Cálculo I (2007)
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<strong>Cálculo</strong> I<br />
Notas de aulas<br />
André Arbex Hallack<br />
Julho/<strong>2007</strong>
Índice<br />
0 Preliminares 1<br />
0.1 Números reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1<br />
0.2 Relação de ordem em IR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3<br />
0.3 Valor absoluto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6<br />
0.4 Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7<br />
0.5 Funções exponenciais e logarítmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />
0.6 Funções trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17<br />
1 A Derivada 21<br />
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21<br />
1.2 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24<br />
1.3 Teoremas para (ajudar no) cálculo de limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27<br />
1.4 Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35<br />
1.5 A definição da Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38<br />
1.6 Derivadas e continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42<br />
1.7 Regras de derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43<br />
1.8 Derivação implícita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50<br />
2 Aplicações da Derivada 65<br />
2.1 Acréscimos e diferenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65<br />
2.2 A Derivada como razão de variação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70<br />
2.3 Taxas relacionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77<br />
2.4 Alguns resultados importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81<br />
i
2.5 Concavidade e pontos de inflexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86<br />
2.6 Aplicações em problemas de máximos e/ou mínimos . . . . . . . . . . . . . . . 89<br />
2.7 Aplicações nos esboços de gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92<br />
2.8 Apêndice A : Limites no infinito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94<br />
2.9 Apêndice B : Limites infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97<br />
2.10 Apêndice C : Formas indeterminadas<br />
e a Regra de L’Hopital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101<br />
2.11 Apêndice D: Aproximações via<br />
Polinômios de Taylor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105<br />
3 A Integral Definida 123<br />
3.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123<br />
3.2 Somas de Riemann e a definição da Integral Definida . . . . . . . . . . . . . . 126<br />
3.3 Propriedades da Integral Definida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127<br />
3.4 O Teorema Fundamental do <strong>Cálculo</strong> . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129<br />
3.5 Integrais Indefinidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134<br />
3.6 Mudança de variável na integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135<br />
4 Técnicas de integração 145<br />
4.1 Integração por partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145<br />
4.2 Algumas integrais trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148<br />
4.3 Substituições trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151<br />
4.4 Integrais de funções racionais (Frações Parciais) . . . . . . . . . . . . . . . . . 154<br />
4.5 Integrais impróprias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158<br />
5 Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 169<br />
5.1 Áreas de regiões planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169<br />
5.2 Volumes de (alguns) sólidos de revolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173<br />
Referências 185
Capítulo 0<br />
Preliminares<br />
0.1 Números reais<br />
Ao longo deste curso iremos trabalhar sobretudo com o conjunto IR dos números reais, os<br />
quais identificamos geometricamente com os pontos de uma reta (orientada), a “reta real”:<br />
Vejamos agora alguns conjuntos de números reais nessa identificação:<br />
IN = { 1, 2, 3, . . . } (números naturais) ⊂ IR<br />
∩<br />
Z = { . . . , −2, −1, 0, 1, 2, 3, . . . } (números inteiros) ⊂ IR<br />
∩<br />
Q = { p/q ; p, q ∈ Z , q = 0 } (números racionais) ⊂ IR<br />
Temos ainda números reais que não são racionais. São os chamados números irracionais.<br />
Alguns exemplos:<br />
(A) Consideremos um triângulo retângulo cujos catetos medem 1:<br />
Do Teorema de Pitágoras, temos a 2 = b 2 + c 2 = 2 .<br />
Portanto a = √ 2 (e √ 2 não é racional).<br />
1
2 CAPÍTULO 0<br />
(B) Outro número irracional famoso:<br />
FATO: A razão entre o comprimento e o diâmetro de qualquer circunferência é constante.<br />
Essa razão é um número chamado π .<br />
Assim, se C é qualquer circunferência, l o seu comprimento e r seu raio, temos:<br />
l<br />
2r<br />
π é um número irracional ( π ≈ 3, 141592 )<br />
= π<br />
Obs.: Existem muito mais números irracionais do que racionais !<br />
Operações básicas em IR<br />
Existem em IR duas operações básicas:<br />
ADIÇÃO: a ∈ IR, b ∈ IR ↦−→ a + b ∈ IR (soma)<br />
MULTIPLICAÇÃO: a ∈ IR, b ∈ IR ↦−→ a · b ∈ IR (produto)<br />
Essas operações possuem as seguintes propriedades:<br />
COMUTATIVIDADE: a + b = b + a<br />
a · b = b · a<br />
ASSOCIATIVIDADE: a + (b + c) = (a + b) + c<br />
a · (b · c) = (a · b) · c<br />
quaisquer que sejam a, b ∈ IR.<br />
EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS NEUTROS: a + 0 = a<br />
EXISTÊNCIA DE INVERSOS:<br />
quaisquer que sejam a, b e c ∈ IR.<br />
a · 1 = a<br />
para todo a ∈ IR.<br />
Todo a ∈ IR possui um INVERSO ADITIVO (−a) ∈ IR tal que a + (−a) = 0 .<br />
Todo a = 0 em IR possui um INVERSO MULTIPLICATIVO a −1 ∈ IR tal que a · a −1 = 1 .<br />
DISTRIBUTIVIDADE: a · (b + c) = (a · b) + (a · c) para todos a, b e c ∈ IR .
Preliminares 3<br />
Conseqüências: (das propriedades)<br />
1) Duas novas operações:<br />
Subtração: Dados a, b ∈ IR, definimos: a − b = a + (−b) ;<br />
Divisão: Dados a, b ∈ IR, com b = 0, definimos: a<br />
b = a · b−1 .<br />
2) a · 0 = 0 para todo a ∈ IR .<br />
3) Se a · b = 0 , então a = 0 ou b = 0 .<br />
4) Cada a ∈ IR possui um único inverso aditivo −a ∈ IR.<br />
Cada a = 0 em IR possui um único inverso multiplicativo a −1 ∈ IR .<br />
5) −a = (−1) · a para todo a ∈ IR.<br />
6) a −1 = 1<br />
a<br />
para todo a = 0 em IR.<br />
7) Para todos a, b ∈ IR , temos: a · (−b) = (−a) · b = −(a · b) e (−a) · (−b) = a · b .<br />
8) Se a 2 = b 2 então a = ±b .<br />
0.2 Relação de ordem em IR<br />
Podemos decompor a reta IR como uma união disjunta IR = IR + ∪ IR − ∪ { 0} :<br />
IR + é o conjunto dos números reais POSITIVOS;<br />
IR − é o conjunto dos números reais NEGATIVOS.<br />
De modo que:<br />
• Dado a ∈ IR, ocorre uma, e apenas uma, das seguintes alternativas:<br />
• a ∈ IR + ⇔ −a ∈ IR − ;<br />
ou a ∈ IR + ou a = 0 ou a ∈ IR −<br />
• A soma de dois números positivos é um número positivo.<br />
O produto de dois números positivos é um número positivo.
4 CAPÍTULO 0<br />
Dados números reais a e b, escrevemos a < b (ou b > a ) e dizemos que a é menor do que<br />
b (ou b é maior do que a ) quando b − a ∈ IR + , ou seja, b − a é um número positivo:<br />
Propriedades da relação de ordem:<br />
1) Se a < b e b < c então a < c .<br />
2) Se a, b ∈ IR então a = b ou a < b ou a > b .<br />
3) Se a < b então a + c < b + c para todo c ∈ IR.<br />
4) Se a < b , temos: c > 0 ⇒ a · c < b · c<br />
c < 0 ⇒ a · c > b · c<br />
5) Se a < b e a ′ < b ′ então a + a ′ < b + b ′ .<br />
6) Se 0 < a < b e 0 < a ′ < b ′ então 0 < a · a ′ < b · b ′ .<br />
7) Se a > 0 então 1<br />
a<br />
> 0 .<br />
8) Se 0 < a < b então 0 < 1<br />
b<br />
< 1<br />
a .<br />
Intervalos: Dados números reais a < b , definimos:<br />
(a, b) = { x ∈ IR ; a < x < b }<br />
[a, b] = { x ∈ IR ; a ≤ x ≤ b }<br />
(a, b] = { x ∈ IR ; a < x ≤ b }<br />
[a, b) = { x ∈ IR ; a ≤ x < b }
Preliminares 5<br />
(a, +∞) = { x ∈ IR ; x > a }<br />
[a, +∞) = { x ∈ IR ; x ≥ a }<br />
(−∞, b) = { x ∈ IR ; x < b }<br />
(−∞, b] = { x ∈ IR ; x ≤ b }<br />
(−∞, +∞) = IR<br />
• Atenção: +∞ e −∞ não são números reais ! São apenas símbolos !<br />
Conjuntos limitados:<br />
Um subconjunto X ⊂ IR é dito LIMITADO quando existem números reais a e b tais<br />
que, para todo x ∈ X tem-se a ≤ x ≤ b .<br />
Isto significa que X ⊂ [a, b] , com a, b ∈ IR .<br />
(Exemplos)<br />
Observações:<br />
(A) Todo conjunto finito é limitado.<br />
(B) CUIDADO ! NÃO CONFUNDA ILIMITADO COM INFINITO !<br />
Podemos ter conjuntos infinitos que sejam limitados.<br />
(C) FATO: O conjunto IN = { 1, 2, 3, 4, . . .} dos números naturais NÃO É limitado.<br />
Conseqüências importantes deste fato:<br />
(C.1) Propriedade arquimediana: Dados números reais a e b , com a > 0 , é possível obter<br />
um número natural n ∈ IN tal que n · a > b .<br />
⇓<br />
(C.2) Densidade dos racionais: Dados dois números reais a e b quaisquer, com a < b , é<br />
possível obter um número RACIONAL r = p/q ∈ Q (p, q ∈ Z, q = 0) tal que a < r < b<br />
(por menor que seja a distância entre a e b ).
6 CAPÍTULO 0<br />
A “densidade dos racionais” nos permite concluir que, dado qualquer número real x<br />
(mesmo irracional), é possível obter uma seqüência de números RACIONAIS que se aproximam<br />
de x tanto quanto quisermos !!!<br />
Exemplos:<br />
1) π = 3, 141592 . . .<br />
3 3, 1 = 31<br />
10<br />
3, 14 = 314<br />
100<br />
3, 141 = 3141<br />
1000<br />
2) Tome um número racional r1 > 0 e considere:<br />
r2 = 1<br />
<br />
r1 +<br />
2<br />
3<br />
<br />
r1<br />
↓<br />
r3 = 1<br />
<br />
r2 +<br />
2<br />
3<br />
<br />
r2<br />
↓<br />
r4 = 1<br />
<br />
r3 +<br />
2<br />
3<br />
<br />
r3<br />
↓.<br />
↓<br />
rn+1 = 1<br />
<br />
rn +<br />
2<br />
3<br />
<br />
rn<br />
↓.<br />
∈ Q (r2 > 0 , r 2 2 > 3 )<br />
∈ Q (r2 ≥ r3 > 0 , r 2 3 > 3 )<br />
3, 1415 = 31415<br />
10000<br />
∈ Q (r2 ≥ r3 ≥ r4 > 0 , r 2 4 > 3 )<br />
∈ Q (rn ≥ rn+1 > 0 , r 2 n+1 > 3 )<br />
. . . −→ π<br />
Esta seqüência de racionais (r1, r2, r3, . . . ) se aproxima (cada vez mais) de um certo<br />
número real. Qual ?<br />
Tente generalizar esse processo !<br />
0.3 Valor absoluto<br />
Dado qualquer número real x , definimos o VALOR ABSOLUTO DE x (ou M ÓDULO<br />
DE x ) da seguinte forma:<br />
|x| =<br />
<br />
x se x ≥ 0<br />
−x se x < 0<br />
Geometricamente (na Reta), o valor absoluto de um número real x é a distância de x até<br />
o 0 (zero). (Exemplos)
Preliminares 7<br />
Propriedades:<br />
1) Para todo x ∈ IR temos |x| = max {x, −x} (o maior dos dois valores).<br />
2) Para todo x ∈ IR temos |x| 2 = x 2 .<br />
3) |a · b| = |a| · |b| quaisquer que sejam a, b ∈ IR .<br />
4) |a + b| ≤ |a| + |b| quaisquer que sejam a, b ∈ IR .<br />
5) Seja c > 0 : |x| ≤ c ⇔ −c ≤ x ≤ c<br />
0.4 Funções<br />
|x| ≥ c ⇔ x ≤ −c ou x ≥ c<br />
• Definição: Uma função f : X → Y é constituída de:<br />
(a) Um conjunto X chamado o DOMÍNIO da função (onde a função está definida)<br />
(b) Um conjunto Y chamado o CONTRA-DOMÍNIO da função (onde f “toma os valores”)<br />
(c) Uma correspondência que associa, de modo bem determinado, a CADA elemento x ∈ X<br />
um ÚNICO elemento f(x) = y ∈ Y .<br />
Obs.: Estaremos interessados em estudar funções tais que X e Y são conjuntos de números<br />
reais. Por isso vamos sempre considerar este caso de agora em diante.<br />
• Imagem: Dada uma função f : X → Y , sua IMAGEM é o conjunto<br />
f(X) = { f(x) ; x ∈ X } ⊂ Y<br />
• Os elementos do domínio são representados por uma VARIÁVEL INDEPENDENTE.<br />
Os elementos da imagem são representados por uma VARIÁVEL DEPENDENTE.<br />
• Gráfico: O GRÁFICO de uma função f : X → Y é o conjunto dos pontos (x, y) do<br />
Plano Cartesiano tais que y = f(x) , com x ∈ X .<br />
• Funções limitadas: Uma função f : X → Y é dita LIMITADA quando sua imagem<br />
f(X) é um conjunto limitado. Em geral, é dita LIMITADA EM A ⊂ X quando f(A) é um<br />
conjunto limitado.
8 CAPÍTULO 0<br />
• Funções crescentes ou decrescentes: Uma função f : X → Y é dita ...<br />
... CRESCENTE quando x1 < x2 em X ⇒ f(x1) < f(x2) .<br />
... DECRESCENTE quando x1 < x2 em X ⇒ f(x1) > f(x2) .<br />
(Obs.: o mesmo tipo de definição se aplica também a subconjuntos do domínio - por exemplo,<br />
podemos dizer que uma certa função é crescente ou decrescente em um determinado intervalo<br />
dentro do domínio).<br />
Exemplos:<br />
(A) f1 : IR → IR dada por f1(x) = −x 2 + 4 .<br />
(B) f2 : [1, 3] → IR dada por f2(x) = −x 2 + 4 .<br />
(C) f3 : IR → IR dada por f3(x) = |x| .<br />
(D) f4 : IR → IR dada por f4(x) = |−x 2 + 4| .<br />
(E) f5 : [−1, 1] → [0, +∞) dada por f5(x) = √ 1 − x 2 .<br />
(F) f6 : [−1, 1] → IR que associa x ↦→ y tais que x2 + y2 = 1 NÃO É UMA FUNÇÃO<br />
BEM DETERMINADA.<br />
⎧<br />
⎪⎨<br />
(G) f7 : IR → IR dada por f7(x) =<br />
⎪⎩<br />
1<br />
x<br />
se x > 1<br />
4<br />
−3 se x ≤ 1<br />
4<br />
(H) f8 : (−∞, 0) ∪ (1, 2] → IR dada por f8(x) = x .<br />
(I) f9 : IR → IR dada por f9(x) = −2x + 1 .<br />
(J) f10 : [0, +∞) → IR dada por f10(x) = − √ x .
Preliminares 9<br />
• Máximos e mínimos: Dizemos que uma função f : X → Y assume VALOR<br />
MÁXIMO ABSOLUTO (ou GLOBAL) em um ponto c ∈ X quando f(x) ≤ f(c) para todo<br />
x ∈ X . Neste caso f(c) é chamado VALOR MÁXIMO ABSOLUTO DE f.<br />
Quando existir um intervalo (a, b) contendo c ∈ X tal que f(x) ≤ f(c) para todo<br />
x ∈ (a, b) ∩ X , então c é dito um PONTO DE MÁXIMO RELATIVO (ou LOCAL) e f(c)<br />
é um VALOR MÁXIMO RELATIVO DE f.<br />
De modo análogo, definimos também MÍNIMOS ABSOLUTOS (GLOBAIS) E MÍNIMOS<br />
RELATIVOS (LOCAIS).<br />
(Ilustração)<br />
Exemplo: f4 : IR → IR dada por f4(x) = |−x 2 + 4| .<br />
Observações:<br />
(i) Todo máximo (mínimo) absoluto é máximo (mínimo) local.<br />
(ii) Uma função PODE NÃO ASSUMIR valores máximos ou mínimos.<br />
Exercício: Para cada uma das funções dos exemplos anteriores (Exemplos (A)-(J)), deter-<br />
mine seus pontos e valores máximos e mínimos, se existirem.<br />
• Construção de funções através de operações: Sejam f, g : X → IR funções<br />
definidas num mesmo domínio X ⊂ IR .<br />
A partir de f e g vamos construir novas funções (f + g), (f − g), (f · g) :<br />
(f + g) : X → IR dada por (f + g)(x) = f(x) + g(x)<br />
(f − g) : X → IR dada por (f − g)(x) = f(x) − g(x)<br />
(f · g) : X → IR dada por (f · g)(x) = f(x) · g(x)
10 CAPÍTULO 0<br />
Para ilustrar, consideremos a função indentidade f : IR → IR dada por f(x) = x e<br />
funções constantes do tipo gc : IR → IR dadas por gc(x) = c (cada c é um número real<br />
qualquer, fixado).<br />
Utilizando a função identidade e funções constantes, podemos construir (através das operações<br />
de adição e multiplicação) um importante tipo de função p : IR → IR chamada FUNÇ ÃO<br />
POLINOMIAL:<br />
p(x) = anx n + an−x n−1 + . . . + a2x 2 + a1x + a0 para todo x ∈ IR<br />
(essa é dita uma função polinomial de grau n)<br />
(Exemplos)<br />
an, an−1, . . . , a2, a1, a0 ∈ IR , an = 0<br />
Se quisermos utilizar a operação de divisão, temos que tomar o cuidado para evitar “divisões<br />
por 0 (zero)”.<br />
Assim, dadas f, g : X → IR e sendo Z = { x ∈ X ; g(x) = 0 } , podemos definir:<br />
(f/g) : X − Z → IR pondo (f/g)(x) = f(x)<br />
g(x)<br />
Para ilustrar, temos as chamadas FUNÇÕES RACIONAIS, dadas pelo quociente de funções<br />
polinomiais:<br />
(Exemplos)<br />
• Composição de funções:<br />
p, q : IR → IR (polinomiais) , Z = { x ∈ IR ; q(x) = 0 }<br />
⇓<br />
(p/q) : IR − Z → IR dada por (p/q)(x) = p(x)<br />
q(x)<br />
Sejam f : X → IR e g : Y → Z funções tais que f(X) ⊂ Y (a imagem de f está<br />
contida no domínio de g).
Preliminares 11<br />
A cada elemento de X associamos um único elemento de Z, aplicando inicialmente a função<br />
f e depois a função g.<br />
Podemos pensar então em uma função de X em Z que associa a cada elemento x ∈ X<br />
um único elemento g(f(x)) ∈ Z :<br />
(Exemplos)<br />
• Inversão de funções:<br />
(g ◦ f) : X −→ Z<br />
x ↦−→ g(f(x))<br />
Seja f : X → Y uma função. A cada x ∈ X está associado um único f(x) ∈ Y .<br />
Nos interessa a situação em que a associação inversa f(x) ↦→ x é uma função de Y em X.<br />
Para isso, f deverá possuir duas características:<br />
• f(X) = Y (a imagem de f é todo o conjunto Y );<br />
• x1 = x2 em X ⇒ f(x1) = f(x2) em Y .<br />
Uma função f : X → Y é chamada SOBREJETORA quando f(X) = Y , ou seja, a<br />
imagem de f é todo o contradomínio Y . (Exemplos)<br />
Uma função f : X → Y é chamada INJETORA quando elementos distintos do domínio<br />
têm sempre imagens distintas, ou seja, x1 = x2 em X ⇒ f(x1) = f(x2) em Y . (Exemplos)<br />
Uma função f : X → Y é INVERTÍVEL quando ela é sobrejetora e injetora ao mesmo<br />
tempo (BIJETORA). Neste caso existe uma FUNÇÃO g : Y → X que associa y ↦→ g(y) e<br />
tal que g(f(x)) = x ∀ x ∈ X e f(g(y)) = y ∀ y ∈ Y .<br />
g é dita A INVERSA DA FUNÇ ÃO f e escrevemos g = f −1 .<br />
(Exemplo)
12 CAPÍTULO 0<br />
Exercício: Para cada uma das funções dadas posteriormente, faça o que se pede:<br />
a) Faça um esboço do GRÁFICO da função.<br />
b) Obtenha o conjunto IMAGEM e responda se a função dada é LIMITADA ou não.<br />
c) Em que partes de seu domínio a função é CRESCENTE ou DECRESCENTE ?<br />
d) Determine pontos e valores MÁXIMOS ou MÍNIMOS (quando existirem).<br />
e) A função é INJETORA ? Justifique.<br />
f) A função é SOBREJETORA ? Justifique.<br />
g) Se a função dada for INVERTÍVEL, determine sua INVERSA e faça um esboço do<br />
GRÁFICO DA FUNÇÃO INVERSA.<br />
1) f1 : IR → IR dada por f1(x) = 3x − 1 .<br />
2) g1 : IR → IR + ∪ {0} dada por g1(x) = |3x − 1| .<br />
3) h1 : IR → IR dada por h1(x) = −x 2 + 9 .<br />
4) p1 : (0, 3] → (0, 6] dada por p1(x) = 2x .<br />
5) q1 : (−∞, 5] → IR dada por q1(x) =<br />
<br />
x 2 se x < 1<br />
−x + 2 se x ≥ 1 .<br />
6) r1 : [0, +∞) → IR + ∪ {0} dada por r1(x) = |x 2 − 3x| .<br />
7) s1 : IR → IR dada por s1(x) = x 2 + 2 .<br />
8) u1 : [−2, 3] → IR dada por u1(x) = x 2 + 2 .<br />
9) v1 : IR + → IR + dada por v1(x) = x 2 .<br />
10) f2 : IR → IR dada por f2(x) = − |x| .<br />
11) g2 : IR → IR dada por g2(x) = − x<br />
3<br />
+ 1 .
Preliminares 13<br />
12) h2 : (−3, +∞) → IR dada por h2(x) = − x<br />
3<br />
+ 1 .<br />
13) p2 : IR + ∪ {0} → IR − ∪ {0} dada por p2(x) = − √ 2x .<br />
14) q2 : IR → IR dada por q2(x) =<br />
15) r2 : IR → IR dada por r2 = q2.s1 .<br />
<br />
1 se 1 ≤ x ≤ 3<br />
0 se x < 1 ou x > 3 .<br />
<br />
16) s2 : IR → IR dada por s2(x) =<br />
1/x<br />
0<br />
se x = 0<br />
se x = 0 .<br />
⎧<br />
⎪⎨<br />
√<br />
−x se x < 0<br />
17) u2 : IR → [−1, +∞) dada por u2(x) = −1/2<br />
⎪⎩ √<br />
x − 1<br />
se x = 0<br />
se x > 0<br />
.<br />
<br />
18) v2 : (−∞, −1) ∪ [0, +∞) → IR dada por v2(x) =<br />
−π<br />
x<br />
se x < −1<br />
2 se x ≥ 0<br />
19) f3 : (−1, 1] → IR dada por f3(x) = 1 − √ 1 − x 2 .<br />
0.5 Funções exponenciais e logarítmicas<br />
Revisão:<br />
a ∈ IR , n = 1, 2, 3, . . . ⇒ a n = a · a · a · . . . · a (n vezes).<br />
a = 0 ⇒ a 0 = 1 e a −n = 1<br />
a n (n = 1, 2, 3, . . .) .<br />
n PAR e a ≥ 0 : b = n√ a ⇔ b n = a , b ≥ 0 .<br />
n ÍMPAR e a ∈ IR : b = n√ a ⇔ b n = a .<br />
Definimos potências RACIONAIS de números reais positivos do seguinte modo:<br />
a > 0 , p, q inteiros , q = 0 ⇒ a p/q = q√ a p<br />
Temos, neste caso: a r1 · a r2 = a r1+r2 e a r > 0 .<br />
.
