<strong>no</strong> de<strong>no</strong>minado smog fotoquímico. O efeito da<br />
poluição causada por este fenôme<strong>no</strong> constitui um problema<br />
de difícil avaliação devido à presença na atmosfera de<br />
inúmeras classes de compostos orgânicos e reações químicas<br />
que ainda não foram bem elucidadas. A maioria dos poluentes<br />
originados durante o smog fotoquímico é comprovadamente<br />
tóxica e acarreta da<strong>no</strong>s de curto e longo prazos<br />
à saúde da população e aos ecossistemas naturais. Dentre<br />
os vários poluentes fotoquímicos (PAN, ácidos orgânicos,<br />
aldeídos, cetonas, ozônio, entre outros), o ozônio é o poluente<br />
que tem despertado maior interesse em nível mundial<br />
devido à sua crescente formação, dificuldade de controle<br />
e ao seu alto potencial tóxico aos sistemas biológicos.<br />
Os efeitos da poluição aérea, particularmente do ozônio,<br />
sobre os organismos vivos podem ser delimitados, previstos<br />
e até minimizados por meio de biomonitoramento, sendo<br />
que várias espécies vegetais podem ser utilizadas como indicadoras<br />
da presença de poluentes na atmosfera. Para que<br />
o biomonitoramento seja uma ferramenta aplicável aos<br />
estudos da poluição aérea é necessário avaliar as reações<br />
químicas, bioquímicas, fisiológicas e mutagênicas promovidas<br />
pelos poluentes atmosféricos sobre as plantas. Esses<br />
estudos são geralmente realizados em ambientes urba<strong>no</strong>s e<br />
controlados, mediante câmeras de fumigação, na qual um<br />
poluente específico, mistura de poluentes ou a poluição<br />
urbana, podem ser simulados em concentrações similares<br />
às encontradas na atmosfera. A simulação da poluição em<br />
câmaras tem sido comumente realizada para determinar<br />
o potencial fitotóxico de alguns poluentes, tais como O 3 ,<br />
SO 2 e NOx, fumigando plantas, com um dado poluente<br />
ou misturas preestabelecidas de poluentes. No entanto,<br />
estudos com simulação que se proponha acompanhar as<br />
reações de plantas bioindicadoras ao longo do processo de<br />
transformações químicas atmosféricas durante formação<br />
do smog fotoquímico, não têm sido efetivamente realizados.<br />
Dessa forma, o projeto tem por finalidade avaliar as<br />
respostas de bioindicadores vegetais a diferentes condições<br />
da química atmosférica envolvidas <strong>no</strong> smog fotoquímico