15.04.2013 Views

Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp

Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp

Investindo no Futuro: O Programa Jovens Pesquisadores - Fapesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

120<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Jovens</strong> <strong>Pesquisadores</strong><br />

de extrapolação de laboratório para campo, e estabelecer<br />

ligações claras de causa e efeito entre processos hipotetizados<br />

e impactos observados. O conhecimento gerado<br />

será importante para o desenvolvimento de melhores<br />

práticas na produção de biocombustíveis e, portanto,<br />

sua penetração <strong>no</strong>s mercados internacionais.<br />

emissões n 2 o, Co 2 e CH 4 da produção<br />

181 de agrobiocombustíveis <strong>no</strong> estado<br />

de são paulo, Brasil<br />

Janaina Braga do Carmo<br />

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)<br />

Campus Sorocaba<br />

Processo 2008/55989-9<br />

vigência: 1/7/2009 a 30/6/2012<br />

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-deaçúcar,<br />

com um rendimento anual de colheita de cerca de<br />

470 X 10 6 toneladas métricas em 2006-2007, plantada em<br />

aproximadamente 7 milhões de hectares. Cerca da metade<br />

da cana-de-açúcar do Brasil é plantada <strong>no</strong> Estado de<br />

São Paulo, onde a cana-de-açúcar é o principal produto<br />

agrícola e contribui com cerca de 27% do PIB do Estado.<br />

Com cerca da metade da produção mundial de eta<strong>no</strong>l, o<br />

Brasil já é o maior contribuinte do comércio internacional<br />

de eta<strong>no</strong>l. Ademais, prevê-se a continuidade da expansão<br />

da produção em razão da instabilidade geopolítica em<br />

países produtores de petróleo e um crescente comprometimento<br />

de países desenvolvidos com o Protocolo de<br />

Kyoto para reduzir as emissões de dióxido de carbo<strong>no</strong> e<br />

outros gases causadores do efeito estufa. Segundo estimativas<br />

de modelos e análises numéricas, o eta<strong>no</strong>l brasileiro<br />

se coloca entre os melhores biocombustíveis em<br />

termos de energia líquida produzida para a quantidade<br />

de combustível fóssil usada na produção e, consequentemente,<br />

de CO 2 emitido. Ademais, as plantações de canade-açúcar<br />

<strong>no</strong> Brasil crescem com me<strong>no</strong>s fertilizantes nitrogenados<br />

do que outras culturas para biocombustíveis,<br />

como o milho, resultando em níveis mais baixos de óxido<br />

nitroso, um potente gás estufa, durante a produção do<br />

eta<strong>no</strong>l brasileiro. No entanto, a falta de medições reais e<br />

dados efetivos sobre emissões de gases estufa (GHG, N 2 O,<br />

CO 2 , CH 4 ) associados à produção de eta<strong>no</strong>l <strong>no</strong> Brasil prejudica<br />

<strong>no</strong>ssa capacidade de quantificar adequadamente<br />

sua eficácia para reduzir emissões de GHG. Macedo et al.<br />

(2008) estima que as emissões do solo de GHG, que não<br />

estão associadas ao consumo de combustíveis fósseis, respondem<br />

por mais de 50% das emissões totais. Enquanto<br />

isso, estimativas in situ de emissões de óxido nitroso (N-<br />

N 2 0) da aplicação de fertilizantes em canaviais <strong>no</strong> Brasil<br />

– Martins (2003) – são da ordem de 1%. Se forem confirmadas<br />

por <strong>no</strong>vas medições in situ em um estudo mais<br />

abrangente, essas baixas taxas de emissão de GHG podem<br />

ter implicações importantes para a indústria de cana-deaçúcar<br />

<strong>no</strong> Brasil. Neste projeto, propomos determinar as<br />

taxas de emissões in situ de GHG de solos plantados com<br />

cana-de-açúcar <strong>no</strong> Estado de São Paulo durante seu ciclo<br />

produtivo para melhorar e expandir estimativas existentes.<br />

Exceto por um único estudo publicado por Campos<br />

(2003), medições in situ de GHG em canaviais brasileiros<br />

praticamente inexistem, provavelmente porque as perdas<br />

de N de fertilizantes como N 2 O (N-N 2 O) são supostamente<br />

insignificantes em comparação com outras perdas<br />

e porque o uso de combustíveis fósseis durante a produção<br />

de cana-de-açúcar é baixo porque boa parte das práticas<br />

de manejo <strong>no</strong> Brasil depende de trabalho manual.<br />

Com mudanças iminentes prestes a ocorrer na indústria<br />

de eta<strong>no</strong>l de cana-de-açúcar <strong>no</strong> Brasil, essas suposições<br />

precisam ser revistas e <strong>no</strong>vos dados coligidos para garantir<br />

as baixas taxas de emissões.<br />

diversidade, distribuição e conservação<br />

182 da herpetofauna do estado de são paulo<br />

Ricardo Jannini Sawaya<br />

Instituto Butantan<br />

Secretaria de Estado da Saúde<br />

Processo 2008/54472-2<br />

vigência: 1/11/2008 a 31/10/2012<br />

O Estado de São Paulo apresenta alta riqueza de<br />

anfíbios e répteis, mas apenas 13,9% de sua área total<br />

corresponde a remanescentes de vegetação natural de<br />

Cerrado e Mata Atlântica. Ainda não está disponível um<br />

banco de dados representativo da herpetofauna para<br />

o Estado. Este projeto propõe o estudo da diversidade,<br />

distribuição e conservação de anfíbios anuros e répteis<br />

Squamata do Estado de São Paulo, por meio de: 1) identificação<br />

de lacunas de conhecimento e realização de<br />

amostragens de campo para complementação das bases<br />

de dados; 2) mapeamento da distribuição das espécies e<br />

identificação de áreas de maior diversidade por meio da<br />

modelagem de nicho ecológico e ferramentas de sistema<br />

de informação geográfica; 3) determinação de áreas<br />

de endemismo <strong>no</strong>s diferentes biomas e fitofisio<strong>no</strong>mias<br />

que ocorrem <strong>no</strong> Estado e compreensão de como essas<br />

faunas se relacionam; 4) integração de estudos sobre filogeografia,<br />

diversidade genética e modelagem de nicho<br />

ecológico para compreensão de processos evolutivos e<br />

padrões de distribuição; e 5) proposição de áreas prioritárias<br />

para a conservação da herpetofauna <strong>no</strong> Estado.<br />

Além da integração, correção, disponibilização e complementação<br />

das bases de dados das principais coleções<br />

científicas do estado, este projeto permitirá a integração<br />

de pesquisadores e a criação de uma <strong>no</strong>va linha regular<br />

de pesquisa em ecologia e conservação de anfíbios e répteis<br />

do Sudeste do Brasil.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!