14 CAPÍTULO 0<br />
Nos interessa agora definir a x , com x ∈ IR (qualquer, mesmo irracional).<br />
Para isso consideremos a > 0 .<br />
Se x é racional, já temos a p/q = q√ a p .<br />
Se x é IRRACIONAL, sabemos que é possível obter uma seqüência de racionais r1, r2, r3, . . .<br />
que se aproxima de x tanto quanto quisermos:<br />
r1, r2, r3, . . . −→ x<br />
FATO: A seqüência a r1 , a r2 , a r3 , . . . se aproxima de um número real, o qual DEFINI-<br />
MOS como a x .<br />
Temos então a nossa função exponencial de base a:<br />
• Fixado a > 0 em IR, a função fa : IR → IR + dada por fa(x) = a x para todo x ∈ IR<br />
é chamada FUNÇÃO EXPONENCIAL DE BASE a.<br />
Propriedades:<br />
Gráfico:<br />
a x · a y = a x+y , (a x ) y = a x·y , (a · b) x = a x · b x , a 0 = 1<br />
Crescimento ou decrescimento: fa(x) = a x é<br />
Inversa: Se a = 1 então fa : IR → IR +<br />
x ↦→ a x<br />
mitindo portanto uma função inversa f −1<br />
a : IR + → IR<br />
y ↦→ f −1<br />
a (y)<br />
<br />
CRECENTE se a > 1<br />
DECRESCENTE se a < 1<br />
é SOBREJETORA e INJETORA, ad-<br />
.
Preliminares 15<br />
f −1<br />
a<br />
−1<br />
é chamada FUNÇÃO LOGARÍTMICA DE BASE a e escrevemos fa (y) = loga y .<br />
Temos então: y = a x ⇔ x = log a y .<br />
x fa<br />
↦−→ a x = y<br />
y<br />
f −1<br />
a<br />
↦−→ x = log a y<br />
f −1<br />
a<br />
↦−→ x = log a y = log a a x<br />
fa<br />
↦−→ y = a x = a loga y<br />
• Fixado a > 0 , a = 1 em IR, temos a função f −1<br />
a : IR + → IR dada por f −1<br />
a (y) = log a y .<br />
Propriedades:<br />
Gráfico:<br />
Um número especial<br />
log a(x · y) = log a x + log a y , log a(x y ) = y · log a x , log a 1 = 0<br />
(A) Séries numéricas:<br />
Uma S ÉRIE NUMÉRICA é uma soma x1 + x2 + x3 + . . . com uma quantidade INFINITA<br />
de parcelas.<br />
ATENÇÃO: Uma série pode representar ou não um número real bem definido !!!<br />
Para vermos isso, precisamos observar o comportamento das chamadas somas parciais:<br />
s1 = x1<br />
s2 = x1 + x2<br />
s3 = x1 + x2 + x3<br />
.
16 CAPÍTULO 0<br />
Quando a seqüência s1 , s2 , s3 , . . . se aproxima tanto quanto desejarmos de um número<br />
a ∈ IR à medida que n cresce, dizemos que a série CONVERGE PARA a e escrevemos<br />
x1 + x2 + x3 + . . . = a<br />
Caso contrário a série é chamada DIVERGENTE (a soma não é um número real bem<br />
definido).<br />
Exemplos:<br />
1) 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + . . . é uma série DIVERGENTE.<br />
s1 = 1<br />
s2 = 1 + 1 = 2<br />
s3 = 1 + 1 + 1 = 3<br />
.<br />
sn = n<br />
.<br />
A seqüência s1, s2, s3, . . . não se aproxima de nenhum número real em particular. Por-<br />
tanto a série é divergente.<br />
2) Se r ∈ IR e |r| < 1 , sabemos que 1 + r + r 2 + r 3 + . . . = 1<br />
1 − r (CONVERGENTE!)<br />
Em particular: 1 + 1<br />
2<br />
3) 1 + 1<br />
2<br />
4) π 1<br />
−<br />
2 3!<br />
+ 1<br />
3<br />
+ 1<br />
4<br />
<br />
π<br />
3 +<br />
2<br />
1<br />
5!<br />
+ 1<br />
5<br />
+ 1<br />
4<br />
+ 1<br />
8<br />
1<br />
1<br />
+ + . . . =<br />
16 1 − 1<br />
2<br />
= 1 1<br />
2<br />
= 2<br />
+ . . . (série harmônica) é uma série DIVERGENTE.<br />
<br />
π<br />
5 −<br />
2<br />
1<br />
7!<br />
<br />
π<br />
7 + . . . = 1 (CONVERGENTE)<br />
2<br />
5) 1 − 1 + 1 − 1 + 1 − 1 + 1 − 1 + . . . é uma série DIVERGENTE.<br />
(B) Séries de termos não-negativos:<br />
Vamos considerar séries x1 + x2 + x3 + . . . tais que xn ≥ 0 para todo n ∈ IN .<br />
FATO: Uma série x1 + x2 + x3 + . . . de termos não-negativos converge se, e somente se,<br />
existe b ∈ IR tal que x1 + x2 + x3 + ... + xn ≤ b para todo n ∈ IN (“a soma é limitada”).
Preliminares 17<br />
(C) O número e :<br />
Consideremos a série 1 + 1 + 1 1 1 1<br />
+ + + + . . .<br />
2! 3! 4! 5!<br />
É fácil ver que<br />
2 < 1 + 1 + 1 1 1 1<br />
1<br />
+ + + + . . . < 1 + 1 +<br />
2! 3! 4! 5! 2<br />
1 1 1<br />
+ + + + . . . = 3<br />
22 23 24 Segue do FATO anterior que a série 1 + 1 + 1 1 1<br />
+ + + . . . CONVERGE para um<br />
2! 3! 4!<br />
número real (entre 2 e 3), conhecido por CONSTANTE DE EULER e denotado por e .<br />
O número real e acima definido irá desempenhar um importante papel ao longo do nosso<br />
curso de <strong>Cálculo</strong> I, no que se refere às funções exponencial e logarítmica, na base e :<br />
Exponencial: e x e sua inversa, a função logarítmica log e x (escrevemos log x ou ln x ).<br />
Obs.: Outro modo de obter o número e :<br />
<br />
1 + 1<br />
1<br />
1<br />
,<br />
<br />
1 + 1<br />
2<br />
2<br />
,<br />
<br />
1 + 1<br />
3<br />
0.6 Funções trigonométricas<br />
• Medidas de ângulos em radianos:<br />
3<br />
,<br />
<br />
1 + 1<br />
4 4<br />
. . . −→ e<br />
Um ângulo mede 1 RADIANO quando corresponde a um arco de circunferência (centrada<br />
no vértice do ângulo) de comprimento igual ao raio da circunferência considerada:<br />
Assim, um ângulo que mede θ rad corresponde a um arco de comprimento θ · r , sendo<br />
r o raio da circunferência considerada:<br />
θ<br />
1<br />
= l<br />
r<br />
⇒ l = θ · r<br />
Desta forma, é fácil ver que a medida de “uma volta” em radianos é 2π rad :<br />
2πr = θ · r ⇒ θ = 2π rad
18 CAPÍTULO 0<br />
• Relações trigonométricas nos triângulos retângulos:<br />
Consideremos 0 < θ < π<br />
2<br />
e um ângulo de θ rad em um triângulo retângulo:<br />
sen θ = b<br />
a<br />
cos θ = c<br />
a<br />
• O círculo trigonométrico:<br />
Relações:<br />
tg θ =<br />
sen θ<br />
cos θ<br />
= b<br />
c<br />
cos 2 θ + sen 2 θ = 1<br />
cos 2 θ + sen 2 θ = 1 , sec 2 θ = 1 + tg 2 θ , csc 2 θ = 1 + ctg 2 θ , ctg θ = 1<br />
tg θ<br />
• Ângulos notáveis:<br />
θ (rad) 0 π/6 π/4 π/3 π/2 π 3π/2 2π<br />
sen θ 0 1<br />
cos θ 1<br />
tg θ 0<br />
√ √<br />
2 3 1 0 −1 0<br />
√2 √2 2<br />
3 2 1 0 −1 0 1<br />
√2 2 2<br />
3 1 3 √ 3 ∄ 0 ∄ 0<br />
( sen θ = 0)
Preliminares 19<br />
• Fórmulas de transformação:<br />
⎧<br />
⎨<br />
⎩<br />
⎧<br />
⎪⎨<br />
⎪⎩<br />
⎧<br />
⎪⎨<br />
⎪⎩<br />
cos(a + b) = cos a · cos b − sen a · sen b cos(a − b) = cos a · cos b + sen a · sen b<br />
sen (a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a sen (a − b) = sen a · cos b − sen b · cos a<br />
sen 2 a =<br />
cos 2 a =<br />
cos a · cos b =<br />
sen a · sen b =<br />
1 − cos 2a<br />
2<br />
1 + cos 2a<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
2<br />
sen a · cos b = 1<br />
2<br />
• Funções trigonométricas:<br />
Função SENO:<br />
Gráfico:<br />
Im ( sen ) = [−1, 1]<br />
· cos(a + b) + 1<br />
2<br />
· cos(a − b) − 1<br />
2<br />
· sen (a + b) + 1<br />
2<br />
· cos(a − b)<br />
· cos(a + b)<br />
· sen (a − b)<br />
sen : IR −→ IR<br />
sen (−x) = − sen x (é uma função ÍMPAR)<br />
x ↦−→ sen x<br />
sen (x + 2π) = sen x (é uma função PERIÓDICA de período T = 2π)
20 CAPÍTULO 0<br />
A função SENO é ...<br />
... CRESCENTE em [kπ − π/2 , kπ + π/2] , k PAR, k ∈ Z<br />
... DECRESCENTE em [kπ − π/2 , kπ + π/2] , k<br />
ÍMPAR, k ∈ Z<br />
Assume o VALOR MÁXIMO ABSOLUTO 1 em x = 2kπ + π/2 (k ∈ Z)<br />
Assume o VALOR MÍNIMO ABSOLUTO −1 em x = 2kπ + 3π/2 (k ∈ Z)<br />
Se sen x = 0 , então temos csc x = 1<br />
sen x<br />
. Assim, não é difícil ver que a função<br />
csc : IR − {kπ , k ∈ Z} → IR , que associa x ↦→ csc x = 1/ sen x tem gráfico:<br />
A função SENO NÃO É injetora e NÃO É sobrejetora, mas<br />
f : [−π/2, π/2] −→ [−1, 1]<br />
x ↦−→ sen x<br />
e tem portanto inversa<br />
f −1 : [−1, 1] −→ [−π/2, π/2]<br />
é BIJETORA<br />
y ↦−→ f −1 (y) = arc sen y<br />
Exercício: Faça um estudo semelhante ao que fizemos com a função SENO, para as funções<br />
COSSENO e TANGENTE.
Capítulo 1<br />
A Derivada<br />
1.1 Motivação<br />
Seja dada uma função f : X → Y (X, Y ⊂ IR) .<br />
Para cada x ∈ X , a melhor maneira de se aproximar f numa vizinhança de x por uma<br />
função cujo gráfico é uma reta é através da reta tangente ao gráfico de f no ponto (x, f(x)) ,<br />
se houver esta tangente.<br />
Conseqüência: Podemos relacionar uma série de informações sobre o comportamento de<br />
f com o coeficiente angular mt da reta tangente ao gráfico de f em cada ponto (onde existir).<br />
Por exemplo:<br />
(A) f crescente em um intervalo ⇔ mt > 0 neste intervalo.<br />
21
22 CAPÍTULO 1<br />
(B) f decrescente em um intervalo ⇔ mt < 0 neste intervalo.<br />
(C)<br />
(D)<br />
(E)<br />
f assumindo máximo ou mínimo local<br />
no interior de um intervalo<br />
Concavidade do gráfico de f<br />
voltada para cima, em um intervalo<br />
Concavidade do gráfico de f<br />
voltada para baixo, em um intervalo<br />
<br />
<br />
<br />
⇒ mt = 0 no ponto de máximo ou mínimo.<br />
⇒ mt crescente neste intervalo.<br />
⇒ mt decrescente neste intervalo.<br />
Obtendo “mt” (coeficiente angular da reta tangente)<br />
Dada f : X → Y (X, Y ⊂ IR) , seja a ∈ I(intervalo aberto) ⊂ X. Queremos obter o<br />
coeficiente angular mta da reta ta , tangente ao gráfico de f no ponto (a, f(a)) :
A Derivada 23<br />
Para fazermos isso, vamos utilizar “APROXIMAÇÕES POR RETAS SECANTES”:<br />
Para cada x = a (em I), temos uma reta secante sa (que depende do ponto x),<br />
secante ao gráfico de f, passando pelos pontos (a, f(a)) e (x, f(x)) :<br />
Temos então uma função msa : I − {a} → IR<br />
x ↦→ msa(x) =<br />
f(x) − f(a)<br />
x − a<br />
Nos interessa investigar o comportamento de msa(x) (coeficiente angular das secantes)<br />
quando x se aproxima de a , sem assumir o valor a ( x → a ).<br />
O esperado é que, quando x → a , msa(x) se aproxime tanto quanto quisermos de algum<br />
número real e teremos<br />
msa(x) → mta ∈ IR , quando x → a<br />
Neste caso, dizemos que a função f é derivável no ponto a, existe a reta tangente ao gráfico<br />
de f no ponto (a, f(a)) e seu coeficiente angular mta é chamado a derivada de f no ponto<br />
a (escrevemos f ′ (a) ).<br />
Obs.:<br />
É fundamental, para fazermos x → a , que possamos aproximar o ponto a por uma<br />
seqüência de pontos do domínio X de f, diferentes de a.<br />
Exemplo:
24 CAPÍTULO 1<br />
Precisamos portanto sistematizar o todo este processo, ou seja,<br />
Dada uma função g : X → Y e um ponto a que pode ser aproximado por<br />
pontos x ∈ X , x = a queremos estudar o comportamento de g(x) quando x → a<br />
(x se aproxima de a por valores diferentes de a) e saber se g(x) → L ∈ IR quando<br />
x → a .<br />
1.2 Limites<br />
Dada uma função f : X → IR , nos interessa conhecer o comportamento de f(x) quando<br />
x se aproxima de a , x = a .<br />
Para isso, a não precisa pertencer ao domínio de f, mas deve ser aproximado por pontos<br />
do domínio:<br />
Definição 1.1. (Ponto de acumulação): Um ponto a é chamado um PONTO DE ACUMULAÇ ÃO<br />
do conjunto X quando podemos encontrar pontos de X, diferentes de a, tão próximos de a<br />
quanto quisermos, ou seja, a pode ser aproximado por pontos de X diferentes de a.<br />
Denotamos por X ′ o conjunto dos pontos de acumulação de X.<br />
Exemplos:<br />
(A) A = [−1, 3)<br />
O conjunto dos pontos de acumulação de A é A ′ = [−1, 3] .<br />
(B) B = (0, 2) ∪ (2, 3)<br />
Temos B ′ = [0, 3] .<br />
(C) C = [1, 2] ∪ (3, 5) ∪ {7}<br />
Neste caso C ′ = [1, 2] ∪ [3, 5] .
A Derivada 25<br />
Consideremos agora, por exemplo, a função f : IR − {1} → IR dada por<br />
f(x) = 3x2 − 2x − 1<br />
x − 1<br />
1 não pertence ao domínio de f, mas é ponto de acumulação de IR − {1} . Podemos<br />
então observar o comportamento de f(x) quando x → 1 (x se aproxima de 1, x = 1)<br />
Temos:<br />
x 0 0, 9 0, 99 0, 999 0, 9999<br />
f(x) 1 3, 7 3, 97 3, 997 3, 9997<br />
x 2 1, 1 1, 01 1, 001 1, 0001<br />
f(x) 7 4, 3 4, 03 4, 003 4, 0003<br />
Observemos que f(x) se aproxima cada vez mais de 4 à medida que x → 1 .<br />
Dizemos então que 4 é o limite de f(x) quando x tende a 1 (x → 1) e escrevemos:<br />
A definição de limite<br />
lim<br />
x→1<br />
3x 2 − 2x − 1<br />
x − 1<br />
= 4 .<br />
Definição 1.2. Sejam f : X → IR uma função e a ∈ X ′ (a é ponto de acumulação do<br />
domínio - não precisa pertencer a X).<br />
Dizemos que um número real L é o LIMITE de f(x) quando x tende a a , e escrevemos<br />
quando ...<br />
lim<br />
x→a<br />
f(x) = L<br />
... podemos obter f(x) tão próximo de L quanto<br />
desejarmos, sempre que x se aproxima de a, por va-<br />
lores (no domínio de f) diferentes de a .<br />
⇕ TRADUZINDO<br />
... para cada ɛ > 0 dado, é possível obter um<br />
δ > 0 (em geral dependendo do ɛ) tal que :<br />
se x ∈ X e 0 < |x − a| < δ então |f(x) − L| < ɛ .
26 CAPÍTULO 1<br />
Alguns limites fundamentais<br />
• Fixemos c ∈ IR e seja f1 : IR → IR dada por f1(x) = c ∀ x ∈ IR (função constante).<br />
Para cada a ∈ IR temos:<br />
lim<br />
x→a f1(x) = lim c = c<br />
x→a<br />
• Seja f2 : IR → IR dada por f2(x) = x ∀ x ∈ IR (função identidade).<br />
Para cada a ∈ IR temos:<br />
lim<br />
x→a f2(x) = lim x = a<br />
x→a<br />
• Seja f3 : IR → IR dada por f3(x) = sen x ∀ x ∈ IR .<br />
Temos:<br />
lim<br />
x→0<br />
sen x = 0<br />
• Seja f4 : IR → IR dada por f4(x) = cos x ∀ x ∈ IR .<br />
Temos:<br />
lim<br />
x→0<br />
cos x = 1<br />
• Seja f5 : IR − { 0} → IR dada por f5(x) =<br />
Temos:<br />
lim<br />
x→0<br />
sen x<br />
x<br />
• Seja f6 : IR − { 0} → IR dada por f6(x) =<br />
Temos:<br />
lim<br />
x→0<br />
cos x − 1<br />
x<br />
sen x<br />
x<br />
= 1<br />
cos x − 1<br />
x<br />
= 0<br />
• Seja f7 : IR − { 0} → IR dada por f7(x) = ex − 1<br />
x<br />
Temos:<br />
lim<br />
x→0<br />
ex − 1<br />
= 1<br />
x<br />
∀ x = 0 .<br />
∀ x = 0 .<br />
∀ x = 0 .
A Derivada 27<br />
1.3 Teoremas para (ajudar no) cálculo de limites<br />
Teorema 1.1. Sejam f : X → IR e a ∈ X ′ . Temos:<br />
lim f(x) = L ⇔ lim (f(x) − L) = 0 ⇔ lim |f(x) − L| = 0<br />
x→a x→a x→a<br />
Em particular, considerando L = 0 , temos: lim<br />
x→a f(x) = 0 ⇔ lim<br />
x→a |f(x)| = 0 .<br />
Exemplo: Sabemos que lim<br />
x→0 x = 0 . Então segue que lim<br />
x→0 |x| = 0 .<br />
Teorema 1.2. (Sanduíche) Sejam f , g , h funções tais que f(x) ≤ g(x) ≤ h(x) para todo<br />
x = a em um intervalo aberto contendo a .<br />
Se lim<br />
x→a f(x) = L = lim<br />
x→a h(x) , então lim<br />
x→a g(x) = L .<br />
Exemplo: Vamos mostrar que lim<br />
x→0 sen x = 0 .
28 CAPÍTULO 1<br />
Teorema 1.3. Sejam f , g : X → IR , a ∈ X ′ e lim<br />
x→a f(x) = L , lim<br />
x→a g(x) = M . Então:<br />
lim [f(x) ± g(x)] = L ± M ;<br />
x→a<br />
lim f(x) · g(x) = L · M ;<br />
x→a<br />
lim<br />
x→a<br />
lim<br />
x→a<br />
f(x)<br />
g(x)<br />
= L<br />
M<br />
<br />
n<br />
n<br />
f(x) = √ L<br />
Exemplos:<br />
se M = 0 ;<br />
<br />
se n é ÍMPAR e L é qualquer real<br />
se n é PAR e L > 0<br />
(A) Seja p : IR → IR dada por p(x) = cnx n + cn−1x n−1 + . . . + c1x + c0 ,<br />
com cn, cn−1, . . . , c1, c0 ∈ IR (constantes) e cn = 0 ( p é uma função polinomial de grau n).
A Derivada 29<br />
(B) Funções racionais (quocientes de funções polinomiais)<br />
(C) lim<br />
x→0 cos x = 1
30 CAPÍTULO 1<br />
(D) lim<br />
x→0<br />
(E) lim<br />
x→0<br />
sen x<br />
x<br />
= 1<br />
cos x − 1<br />
x<br />
= 0
A Derivada 31<br />
Teorema 1.4. Se lim<br />
x→a f(x) = 0 e g é limitada num intervalo aberto contendo o ponto a<br />
(sem precisar estar definida em a), então lim<br />
x→a f(x) · g(x) = 0 .<br />
(Exemplo)<br />
Teorema 1.5. (Troca de variáveis) Se lim f(u) = L , lim u(x) = b (x → a ⇒ u → b) e<br />
u→b x→a<br />
x = a ⇒ u = b , então<br />
Exemplos:<br />
(A) lim<br />
x→0<br />
(B) lim<br />
x→0<br />
sen 4x<br />
4x<br />
sen 3x<br />
x<br />
lim f(u(x)) = lim f(u) = L<br />
x→a u→b<br />
(C) Seja f uma função definida num intervalo contendo um ponto a. Vamos observar o que<br />
ocorre com o limite lim<br />
x→a<br />
(D) lim<br />
x→0<br />
5 x − 1<br />
x<br />
f(x) − f(a)<br />
x − a<br />
quando fazemos a mudança de variáveis h = x − a :
32 CAPÍTULO 1<br />
Exercícios:<br />
f(x)<br />
1) Prove que se lim f(x) = L = 0 e lim g(x) = 0 então ∄ (não existe) lim<br />
x→a x→a x→a g(x) .<br />
f(x)<br />
Sugestão: Suponha que exista lim<br />
x→a g(x)<br />
2) Calcule os limites abaixo, justificando:<br />
a) lim<br />
x→3<br />
x2 − 9<br />
x − 3<br />
b) lim<br />
x→1/2<br />
3 + 2x<br />
5 − x<br />
c) lim<br />
x→0<br />
√ √<br />
x + 2 − 2<br />
x<br />
d) lim<br />
x→2<br />
e) lim<br />
x→−3<br />
x − 2<br />
x 4 − 16<br />
x + 3<br />
(1/x) + (1/3)<br />
i) lim x<br />
x→0 3 <br />
1<br />
sen 3√<br />
x<br />
m) lim<br />
t→0<br />
q) lim<br />
h→0<br />
v) lim<br />
x→0<br />
1 − cos t<br />
sen t<br />
3√ h + 1 − 1<br />
h<br />
1 − cos x<br />
x 2<br />
<br />
f(x)<br />
= M e considere lim f(x) = lim<br />
x→a x→a g(x)<br />
<br />
· g(x) .<br />
Sugestão: racionalize o numerador<br />
Sugestão: use que (a n − b n ) = (a − b).(a n−1 + a n−2 b + . . . + ab n−2 + b n−1 )<br />
n) lim<br />
x→2<br />
f) lim<br />
x→0<br />
j) lim<br />
h→0<br />
r) lim<br />
x→0<br />
w) lim<br />
x→0<br />
|x|<br />
√ x 4 + 7<br />
4 − √ 16 + h<br />
h<br />
x 2 − x − 2<br />
(x − 2) 2<br />
1 + tg x<br />
sen x<br />
3 x − 1<br />
x<br />
x) lim<br />
x→0<br />
x2 + 5x + 6<br />
x2 − x − 12<br />
<br />
h) lim<br />
u→1<br />
k) lim<br />
x→3<br />
3 2 + 5x − 3x3 x2 − 1<br />
l) lim<br />
y→−2<br />
g) lim<br />
x→−3<br />
o) lim<br />
x→4<br />
s) lim<br />
t→0<br />
Teoremas adicionais sobre limites<br />
3x 2 − 17x + 20<br />
4x 2 − 25x + 36<br />
sen 2 2t<br />
t 2<br />
3x 2<br />
1 − cos 2 (x/2)<br />
t) lim<br />
x→π<br />
Teorema 1.6. (Unicidade do limite) Sejam f : X → IR e a ∈ X ′ .<br />
O lim<br />
x→a f(x) , quando existe, é único.<br />
p) lim<br />
w→0<br />
sen x<br />
x − π<br />
1<br />
√ 5 − u<br />
sen 3w<br />
sen 5w<br />
u) lim<br />
x→0<br />
y 3 + 8<br />
y + 2<br />
x<br />
cos x<br />
Teorema 1.7. Sejam f : X → IR e a ∈ X ′ . Se existe L = lim<br />
x→a f(x) então a função f é<br />
LIMITADA num intervalo aberto contendo o ponto a.<br />
Exemplo: Seja f : IR − {0} → IR dada por f(x) = 1<br />
x<br />
0 é ponto de acumulação do domínio IR − {0} .<br />
Podemos afirmar que NÃO EXISTE o lim<br />
intervalo aberto contendo 0 .<br />
x→0<br />
1<br />
x<br />
∀ x = 0 .<br />
, pois f não é limitada em nenhum
A Derivada 33<br />
Teorema 1.8. Sejam f : X → IR , a ∈ X ′ e L = lim<br />
x→a f(x) .<br />
Se L > M então f(x) > M para todo x = a do domínio em um intervalo aberto<br />
contendo o ponto a .<br />
Em particular, se lim<br />
x→a f(x) > 0 então f(x) > 0 para todo x = a do domínio em um<br />
intervalo aberto contendo a .<br />
Obs.: Analogamente, vale resultado semelhante caso lim<br />
x→a f(x) = L < M .<br />
Teorema 1.9. (Limites laterais) Sejam f : X → IR e a ∈ X ′ .<br />
Se a pode ser aproximado tanto por pontos de X maiores que a quanto por pontos de X<br />
menores do que a, podemos investigar ambos os limites laterais de f:<br />
lim f(x)<br />
x→a +<br />
(limite de f(x) quando x tende a a PELA DIREITA, isto é, por valores x ∈ X, com x > a)<br />
lim f(x)<br />
x→a− (limite de f(x) quando x tende a a PELA ESQUERDA, isto é, por valores x < a em X)<br />
Temos, neste caso, que existe L = lim<br />
x→a f(x) se, e somente se, existem e são iguais a L<br />
ambos os limites laterais, ou seja: lim f(x) = lim f(x) .<br />
x→a + x→a− Exemplo: Seja f : IR − {0} → IR dada por f(x) = |x|<br />
x .<br />
Obs.: OS TEOREMAS ANTERIORES VALEM TAMBÉM PARA LIMITES LATERAIS,<br />
COM AS DEVIDAS ADAPTAÇÕES !
34 CAPÍTULO 1<br />
Exercícios:<br />
1) Sejam f, g : IR → IR dadas por:<br />
f(x) =<br />
<br />
x 3 + 3 se x ≤ 1<br />
x + 1 se x > 1<br />
g(x) =<br />
<br />
x 2 se x ≤ 1<br />
2 se x > 1<br />
Faça um estudo sobre os limites: lim<br />
x→1 f(x) lim<br />
x→1 g(x) lim<br />
x→1 (f.g)(x)<br />
2) Mostre que lim<br />
x→a<br />
f(x) − f(a)<br />
x − a<br />
= lim<br />
h→0<br />
f(a + h) − f(a)<br />
h<br />
(se existirem)<br />
3) Para cada função f : X → IR dada a seguir e cada a ∈ X ∩ X ′ (a é ponto do domínio e<br />
ponto de acumulação do domínio), também fornecido, obtenha<br />
mta = coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no ponto (a, f(a)).<br />
(a) f1 : IR → IR dada por f1(x) = 3x − 1 e a = −5 .<br />
(b) f2 : IR → IR dada por f2(x) = −x 2 e a = 3 .<br />
(c) f3 : IR → IR dada por f3(x) = sen x e a = π/6 .<br />
(d) f4 : IR → IR dada por f4(x) = cos x e a = π/6 .<br />
(e) f5 : IR → IR dada por f5(x) = e x e a = 2 .<br />
(f) f6 : (0, +∞) → IR dada por f6(x) = 1/x e a = √ 2 .<br />
Faça ainda um esboço e confira se a resposta encontrada faz sentido com o esboço.<br />
Sugestões:<br />
Aproxime mta pelos coeficientes angulares msa(x) das secantes por (a, f(a)) e (x, f(x)),<br />
fazendo x → a.<br />
Para as letras (c),(d) e (e), use também o exercício anterior.<br />
Pode tentar também fazer antes o Exercício 4) (veja o enunciado abaixo) e assim este e-<br />
xercício se torna um caso particular.<br />
4) Para cada função f : X → IR do exercício anterior, tente generalizar o resultado, obtendo<br />
mta para um a ∈ X qualquer !
A Derivada 35<br />
1.4 Continuidade<br />
Definição 1.3. Consideremos uma função f : X → IR tal que X ⊂ X ′ (todo ponto do<br />
domínio é ponto de acumulação).<br />
Dado um ponto a , dizemos que f<br />
condições são satisfeitas:<br />
1) Existe f(a) (ou seja, a ∈ X);<br />
2) Existe lim<br />
x→a f(x) ;<br />
3) lim<br />
x→a f(x) = f(a) .<br />
Se f não é contínua em um ponto a, dizemos que f<br />
TEM UMA DESCONTINUIDADE EM a.<br />
É CONTÍNUA NO PONTO a quando as seguintes<br />
É DESCONTÍNUA EM a, ou que f<br />
Dizemos que f : X → IR é uma FUNÇÃO CONTÍNUA EM X quando ela é contínua em<br />
todos os pontos de seu domínio.<br />
Exemplos: (e contra-exemplos)<br />
(A) Toda função polinomial é contínua !<br />
(B) Seno e cosseno, no ponto 0 :<br />
(C) Contra-exemplo: uma descontinuidade REMOV ÍVEL:
36 CAPÍTULO 1<br />
(D) Contra-exemplo: uma descontinuidade ESSENCIAL:<br />
Continuidade e operações entre funções<br />
Teorema 1.10. Sejam f, g : X → IR , X ⊂ X ′ e a ∈ X .<br />
Se f e g são contínuas no ponto a ∈ X , então:<br />
(f ± g) são contínuas em a ;<br />
(f · g) é uma função contínua em a ;<br />
(f/g) é contínua em a se g(a) = 0 .<br />
Teorema 1.11. (Composição) Sejam f : X → IR (X ⊂ X ′ ) e g : Y → IR (Y ⊂ Y ′ ) de<br />
forma que a composta g ◦ f : X → IR está bem definida<br />
Se f é contínua em a ∈ X e g é contínua em b = f(a) ∈ Y então a composta<br />
g ◦ f : X → IR é contínua no ponto a ∈ X .<br />
Exercícios:<br />
1) Seja f : [0, +∞) → IR dada por f(x) = √ x .<br />
√<br />
(i) Mostre que lim x = 0 (Sugestão: Considere apenas o limite lateral lim<br />
x→0<br />
x→0 +<br />
√<br />
x - pois 0
A Derivada 37<br />
só pode ser aproximado “pela direita” - e para isto, compare √ x com 3√ x para 0 < x < 1 )<br />
(ii) Conclua que f é contínua (em todos os pontos de seu domínio).<br />
√<br />
x<br />
(iii) Mostre que ∄ lim (racionalize).<br />
x→0 x<br />
(iv) Generalize para g : [0, ∞) → IR dada por g(x) = n√ x , n = 2, 4, 6, 8, . . .<br />
2) Dadas f : X → IR abaixo, discuta a sua CONTINUIDADE (onde f é contínua ou não),<br />
justificando:<br />
(a) f : (−∞, 16] → IR dada por f(x) = √ 16 − x .<br />
(b) f : [0, +∞) → IR dada por f(0) = 0 e f(x) = 1<br />
se x = 0 .<br />
x2 ⎧<br />
x + 1<br />
⎪⎨<br />
x<br />
(c) f : IR → IR dada por f(x) =<br />
⎪⎩<br />
3 se x = −1<br />
+ 1<br />
.<br />
3 se x = −1<br />
Funções contínuas em intervalos<br />
• Quando estudamos problemas sobre máximos e mínimos, podemos ter funções que não<br />
assumem valores máximos e/ou mínimos.<br />
Por exemplo:<br />
f : IR → IR dada por f(x) = x NÃO ASSUME MÁXIMO NEM MÍNIMO !<br />
g : (−1, 2) → IR dada por g(x) = x NÃO ASSUME MÁXIMO NEM MÍNIMO !
38 CAPÍTULO 1<br />
Existe uma situação (envolvendo continuidade) na qual estes problemas não ocorrem:<br />
Teorema 1.12. (MAX-MIN) Se f : [a, b] → IR é uma função contínua (em todos os pontos do<br />
intervalo limitado e fechado [a, b]), então f assume valores máximo e mínimo neste intervalo<br />
[a, b] , ou seja, existem pontos cM e cm em [a, b] tais que<br />
f(cM) ≥ f(x) para todo x ∈ [a, b]<br />
f(cm) ≤ f(x) para todo x ∈ [a, b]<br />
• Outra boa propriedade das funções contínuas é a “PROPRIEDADE DO VALOR IN-<br />
TERMEDI ÁRIO”:<br />
Teorema 1.13. (Teorema do valor intermediário) Se f : X → IR é contínua no intervalo<br />
[a, b] ⊂ X e f(a) = f(b) , então f assume todos os valores entre f(a) e f(b) , ou mellhor,<br />
dado qualquer d entre f(a) e f(b) , existe x entre a e b tal que f(x) = d .<br />
(Ilustração)<br />
(Exemplo)<br />
1.5 A definição da Derivada<br />
Definição 1.4. Consideremos uma função f : X → IR , com X ⊂ X ′ (todo ponto do<br />
domínio é ponto de acumulação do domínio).<br />
Dizemos que f é DERIVÁVEL em a ∈ X quando existe o limite<br />
f ′ (a) = lim<br />
x→a<br />
f(x) − f(a)<br />
x − a<br />
= lim<br />
h→0<br />
f(a + h) − f(a)<br />
h<br />
O número f ′ (a) ∈ IR é chamado A DERIVADA DE f NO PONTO a.
A Derivada 39<br />
Observações:<br />
• Em nossas aplicações, o domínio X será sempre um intervalo (e já teremos X ⊂ X ′ );<br />
• Outras notações para f ′ (a) :<br />
f ′ (a) = Dxf(a) = df<br />
<br />
df <br />
(a) = <br />
dx dx<br />
x=a<br />
ou ainda f ′ (a) = y ′ (a) = dy<br />
(a) , se y = f(x)<br />
dx<br />
• Podemos considerar a função f ′ : x ↦→ f ′ (x) definida em todos os pontos x ∈ X onde<br />
existir f ′ (x) . f ′ é chamada a FUNÇÃO DERIVADA DE f .<br />
Interpretação geométrica<br />
Já vimos, como motivação para o estudo de limites, que se f : X → IR é derivável em<br />
a ∈ X , então f ′ (a) representa o coeficiente angular mta da reta tangente ao gráfico<br />
de f no ponto (a, f(a)) :<br />
Vimos também que o conhecimento de f ′ (a) = mta para os pontos a ∈ X pode nos<br />
trazer uma série de informações sobre o comportamento da função f.<br />
Primeiros exemplos:<br />
(A) Fixemos c ∈ IR (constante) e seja f : IR → IR dada por f(x) = c ∀ x ∈ IR .
40 CAPÍTULO 1<br />
(B) Seja g : IR → IR dada por g(x) = x 3 ∀ x ∈ IR . Vamos calcular g ′ (2) , por exemplo:<br />
Exercício:<br />
(i) Generalize o exemplo acima e mostre que se g(x) = x 3 então g ′ (x) = 3x 2 ∀ x ∈ IR .<br />
(ii) Generalize (i) e mostre que se f(x) = x n (n = 1, 2, 3, . . .) então f ′ (x) = nx n−1 .<br />
(C) Seja f : IR → IR dada por f(x) = sen x .<br />
Exercício: Obtenha a derivada de g : IR → IR dada por g(x) = cos x .<br />
(D) Seja u : IR → IR dada por u(t) = e t (função exponencial na base e).
A Derivada 41<br />
(E) Seja f : IR → IR dada por f(x) = |x| .<br />
(F) Seja g : IR − {0} → IR dada por g(x) = 1<br />
x 4 = x−4 .<br />
Exercício: Generalize o exemplo acima e mostre que se g(x) = x −n (n = 1, 2, 3, . . .)<br />
então g ′ (x) = −nx −n−1 ∀x = 0 .<br />
(G) Fixemos a > 0 . Seja u : IR → IR dada por u(t) = a t (função exponencial na base a).
42 CAPÍTULO 1<br />
1.6 Derivadas e continuidade<br />
Teorema 1.14. Se f : X → IR é DERIVÁVEL em a ∈ X , então f é CONTÍNUA em a.<br />
De fato:<br />
Se f é derivável em a ∈ X , então existe o limite lim<br />
x→a<br />
Existe f(a) (pois a ∈ X).<br />
<br />
f(x) − f(a)<br />
Se x = a , temos: f(x) − f(a) =<br />
· (x − a) .<br />
x − a<br />
Como lim<br />
x→a<br />
f(x) − f(a)<br />
x − a<br />
lim f(x) − f(a) = lim<br />
x→a x→a<br />
f(x) − f(a)<br />
x − a<br />
= f ′ (a) e lim<br />
x→a (x − a) = 0 , segue que<br />
f(x) − f(a)<br />
x − a<br />
Logo lim<br />
x→a f(x) = f(a) e portanto f é contínua no ponto a .<br />
Algumas conseqüências:<br />
= f ′ (a) .<br />
· lim<br />
x→a (x − a) = f ′ (a) · 0 = 0<br />
• São contínuas em todos os pontos de seus domínios as funções:<br />
f : IR − {0} → IR dada por f(x) = 1<br />
xn (n = 1, 2, 3. . . .) ,<br />
g1 : IR → IR dada por g1(x) = sen x , g2 : IR → IR dada por g2(x) = cos x ,<br />
u : IR → IR dada por u(t) = a t (a > 0) , pois são todas deriváveis em todos os pontos de<br />
seus domínios.<br />
• Se uma determinada função é descontínua<br />
em algum ponto de seu domínio, então ela não é<br />
derivável neste ponto de descontinuidade.<br />
• CUIDADO! Não podemos garantir a recíproca do teorema anterior, ou seja, podemos<br />
ter uma função que é contínua mas não é derivável em determinados pontos.<br />
Exemplo: f(x) = |x| é contínua no ponto 0 ( lim<br />
x→0 |x| = 0 = f(0) ), mas já vimos que ∄ f ′ (0) .
A Derivada 43<br />
1.7 Regras de derivação<br />
Teorema 1.15. Se f , g : X → IR são deriváveis em a ∈ X , então:<br />
(a) Para cada constante c ∈ IR , (cf) : X → IR é derivável em a e (cf) ′ (a) = c · f ′ (a) ;<br />
(b) f ± g são deriváveis em a e (f ± g) ′ (a) = f ′ (a) ± g ′ (a) ;<br />
(c) (f · g) é derivável em a e (f · g) ′ (a) = f ′ (a).g(a) + f(a).g ′ (a) ;<br />
(d) (f/g) é derivável em a se g(a) = 0 e (f/g) ′ (a) = f ′ (a).g(a) − f(a).g ′ (a)<br />
[g(a)] 2<br />
Exemplos:<br />
(A) Para cada função f dada abaixo, obtenha f ′ (onde existir a derivada)<br />
1) f : IR → IR dada por f(x) = 6x 3 − 3x 2 − x + 7 .<br />
2) f : IR → IR dada por f(t) =<br />
6t − 10<br />
t 2 + 5 .<br />
3) f : IR − Z → IR , Z = {x ∈ IR ; cos x = 0} , dada por f(x) = tg x .<br />
Exercício: Obtenha d d d<br />
ctg x , sec x , csc x<br />
dx dx dx<br />
4) f : IR → IR dada por f(u) = e u (u 3 + 3 cos u) .<br />
.
44 CAPÍTULO 1<br />
5) f : IR → IR dada por f(t) = sen 2t .<br />
6) f : IR − {0} → IR dada por f(x) = 1<br />
x n = x−n (n = 1, 2, 3, . . .) .<br />
(B) Seja g : IR → IR dada por g(x) = 4 − x 2 .<br />
1) Obtenha as equações das retas tangentes ao gráfico de g e que passam pelos pontos:<br />
A(1, 3) , B(1, 7) , e C(1, 2) .<br />
2) Obtenha a equação da reta tangente ao gráfico de g e que é paralela à reta y = 2x .
A Derivada 45<br />
3) Obtenha a equação da reta normal ao gráfico de g no ponto A(1, 3) .<br />
4) Em que ponto a tangente ao gráfico é “horizontal”? (tem coeficiente angular 0)<br />
5) Onde o coeficiente angular da tangente é positivo ?<br />
6) Onde o coeficiente angular da tangente é negativo ?<br />
A Regra da Cadeia - Derivadas de funções compostas<br />
Teorema 1.16. (Regra da Cadeia) Sejam u : X → IR e g : Y → IR tais que u(X) ⊂ Y e<br />
a composta (g ◦ u) : X → IR está bem definida:<br />
Dado a ∈ X , se u é derivável em a (existe u ′ (a)) e g é derivável em b = u(a) (existe<br />
g ′ (b) = g ′ (u(a)) ), então a composta (g ◦ u) : X → IR é derivável em a ∈ X em temos ainda:<br />
(g ◦ u) ′ (a) = g ′ (b) · u ′ (a) = g ′ (u(a)) · u ′ (a)<br />
Quanto à função derivada (g◦u) ′ : x ↦→ (g◦u) ′ (x) , escrevemos (g◦u) ′ (x) = g ′ (u(x))·u ′ (x)<br />
para todo x onde existirem as derivadas.
46 CAPÍTULO 1<br />
Exemplos:<br />
Para cada função f : IR → IR dada abaixo, obtenha f ′ (onde existir a derivada):<br />
(A) f dada por f(x) = cos(x 3 + 1) .<br />
(B) f dada por f(t) = (4t 3 − t 2 + 3t − 2) 2 .<br />
(C) f dada por f(x) = (5x 2 − 2x + 1) −3 .<br />
(D) f dada por f(w) = (2w 2 − 3w + 1)(3w + 2) 4 .<br />
(E) f dada por f(t) = e kt , k = 0 (constante).
A Derivada 47<br />
(F) f dada por f(t) = sen 2t .<br />
(G) f dada por f(t) = cos 5 t .<br />
(H) f dada por f(x) = e (x2 ) .<br />
(I) f dada por f(w) = (e w − sen w) 2 .<br />
(J) f dada por f(t) = e π cos(2t3 ) .
48 CAPÍTULO 1<br />
Derivadas de funções inversas<br />
Teorema 1.17. Seja f : I (intervalo) → J (intervalo) uma função INVERTÍVEL (bijetora<br />
= injetora e sobrejetora) e CONTÍNUA (em todos os pontos de seu domínio I).<br />
Sua inversa g : J → I é contínua em todos os pontos de J.<br />
Mais ainda:<br />
Se f é derivável em a ∈ I e f ′ (a) = 0 , então g é derivável em b = f(a) e podemos<br />
obter g ′ (b) através da Regra da Cadeia.<br />
Exemplos:<br />
(A) Derivada da função logarítmica na base e:<br />
Exercício: Fixado a > 0 , a = 1 , obtenha g ′ (x) se g : (0, +∞) → IR é dada por<br />
g(x) = log a x<br />
Resposta: g(x) = log a x , x ∈ (0, +∞) ⇒ g ′ (x) = 1<br />
x ln a<br />
∀ x > 0 .
A Derivada 49<br />
(B) Raízes:<br />
(C) Funções trigonométricas e suas inversas:<br />
Exercício:<br />
(a) Se g : [−1, 1] → [0, π] é dada por g(x) = arc cos x , mostre que<br />
g ′ 1<br />
(x) = −√<br />
1 − x2 ∀ x ∈ (−1, 1)
50 CAPÍTULO 1<br />
(b) Se h : IR → (−π/2, π/2) é dada por h(x) = arc tg x , mostre que<br />
1.8 Derivação implícita<br />
h ′ (x) = 1<br />
∀ x ∈ IR<br />
1 + x2 Seja f : [−1, 1] → IR a função dada por f(x) = √ 1 − x 2 para todo x ∈ [−1, 1] .<br />
Pondo y = f(x) , temos:<br />
y = √ 1 − x 2<br />
⇓<br />
y 2 = 1 − x 2 , y ≥ 0<br />
⇓<br />
(∗) x 2 + y 2 = 1 (y ≥ 0)<br />
A equação (*) acima estabelece uma relação entre x e y = f(x) . Juntamente com a<br />
restrição y ≥ 0 ela define bem a função f. Por isso dizemos que f ESTÁ IMPLICITAMENTE<br />
DEFINIDA POR (*).<br />
Tendo em mente que y = f(x) , ou seja, y é função de x , é fácil ver que a equação (*)<br />
estabelece a igualdade entre x 2 + f(x) 2 e a função constante e igual a 1. Podemos pensar<br />
portanto em DERIVAR EM RELAÇÃO À VARIÁVEL x.<br />
Vamos fazer isso, admitindo que y = f(x) é derivável e tomando o cuidado de lembrar<br />
que y = f(x) , ou seja, y 2 é uma composição de funções e DEVEMOS USAR A REGRA<br />
DA CADEIA:<br />
x 2 + y 2 = 1<br />
⇓<br />
2x + 2yy ′ = 0<br />
⇓<br />
(∗∗) y ′ = − x<br />
y<br />
Lembrando que y = f(x) = √ 1 − x 2 , temos:<br />
f ′ (x) = y ′ = −<br />
(y = 0)<br />
x<br />
√ , x ∈ (−1, 1)<br />
1 − x2
A Derivada 51<br />
Possíveis vantagens da derivação implícita:<br />
• Derivar a equação (*) que define f implicitamente pode ser mais simples do que tentar<br />
obter a derivada através da expressão explícita de f.<br />
• Uma equação em x e y pode definir implicitamente várias funções e, caso isto ocorra,<br />
a derivação implícita serviria para todas elas.<br />
Exemplos:<br />
(A) Admitindo que f : (0, +∞) → IR dada por f(x) = ln x é derivável, obtenha f ′ (x) por<br />
derivação implícita.<br />
(B) Fixado qualquer α ∈ IR e admitindo que f : (0, +∞) → IR dada por f(x) = x α seja<br />
derivável, use logarítmos para obter f ′ (x) por derivação implícita.<br />
(C) Obtenha a equação da reta tangente à curva x2<br />
4 + y2 = 1 no ponto (1, − √ 3 /2) .<br />
(D) Seja g : (0, +∞) → IR dada por g(x) = log a x (a > 0, a = 1) . Admitindo que g é<br />
derivável, obtenha g ′ (x) via derivação implícita.
52 CAPÍTULO 1<br />
(E) Se y = 3<br />
<br />
x<br />
x3 + 1 , obtenha y′ (x) por derivação implícita.<br />
Exercícios:<br />
1) O objetivo deste exercício é observar a naturalidade da medida de ângulos em radianos,<br />
no seguinte sentido: alguns cálculos podem ser mais simples quando utilizamos radianos ao<br />
invés de graus como unidades de medida.<br />
Quando lidamos com as funções trigonométricas, por exemplo, quase todos os resultados<br />
decorrem do seguinte limite:<br />
lim<br />
x→0<br />
sen x<br />
x<br />
= 1 (Limite Trigonométrico Fundamental)<br />
Ajuste a demonstração que fizemos em aula para o limite acima, considerando desta vez a<br />
medida dos ângulos em GRAUS.<br />
Calcule também<br />
d sen x<br />
dx<br />
quando x é medido em graus.<br />
2) Para cada função dada abaixo (por questões de economia de espaço, estamos cometendo<br />
um abuso ao omitir os domínios e contra-domínios), calcule sua derivada (onde existir):<br />
a) f(x) = 10x 2 + 9x − 4 b) h(x) = (2x 2 − 4x + 1)(6x − 5) c) f(w) = 2w<br />
d) f(x) =<br />
h) H(x) =<br />
1<br />
1 + x + x 2 + x 3 e) g(x) = (8x−7) −5 f) s(t) =<br />
2x + 3<br />
√ 4x 2 + 9<br />
i) f(x) = 5 1/x j) f(x) = 6x 2 − 5<br />
x<br />
3 3t + 4<br />
6t − 7<br />
+ 2<br />
3√ x 2<br />
w 3 − 7<br />
g) h(z) = 9z3 + 2z<br />
6z + 1<br />
k) f(w) = 3√ 3w 2
A Derivada 53<br />
l) f(t) = (t 6 − t −6 ) 6 m) f(x) = x m/n m, n = 0 ∈ Z n) h(s) = ln(5s 2 +1) 3 o) f(x) = x ln x<br />
p) g(x) = x2<br />
ln x<br />
q) f(u) = ue −u r) h(s) = s 2 e −2s s) f(x) = e x ln x t) g(w) = ln<br />
u) f(x) = e cos 2x v) g(x) = x sen x w) h(x) = ln tg x x) f(w) = ln cos 2 3w<br />
y) f(x) =<br />
arc tg x<br />
x 2 + 1<br />
z) f(x) =<br />
e 2x<br />
arc sen 5x<br />
e w + 1<br />
e w − 1<br />
3) Obtenha a equação da reta tangente ao gráfico de y = 2x 3 + 4x 2 − 5x − 3 no ponto<br />
P (−1, 4).<br />
4) Obtenha a equação da reta tangente ao gráfico de y = 3x 2 + 4x − 6 e tal que:<br />
(a) Essa tangente seja paralela à reta 5x − 2y − 1 = 0 ;<br />
(b) Seja tangente ao gráfico no ponto P (1, 1) .<br />
5) Obtenha a equação da reta que passa por P (3, 1) e é tangente ao gráfico de<br />
y = 4<br />
x<br />
6) Obtenha a equação da reta normal ao gráfico de f(x) = (x − 1) 4 no ponto P (2, 1) .<br />
7) Determine as equações da tangente e da normal ao gráfico de y = 8 sen 3 x no ponto<br />
P (π/6, 1) .
54 CAPÍTULO 1<br />
Coletânea de provas anteriores (1):<br />
Questão 1: (30 pts) Sem utilizar derivadas, obtenha os seguintes limites, JUSTIFI-<br />
CANDO:<br />
(a) lim<br />
x→1/ √ 2<br />
(d) lim<br />
y→0<br />
x 5 − (1/ √ 2) 5<br />
e 7y − 1<br />
sen y<br />
x − (1/ √ 2)<br />
(e) lim<br />
x→0<br />
(b) lim<br />
x→−2<br />
(x − 1)(x + 2)<br />
x 2 + 4x + 4<br />
(1 − sec x). ctg x. cos x<br />
x<br />
Questão 2: (10 pts) Seja f : IR → IR dada por f(x) =<br />
(a) Discuta a CONTINUIDADE de f .<br />
(b) A equação f(x) = 0 tem uma raiz entre −2 e −1. JUSTIFIQUE.<br />
<br />
(c) lim<br />
x→3<br />
<br />
x 2 − 9<br />
x − 3<br />
x 5 + x 3 + 2x 2 + 3 se x < 0<br />
−x + 2 se x ≥ 0<br />
(c) Responda se f é derivável em x = 0. Se for, obtenha a derivada f ′ (0). Se não for,<br />
justifique.<br />
Questão 3: (10 pts) Faça UM dos ítens abaixo:<br />
(a) Se f(x) = cos x ∀x ∈ IR , mostre (via definição) que f ′ (x) = − sen x ∀x ∈ IR .<br />
(b) Se g(x) = 5 x ∀x ∈ IR , mostre (via definição) que g ′ (x) = 5 x . ln 5 ∀x ∈ IR .<br />
Questão 4: (40 pts) Para cada função dada abaixo (por questões de economia de espaço,<br />
estamos cometendo um abuso ao omitir os domínios e contra-domínios), calcule sua derivada<br />
(onde existir a derivada), indique onde existe e forneça ainda, quando solicitado, a derivada<br />
nos pontos solicitados:<br />
(a) f(x) = (3x − 1).(2x + 1) 5 .<br />
(b) g(w) = 3√ 3w − 1 = (3w − 1) 1/3 . Obtenha ainda, em particular, g ′ (3).<br />
(c) h(s) = π. sec s = π<br />
cos s . Obtenha ainda, em particular, h′ (0).<br />
(d) f(t) = e (3t2 −t) . Obtenha ainda, em particular, f ′ (1/3).<br />
(e) f(x) = ln( sen 4 2x) .<br />
Questão 5: (10 pts) Obtenha a equação da reta tangente ao gráfico de f : IR → (−2π, 2π)<br />
dada por f(x) = 4. arc tg x no ponto A(1, π) .
A Derivada 55<br />
Coletânea de provas anteriores (2):<br />
Questão 1: (30 pts) Sem utilizar derivadas, obtenha os seguintes limites, JUSTIFI-<br />
CANDO:<br />
(a) lim<br />
x→3<br />
(d) lim<br />
x→0<br />
x 2 − 6x + 9<br />
(x + 1)(x − 3)<br />
sen 3 x<br />
5x(1 − cos x)<br />
(b) lim<br />
x→ √ 3<br />
(e) lim<br />
y→0<br />
π √ 3 − πx<br />
x3 − 3 √ 3<br />
<br />
1 − e2y Questão 2: (10 pts) Seja f : IR → IR dada por f(x) =<br />
3<br />
y<br />
<br />
(c) lim<br />
x→π/2<br />
x − π/2<br />
cos x<br />
x 3 − x − 3 se x < 2<br />
5 − x se x ≥ 2<br />
(a) Onde f é contínua ? (JUSTIFIQUE). (Considere os casos: a < 2, a = 2 e a > 2)<br />
(b) Em quais dos intervalos [−2, 0], [0, 1], [1, 3], [3, 6] podemos GARANTIR que existe<br />
x tal que f(x) = 0 ? JUSTIFIQUE.<br />
(c) Responda se f é derivável em a = 2. Se for, obtenha a derivada f ′ (2). Se não for,<br />
justifique.<br />
Questão 3: (8 pts) Faça UM dos ítens abaixo:<br />
(a) Seja f(x) = sen x ∀x ∈ IR . Obtenha (via definição) f ′ (2π/3) .<br />
(b) Se g(x) = arc tg x ∀x ∈ IR , prove que g ′ (x) = 1<br />
∀x ∈ IR .<br />
1 + x2 Questão 4: (12 pts) Considere f : IR → IR dada por f(x) = e −2x .<br />
(a) Qual a equação da reta tangente ao gráfico de f e que passa pelo ponto A(0, 1) ?<br />
(b) Qual a equação da reta tangente ao gráfico de f e que tem coeficiente angular −1/2 ?<br />
Questão 5: (40 pts) Para cada função dada abaixo (estamos cometendo um abuso ao<br />
omitir os domínios e contra-domínios), calcule sua derivada, indique onde existe e forneça<br />
ainda, quando solicitado, a derivada nos pontos solicitados:<br />
(a) f(x) = 2x2<br />
(x − 4) 2 . Obtenha ainda, em particular, f ′ (2).<br />
(b) h(s) =<br />
ctg s<br />
√ 2 =<br />
cos s<br />
√ 2 · sen s . Obtenha ainda, em particular, h ′ (π/4).<br />
(c) g(t) = (2t − 1) 3 · e (t2 +2t) . Obtenha ainda, em particular, g ′ (0).<br />
(d) f(w) = ln (5w 2 + 2 + cos w) . Obtenha ainda, em particular, f ′ (0).<br />
(e) g(y) = arc tg ( √ y − 1 ) .
56 CAPÍTULO 1<br />
Coletânea de provas anteriores (3):<br />
Questão 1: (30 pts) Sem usar derivadas, obtenha os limites abaixo (JUSTIFIQUE):<br />
3x − 3 √ 2<br />
x6 <br />
sen πy<br />
x<br />
(b) lim<br />
(c) lim<br />
− 8<br />
y→0 y<br />
x→1<br />
2 − 1<br />
(1 − x) 3<br />
(a) lim<br />
x→ √ 2<br />
(d) lim<br />
x→−π<br />
1 + cos x<br />
x + π<br />
(e) lim<br />
x→0<br />
e x + sen 2 x − 1<br />
x<br />
Questão 2: (10 pts) Seja f : IR → IR dada por f(x) =<br />
(a) Responda se f é contínua em a = 3 . (JUSTIFIQUE).<br />
<br />
2x + 1 se x ≤ 3<br />
−x 2 + 8x − 8 se x > 3<br />
(b) f é derivável em a = 3 ? Se for, PROVE e obtenha f ′ (2). Se não for, justifique.<br />
(c) Sabendo que f é crescente em (−∞, 7/2] e descrescente em [10, +∞) , podemos<br />
afirmar que existe xM ∈ [7/2, 10] tal que f(xM) ≥ f(x) para todo x ∈ IR ? (JUSTIFIQUE)<br />
Questão 3: (8 pts) Faça UM dos ítens abaixo:<br />
(a) Seja f(x) = 1<br />
x 3 ∀x = 0 . Obtenha, via definição, f ′ (1) .<br />
(b) Se g(x) = arc cos x ∀x ∈ [−1, 1] , prove que g ′ 1<br />
(x) = −√<br />
1 − x2 Questão 4: (12 pts) Considere f : IR → IR dada por f(x) =<br />
arc tg x<br />
π<br />
∀x ∈ (−1, 1) .<br />
(a) Qual a equação da reta tangente ao gráfico de f e que passa pelo ponto A(0, 0) ?<br />
(b) Qual a equação da reta normal ao gráfico de f no ponto B( √ 3 , 1/3) ?<br />
Questão 5: (40 pts) Para cada função dada abaixo (estamos cometendo um abuso ao<br />
omitir os domínios e contra-domínios), calcule sua derivada, indique onde existe e forneça<br />
ainda, quando solicitado, o que se pede:<br />
(a) f(x) = x3<br />
e 2x . Responda: Para quais valores de x temos f ′ (x) = 0 ?<br />
(b) h(s) = sen (3s 2 − s) + 2 (s2 +3s) . Obtenha ainda, em particular, h ′ (0).<br />
(c) g(w) = tg w · ln(3 − w 2 ) . Obtenha ainda, em particular, g ′ (0).<br />
(d) v(t) = s(t)2<br />
3t<br />
(existe s ′ (t) ∀ t ∈ IR). Se s(1) = 1 e s ′ (1) = 2, obtenha v ′ (1) .<br />
(e) u(y) = 4 2y 2 + 5 + 4 cos y = (2y 2 + 5 + 4 cos y) 1/4 .<br />
.
A Derivada 57<br />
Coletânea de provas anteriores (4):<br />
Questão 1: (30 pts) Sem usar derivadas, obtenha os limites abaixo (JUSTIFIQUE):<br />
<br />
3 x − 3<br />
(a) lim<br />
(c) lim<br />
x→3<br />
x→0<br />
(d) lim<br />
y→0<br />
27 − x 3 (b) lim<br />
x→−1<br />
sen 7y + cos πy − 1<br />
y<br />
x 3 + 2x 2 + x<br />
x + 1<br />
(e) lim<br />
x→0<br />
1 − cos x<br />
√ 5 · x · sen x<br />
Questão 2: (10 pts) Seja f : IR → IR dada por f(x) =<br />
(a) Responda se f é contínua em a = −1 . (JUSTIFIQUE).<br />
<br />
e sen x − 1<br />
2x<br />
x + 1 se x < −1<br />
1 + sen (x + 1) se x ≥ −1<br />
(b) f é derivável em a = −1 ? Se for, PROVE e obtenha f ′ (−1). Se não, justifique.<br />
(c) Responda: Se [a, b] ⊂ IR , é possível afirmar que dado d entre f(a) e f(b), existe c entre<br />
a e b com f(c) = d ? JUSTIFIQUE a resposta.<br />
Questão 3: (8 pts) Seja f : IR → IR dada por f(x) = 5√ x ∀ x ∈ IR .<br />
Mostre, via definição, que ∄ (não existe) f ′ (0) .<br />
Prove (podendo usar que existe f ′ (x) para todo x = 0 ) que f ′ (x) = 1<br />
5 5√ x 4<br />
∀ x = 0 .<br />
Questão 4: (12 pts) Seja f : IR → IR dada por f(x) = e (2x−1) ∀ x ∈ IR . Obtenha, se<br />
existir, a equação da reta tangente ao gráfico de f e que passa pelo ponto A(1, 0)<br />
Questão 5: (40 pts) Para cada função dada abaixo (estamos cometendo um abuso ao<br />
omitir os domínios e contra-domínios), calcule sua derivada, indique onde existe e forneça<br />
ainda, quando solicitado, o que se pede:<br />
(a) h(s) = 3<br />
<br />
2 s<br />
1 + s2 . Obtenha ainda, em particular, h′ (1).<br />
(b) v(t) = ln 2 · log 1 (3t<br />
2<br />
2 + 1) . v ′ (1) é positivo, negativo ou zero ? Obtenha v ′ (1) para<br />
justificar.<br />
(c) f(x) = x 2 · ln x − x2<br />
2 . Responda: Para quais valores de x temos f ′ (x) = x ?<br />
(d) g(w) = csc2 1<br />
w =<br />
sen 2w . Obtenha ainda, em particular, g′ (π/4).<br />
<br />
1<br />
(e) u(y) = tg arc tg . Obtenha ainda, em particular, u<br />
y<br />
′ ( √ 3 ) .
58 CAPÍTULO 1<br />
Coletânea de provas anteriores (5):<br />
Questão 1: (24 pts) Sem usar derivadas, obtenha os limites abaixo (JUSTIFIQUE):<br />
(a) lim<br />
x→ √ 3<br />
x 3 − 3 √ 3<br />
4x − 4 √ 3<br />
Questão 2: (12 pts)<br />
(b) lim<br />
y→0<br />
e 2y − 1<br />
sen (3y)<br />
(c) lim<br />
x→−1<br />
x 3 + x 2 − x − 1<br />
x 3 − x<br />
(d) lim<br />
x→π/2<br />
1 − sen x<br />
x − (π/2)<br />
sen [π(x − 1)]<br />
(a) Seja f : IR → IR uma função tal que f(x) = ∀ x = 1 . f pode ser<br />
x − 1<br />
contínua em x = 1 ? Se puder, qual o valor de f(1) para que isso ocorra (JUSTIFIQUE). Se<br />
não, JUSTIFIQUE.<br />
|x − 1|<br />
(b) Seja g : IR → IR uma função tal que g(x) = ∀ x = 1 . g pode ser contínua<br />
x − 1<br />
em x = 1 ? Se puder, qual o valor de g(1) para que isso ocorra (JUSTIFIQUE). Se não,<br />
JUSTIFIQUE.<br />
Questão 3: (12 pts) Seja f : IR → IR dada por f(x) = 3 · 3√ x ∀ x ∈ IR<br />
Mostre, VIA DEFINIÇÃO, que ∄ (não existe) f ′ (0) e que f ′ (a) = 1<br />
3√ a 2<br />
∀ a = 0 .<br />
Questão 4: (12 pts) (a) A reta 3y+8x+1 = 0 é NORMAL ao gráfico de uma certa função<br />
f : IR → IR no ponto A(1, −3) (pertencente ao gráfico de f). Obtenha (JUSTIFICANDO)<br />
f ′ (1) .<br />
(b) Qual o valor de b para que a reta y = 2bx + e seja TANGENTE ao gráfico de<br />
g(x) = e (x2 +6x+1) no ponto B(0, e) (pertencente ao gráfico de g) ? (JUSTIFIQUE)<br />
Questão 5: (40 pts) Para cada função dada abaixo (estamos cometendo um abuso ao omitir<br />
os domínios e contra-domínios), calcule sua derivada, indique onde existe e forneça ainda<br />
o que se pede:<br />
(a) f(x) = x · (ln 5 − 1 + ln x) . Obtenha ainda, em particular, f ′ (2) .<br />
(b) h(θ) = ( tg θ + 1) 2 . Obtenha ainda, em particular, h ′ (π/3).<br />
(c) g(w) = ln(w 2 − w) + 3(3w2 −w 3 )<br />
(d) v(t) =<br />
sen [s(t)]<br />
t<br />
ln 3<br />
. Obtenha ainda, em particular, g ′ (2).<br />
(existe s ′ (t) ∀ t ∈ IR). Se s(2) = π/2 e s ′ (2) = e, obtenha v ′ (2) .<br />
(e) u(y) = 3 · 3√ arc tg y . Obtenha ainda u ′ (1) e responda se u ′ (1) é maior ou menor<br />
que 1 (mostre as contas).
A Derivada 59<br />
Respostas de exercícios<br />
• Página 32:<br />
Exercício 2)<br />
a) 6 b) 8<br />
9<br />
c)<br />
√ 2<br />
4<br />
d) 1<br />
32<br />
e) −9 f) 0 g) 1<br />
7<br />
k) −2 l) 12 m) 0 n) ∄ (não existe) o) 1 p) 3<br />
5<br />
s) 4 t) −1 u) 0 v) 1<br />
2<br />
• Página 34:<br />
w) ln 3 x) 12<br />
Exercício 1) ∄ lim<br />
x→1 f(x) , ∄ lim<br />
x→1 g(x) , lim<br />
x→1 (f.g)(x) = 4<br />
h) 1<br />
2<br />
q) 1<br />
3<br />
i) 0 j) − 1<br />
8<br />
Exercício 2) Faça a mudança de variáveis x − a = h e aplique o Teorema sobre limites<br />
de funções compostas !<br />
Exercício 3)<br />
(a) f ′ 1(−5) = mt−5 = 3<br />
(b) f ′ 2(3) = mt3 = −6<br />
(c) f ′ √<br />
3<br />
3(π/6) = mt = π/6 2<br />
(d) f ′ 4(π/6) = mt = − π/6 1<br />
2<br />
(e) f ′ 5(2) = mt2 = e2 (f) f ′ 6( √ 2) = mt √ 2<br />
Exercício 4)<br />
(a) f ′ 1(a) = 3<br />
(b) f ′ 2(a) = −2a<br />
(c) f ′ 3(a) = cos a<br />
(d) f ′ 4(a) = − sen a<br />
(e) f ′ 5(a) = e a<br />
(f) f ′ 6(a) = − 1<br />
a 2<br />
= − 1<br />
2<br />
r) ∄
60 CAPÍTULO 1<br />
• Páginas 36-37:<br />
Exercício 2) Contínua em...<br />
a) ... (−∞, 16] . Em a = 16 temos: lim<br />
x→16 −<br />
b) ... (0, +∞) . Em a = 0 temos: ∄ lim f(x)<br />
x→0 +<br />
√ 16 − x = 0 = f(16)<br />
c) ... IR − {−1} . Em a = −1 temos: ∃ lim f(x) = 1/3 = f(−1)<br />
x→−1<br />
• Páginas 52-53:<br />
Exercício 1) lim<br />
x→0<br />
sen x<br />
x<br />
= π<br />
180<br />
e<br />
d sen x<br />
dx<br />
= π cos x<br />
180<br />
(se x é dado em GRAUS).<br />
Exercício 2) a) f ′ (x) = 20x + 9 ∀ x ∈ IR b) h ′ (x) = 36x 2 − 68x + 26 ∀ x ∈ IR<br />
c) f ′ (w) = −4w3 − 14<br />
(w3 − 7) 2 ∀ w = 3√ 7 d) f ′ (x) = − (3x2 + 2x + 1)<br />
(1 + x + x2 + x3 ∀ x = −1<br />
) 2<br />
e) g ′ (x) = −40(8x − 7) −6 ∀ x = 7<br />
8<br />
g) h ′ (z) = 108z3 + 27z 2 + 2<br />
(6z + 1) 2<br />
∀ z = − 1<br />
6<br />
f) s ′ 135(3t + 4)2<br />
(t) = −<br />
(6t − 7) 4<br />
h) H ′ (x) =<br />
18 − 12x<br />
(4x 2 + 9) 3<br />
∀ t = 7<br />
6<br />
i) f ′ (x) = − 1<br />
5x 5√ x ∀ x = 0 j) f ′ (x) = 12x + 5<br />
−<br />
x2 4<br />
3x 3√ ∀ x = 0<br />
x2 k) f ′ (w) = 2<br />
3√ 9w ∀ w = 0 l) f ′ (t) = 6(t 6 − t −6 ) 5 .(6t 5 + 6t −7 ) ∀ t = 0<br />
m) f ′ (x) = m<br />
n<br />
· x<br />
m<br />
n<br />
− 1 <br />
∀ x > 0 se n é par<br />
∀ x = 0 se n é ímpar<br />
o) f ′ (x) = ln x + 1 ∀ x > 0 p) g ′ (x) =<br />
2x ln x − x<br />
(ln x) 2<br />
n) h ′ (s) = 30s<br />
5s 2 + 1<br />
∀ x > 0<br />
q) f ′ (u) = (1 − u) · e −u ∀ u ∈ IR r) h ′ (s) = (s − s 2 ) · 2e −2s ∀ s ∈ IR<br />
s) f ′ (x) = x x (ln x + 1) ∀ x > 0 t) g ′ (w) = −2ew<br />
e 2w − 1<br />
u) f ′ (x) = −2ecos 2x · sen 2x ∀ x ∈ IR v) g ′ sen x (x) = x<br />
w) h ′ (x) =<br />
y) f ′ (x) =<br />
1<br />
sen x cos x<br />
1 − 2x arc tg x<br />
(x 2 + 1) 2<br />
∀ w = 0<br />
<br />
cos x ln x +<br />
∀ x ∈ IR<br />
sen x<br />
<br />
x<br />
se tg x > 0 x) f ′ (w) = −6 tg 3w se cos 3w = 0<br />
∀ x ∈ IR<br />
∀ s ∈ IR<br />
∀ x > 0
A Derivada 61<br />
z) f ′ (x) = 2e2x · arc sen 5x · √ 1 − 25x 2 − 5e 2x<br />
√ 1 − 25x 2 · ( arc sen 5x) 2<br />
Exercício 3) y = −7x − 3<br />
Exercício 4) a) y = 5 99<br />
x −<br />
2 16<br />
Exercício 5) y = −x + 4 ou y = −1<br />
9<br />
Exercício 6) y = − x<br />
4<br />
+ 3<br />
2<br />
b) y = 10x − 9<br />
x + 4<br />
3<br />
∀ x ∈<br />
Exercício 7) tangente: y = 3 √ <br />
3 x + 1 − π√ <br />
3<br />
2<br />
√ <br />
3<br />
normal: y = − x + 1 +<br />
9 π√ <br />
3<br />
54<br />
• Página 54: Coletânea 1<br />
<br />
− 1<br />
5<br />
Questão 1) (a) 5/4 (b) ∄ (c) √ 6 (d) 7 (e) −1/2<br />
Questão 2) (a) f é contínua em todo a = 0 e não é contínua em a = 0 .<br />
(b) Como a função f é contínua no intervalo [−2, −1] e f(−2) < 0 < f(−1) , temos<br />
então pelo TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO que existe x entre −2 e −1 tal que<br />
f(x) = 0 .<br />
(c) f não pode ser derivável em x = 0 pois f não é contínua neste ponto.<br />
Questão 4) (a) f ′ (x) = (2x + 1) 4 (36x − 7) ∀ x ∈ IR<br />
(b) g ′ (w) =<br />
1<br />
<br />
3 (3w − 1) 2<br />
∀ w = 1/3 e g ′ (3) = 1/4<br />
(c) h ′ (s) = π. tg s. sec s se cos s = 0 e h ′ (0) = 0<br />
(d) f ′ (t) = e 3t2 −t · (6t − 1) ∀ t ∈ IR e f ′ (1/3) = 1<br />
(e) f ′ (x) = 8 ctg 2x se sen 2x = 0<br />
Questão 5) y = 2x + (π − 2)<br />
, 1<br />
5
62 CAPÍTULO 1<br />
• Página 55: Coletânea 2<br />
Questão 1) (a) 0 (b) − π<br />
9<br />
Questão 2) (a) f é contínua em todo a ∈ IR .<br />
(c) −1 (d)<br />
2<br />
5<br />
(e) − 3√ 2<br />
(b) Nos intervalos [1, 3] e [3, 6] : nestes intervalos a função é contínua e “muda de sinal”.<br />
O TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO nos garante que sob estas condições a função<br />
assume o valor 0 (zero) nestes intervalos.<br />
(c) f não é derivável em a = 2 (apesar de ser contínua neste ponto).<br />
Questão 4) (a) y = −2x + 1 (b) y = − 1<br />
<br />
1 + ln 4<br />
x +<br />
2 4<br />
Questão 5) (a) f ′ (x) = −16x<br />
(x − 4) 3 ∀ x = 4 e f ′ (2) = 4<br />
(b) h ′ (s) = − csc2 s<br />
√ 2<br />
se sen s = 0 e h ′ (π/4) = − √ 2<br />
(c) g ′ (t) = (2t − 1) 2 · e t2 +2t · [6 + (2t − 1)(2t + 2)] ∀ t ∈ IR e g ′ (0) = 4<br />
(d) f ′ (w) =<br />
(e) g ′ (y) =<br />
10w − sen w<br />
5w 2 + 2 + cos w ∀ w ∈ IR e f ′ (0) = 0<br />
1<br />
2y √ y − 1<br />
• Página 56: Coletânea 3<br />
√<br />
2<br />
Questão 1) (a)<br />
16<br />
se y > 1<br />
(b) √ π (c) ∄ (d) 0 (e) 1<br />
Questão 2) (a) f é contínua em a = 3 (verificados também os limites laterais).<br />
(b) ∃ f ′ f(x) − f(3)<br />
(3) = lim<br />
x→3 x − 3<br />
= 2 ( f é derivável em a = 3 ).<br />
(c) SIM! f é contínua no intervalo LIMITADO e FECHADO [7/2, 10] e portanto assume aí<br />
máximo absoluto em um ponto xM deste intervalo. Mostra-se então (com as outras hipóteses)<br />
que f(xM) ≥ f(x) ∀ x ∈ IR .<br />
Questão 4) (a) y = 1<br />
π<br />
Questão 5) (a) f ′ (x) = x2 (3 − 2x)<br />
e 2x<br />
x (b) y = −4π x +<br />
<br />
12π √ <br />
3 + 1<br />
3<br />
∀ x ∈ IR . f ′ (x) = 0 quando x = 0 ou x = 3/2 .
A Derivada 63<br />
(b) h ′ (s) = cos(3s 2 − s).(6s − 1) + 2 (s2 +3s) . ln 2.(2s + 3) ∀ s ∈ IR . h ′ (0) = 3 ln 2 − 1 .<br />
(c) g ′ (w) = ln(3 − w2 )<br />
cos 2 w<br />
(d) v ′ (t) = 2t · s(t) · s′ (t) − s(t) 2<br />
3t 2<br />
(e) u ′ (y) =<br />
y − sen y<br />
<br />
4 (2y2 + 5 + 4 cos y) 3<br />
• Página 57: Coletânea 4<br />
Questão 1) (a) − 1<br />
3<br />
− 2w tg w<br />
3 − w 2 ∀ cos w = 0 e − √ 3 < w < √ 3 . g ′ (0) = ln 3 .<br />
∀ t = 0 . v ′ (1) = 1 .<br />
∀ y ∈ IR .<br />
(b) 0 (c) 1<br />
2<br />
Questão 2) (a) f não é contínua em a = −1 (∄ lim f(x) ).<br />
x→−1<br />
(d) 7 (e)<br />
(b) f não é derivável em a = −1 (pois não é contínua neste ponto).<br />
(c) NÃO PODEMOS! Contra-exemplo: considere f no intervalo [−2, −1] . Temos:<br />
−1 = f(−2) < 1/2 < f(−1) = 1 mas não existe nenhum c ∈ [−2, −1] tal que f(c) = 1/2 .<br />
Questão 4) y = 2e 2 x − 2e 2 .<br />
Questão 5) (a) h ′ (s) = 2 3 (1 + s 2 ) 2<br />
3(1 + s 2 ) 2 . 3√ s ∀ s = 0 . h′ (1) =<br />
(b) v ′ (t) = −6t<br />
3t2 + 1 ∀ t ∈ IR . v′ (1) = − 3<br />
2<br />
< 0 .<br />
(c) f ′ (x) = 2x ln x ∀ x > 0 . x = f ′ (x) quando x = √ e .<br />
(d) g ′ (w) =<br />
−2 cos w<br />
sen 3 w ∀ sen w = 0 . g′ (π/4) = −4 .<br />
(e) u ′ (y) = − 1<br />
y 2 ∀ y = 0 . u′ ( √ 3 ) = − 1<br />
3 .<br />
• Página 58: Coletânea 5<br />
Questão 1) (a) 9<br />
4<br />
(b) 2<br />
3<br />
(c) 0 (d) 0<br />
3√ 4<br />
6 .<br />
Questão 2) (a) SIM! f(1) = π para que f seja contínua em x = 1 .<br />
1<br />
2 √ 5<br />
(b) NÃO ! g não pode ser contínua em x = 1 , qualquer que seja o valor de g(1) .
64 CAPÍTULO 1<br />
Questão 4) (a) f ′ (1) = 3<br />
8<br />
(b) b = 3e .<br />
Questão 5) (a) f ′ (x) = ln x + ln 5 ∀ x > 0 . f ′ (2) = ln 10 .<br />
(b) h ′ (θ) = 2( tg θ + 1). sec 2 θ ∀ cos θ = 0 . h ′ (π/3) = 8( √ 3 + 1) .<br />
(c) g ′ (w) =<br />
2w − 1<br />
w2 − w + (6w − 3w2 ) · 3 (3w2−w3 ) ′ 3<br />
∀ w < 0 ou w > 1 . g (2) =<br />
2 .<br />
(d) v ′ (t) = cos[s(t)] · s′ (t) · t − sen [s(t)]<br />
t 2<br />
(e) u ′ (y) =<br />
∀ t = 0 . v ′ (2) = − 1<br />
4 .<br />
1<br />
<br />
3 ( arc tg y) 2 ·<br />
1<br />
1 + y2 ∀ y = 0 . u′ (1) = 3<br />
<br />
2<br />
< 1 .<br />
π2
Capítulo 2<br />
Aplicações da Derivada<br />
2.1 Acréscimos e diferenciais<br />
Consideremos uma função f : X → IR derivável em pontos x ∈ X . Podemos escrever:<br />
f ′ (x) = lim<br />
∆x→0<br />
f(x + ∆x) − f(x)<br />
∆x<br />
(para cada x onde f for derivável)<br />
∆x é chamado ACRÉSCIMO DE x e representa a variação na variável independente x.<br />
Pondo y = f(x) como variável dependente, temos que ∆y = f(x+∆x)−f(x) representa<br />
a VARIAÇÃO DA FUNÇÃO f (devida ao acréscimo ∆x ) e<br />
f ′ (x) = lim<br />
∆x→0<br />
Os limites acima significam que, quando ∆x se aproxima cada vez mais de 0 (por valores<br />
∆y<br />
∆x<br />
diferentes de 0), ∆y/∆x se aproxima cada vez mais de f ′ (x) .<br />
Então podemos dizer que ∆y/∆x é uma boa aproximação para f ′ (x) quando ∆x é<br />
pequeno (e diferente de 0) e podemos escrever<br />
ou então, de modo equivalente,<br />
∆y<br />
∆x ≈ f ′ (x) quando ∆x é pequeno<br />
(∗) f(x + ∆x) − f(x) = ∆y ≈ f ′ (x) · ∆x quando ∆x é pequeno<br />
A relação (*) acima nos diz que podemos obter boas aproximações para a variação da<br />
função, ∆y = f(x + ∆x) − f(x) , através de f ′ (x) · ∆x , com ∆x pequeno !!!<br />
65
66 CAPÍTULO 2<br />
Por exemplo, vamos obter uma aproximação para (0, 98) 4<br />
Portanto, f ′ (x) · ∆x (que depende dos valores de x e ∆x considerados) desempenha esse<br />
importante papel de ser uma boa aproximação para a variação da função f quando ∆x é<br />
pequeno.<br />
f ′ (x) · ∆x será denotado por dy e chamado A DIFERENCIAL DE y (varia de acordo<br />
com x e ∆x).<br />
Escrevemos também dx = ∆x para a chamada diferencial de x.<br />
Geometricamente, temos:<br />
dy = f ′ (x) · ∆x<br />
dx = ∆x
Aplicações da Derivada 67<br />
Exemplos:<br />
(A) Use diferenciais para obter aproximações para:<br />
(a) 3 · (2, 001) 2 − 5 · (2, 001) + 3 (b)<br />
4√<br />
82<br />
(B) A medida de um lado de um cubo é encontrada como sendo 15 cm, com uma possibilidade<br />
de erro de 0,001 cm. Usando diferenciais, encontre o erro máximo no cálculo do volume do<br />
cubo.
68 CAPÍTULO 2<br />
(C) A Lei da Gravitação de Newton afirma que a força F de atração entre duas partículas de<br />
massas m1 e m2 é dada por F = g · m1 · m2<br />
s2 onde g é uma constante e s é a distância entre<br />
as partículas. Se s = 20 cm , use diferenciais para obter (aproximadamente) uma variação de<br />
s que aumente F em 10% .<br />
(D) À medida em que a areia escoa de um recipiente, vai se formando uma pilha cônica cuja<br />
altura é sempre igual ao raio. Se, em dado instante, o raio é de 10 cm, use diferenciais para<br />
aproximar a variação do raio que ocasiona um aumento de 2 cm 3 no volume da pilha.
Aplicações da Derivada 69<br />
Exercícios:<br />
1) Use diferenciais para obter valores aproximados para: (2, 01) 4 −3(2, 01) 3 +4(2, 01) 2 −5 ,<br />
3√ 65 , √ 37 , 3 √ 0, 00098 , √ 0, 042 , 5(0, 99) 3/5 − 3(0, 99) 1/5 + 7 ,<br />
1<br />
4√ 15 .<br />
2) Considerando ln 2 ≈ 0, 6931, use diferenciais para aproximar ln(2, 01) .<br />
3) Use diferenciais para obter uma aproximação para ctg 46 ◦ .<br />
4) Use diferenciais para obter o aumento aproximado da área de uma esfera, quando o raio<br />
varia de 2 a 2, 02 pés.<br />
5) Os lados oposto e adjacente a um ângulo θ de um triângulo retângulo acusam medidas<br />
de 10 pés e 8 pés, respectivamente, com erro possível de 1,5 polegada na medida de 10 pés.<br />
Use a diferencial de uma função trigonométrica inversa para obter uma aproximação do erro<br />
no valor calculado de θ . (Obs.: 1 pé = 12 polegadas)<br />
6) A altura de um cone circular reto é duas vezes o raio da base. A medida encontrada da<br />
altura é de 12 cm, com uma possibilidade de erro de 0,005 cm. Encontre o erro aproximado<br />
no cálculo do volume do cone.<br />
7) Se l (em metros) é o comprimento de um fio de ferro quando está a t graus de tem-<br />
peratura, então l = 60e 0,00001. t . Use diferenciais para encontrar o aumento aproximado em l<br />
quando t cresce, de 0 a 10 graus.<br />
8) Em um ponto situado a 20’ (pés) da base de um mastro, o ângulo de elevação do topo<br />
do mastro é de 60 ◦ , com erro possível de 0, 25 ◦ . Obtenha, com auxílio de diferenciais, uma<br />
aproximação do erro no cálculo da altura do mastro.<br />
9) Uma caixa de metal na forma de um cubo vai ter um volume interno de 64 cm 3 . Os seis<br />
lados da caixa vão ser feitos de metal com 1/4 cm de espessura. Se o preço do metal que vai<br />
ser usado na fabricação da caixa é de R$ 0,80 por cm 3 , use diferenciais para encontrar o preço<br />
aproximado de todo o metal necessário.<br />
10) A resistência elétrica R de um fio é proporcional ao seu comprimento l e inversamente<br />
proporcional ao quadrado de seu diâmetro d. Suponha que a resistência de um fio, de compri-<br />
mento dado (fixo), seja calculada a partir do diâmetro com uma possibilidade de erro de 2%<br />
∆d<br />
na medida do diâmetro · 100 = 2 . Encontre a possível porcentagem de erro no cálculo<br />
d<br />
do valor da resistência.
70 CAPÍTULO 2<br />
2.2 A Derivada como razão de variação<br />
Variação média:<br />
Sejam f : X → IR e y = f(x) .<br />
A variável y representa uma quantidade de “alguma grandeza” (distância, volume, área,<br />
etc.) que depende da variável independente x, a qual por sua vez representa também uma<br />
quantidade de alguma grandeza.<br />
Já vimos que ∆y = f(x1 + ∆x) − f(x1) é a variação da função, correspondente a uma<br />
variação de x1 a x1 + ∆x (∆x é o chamado acréscimo em x).<br />
Então ∆y<br />
∆x = f(x1 + ∆x) − f(x1)<br />
é a chamada VARIAÇÃO MÉDIA de y por unidade<br />
∆x<br />
de variação de x, quando x varia de x1 a x1 + ∆x.<br />
Exemplo: Seja S (em centímetros quadrados) a área de um cubo de aresta x (centímetros).<br />
Encontre a razão de variação média da área por unidade de variação no comprimento da aresta<br />
quando x varia de ... (a) ... 3 a 3, 2 cm (b) ... 3 a 3, 1 cm<br />
Variação instantânea:<br />
Quando fazemos ∆x → 0 no quociente ∆y/∆x<br />
<br />
lim<br />
∆x→0<br />
<br />
∆y<br />
, o limite (quando existir)<br />
∆x<br />
será a RAZÃO (TAXA) DE VARIAÇÃO INSTANTÂNEA de y por unidade de variação de x<br />
em (no INSTANTE em que) x = x1 .<br />
Mas lim<br />
∆x→0<br />
∆y<br />
∆x<br />
= lim<br />
∆x→0<br />
f(x1 + ∆x) − f(x1)<br />
∆x<br />
= f ′ (x1) (se existir o limite).<br />
Portanto a derivada f ′ (x1) representa a razão (taxa) de variação instantânea de y = f(x)<br />
por unidade de variação de x no instante em que x = x1 .
Aplicações da Derivada 71<br />
Exemplo: Considerando o exemplo anterior, qual a razão de variação da área do cubo por<br />
variação de centímetro no comprimento da aresta quando x = 3 ?<br />
Definimos ainda a taxa (razão) de VARIAÇÃO RELATIVA de y por unidade de variação<br />
de x em x1 como sendo f ′ (x1)<br />
f(x1)<br />
(proporção da variação instantânea em relação à quantidade<br />
f(x1) em x = x1 ). Multiplicando por 100, temos a taxa de VARIAÇÃO PERCENTUAL,<br />
dada por f ′ (x1)<br />
f(x1)<br />
Exemplos:<br />
· 100 .<br />
(A) Um cilindro reto, de base circular, tem altura constante igual a 10 cm. Se V cm 3 é o<br />
volume desse cilindro e r cm o raio de sua base, encontre:<br />
(a) A razão de variação média do volume por unidade de variação do raio, quando r varia<br />
de 5 a 5, 1 cm.<br />
(b) A razão de variação instantânea do volume , por unidade de variação do raio, quando<br />
r = 5 e quando r = 5, 1 cm.<br />
(c) As taxas de variação relativas do volume, por unidade de variação do raio, quando r = 5<br />
e quando r = 5, 1.
72 CAPÍTULO 2<br />
(B) O lucro de um depósito de retalhos é de 100y reais quando x reais são gastos diariamente<br />
em propaganda e y = 2500 + 36x − 0, 2x 2 . Use a derivada para determinar se seria vantajoso<br />
que o orçamento diário de propaganda aumentasse, nos seguintes casos:<br />
(a) O orçamento atual é de 60 reais diários;<br />
(b) O orçamento atual é de 100 reais diários.<br />
(C) Em um circuito elétrico, se E é a força eletromotriz, R ohms é a resistência e I amperes<br />
é a corrente, a Lei de Ohm afirma que IR = E .<br />
Admitindo que E seja constante, mostre que R decresce em uma razão que é proporcional<br />
ao inverso do quadrado de I.<br />
Se E = 100 volts, qual a taxa de variação de I por unidade de variação de R quando<br />
R = 20 ohms ?<br />
(D) A temperatura T (em graus Celsius) de uma solução no instante t (minutos) é dada por<br />
T (t) = 10 + 4t − 3<br />
, com 1 ≤ t ≤ 10 .<br />
t + 1<br />
Qual a taxa de variação de T por unidade de variação de t quando t = 2 , t = 5 , ou t = 9 ?
Aplicações da Derivada 73<br />
(E) A Lei de Boyle para os gases afirma que p · V = c , onde p é a pressão, V é o volume e<br />
c uma constante. Suponhamos que no instante t (minutos), a pressão seja dada por 20 + 2t<br />
u.p., com 0 ≤ t ≤ 10 . Se em t = 0 o volume é de 60 cm 3 , determine a taxa de variação do<br />
volume por unidade de variação do tempo quando t = 5.<br />
Um caso particular: interpretação cinemática da Derivada<br />
Suponhamos agora que s = s(t) represente a posição de um objeto ao longo de uma linha<br />
reta, como função do tempo t:<br />
Se em t1 o objeto estava em s(t1) e em t1 + ∆t estava em s(t1 + ∆t) , a variação total da<br />
posição do objeto entre os instantes t1 e t1 + ∆t é dada por<br />
∆s = s(t1 + ∆t) − s(t1)<br />
A taxa de variação média de s por unidade de variação de tempo, entre o t1 e t1 + ∆t é<br />
s(t1 + ∆t) − s(t1)<br />
∆t<br />
Essa é a VELOCIDADE M ÉDIA com que o objeto se movimentou de s(t1) até s(t1 + ∆t)<br />
entre os instantes t1 e t1 + ∆t.<br />
A razão de variação instantânea da posição s do objeto por unidade de variação do tempo,<br />
no instante t1 é dada por<br />
s ′ (t1) = lim<br />
∆t→0<br />
s(t1 + ∆t) − s(t1)<br />
∆t<br />
Essa é a VELOCIDADE INSTANT ÂNEA do objeto no instante t = t1 .
74 CAPÍTULO 2<br />
Se s ′ (t1) > 0 então a taxa de variação em t1 é positiva, ou seja, s está aumentando em t1,<br />
ou melhor, o objeto está se movimentando no sentido adotado como positivo.<br />
Se s ′ (t1) < 0 , o movimento em t1 é contrário ao sentido positivo.<br />
Se s ′ (t1) = 0 então o objeto está parado no instante t1.<br />
Exemplos:<br />
(A) Um foguete é lançado verticalmente para cima e está a s m do solo t s após ter sido lançado<br />
(t ≥ 0), sendo s(t) = 160t − 5t 2 (o sentido positivo é para cima). Determine:<br />
(a) A velocidade média entre os instantes t = 0 e t = 4 s.<br />
(b) A velocidade instantânea nos instantes t = 0 (velocidade inicial) e t = 2 s.<br />
(c) Em t = 20 s, o foguete está subindo ou caindo ?<br />
(d) Quanto tempo leva o foguete para alcançar a sua altura máxima ?<br />
(e) Qual a altura máxima atingida pelo foguete ?<br />
(B) Uma pedra é solta de um edifício de 80 m de altura e a equação do movimento é dada por<br />
s(t) = −5t 2 (t em segundos, t ≥ 0, orientação positiva para cima).<br />
(a) Qual a velocidade da pedra 1 segundo após ser lançada ?<br />
(b) Quanto tempo leva a pedra para alcançar o solo ?<br />
(c) Qual a velocidade (instantânea) da pedra ao atingir o solo ?<br />
(d) Qual a velocidade média entre os instantes t = 0 e o choque com o solo ?
Aplicações da Derivada 75<br />
Obs.: Assim como definimos a velocidade como variação da posição por unidade de variação<br />
do tempo, definimos a ACELERAÇÃO como sendo a variação da velocidade (olhando v = v(t))<br />
por unidade de variação do tempo.<br />
(C) A posição s de um objeto em movimento retilíneo é dada por s(t) = 2t 3 − 15t 2 + 48t − 10 ,<br />
com t medido em segundos e s(t) em metros. Determine a aceleração quando a velocidade é<br />
de 12 m/s. Determine a velocidade quando a aceleração é de 10 m/s 2 .<br />
(D) Um bombardeiro está voando paralelo ao chão a uma altitude de 2 km e a uma veloci-<br />
dade constante de 4, 5 km/min. A que razão varia a distância entre o bombardeiro e o alvo<br />
exatamente 20 segundos após o bombardeiro passar sobre o alvo ?
76 CAPÍTULO 2<br />
Exercícios:<br />
1) O volume de um balão esférico (em pés cúbicos) t horas após 13:00 é dado pela equação<br />
V (t) = 4<br />
3 π(9−2t)3 , com 0 ≤ t ≤ 4. Qual a variação média do volume por unidade de variação<br />
de tempo entre t = 0 e t = 4 ? Qual a taxa de variação do volume por unidade de variação de<br />
tempo às 16:00 ?<br />
2) Suponha que, t segundos após ter começado a correr, o pulso de um indivíduo tenha<br />
sua taxa dada por P (t) = 56 + 2t 2 − t (batimentos por minuto), com 0 ≤ t ≤ 7 . Determine a<br />
variação média de P por unidade de variação de t quando t varia de 2 a 4 segundos. Obtenha<br />
a taxa de variação de P por unidade de variação de t em t = 2, t = 3, t = 4.<br />
3) O iluminamento I (em u.i. - “unidades de iluminamento” ) de uma fonte de luz é<br />
diretamente proporcional à intensidade S da fonte e inversamente proporcional ao quadrado<br />
da distância d da fonte. Se, para uma certa fonte, I = 120 u.i. a uma distância de 2 pés,<br />
determine a taxa de variação de I por unidade de variação de d, quando d = 20 pés.<br />
4) A relação entre a temperatura F , na escala Fahrenheit, e a temperatura C, na escala<br />
Celsius, é dada por C = 5/9(F − 32). Qual a taxa de variação de F em relação a C ?<br />
5) Deve-se construir uma caixa aberta com uma folha retangular de cartolina de 40 cm de<br />
largura e 60 cm de comprimento, cortando-se um quadrado de s cm de lado em cada canto<br />
e dobrando-se a cartolina. Expresse o volume V da caixa em função de s e determine a taxa<br />
de variação de V em relação a s. Se queremos obter uma caixa com o maior volume possível,<br />
responda se é conveniente ou não aumentar s quando: s = 5cm ou s = 10cm.<br />
Obs.: Lembremos que a ACELERAÇÃO de um objeto em movimento retilíneo é a taxa<br />
de variação da velocidade v por unidade de variação do tempo t.<br />
6) Para cada uma das situações abaixo, define-se a posição s de um objeto em movimento<br />
retilíneo como função do tempo t. Determine a velocidade e aceleração em cada instante<br />
t e tente descrever o movimento (posição inicial, velocidade inicial, direções do movimento,<br />
quando a velocidade aumenta, diminui, etc.) durante os intervalos de tempo indicados:<br />
(a) s(t) = 3t 2 −12t+1 , t ∈ [0, 5] (b) s(t) = t+4/t , t ∈ [1, 4] (c) s(t) = 24+6t−t 3 , t ∈ [−2, 3]<br />
(d) s(t) =<br />
1 − e−3t<br />
3<br />
, t ∈ [0, 2] (e) s(t) = 3 cos πt , t ∈ [0, 2] (f) s(t) = t 2 −4 ln(t+1) , t ∈ [0, 4]<br />
7) Lança-se um objeto verticalmente para cima, sendo a altura atingida s pés após t segs<br />
dada por s(t) = 144t − 16t 2 . Obtenha a velocidade e a aceleração iniciais e no instante t = 3<br />
s (descreva o que ocorre). Qual a altura máxima atingida ? Quando o objeto atinge o solo ?
Aplicações da Derivada 77<br />
2.3 Taxas relacionadas<br />
Em alguns problemas, podemos ter várias grandezas relacionadas através de equações.<br />
Exemplos:<br />
(A) Uma escada com 5 m de comprimento está inclinada e apoiada numa parede vertical. Sua<br />
base, apoiada no chão, está sendo empurrada na direção da parede a uma velocidade de 0,5<br />
m/s. Qual a velocidade com que a ponta da escada (apoiada na parede) se move quando a<br />
base está a 4 m da parede ?<br />
(B) Infla-se um balão esférico de tal modo que seu volume aumenta à razão de 5 dm 3 /min. A<br />
que razão o diâmetro do balão cresce quando o diâmetro é de 12 dm ?
78 CAPÍTULO 2<br />
(C) Um tanque de água com a forma de cone invertido e altura igual ao diâmetro está sendo<br />
enchido à razão de 3 m 3 /s. Qual a velocidade com que o nível de água sobe, quando a parte<br />
cheia com água tem 2 m de altura ?<br />
(D) Um farol, situado a 1000 m de uma costa (praticamente) reta está girando com uma<br />
velocidade de 3 rpm (rotações por minuto). Qual a velocidade da luz do farol na região<br />
costeira quando o ângulo entre o feixe de luz e a perpendicular do farol à praia é de π/4 rad ?
Aplicações da Derivada 79<br />
Exercícios:<br />
1) Um papagaio de papel está voando a uma altura de 40m. Um garoto está empinando<br />
o papagaio de tal modo que este se move horizontalmente a uma razão de 3m/seg. Se a linha<br />
está esticada, com que razão deve o garoto dar linha quando o comprimento da corda solta é<br />
50m ?<br />
2) Um carro que viaja à razão de 30m/seg aproxima-se de um cruzamento. Quando o<br />
carro está a 120m do cruzamento, um caminhão que viaja a 40m/seg atravessa o cruzamento.<br />
O carro e o caminhão estão em estradas que formam ângulos retos uma com a outra. Com<br />
que rapidez separam-se o carro e o caminhão 2 segundos depois que o caminhão passou pelo<br />
cruzamento ?<br />
3) De um orifício em um recipiente vaza areia, que forma um monte cônico cuja altura é<br />
sempre igual ao raio da base. Se a altura aumenta à razão de 6 pol/min, determine a taxa de<br />
vazamento da areia quando a altura da pilha é 10 pols.<br />
4) Uma lâmpada colocada em um poste está a 5m de altura. Se um homem de 2m de altura<br />
caminha afastando-se da lâmpada à razão de 1m/seg, com que rapidez se move a extremidade<br />
de sua sombra no instante em que ele está a 4m do poste ? Com que rapidez se alonga sua<br />
sombra neste instante ? Qual velocidade é a maior, a da extremidade da sombra ou a de<br />
alongamento da sombra ? O que ocorre em outros instantes ?<br />
5) A Lei de Boyle para os gases afirma que p.v = c, onde p é a pressão, v é o volume e c<br />
uma constante. Em certo instante, o volume é de 75 pols 3 , a pressão 30 lbs/pol 2 e a pressão<br />
decresce à razão de 2 lbs/pol 2 por minuto. Qual a taxa de variação do volume neste instante ?<br />
6) Um ponto P (x, y) se move sobre o gráfico da equação y = ln(x 3 ) (x > 0) e sua abscissa<br />
x varia à razão de 0,5 unidade por segundo. A ordenada y também varia a uma razão fixa ?<br />
Qual a taxa de variação da ordenada no ponto (e, 3) ?<br />
7) Quando duas resistências elétricas R1 e R2 são ligadas em paralelo, a resistência total<br />
R é dada por 1/R = (1/R1) + (1/R2). Se R1 e R2 aumentam à razão de 0,01 ohms/s e 0,02<br />
ohms/s, respect., qual a taxa de variação de R no instante em que R1 = 30 ohms e R2 = 90<br />
ohms ?<br />
8) Uma vara de metal tem a forma de um cilindro circular reto. Ao ser aquecida, seu<br />
comprimento aumenta à taxa de 0,005 cm/min e seu diâmetro cresce à razão de 0,002 cm/min.<br />
Qual a taxa de variação do volume quando o comprimento é 40 cm e o diâmetro é 3 cm ?<br />
9) Uma escada com 6 m de comprimento está apoiada em um dique inclinado a 60 ◦ em<br />
relação à horizontal. Se a base da escada está sendo movida horizontalmente na direção do
80 CAPÍTULO 2<br />
dique à razão de 1 m/s, com que rapidez move-se a parte superior da escada (apoiada no<br />
dique), quando a base estiver a 4 m do dique ?<br />
10) Um avião voa a uma altura constante de 5000 pés ao longo de uma reta que o levará<br />
diretamente a um ponto acima de um observador no solo. Se, em dado instante, o observador<br />
nota que o ângulo de elevação do avião é de 60 ◦ e aumenta à razão de 1 ◦ por segundo, determine<br />
a velocidade do avião neste instante.<br />
11) Um triângulo isósceles tem os dois lados iguais com 6 pols cada um. Se o ângulo entre<br />
os lados iguais varia à razão de 2 ◦ por min, com que velocidade varia a área do triângulo<br />
quando θ = 30 ◦ ?<br />
12) A luz de um farol localizado a 1/8 de milha do ponto mais próximo P de uma estrada<br />
retilínea está sobre um carro que percorre a estrada com a velocidade de 50 milhas por hora,<br />
se afastando de P. Determine a taxa de rotação do farol no instante em que o carro está a 1/4<br />
de milha do farol.<br />
13) Uma escada de 5 m de altura está apoiada numa parede vertical. Se a parte inferior<br />
da escada é puxada horizontalmente para fora da parede de tal forma que o topo da escada<br />
escorrega à razão de 3 m/s, com que velocidade está variando a medida do ângulo entre a<br />
escada e o solo quando a parte inferior da escada está a 3 m da parede ?<br />
14) Um homem num cais está puxando um bote à razão de 2 m/s por meio de uma corda<br />
(esta é a velocidade com que puxa a corda). As mãos do homem estão a 30 cm do nível do<br />
ponto onde a corda está presa no bote. com que velocidade varia a medida do ângulo de<br />
deflexão da corda (entre a corda e o movimento do bote) quando o comprimento da corda é<br />
de 50 cm ?<br />
15) Um quadro de 40 cm de altura está colocado numa parede, com sua base a 30 cm<br />
acima do nível dos olhos de um observador. Se o observador se aproximar da parede à razão<br />
de 4 m/s, com que velocidade varia a medida do ângulo subtendido pelo quadro a seus olhos,<br />
quando o observador estiver a 1 m da parede ?<br />
16) Despeja-se água num recipiente de forma cônica à razão de 8 cm 3 /min. O cone tem<br />
20 cm de profundidade e 10 cm de diâmetro em sua parte superior. Com que velocidade deve<br />
aumentar a profundidade da água no recipiente quando a água estiver a 16 cm do fundo ?<br />
Suponhamos agora que se tenha a informação adicional de que existe um furo no fundo, pelo<br />
qual a água escoa, e que a água está subindo à razão de 1/8π cm/min neste instante (quando<br />
a água está a 16 cm do fundo). Com que velocidade a água está escoando ?
Aplicações da Derivada 81<br />
2.4 Alguns resultados importantes<br />
Pontos críticos, máximos e mínimos:<br />
Definição 2.1. Um ponto c ∈ X é um PONTO CR ÍTICO de f : X → IR quando f ′ (c) = 0<br />
ou não existe f ′ (c) .<br />
Exemplos:<br />
(A) Seja f1 : IR → IR dada por f1(x) = x 3 − 12x .<br />
(B) Seja g : IR → IR dada por g(x) = x 3 .<br />
(C) Seja h : IR → IR dada por h(x) = e x .<br />
(D) Seja s : IR → IR dada por s(x) = cos x .<br />
(E) Seja f2 : IR → IR dada por f2(x) = (x + 5) 2 3√ x − 4 .
82 CAPÍTULO 2<br />
Teorema 2.1. Seja f : X → IR uma função. Se c é um ponto de máximo ou mínimo local<br />
de f e c ∈ I (intervalo aberto) ⊂ X então c é um ponto crítico de f, ou seja, f ′ (c) = 0 ou<br />
∄ f ′ (c) .<br />
Conseqüência importante do Teorema 2.1: Se f : [a, b] → IR é uma função contínua,<br />
sabemos (ver Teorema 12 do Capítulo 1) que f assume máximo e mínimo absolutos neste<br />
intervalo, ou seja, existem cM e cm em [a, b] tais que f(cM) ≥ f(x) e f(cm) ≤ f(x) para<br />
todo x ∈ [a, b] .<br />
O Teorema 2.1 nos diz que os candidatos a cM e cm são os pontos críticos de f em (a, b)<br />
juntamente com os extremos a e b do intervalo [a, b] .<br />
Exemplos:<br />
(A) f : [−3, 5] → IR dada por f(x) = x 3 − 12x .
Aplicações da Derivada 83<br />
(B) Seja g : IR → IR dada por g(x) = x 3 .<br />
Obs.: Este exemplo mostra que não vale a recíproca do Teorema 2.1<br />
(C) (Aplicação) Um fabricante de caixas de papelão deseja fazer caixas abertas de pedaços<br />
quadrados de 12 dm de lado, cortando quadrados iguais nos quatro cantos e dobrando os lados.<br />
Encontre o comprimento do lado do quadrado que se deve cortar para obter uma caixa cujo<br />
volume seja máximo.
84 CAPÍTULO 2<br />
O Teorema do Valor Médio para Derivadas:<br />
Teorema 2.2. (Rolle) Se f é contínua em um intervalo limitado e fechado [a, b] , derivável<br />
no intervalo aberto correspondente (a, b) e f(a) = f(b) , então existe (pelo menos um)<br />
c ∈ (a, b) tal que f ′ (c) = 0 .<br />
⇓<br />
Teorema 2.3. (Teorema do Valor Médio, de Lagrange) Se f é contínua em um intervalo<br />
limitado e fechado [a, b] e derivável no intervalo aberto correspondente (a, b) então existe<br />
(pelo menos um) c ∈ (a, b) tal que f(b)−f(a) = f ′ (c)·(b−a) , ou seja, f ′ f(b) − f(a)<br />
(c) = .<br />
b − a<br />
Principais conseqüências do Teorema do Valor Médio:<br />
Teorema 2.4. (Sobre crescimento e decrescimento) Seja f contínua em um intervalo limitado<br />
e fechado [a, b] e derivável no intervalo aberto correspondente (a, b) .<br />
(i) Se f ′ (x) > 0 para todo x em (a, b), então f é CRESCENTE em [a, b] .<br />
(ii) Se f ′ (x) < 0 para todo x em (a, b), então f é DECRESCENTE em [a, b] .
Aplicações da Derivada 85<br />
Teorema 2.5. (Teste da Derivada Primeira) Seja f uma função contínua em [a, b] e derivável<br />
em (a, b), exceto possivelmente em um ponto crítico c ∈ (a, b) .<br />
(i) Se f ′ (x) > 0 ∀ x ∈ (a, c) e f ′ (x) < 0 ∀ x ∈ (c, b) , então c é ponto de máximo local de f.<br />
(ii) Se f ′ (x) < 0 ∀ x ∈ (a, c) e f ′ (x) > 0 ∀ x ∈ (c, b) , então c é ponto de mínimo local de f.<br />
(iii) Se f ′ (x) > 0 ∀ x = c em (a, b) ou se f ′ (x) < 0 ∀ x = c em (a, b) então c não é nem<br />
máximo nem mínimo local de f.<br />
Exemplos:<br />
(A) Seja g : IR → IR dada por g(x) = x 3 − 12x ∀ x ∈ IR . Obtenha máximos ou mínimos<br />
locais de g e onde g é crescente ou decrescente.
86 CAPÍTULO 2<br />
(B) Seja f : IR → IR dada por f(x) = x 4 − 4x 2 ∀ x ∈ IR .<br />
(C) Seja h : IR → IR dada por h(x) = x 1/3 (8 − x) ∀ x ∈ IR .<br />
(D) Seja u : IR → IR dada por u(x) = (x + 5) 2 3√ x − 4 ∀ x ∈ IR .<br />
2.5 Concavidade e pontos de inflexão<br />
Derivadas de ordem superior:<br />
Consideremos, POR EXEMPLO, f : IR → IR dada por f(x) = 2x 3 − 5x 2 + x + 2 .<br />
Para todo x ∈ IR existe f ′ (x) = 6x 2 − 10x + 1 .<br />
Podemos considerar portanto a função f ′ : IR → IR dada por f ′ (x) = 6x 2 − 10x + 1<br />
f ′ (x) − f ′ (a)<br />
e indagar se ela é derivável ou não, ou seja, se existe lim<br />
x→a x − a<br />
a ∈ IR (existindo, f ′′ (a) é chamada a derivada segunda de f em a).<br />
= f ′′ (a) para cada<br />
Como f ′ (neste exemplo) é polinomial, sabemos que existe, ∀ x ∈ IR, f ′′ (x) = 12x − 10<br />
e temos portanto uma nova função f ′′ : IR → IR dada por f ′′ (x) = 12x − 10 ∀ x ∈ IR (f ′′ é<br />
a função derivada segunda de f.<br />
Podemos pensar (novamente) em derivar f ′′ e assim por diante...<br />
(Exemplos)<br />
Obs.: (A) Já interpretamos f ′ como taxa de variação instantânea de y = f(x) por unidade<br />
de variação de x.<br />
Como f ′′ é a derivada de f ′ , então f ′′ é a taxa de variação instantânea de y = f ′ (x) por<br />
unidade de variação de x.<br />
Em resumo: f ′ mede a variação de f ;<br />
f ′′ mede a variação de f ′ ;<br />
f ′′′ mede a variação de f ′′ e assim por diante ...<br />
(B) Vimos também que se s = s(t) representa a posição s de um objeto ao longo de uma<br />
linha reta, como função do tempo t, chamamos de VELOCIDADE (INSTANTÂNEA) a taxa<br />
de variação instantânea de s por unidade de variação de t, ou seja, v(t) = s ′ (t) .<br />
Derivando novamente, temos a variação da velocidade v ′ (t) = s ′′ (t) (derivada segunda de<br />
s), a qual chamamos de ACELERAÇÃO no instante t.
Aplicações da Derivada 87<br />
Testes de concavidade:<br />
Teorema 2.6. (Sobre concavidade) Seja f derivável em um intervalo aberto contendo c .<br />
(i) Se existe f ′′ (c) > 0 então no ponto ponto (c, f(c)) o gráfico de f tem a concavidade<br />
voltada para cima.<br />
(ii) Se existe f ′′ (c) < 0 então no ponto ponto (c, f(c)) o gráfico de f tem a concavidade<br />
voltada para baixo.<br />
Exemplos:<br />
(A) Seja f : IR → IR dada por f(x) = x 3 ∀ x ∈ IR .<br />
(B) Seja g : IR → IR dada por g(x) = e x ∀ x ∈ IR .
88 CAPÍTULO 2<br />
(C) Seja h : (0, +∞) → IR dada por h(x) = ln x ∀ x > 0 .<br />
(D) Seja u : IR → IR dada por u(x) = sen x ∀ x ∈ IR .<br />
(E) Seja f1 : IR → IR dada por f1(x) = x 3 − 12x ∀ x ∈ IR .<br />
Definição 2.2. (Ponto de inflexão) Um ponto (c, f(c)) do gráfico de uma função f, f contínua<br />
em c, é chamado um PONTO DE INFLEXÃO quando neste ponto a concavidade “muda<br />
de sentido” , ou seja, existe um intervalo aberto (a, b) contendo c tal que uma das seguintes<br />
situações ocorre:<br />
(i) f ′′ (x) > 0 se x ∈ (a, c) e f ′′ (x) < 0 se x ∈ (c, b) ;<br />
(ii) f ′′ (x) < 0 se x ∈ (a, c) e f ′′ (x) > 0 se x ∈ (c, b) .
Aplicações da Derivada 89<br />
Teorema 2.7. (Teste da Derivada Segunda) Se f é derivável em um intervalo aberto contendo<br />
c e f ′ (c) = 0, temos:<br />
(i) Se f ′′ (c) < 0 então f tem máximo local em c ;<br />
(ii) Se f ′′ (c) > 0 então f tem mínimo local em c .<br />
Obs.: Se f ′′ (c) = 0 nada podemos concluir (tente o Teste da Derivada Primeira).<br />
Exemplo: Seja f1 : IR → IR dada por f1(x) = x 3 − 12x .<br />
Resumindo:<br />
• f ′ mede a variação de f; Sinal de f ′ : crescimento e decrescimento de f;<br />
Teste da Derivada Primeira: máximos e/ou mínimos.<br />
• f ′′ mede a variação de f ′ ; Sinal de f ′′ : concavidade do gráfico de f;<br />
Teste da Derivada Segunda: máximos e/ou mínimos.<br />
2.6 Aplicações em problemas de máximos e/ou mínimos<br />
(A) Determine as dimensões do retângulo de área máxima que pode ser inscrito num triângulo<br />
equilátero de lado a, com dois dos vértices sobre um dos lados do triângulo.
90 CAPÍTULO 2<br />
(B) Os pontos A e B são opostos um ao outro nas margens de um rio reto com 3 km de<br />
largura. O ponto C está na mesma margem que B, mas a 6 km de B, rio abaixo. Uma com-<br />
panhia telefônica deseja estender um cabo de A até C. Se o custo por km do cabo é 25% mais<br />
caro sob a água do que em terra, que linha de cabo seria menos cara para a companhia ?<br />
(C) Um cartaz de 20 pés de altura está localizado no topo de um edifício de tal modo que<br />
seu bordo inferior está a 60 pés acima do nível do olho de um observador. Use funções<br />
trigonométricas inversas para determinar a que distância de um ponto diretamente abaixo<br />
do cartaz o observador deve se colocar para maximizar o ângulo entre as linhas de visão do<br />
topo e da base do cartaz.
Aplicações da Derivada 91<br />
Exercícios:<br />
1) Se uma caixa de base quadrada, aberta no topo, deve ter um volume de 4 pés cúbicos,<br />
determine as dimensões que exigem a menor quantidade de material (desprezar a espessura e<br />
aperda de material). Refaça o problema considerando o caso de uma caixa coberta.<br />
2) Determine as dimensões do cone circular reto de volume máximo que pode ser inscrito<br />
numa esfera de raio a.<br />
3) Uma longa folha retangular de metal, de 12 polegadas de largura, vai ser utilizada para<br />
formar uma calha, dobrando-se em ângulo reto duas bordas (de mesma medida). Quantas<br />
polegadas devem ser dobradas de forma que a capacidade da calha seja máxima ? Refaça o<br />
problema considerando que os lados da calha devam fazer um ângulo de 2π/3 rad com a base.<br />
4) Encontre as dimensões do retângulo de maior área que tem 200 cm de perímetro.<br />
5) Determine o ponto do gráfico de y = x 3 mais próximo do ponto (4, 0).<br />
6) Um fabricante vende certo artigo aos distribuidores a US$20,00 por unidade para pedidos<br />
de menos de 50 unidades. No caso de pedidos de 50 unidades ou mais (até 600), o preço unitário<br />
tem um desconto igual a US$0,02 vezes o número de encomendas. Qual volume de encomendas<br />
proporciona maior receita para o fabricante ?<br />
7) Às 13:00 horas um navio A está a 30 milhas ao sul do navio B e navegando rumo norte<br />
a 15 mph (milhas por hora). Se o navio B está navegando rumo oeste a 10 mph, determine o<br />
instante em que a distância entre os dois navios é mínima.<br />
8) Uma ilha está num ponto A, a 6 km do ponto B mais próximo numa praia reta. Um<br />
armazém está num ponto C a 9 km de B na praia. Se um homem pode remar à razão de 4<br />
km/h e caminhar à razão de 5 km/h, onde ele deveria desembarcar para ir da ilha ao armazém<br />
no menor tempo possível ?<br />
9) Encontre as dimensões do cilindro circular reto de maior volume que pode ser inscrito<br />
num cone circular reto com altura 12 cm e raio da base 6 cm.<br />
10) José comprou uma TV nova, de tela plana, para assistir à Copa do Mundo. A TV tem<br />
uma altura de 0,5 m e vai ser colocada a 4 m de distância dos olhos de José, quando ele estiver<br />
sentado confortavelmente em seu sofá, xingando aqueles milionários que estão jogando ɛ vezes<br />
o que deveriam para ganhar a Copa (ɛ → 0). Sabendo que os olhos de José, ao sentar-se, estão<br />
a 1,5 m de altura do solo e num nível entre os bordos inferior e superior da TV, a que altura<br />
do solo deve ser colocada a TV para que o ângulo de visão de José seja máximo ?
92 CAPÍTULO 2<br />
11) Corta-se um pedaço de arame de 2 m de comprimento em duas partes. Uma parte<br />
será dobrada em forma de círculo e a outra em forma de quadrado. Como deverá ser cortado<br />
o arame para que: (a) a soma das áreas das duas figuras seja tão pequena quanto possível; (b)<br />
a soma das áreas das duas figuras seja a maior possível.<br />
12) Um oleoduto deve ligar dois pontos A e B, distantes 3 milhas e situados nas margens<br />
opostas e um rio retilíneo de 1 milha de largura. Parte do oleoduto será construída sob a<br />
água, de A até um ponto C na margem oposta, e o restante à superfície, de C até B. Se o<br />
custo de construção do oleoduto sob a água é quatro vezes o custo da construção à superfície e<br />
sabendo que a região onde está sendo construído o oleoduto não pertence à Bolívia, determine<br />
a localização de C que minimize o custo de construção.<br />
13) O proprietário de um pomar estima que, plantando 24 árvores por are, cada árvore<br />
produzirá 600 maçãs por ano. Para cada árvore adicional plantada por are, haverá uma redução<br />
de 12 maçãs por pé por ano. Quantas árvores deve plantar por are para maximizar o número<br />
de maçãs (por are por ano) ?<br />
14) Um piloto de testes da Fórmula 1 percorre um circuito elíptico plano, de forma que<br />
sua posição, após t vezes 10-segundos, é dada por s(t) = (x(t), y(t)) = (2 cos t, sen t) (faça um<br />
esboço da trajetória percorrida pelo piloto). O vetor velocidade (tangencial), num instante t<br />
é dado por v(t) = s ′ (t) = (−2. sen t, cos t) (tente fazer um esboço). A velocidade (tangencial)<br />
escalar é dada pelo módulo do vetor velocidade: |v(t)|. Supondo que o piloto não é o Rubinho<br />
Barrichello e portanto deve completar pelo menos uma volta no circuito, calcule os pontos<br />
onde o piloto alcança as velocidades máximas e mínimas. (Sugestão: maximizar e minimizar<br />
|v(t)| 2 )<br />
2.7 Aplicações nos esboços de gráficos<br />
Dada uma função f : X → IR , nos interessa utilizar nossos estudos sobre derivadas para<br />
fazer um esboço do gráfico de f.<br />
Algumas dicas:<br />
1) Obter a derivada primeira f ′ e os pontos críticos (onde f ′ se anula ou não existe);<br />
2) Estudando o sinal de f ′ , obter informações sobre o crescimento/decrescimento de f;<br />
3) Obter a derivada segunda f ′′ e estudar o seu sinal para obter informações sobre a<br />
concavidade do gráfico de f;<br />
4) Usar o Teste da Derivada Primeira ou o Teste da Derivada Segunda para descobrir
Aplicações da Derivada 93<br />
máximos ou mínimos locais;<br />
5) Obter alguns pontos do gráfico para ajudar no esboço (pontos de máximo ou mínimo,<br />
pontos de interseção com os eixos coordenados, etc.);<br />
6) Observar o comportamento de f(x) quando x → +∞ ou x → −∞ (se for o caso) -<br />
busca de assíntotas horizontais (*);<br />
7) Observar o comportamento de f próxima às descontinuidades - busca de assíntotas<br />
verticais (*).<br />
(*) Veremos estes dois últimos ítens com mais detalhes nas próximas aulas.<br />
Exemplo: Seja f : IR → IR dada por f(x) = 5x 3 − x 5 .<br />
Exercício: Faça um esboço do gráfico de g : [−2, 2] → IR dada por g(x) = e−x2 .
94 CAPÍTULO 2<br />
2.8 Apêndice A : Limites no infinito<br />
Noção básica:<br />
Dada f : X → IR, nos interessa investigar (se possível) o comportamento de f(x) quando<br />
x → ±∞ .<br />
Dizemos que um número real L é o limite de f(x) quando x → +∞ e escrevemos<br />
lim f(x) = L<br />
x→+∞<br />
quando f(x) se aproxima tanto quanto quisermos de L à medida que x cresce indefinidamente,<br />
ou seja, quando x → +∞ .<br />
Neste caso, a reta y = L é chamada uma ASSÍNTOTA HORIZONTAL do gráfico de f.<br />
Analogamente, escrevemos lim f(x) = M ∈ IR quando f(x) se aproxima tanto<br />
x→−∞<br />
quanto quisermos de M à medida que x → −∞ .<br />
Neste caso também y = M é assíntota horizontal do gráfico de f.<br />
Exemplos:<br />
(A) f : [2, +∞) → IR dada por f(x) = 1<br />
x .
Aplicações da Derivada 95<br />
⎧<br />
⎨<br />
4 +<br />
(B) g : (−∞, 3) → IR dada por g(x) =<br />
⎩<br />
1<br />
se x ≤ −1<br />
x<br />
6 se −1 < x < 3<br />
(C) u : IR → IR dada por u(x) = sen x .<br />
Teoremas sobre limites no infinito:<br />
Valem os mesmos teoremas vistos no estudo de limites, com as devidas adaptações.<br />
Por exemplo: Se lim f(x) = L e lim g(x) = M , então podemos comcluir que<br />
x→+∞ x→+∞<br />
lim f(x) ± g(x) = L ± M , lim f(x) · g(x) = L · M , lim f(x)/g(x) = L/M se M = 0<br />
x→+∞ x→+∞ x→+∞<br />
(analogamente para x → −∞ )<br />
Alguns limites básicos no infinito:<br />
1) lim c = c<br />
x→±∞<br />
2) Se k ∈ Q, k > 0 e c = 0 então lim<br />
x→±∞<br />
<br />
3) lim 1 +<br />
x→+∞<br />
1<br />
x = e 4) lim<br />
x<br />
x→+∞<br />
5) lim<br />
x→−∞ ex = 0 6) lim<br />
x→+∞<br />
c<br />
= 0 (se fizerem sentido)<br />
xk ln x<br />
x<br />
= 0<br />
1<br />
= 0 7) lim<br />
ex x→+∞<br />
1<br />
ln x<br />
= 0
96 CAPÍTULO 2<br />
Exemplos:<br />
(A) lim<br />
x→+∞<br />
(B) lim<br />
x→−∞<br />
(C) lim<br />
x→+∞<br />
(D) lim<br />
x→−∞<br />
−5x 3 + 2x<br />
x 3 − 4x 2 + 3<br />
3x − 4<br />
5x 2<br />
√ 5x 2 − 6<br />
4x + 3<br />
sen x<br />
x<br />
(E) (Exercício) Use seus conhecimentos sobre derivadas para mostrar que e x > x sempre<br />
que x ≥ 1 (Sugestão: Mostre que f(x) = e x − x é crescente em [1, +∞) e f(1) > 0 ) e<br />
conclua que lim<br />
x→+∞<br />
1<br />
= 0 .<br />
ex (F) (Exercício) Mostre que lim<br />
x→+∞ e−x2 = 0 (Sugestão: Mostre que 0 < e−x2 = 1<br />
quando x → +∞ e aplique o Sanduíche).<br />
ex2 < 1<br />
ex
Aplicações da Derivada 97<br />
2.9 Apêndice B : Limites infinitos<br />
Dada f : X → IR e a ∈ X ′ , vamos estudar agora, para auxílio no esboço do gráfico de f,<br />
a situação na qual NÃO EXISTE o lim f(x) (portanto f é descontínua em a) e, AINDA<br />
x→a<br />
ASSIM, f(x) tem um comportamento especial quando x se aproxima de a (e x = a).<br />
Escrevemos lim<br />
x→a f(x) = +∞ quando f(x) → +∞ à medida que x → a (x = a) .<br />
Neste caso, a reta x = a é chamada uma ASSÍNTOTA VERTICAL do gráfico de f:<br />
Analogamente, lim<br />
x→a f(x) = −∞ quando f(x) → −∞ à medida que x → a (x = a) .<br />
Neste caso também dizemos que x = a é uma assíntota vertical do gráfico de f:<br />
Observações:<br />
1) Temos conceitos semelhantes quando analisamos os limites laterais lim f(x) ou lim f(x) .<br />
x→a + x→a− 2) CUIDADO: A rigor, nestes casos, o limite lim<br />
x→a f(x) N ÃO EXISTE (não é um número<br />
real). Apenas escrevemos lim<br />
x→a f(x) = ±∞ para descrever um comportamento especial de<br />
f(x) quando x se aproxima de a.
98 CAPÍTULO 2<br />
Exemplos:<br />
(A) lim<br />
x→−3<br />
(B) lim<br />
x→2 +<br />
lim<br />
x→2 −<br />
(C) Em geral:<br />
1<br />
= +∞<br />
(x + 3) 2<br />
1<br />
= +∞<br />
(x − 2) 3<br />
1<br />
= −∞<br />
(x − 2) 3<br />
Se n é PAR: lim<br />
x→a<br />
Se n é<br />
ÍMPAR: lim<br />
x→a +<br />
(D) lim ln x = −∞<br />
x→0 +<br />
(E) lim tg θ = +∞<br />
θ→π/2− 1<br />
= +∞<br />
(x − a) n<br />
1<br />
= +∞ e lim<br />
(x − a) n<br />
x→a− 1<br />
= −∞<br />
(x − a) n<br />
Proposição 2.1. (Para ajudar no cálculo de alguns limites infinitos)<br />
Sejam lim<br />
x→a f(x) = +∞ , lim<br />
x→a g(x) = c ∈ IR , lim<br />
x→a h(x) = −∞ . Temos:<br />
1) lim<br />
x→a [f(x) + g(x)] = +∞ , lim<br />
x→a [h(x) + g(x)] = −∞ .<br />
2) lim<br />
x→a<br />
g(x)<br />
f(x)<br />
= 0 , lim<br />
x→a<br />
g(x)<br />
h(x)<br />
= 0 .<br />
3) c > 0 ⇒ lim<br />
x→a f(x) · g(x) = +∞ , lim<br />
x→a h(x) · g(x) = −∞ , lim<br />
x→a<br />
lim<br />
x→a<br />
h(x)<br />
g(x)<br />
= −∞ .<br />
c < 0 ⇒ lim<br />
x→a f(x) · g(x) = −∞ , lim<br />
x→a h(x) · g(x) = +∞ , lim<br />
x→a<br />
Obs.: Valem resultados análogos para limites laterais.<br />
f(x)<br />
g(x)<br />
f(x)<br />
g(x)<br />
= −∞ , lim<br />
x→a<br />
h(x)<br />
g(x)<br />
= +∞ ,<br />
= +∞
Aplicações da Derivada 99<br />
Exemplos:<br />
(A) f(x) = 2x2<br />
x 2 − 9<br />
(B) lim sen x tg x<br />
x→−π/2 +<br />
(C) lim<br />
x→0 +<br />
x 4 + √ 2<br />
ln x
100 CAPÍTULO 2<br />
Observação: De modo inteiramente análogo ao que fizemos para lim<br />
x→a f(x) = ±∞ ,<br />
podemos ter LIMITES INFINITOS NO INFINITO e resultados como a proposição anterior<br />
continuam válidos! (apenas não temos mais as assíntotas verticais nestes casos)<br />
(D) lim x = +∞ , lim x = −∞<br />
x→+∞ x→−∞<br />
(E) lim<br />
x→+∞ ex = +∞ (F) lim ln x = +∞<br />
x→+∞<br />
(G) lim<br />
x→+∞ −5x4 + 3x + 2<br />
Observação: As conclusões que não podemos (e as que podemos) tirar quando lidamos<br />
com limites infinitos:<br />
Devemos sempre tomar cuidado com operações entre funções que têm LIMITES INFINI-<br />
TOS, pois podem surgir as chamadas INDETERMINAÇÕES, que são as formas cujos com-<br />
portamentos NÃO PODEMOS PREVER A PRIORI.<br />
Destacamos aqui as PRINCIPAIS INDETERMINAÇ ÕES:<br />
0<br />
0<br />
, ∞<br />
∞ , 0 · ∞ , 00 , ∞ 0 , 1 ∞ , ∞ − ∞<br />
Em qualquer um destes casos, devemos trabalhar com as funções dadas de modo que<br />
possamos ELIMINAR AS INDETERMINAÇÕES. (EXEMPLOS)
Aplicações da Derivada 101<br />
2.10 Apêndice C : Formas indeterminadas<br />
As formas 0<br />
0<br />
e a Regra de L’Hopital<br />
INDETERMINAÇ ÕES.<br />
, ∞<br />
∞ , 0 · ∞ , 00 , ∞ 0 , 1 ∞ , ∞ − ∞ são todas consideradas<br />
Além de tentarmos trabalhar com as expressões que geram as indeterminações visando<br />
ELIMINÁ-LAS, veremos a seguir alguns métodos para atacar estes problemas.<br />
C.1) Indeterminações do tipo 0<br />
0<br />
Uma ferramenta muito útil é a ...<br />
Regra de L’Hopital:<br />
Suponhamos que f(x)<br />
g(x)<br />
x → ±∞ . Se f ′ (x)<br />
g ′ (x)<br />
Exemplos:<br />
(A) lim<br />
x→0<br />
(B) lim<br />
x→+∞<br />
3 − 2x − 3 cos x<br />
5x<br />
ln x<br />
x<br />
ou ∞<br />
∞ :<br />
tome a forma indeterminada<br />
0<br />
0<br />
ou ∞<br />
∞<br />
quando x → c ou<br />
tem limite (ou tende a ±∞ ) quando x → c (ou x → ±∞ ), então<br />
lim f(x)<br />
g(x) = lim f ′ (x)<br />
g ′ (x)
102 CAPÍTULO 2<br />
(C) lim<br />
x→+∞<br />
e 2x<br />
x 2<br />
Obs.: CUIDADO! Não saia aplicando a Regra de L’Hopital antes de verificar que realmente<br />
se tem uma indeterminação do tipo 0/0 ou ∞/∞ .<br />
C.2) Indeterminações do tipo 0 · ∞ :<br />
Escrevendo-se f(x) · g(x) = f(x)<br />
1/g(x)<br />
0/0 ou ∞/∞ .<br />
Exemplos:<br />
(A) lim x · ln x<br />
x→0 +<br />
<br />
(B) lim arc tg x −<br />
x→+∞<br />
π<br />
<br />
· x<br />
2<br />
ou f(x) · g(x) = g(x)<br />
1/f(x)<br />
recai-se numa forma do tipo
Aplicações da Derivada 103<br />
C.3) Indeterminações do tipo 0 0 , ∞ 0 ou 1 ∞ :<br />
O roteiro abaixo pode ser útil nestes casos:<br />
0) Seja f(x) g(x) a expressão que gera a indeterminação;<br />
1) Tome y = f(x) g(x) ;<br />
2) Tome logarítmos: ln y = ln f(x) g(x) = g(x) · ln f(x) (e recaia em casos já vistos);<br />
3) Determine lim ln y (se existir);<br />
4) Se lim ln y = L então lim y = e L . (Atenção: Não pare em 3)<br />
Exemplos:<br />
(A) lim<br />
x→+∞ x1/x<br />
<br />
(B) lim 1 +<br />
x→+∞<br />
1<br />
x x<br />
ln x<br />
(C) lim x1/<br />
x→+∞
104 CAPÍTULO 2<br />
C.4) Indeterminações do tipo ∞ − ∞ :<br />
Trabalhe com a expressão para cair em casos conhecidos !<br />
Exemplos:<br />
(A) lim (sec x − tg x)<br />
x→π/2− (B) lim<br />
x→0 +<br />
<br />
1<br />
ex <br />
1<br />
−<br />
− 1 x<br />
Exercício:<br />
1) APLICANDO RESULTADOS SOBRE DERIVADAS, faça um esboço do gráfico de cada<br />
função f dada abaixo:<br />
SUGEST ÃO:<br />
1. Obtenha a derivada primeira f ′ e os pontos críticos de f.<br />
2. Estudando o sinal de f ′ , obtenha informações sobre o crescimento/decrescimento de f.<br />
3. Obtenha a derivada segunda f ′′ e estude seu sinal para obter informações sobre a concavi-<br />
dade do gráfico de f.<br />
4. Use o Teste da Derivada Primeira ou o Teste da Derivada Segunda para descobrir máximos<br />
ou mínimos locais.<br />
5. Obtenha alguns pontos do gráfico de f para ajudar no esboço (pontos de máximo ou<br />
mínimo, pontos de interseção com os eixos coordenados, etc.).<br />
6. Observar o comportamento de f(x) quando x → +∞ ou x → −∞ (se for o caso) - busca<br />
de assíntotas horizontais.<br />
7. Observar o comportamento de f próxima às descontinuidades - busca de assíntotas verticais.
Aplicações da Derivada 105<br />
a) f(x) = 4 − x 2 b) f(x) = x 3 c) f(x) = x 3 − 9x d) f(x) = x 4 − 6x 2<br />
e) f(x) = 1 − 3√ x f) f(x) = x2<br />
1 + x 2 g) f(x) = 10x 3 (x − 1) 2 h) f(x) = 3√ x (8 − x)<br />
i) f(x) = (x + 5) 2 3√ x − 4 j) f(x) = x 2/3 (x 2 − 8) k) f(x) = x 3 + 3<br />
x<br />
l) f(x) =<br />
(x = 0)<br />
1<br />
2x2<br />
3x2<br />
(x = 0, 3) m) f(x) = (x = ±1) n) f(x) = (x = 9)<br />
x(x − 3) 2 1 − x2 (x − 9) 2<br />
o) f(x) = e x p) f(x) = e −x q) f(x) = e x − x r) f(x) = e −x2<br />
t) f(x) = e 1/x (x = 0) u) f(x) = x<br />
e x<br />
w) cosh x = ex + e −x<br />
2<br />
senh x = ex − e −x<br />
2<br />
v) f(x) =<br />
ln x<br />
x<br />
tgh x = ex − e −x<br />
e x + e −x<br />
(x > 0)<br />
s) f(x) = ln x (x > 0)<br />
x) f(x) = arc tg x<br />
y) f(x) = e −x sen x (x ∈ [0, 4π] ) z) f(x) = 2 cos x + sen 2x (x ∈ [0, 2π] )<br />
2.11 Apêndice D: Aproximações via<br />
Polinômios de Taylor<br />
Recordando...<br />
Quando estudamos acréscimos e diferenciais, vimos que se f : X → IR é derivável em<br />
x ∈ X, ou seja, se existe f ′ f(x + ∆x) − f(x)<br />
(x) = lim<br />
∆x→0<br />
, então a variação da função y = f(x),<br />
∆x<br />
dada por ∆y = f(x + ∆x) − f(x) , pode ser aproximada por f ′ (x) · ∆x quando ∆x está<br />
próximo de 0:<br />
Isto é o mesmo que<br />
∆y = f(x + ∆x) − f(x) ≈ f ′ (x) · ∆x = dy quando ∆x → 0<br />
f(x + ∆x) ≈ f(x) + f ′ (x) · ∆x .
106 CAPÍTULO 2<br />
Geometricamente:<br />
A idéia é aproximar o gráfico de f por uma reta numa vizinhança em torno de x. A reta que<br />
melhor cumpre esse papel é a reta tangente ao gráfico de f em (x, f(x)), cujo coeficiente<br />
angular é f ′ (x) . Quando fazemos essa aproximação, cometemos um erro r = r(∆x) .<br />
Quanto menor é |∆x| , ou seja, quanto mais próximos estão ∆x e 0, melhor a aproximação<br />
obtida e menor é o erro cometido.<br />
Pergunta: Podemos melhorar este processo e obter aproximações cada vez melhores ?<br />
Resposta: SIM ! (sob certas condições)<br />
Um passo adiante:<br />
Se f : I (intervalo aberto) → IR é duas vezes derivável em um ponto x ∈ I então, se<br />
x + ∆x ∈ I , temos<br />
f(x + ∆x) ≈ f(x) + f ′ (x) · ∆x + f ′′ (x)<br />
2!<br />
· (∆x) 2<br />
(∆x pequeno)<br />
Da mesma forma que antes, quanto menor |∆x| , melhor é a aproximação.<br />
Porém, desta vez estamos aproximando f (em torno de x) por um polinômio do 2 o grau, ou<br />
seja, geometricamente, o gráfico de f é aproximado por um arco de parábola e a expectativa<br />
é que isto funcione melhor como aproximação do que uma reta:
Aplicações da Derivada 107<br />
Generalizando:<br />
Se f : I (intervalo aberto) → IR é n−vezes derivável em um ponto x ∈ I então, se<br />
x + ∆x ∈ I , temos:<br />
f(x + ∆x) ≈ f(x) + f ′ (x) · ∆x + f ′′ (x)<br />
2!<br />
e quanto menor |∆x|, melhor é a aproximação.<br />
Obs.:<br />
· (∆x) 2 + f ′′′ (x)<br />
3!<br />
· (∆x) 3 + . . . + f (n) (x)<br />
n!<br />
· (∆x) n<br />
1) Como o ponto x ∈ I, onde a função é n−vezes derivável, está fixo e ∆x varia (∆x → 0),<br />
vamos adotar uma NOVA NOTAÇ ÃO:<br />
f : I → IR n−vezes derivável em um ponto a ∈ I . Se a + h ∈ I , temos:<br />
f(a + h) ≈ f(a) + f ′ (a) · h + f ′′ (a)<br />
2!<br />
e quanto menor |h| , melhor é a aproximação.<br />
· h 2 + f ′′′ (a)<br />
3!<br />
· h 3 + . . . + f (n) (a)<br />
n!<br />
2) Se f : I → IR é n−vezes derivável em um ponto a ∈ I , definimos o POLINÔMIO DE<br />
TAYLOR DE GRAU n DA FUNÇÃO f NO PONTO a:<br />
sendo a0 = f(a) , a1 = f ′ (a) , a2 = f ′′ (a)<br />
2!<br />
Neste caso temos:<br />
Exemplos:<br />
(A) f(x) = e x , a = 0 , n = 5 .<br />
Pn,f(a)(h) = a0 + a1 · h + a2 · h 2 + . . . + an · h n<br />
ai = f (i) (a)<br />
i!<br />
, . . . , an = f (n) (a)<br />
n!<br />
i = 1, 2, . . . , n<br />
f(a + h) ≈ Pn,f(a)(h)<br />
, ou seja,<br />
· h n
108 CAPÍTULO 2<br />
(B) g(x) = sen x , a = 0 , n = 7 .<br />
(C) h(x) = cos x , a = 0 , n = 10 (Exercício)<br />
Buscando estimativas: A Fórmula de Taylor:<br />
Teorema 2.8. (Fórmula de Taylor)<br />
Se uma função f é n + 1 vezes derivável em um intervalo aberto I contendo x = a então,<br />
se a + h ∈ I, temos:<br />
f(a + h) = f(a) + f ′ (a) · h + f ′′ (a)<br />
2!<br />
com z = z(n, h) entre a e a + h.<br />
· h 2 + . . . + f (n) (a)<br />
n!<br />
· h n + f (n+1) (z)<br />
(n + 1)!<br />
• Continuamos tendo f(a + h) ≈ Pn,f(a)(h) quando h está próximo de 0.<br />
· hn+1<br />
• Rn(h) = f (n+1) (z)<br />
(n + 1)! · hn+1 é o erro cometido na aproximação f(a + h) ≈ Pn,f(a)(h)<br />
(quanto menor |h|, menor o erro).<br />
• A Fórmula de Taylor nos permite, além de aproximar f(a + h) por Pn,f(a)(h) , tentar<br />
obter estimativas para o erro cometido.<br />
(Exemplo)
Aplicações da Derivada 109<br />
Indo um pouco mais além: A Série de Taylor:<br />
Uma função f : I (intervalo aberto) → IR é chamada ANALÍTICA quando para cada a ∈ I<br />
admite o desenvolvimento em Série de Taylor numa vizinhança em torno de a:<br />
f(a + h) = f(a) + f ′ (a) · h + f ′′ (a)<br />
2!<br />
· h 2 + f ′′′ (a)<br />
3!<br />
· h 3 + . . .<br />
Quando a + h está próximo de a (o quanto, depende de f e sua Série) a soma à direita,<br />
chamada a SÉRIE DE TAYLOR DE f EM TORNO DE a converge para o valor (exato de)<br />
f(a + h), ou seja, se aproxima tanto quanto desejarmos de f(a + h).<br />
Obs.:<br />
1) Uma função analítica pode ser derivada tantas vezes quanto desejarmos.<br />
2) As funções clássicas p(x) = a0+a1x+. . .+anx n , e x , sen x, cos x, ln x são todas analíticas.<br />
Exemplos:<br />
(A) f : IR → IR dada por f(x) = e x em torno de a = 0 .<br />
(B) g : IR → IR dada por g(x) = sen x em torno de a = 0 .<br />
Exercício: Obtenha a Série de Taylor de f(x) = ln x em torno do ponto a = 1 .
110 CAPÍTULO 2<br />
Coletânea de provas anteriores (1)<br />
Questão 1: (20 pts) Para medir a altitude de um pico (ponto A, mais elevado e inacessível)<br />
em relação ao seu nível, um explorador (ponto B) utilizou dois equipamentos. Usou inicial-<br />
mente um sofisticado aparelho baseado num feixe de laser e obteve √ 17 km como medida da<br />
distância de B ao ponto A . Porém, para medir o ângulo θ da linha BA com o horizonte foi<br />
utilizado um outro aparelho, não tão preciso, e obtida a leitura de θ = π/3 rad, com possibili-<br />
dade de erro igual a ∆θ = ±0, 01 rad.<br />
(a) Obtenha a equação que expressa o desnível h(θ) entre A e B, como função do ângulo θ.<br />
(b) Baseado na leitura de θ = π/3 rad, qual o desnível h(θ) calculado pelo explorador ?<br />
(USE DIFERENCIAIS para obter um resultado aproximado).<br />
(c) Utilizando diferenciais, obtenha uma aproximação para o erro h(θ + ∆θ) − h(θ) no cálculo<br />
do desnível.<br />
Questão 2: (15 pts) Um objeto deslocando-se em linha reta tem seu movimento descrito<br />
pela equação s(t) = [ln(1 + t)] − t/4 (t medido em segundos, t ≥ 0, s = s(t) = posição ao<br />
longo de um eixo orientado, medida em metros). (a) Obtenha a velocidade média entre os<br />
instantes t = 0 e t = 2. (b) Obtenha a velocidade nos instantes t = 0 (velocidade inicial) e<br />
t = 2. (c) Em que instante o objeto pára ? Em que posição isto ocorre ? Qual a aceleração<br />
neste instante ?<br />
Questão 3: (20 pts) Uma escada de 5 m de comprimento está apoiada em uma parede<br />
vertical. Sua base, que está apoiada no chão, está sendo empurrada na direção da parede a<br />
uma velocidade constante de 1 m/s. (a) Mostre que a velocidade com que o topo da escada se<br />
desloca não é constante. (b) Qual a velocidade com que o topo da escada se desloca quando<br />
a base está a 3 m da parede ? (c) Qual a velocidade com que o topo da escada se desloca<br />
quando o ângulo da escada com o chão é de π/4 rad ?<br />
Questão 4: (20 pts) Uma ilha está num ponto A, a 3 √ 3 km do ponto B (localizado no<br />
continente), o mais próximo numa praia reta. Um armazém está num ponto C a 7 km de B<br />
na praia. Se um homem pode remar à razão de 2 km/h e caminhar à razão de 4 km/h, onde<br />
ele deveria desembarcar, para ir da ilha ao armazém no menor tempo possível ?<br />
Questão 5: (25 pts) ESCOLHA UMA das funções abaixo e faça um estudo completo da<br />
função escolhida: pontos críticos, cresc./decresc., máximos ou mínimos, concavidade, assíntotas<br />
horizontais/verticais, etc. Utilize este estudo para fazer um esboço do gráfico da função esco-<br />
lhida.<br />
(a) f : IR − {4} → IR dada por f(x) = 2x2<br />
(x − 4) 2<br />
(b) g : IR → IR dada por g(x) = 3x<br />
e x
Aplicações da Derivada 111<br />
Coletânea de provas anteriores (2)<br />
Questão 1: (20 pts) a) Usando diferenciais, obtenha uma aproximação para a VARIAÇ ÃO<br />
da área de uma esfera quando seu raio aumenta de 5<br />
π<br />
cm para<br />
5<br />
π<br />
+ 0, 005<br />
<br />
cm.<br />
b) Usando diferenciais, responda: Qual o aumento ∆r do raio que, aplicado à esfera de<br />
raio r = 15 cm provoca um aumento aproximado de 10% em seu volume?<br />
Obs.: Se uma esfera tem raio r cm, sua área é 4πr 2 cm 2 e seu volume é 4<br />
3 πr3 cm 3<br />
Questão 2: (15 pts) Um objeto deslocando-se em linha reta tem seu movimento descrito<br />
pela equação s(t) =<br />
10 ln(2t + 1)<br />
(2t + 1)<br />
de um eixo orientado, medida em metros).<br />
(t medido em segundos, t ≥ 0, s = s(t) =posição ao longo<br />
(a) Obtenha a velocidade média entre os instantes t = 0 e t = 3. (b) Obtenha a velocidade<br />
nos instantes t = 0 (velocidade inicial) e t = 3. (c) Em que instante o objeto está parado ?<br />
(d) Descreva o deslocamento do objeto, quando t varia de 0 até t → +∞ .<br />
Questão 3: (20 pts) A luz de um farol que gira à taxa de 1,5 rpm (rotações por minuto)<br />
está iluminando (acompanhando) um carro que passa numa estrada retilínea. (Obs.: O farol<br />
está distante da estrada)<br />
No momento em que o ângulo do feixe de luz do farol com a perpendicular do farol à estrada<br />
é de π/3 rad, a distância do farol ao carro é de 250 m = 1/4 km. Obtenha a velocidade do<br />
carro neste instante, em km/h.<br />
A velocidade de rotação do farol é constante. Responda se a velocidade do carro também<br />
é constante e justifique.<br />
Questão 4: (20 pts) Dado um cilindro circular reto de altura h cm e raio das bases r cm,<br />
sua área total é S = (2πr 2 + 2πrh) cm 2 e seu volume é V = πr 2 h cm 3 . DENTRE TODOS<br />
OS CILINDROS DE ÁREA TOTAL S = 12π cm2 , obtenha as dimensões (r e h) daquele que<br />
tem o maior volume possível e forneça o maior volume que pode ser obtido.<br />
Questão 5: (25 pts) ESCOLHA UMA das funções abaixo e faça um estudo completo da<br />
função escolhida: pontos críticos, cresc./decresc., máximos ou mínimos, concavidade, assíntotas<br />
horizontais/verticais, etc. Utilize este estudo para fazer um esboço do gráfico da função esco-<br />
lhida.<br />
(a) f : IR → IR dada por f(x) = x2<br />
e x (b) g : IR − {±2} → IR dada por g(x) = x2<br />
4 − x 2
112 CAPÍTULO 2<br />
Coletânea de provas anteriores (3)<br />
Questão 1: (20 pts) a) Ao encomendar uma pizza gigante, com 50 cm de diâmetro, você<br />
recebe a oferta de pagar 10% a mais por um acréscimo de 3 cm no diâmetro. Sem calcular<br />
áreas, USE DIFERENCIAIS para responder, JUSTIFICANDO, se aceita ou não a oferta.<br />
(Sugestão: Calcule aproximadamente o aumento percentual na área devido ao acréscimo<br />
∆d = 3 cm)<br />
Para qual diâmetro (aproximadamente) essa oferta de 3cm a mais no diâmetro com um<br />
aumento de 10% no preço seria justa para ambas as partes (você e o vendedor) ?<br />
b) Use diferenciais para aproximar 3 √ 0, 065 .<br />
Questão 2: (15 pts) Um objeto deslocando-se em linha reta tem seu movimento descrito<br />
pela equação s(t) = 2t2<br />
et (t medido em segundos, t ≥ 0, s = s(t) =posição ao longo de um<br />
eixo orientado, medida em metros). (a) Obtenha a velocidade média entre os instantes t = 0<br />
e t = 2, a velocidade no instante t = 1 e responda qual delas é a maior (mostre as contas).<br />
(b) O que ocorre com s(t) quando t → +∞ ? (c) Qual a maior distância da posição inicial<br />
que é atingida pelo objeto ?<br />
Questão 3: (20 pts) Uma escada de 4 m está apoiada numa parede vertical. Se a base da<br />
escada (apoiada no chão) é empurrada na direção da parede à razão (constante) de 2 m/s, com<br />
que velocidade está variando a medida do ângulo (agudo) entre a escada e a parede vertical<br />
quando a base da escada está a 2 m da parede ? A velocidade de variação deste ângulo é<br />
constante ? (Justifique)<br />
Questão 4: (20 pts) Quando duas resistências elétricas R1 e R2 são ligadas em paralelo, a<br />
resistência total R é dada por 1<br />
R<br />
1<br />
= +<br />
R1<br />
1<br />
R2<br />
.<br />
Se R1 > 0, R2 > 0 e R1 + R2 = 50 ohms, obtenha (JUSTIFICANDO) R1 e R2 tais que R<br />
seja máxima. (Sugestão: Exprima R como função de uma única variável para então resolver o<br />
problema)<br />
E se fossem pedidos R1 e R2 tais que R seja mínima ? Justifique a resposta.<br />
Questão 5: (25 pts) ESCOLHA UMA das funções abaixo e faça um estudo completo da<br />
função escolhida: pontos críticos, cresc./decresc., máximos ou mínimos, concavidade, assíntotas<br />
horizontais/verticais, etc. Use o estudo para fazer um esboço do gráfico da função escolhida.<br />
(a) f : IR − {1} → IR , f(x) = −3x<br />
(1 − x) 2 . (b) g : IR − {0} → IR , g(x) = x · ln(x2 ) .
Aplicações da Derivada 113<br />
Coletânea de provas anteriores (4)<br />
Questão 1: (20 pts) a) Pretende-se construir uma ponte sobre um riacho. No ponto onde<br />
será constuída a ponte, o riacho tem 3 m de largura e as margens são desniveladas. Mede-se<br />
então o ângulo de inclinação que a ponte terá e obtem-se a medida de 30 o , com possibilidade<br />
de erro de 1 o . Use diferenciais para obter uma aproximação do erro no cálculo do comprimento<br />
da ponte.<br />
b) Se ln 4 ≈ 1, 3863 , use diferenciais para aproximar ln(3, 99) .<br />
Questão 2: (15 pts) Um objeto deslocando-se em linha reta tem seu movimento descrito<br />
pela equação s(t) = t · ln(1 + 2t) (t medido em segundos, t ≥ 0, s = s(t) =posição ao longo<br />
de um eixo orientado, medida em metros).<br />
(a) Obtenha a velocidade média entre os instantes t = 0 e t = e3 − 1<br />
. (b) Obtenha a veloci-<br />
2<br />
dade nos instantes t = 0 e t = e3 − 1<br />
. (c) Obtenha a aceleração no instante t = 0 .<br />
2<br />
(d) O que ocorre com a velocidade e com a aceleração quando t → +∞ ?<br />
Questão 3: (20 pts) Dois ciclistas partem de um mesmo ponto às 8 horas da manhã, um<br />
viajando para leste, a 15 km/hora, e o outro para o sul, a 20 km/hora.<br />
(a) Como estará variando a distância entre eles quando for meio-dia ?<br />
(b) Como estará variando a área do triângulo formado pelo ponto de partida e as posições<br />
dos ciclistas ao meio-dia ?<br />
Questão 4: (20 pts) Um fazendeiro dispõe de 1km de cerca. Uma parte da cerca será uti-<br />
lizada para cercar uma área circular e o restante para cercar uma área quadrada. Ele também<br />
pode utilizar toda a cerca para cercar uma única área (circular ou quadrada). Como ele deve<br />
proceder para que: (a) A área total cercada seja a menor possível; (b) A área total cercada<br />
seja a maior possível.<br />
Questão 5: (25 pts) ESCOLHA UMA das funções abaixo e faça um estudo completo da<br />
função escolhida: pontos críticos, cresc./decresc., máximos ou mínimos, concavidade, assíntotas<br />
horizontais/verticais, etc. Use o estudo para fazer um esboço do gráfico da função escolhida.<br />
(a) f : IR − {0} → IR dada por f(x) = ex<br />
x 3<br />
(b) g : IR → IR dada por g(x) = 3√ 1 − x 2
114 CAPÍTULO 2<br />
Coletânea de provas anteriores (5)<br />
Questão 1: (20 pts) a) Um empresário fabrica tanques com a forma de cones “invertidos”<br />
nos quais a altura é sempre igual ao diâmetro da base. Sem calcular volumes, USE DIFE-<br />
RENCIAIS para obter (JUSTIFICANDO) o aumento percentual aproximado na capacidade<br />
(volume) dos tanques se o raio da base é aumentado em 3, 333 . . . % .<br />
b) Se ln 8 ≈ 2, 0794 , use diferenciais para aproximar ln(8, 1) .<br />
Questão 2: (15 pts) Um objeto deslocando-se em linha reta tem seu movimento descrito<br />
pela equação s(t) = 3 − e −t2<br />
(t medido em segundos, t ≥ 0, s = s(t) =posição ao longo de um<br />
eixo orientado, medida em metros). (a) Obtenha a velocidade média entre os instantes t = 0<br />
e t = 2, a velocidade no instante t = 1 e responda qual delas é a maior (mostre as contas).<br />
(b) O que ocorre com a velocidade instantânea v(t) quando t → +∞ ? (c) O que ocorre<br />
com s(t) quando t → +∞ ? Qual a maior distância da posição inicial que é atingida pelo<br />
objeto (se existir)?<br />
Questão 3: (20 pts) Um homem num cais está puxando um bote à razão de 1 m/s por<br />
meio de uma corda (esta é a velocidade do bote). As mãos do homem estão a 1 m acima do<br />
nível do ponto onde a corda está presa no bote. Com que velocidade varia a medida do ângulo<br />
de deflexão da corda (entre a corda e o movimento do bote) quando o bote está a √ 3 m de<br />
distância (“medidos na horizontal”) do homem ?<br />
Questão 4: (20 pts) Obtenha o raio das bases e a altura do CILINDRO CIRCULAR<br />
3<br />
RETO de VOLUME MÁXIMO que pode ser inscrito numa esfera de raio<br />
2 m.<br />
Questão 5: (25 pts) Faça um estudo completo da função dada abaixo: pontos críticos,<br />
cresc./decresc., máximos ou mínimos, concavidade, assíntotas horizontais/verticais, etc. Uti-<br />
lize este estudo para fazer um esboço do gráfico da função.<br />
f : IR → IR dada por f(x) = 2x2<br />
∀ x ∈ IR .<br />
1 + x2
Aplicações da Derivada 115<br />
Respostas de exercícios<br />
• Página 69:<br />
1) a) Expressão ≈ 3, 12 b)<br />
3√ 65 ≈ 4 + 1/48 = 193/48 c) √ 37 ≈ 6 + 1/12 = 73/12<br />
d) 3 √ 0, 00098 ≈ 1 2<br />
−<br />
10 3 · 103 e) √ 0, 042 ≈ 0, 205 f) Expressão ≈ 9− 3<br />
125<br />
g)<br />
1<br />
4√ ≈<br />
15 65<br />
128<br />
2) ln(2, 01) ≈ 0, 6981 3) ctg 46 ◦ ≈ 1 − π<br />
90<br />
5) ∆θ ≈ ± 1<br />
164<br />
= 1122<br />
125<br />
4) S(2, 02) − S(2) ≈ 8π<br />
25 pés2<br />
= 8, 976<br />
rad 6) ∆V ≈ ±9π<br />
50 cm3 7) ∆l ≈ 0, 6 cm 8) ∆h ≈ ± 4π<br />
3 pols<br />
9) ≈ R$19,20 10) Erro ±2% em d ⇒ Erro no cálculo de R ≈ ∓4%<br />
• Página 76:<br />
1) ∆V<br />
∆t<br />
= −728π<br />
3<br />
pés 3 /hora ; V ′ (3) = −72π pés 3 /hora.<br />
2) ∆P<br />
∆t = 11 bpm/s ; P ′ (2) = 7 bpm/s ; P ′ (3) = 11 bpm/s ; P ′ (4) = 15 bpm/s.<br />
3) I ′ (20) = −0, 12 u.i./pé 4) F ′ (C) = 9<br />
5<br />
◦ F/ ◦ C<br />
5) V (s) = 4s 3 − 200s 2 + 2400s ; V ′ (s) = 12s 2 − 400s + 2400 ;<br />
V ′ (5) = 700 cm 3 /cm ⇒ é conveniente aumentar s quando s = 5;<br />
V ′ (10) = −400 cm 3 /cm ⇒ não é conveniente aumentar s quando s = 10.<br />
6)<br />
(a) s(0) = 1 ; v(t) = s ′ (t) = 6t − 12 ⇒ v(0) = −12 ; a(t) = v ′ (t) = 6 ;<br />
v(t) = 0 ⇒ t = 2 ⇒ s(2) = −11 ; v(5) = 18 ; s(5) = 16 .<br />
(b) s(1) = s(4) = 5 ; v(t) = 1 − 4/t 2 ; v(1) = −3 ; v(4) = 3/4 ; a(t) = 8/t 3 ;<br />
v(t) = 0 ⇒ t = 2 ⇒ s(2) = 4 .<br />
(c) s(−2) = 20 ; s(3) = 15 ; v(t) = 6 − 3t 2 ; v(−2) = −6 ; v(3) = −21 ; a(t) = −6t ;<br />
v(t) = 0 ⇒ t = ± √ 2 ⇒ s(− √ 2) ≈ 18, 3 , s( √ 2) ≈ 29, 7 .<br />
(d) s(0) = 0 ; s(2) ≈ o, 33 ; v(t) = e −3t > 0 ; v(0) = 1 ; v(2) ≈ 0, 0025 ; a(t) = −3e −3t .
116 CAPÍTULO 2<br />
(e) s(0) = s(2) = 3 ; v(t) = −3π sen (πt) ; v(0) = v(2) = 0 ; a(t) = −3π 2 cos(πt) ;<br />
v(1) = 0 ; s(1) = −3 .<br />
(f) s(0) = 0 ; s(4) ≈ 9, 5 ; v(t) = 2t − 4<br />
; v(0) = −4 ; v(4) = 7, 2 ;<br />
t + 1<br />
4<br />
a(t) = 2 + ; v(t) = 0 ⇒ t = 1 ⇒ s(1) = 1 − 4 ln 2 .<br />
(t + 1) 2<br />
7) v(0) = 144 pés/s ; a(0) = −32 (pés/s)/s ; v(3) = 48 pés/s ; a(3) = −32 (pés/s)/s ;<br />
Em t = 3s, o objeto está a 288 pés de altura, subindo e perdendo velocidade ;<br />
Altura máxima: 324 pés (em t = 9/2s) ; Atinge o solo em t = 9 segundos.<br />
• Páginas 79-80:<br />
1) 9<br />
5 m/s 2) 14 m/s 3) 600π pol3 /min<br />
4) Extremidade: 5<br />
3<br />
5) 5 pol 3 /min 6) 3<br />
2e<br />
10) − 1000π<br />
27<br />
m/s ; Alonga: 2<br />
3<br />
u/s 7)<br />
11<br />
1600<br />
m/s (menor). Outros inst.: mantêm velocidades<br />
21π<br />
Ω/s 8)<br />
160 cm3 /min 9) 2 + √ 6<br />
4<br />
m/s<br />
pés/s 11) π√ 3<br />
10 pol2 /min 12) 100 rad/hora = 5<br />
6π rpm<br />
13) -1 rad/s 14) 3 rad/s 15) ≈ 0, 778 rad/s 16) 1<br />
2π cm/min , 6cm3 /min (escoando)<br />
• Páginas 91-92:<br />
1) Aberta: b = 2 pés, a = 1 pé; Coberta: b = a = 3√ 4 pés 2) h = 4a<br />
3 , r = 2a√2 3<br />
3) Ângulo reto: d = 3 pols ; Ângulo 2π/3 : d = 4 pols 4) a = b = 50 cm<br />
5) P (1, 1) 6) 500 unidades 7) t = 18/13 horas após 13:00<br />
8) a 8 km de B, entre B e C 9) h = r = 4 cm 10) a 1,25m do solo<br />
11) (a) Menor:<br />
12) a<br />
2π<br />
4 + π<br />
m para o círc. e<br />
8<br />
4 + π<br />
1<br />
√ 15 milhas de B, entre B e C 13) 37 árvores por are<br />
14) Máxima em: s(π/2) e s(3π/2) ; Mínima em: s(0) e s(π)<br />
m para o quad.; (b) Maior: 2m para o círc.
Aplicações da Derivada 117<br />
• Página 110: Coletânea 1<br />
Questão 1) (a) h(θ) = √ 17 · sen θ km (b) h(π/3) ≈ 25<br />
= 3, 571... km<br />
7<br />
√<br />
17<br />
(c) h(θ + ∆θ) − h(θ) ≈ ± km<br />
200<br />
1<br />
(com θ = π/3 , ∆θ = ±<br />
100 )<br />
Questão 2) (a) vm[0, 2] = 1<br />
<br />
ln 3 −<br />
2<br />
1<br />
<br />
m/s<br />
2<br />
(b) v(0) = 3<br />
1<br />
m/s ; v(2) =<br />
4 12 m/s<br />
(c) v = 0 em t = 3 s : s(3) = ln 4 − 3<br />
4<br />
m e a(3) = − 1<br />
16 (m/s)/s<br />
Questão 3) x(t) = dist. da base da escada à parede ; y(t) = dist. do topo até o chão<br />
(a) y ′ = x<br />
y<br />
(b) quando x = 3 m : y ′ = 3<br />
4 m/s (c) quando θ = π/4 rad : y′ = 1 m/s<br />
Questão 4) x = distância de onde vai desembarcar até B ( x ∈ [0, 7] )<br />
√<br />
27 + x2 T = T (x) = tempo gasto para ir de A até C ⇒ T (x) = +<br />
2<br />
7 − x<br />
4<br />
Após testar os candidatos (x = 3 , x = 0 , x = 7), temos que x = 3 km minimiza T .<br />
Questão 5) (a) f(x) = 2x2<br />
(x − 4) 2<br />
Pontos críticos: x = 0 (f ′ (0) = 0) , x = 4 (não existe f ′ (4) - descontinuidade);<br />
Decresc. em (−∞, 0] e (4, +∞) . Cresc. em [0, 4). Mínimo em x = 0 .<br />
Concav. para cima em (−2, +∞) . Para baixo em (−∞, −2) . Inflexão em P (−2, f(−2)) .<br />
Assíntota horizontal: y = 2 , pois lim f(x) = 2 .<br />
x→±∞<br />
Assíntota vertical: x = 4 , pois lim<br />
x→4 f(x) = +∞ .<br />
(b) g(x) = 3x<br />
e x . Ponto crítico: x = 1 (g′ (1) = 0) ;<br />
Crescente em (−∞, 1] . Decresc. em [1, +∞). Máximo em x = 1 .<br />
Concav. para baixo em (−∞, 2) . Para cima em (2, +∞) . Inflexão em P (2, g(2)) .<br />
Assíntota horizontal: y = 0 , pois lim g(x) = 0 . lim g(x) = −∞<br />
x→+∞ x→−∞<br />
Não possui assíntotas verticais.
118 CAPÍTULO 2<br />
• Página 111: Coletânea 2<br />
Questão 1) (a) S(r + ∆r) − S(r) ≈ S ′ (r) · ∆r = 1/5 cm 2 (b) ∆r = 0, 5 cm.<br />
Questão 2) (a) vm[0, 3] =<br />
10 ln 7<br />
21<br />
m/s (b) v(0) = 20 m/s ; v(3) = 20 − 20 ln 7<br />
49<br />
e − 1<br />
(c) v = 0 em t = s (d) s(0) = 0 m , v(0) = 20 m/s (inicialmente) ;<br />
2<br />
<br />
e − 1<br />
s =<br />
2<br />
10<br />
m (objeto parado) ; lim s(t) = 0 (se aproxima da posição 0 qdo t → +∞).<br />
e t→+∞<br />
Questão 3) x(t) = dist. do carro a (perp. ∩ estrada) ; θ(t) = ângulo feixe-perpendicular<br />
Quando θ = π/3 rad : x ′ = 90π km/h ; x ′ não é constante<br />
Questão 4) h =<br />
6 − r2<br />
r<br />
<br />
x ′ = 45π sec2 <br />
θ<br />
2<br />
(relação entre h e r nos cilindros de área total 12π cm 2 )<br />
⇒ V = V (r) = π(6r − r 3 ) , 0 < r < √ 6 ⇒ Ponto crítico: r = √ 2 .<br />
Analisando o crescimento/decresc. do volume, temos que o volume é máximo quando<br />
r = √ 2 e h = 2 √ 2 e temos V ( √ 2 ) = 4π √ 2 cm 2 .<br />
Questão 5) (a) f(x) = x2<br />
e x<br />
Pontos críticos: x = 0 (f ′ (0) = 0) , x = 2 (f ′ (2) = 0) ;<br />
Decresc. em (−∞, 0] e [2, +∞) . Cresc. em [0, 2] ; Mínimo local em x = 0 e máximo<br />
local em x = 2 .<br />
Concav. para cima em (−∞, 2 − √ 2) e (2 + √ 2, +∞) . Para baixo em (2 − √ 2, 2 + √ 2) .<br />
Inflexão em P (2 − √ 2, f(2 − √ 2)) e Q(2 + √ 2, f(2 + √ 2)) .<br />
Assíntota horizontal: y = 0 , pois lim f(x) = 0 . lim f(x) = +∞ .<br />
x→+∞ x→−∞<br />
Não possui assíntotas verticais.<br />
(b) g(x) = x2<br />
4 − x 2 . Ponto crítico: x = 0 (g′ (0) = 0) ;<br />
Decrescente em (−∞, −2) e (−2, 0] . Cresc. em [0, 2) e (2, +∞) . Mínimo em x = 0 .<br />
Concav. para baixo em (−∞, −2) e (2, +∞) . Para cima em (−2, 2) .<br />
Assíntota horizontal: y = −1 , pois lim g(x) = −1 .<br />
x→±∞<br />
Assíntotas verticais em x = ±2 , pois lim g(x) = −∞ , lim g(x) = +∞ , etc.<br />
x→−2− x→−2 +<br />
m/s
Aplicações da Derivada 119<br />
• Página 112: Coletânea 3<br />
Questão 1) (a) Aceito a oferta, pois 3 cm a mais no diâmetro gera um aumento aproxi-<br />
mado de 12% na área da pizza. d = 60 cm para que a oferta seja justa para ambos.<br />
(b) 3 √ 0, 065 ≈ 193<br />
480 .<br />
Questão 2) (a) vm[0, 2] = 4<br />
2<br />
m/s, v(1) =<br />
e2 e m/s e v(1) > vm[0, 2] . (b) lim s(t) = 0 .<br />
t→+∞<br />
(c) A maior distância é atingida em t = 2 (justifique) e s(2) = 8<br />
m.<br />
e2 Questão 3) A velocidade de variação do ângulo não é constante (depende de θ ) e temos<br />
θ ′ √<br />
3<br />
= − rad/s quando x = 2 m.<br />
3<br />
Questão 4) R é M ÁXIMA quando R1 = 25 ohms e R2 = 25 ohms.<br />
R NÃO ASSUME MÍNIMO.<br />
Questão 5) (a) f(x) = −3x<br />
(1 − x) 2<br />
Ponto crítico: x = −1 (f ′ (−1) = 0) ;<br />
Cresc. em (−∞, −1] e (1, +∞) . Decresc. em [−1, 1) ; Máximo local em x = −1 .<br />
Concav. para cima em (−∞, −2) . Para baixo em (−2, 1) e (1, +∞) . Inflexão em<br />
P (−2, f(−2)) .<br />
Assíntota horizontal: y = 0 , pois lim f(x) = 0 .<br />
x→±∞<br />
Assíntota vertical: x = 1 , pois lim<br />
x→1 f(x) = −∞ .<br />
(b) g(x) = x · ln(x 2 )<br />
Pontos críticos: x = −1/e ou x = 1/e (onde g ′ = 0 );<br />
Crescente em (−∞, −1/e] e [1/e, +∞) . Decrescente em [−1/e, 0) e (0, 1/e] . Máximo<br />
local em x = −1/e e mínimo em x = 1/e .<br />
Concavidade para baixo em (−∞, 0) e para cima em (0, +∞) .<br />
Assíntotas horizontais: não possui ( lim g(x) = +∞ e lim g(x) = −∞ ).<br />
x→+∞ x→−∞<br />
Assíntotas verticais: não possui ( lim<br />
x→0 g(x) = 0 ).
120 CAPÍTULO 2<br />
• Página 113: Coletânea 4<br />
Questão 1) (a) ∆l ≈ ± π/90 m. (b) ln(3, 99) ≈ 1, 3838 .<br />
Questão 2) (a) vm[0, e3 − 1<br />
2<br />
] = 3 m/s (b) v(0) = 0 m/s ; v( e3 − 1<br />
) =<br />
2<br />
4e3 − 1<br />
e3 (c) a(0) = 4 (m/s)/s. (d) lim v(t) = +∞ e lim a(t) = 0 .<br />
t→+∞ t→+∞<br />
Questão 3) (a) d ′ = 25 km/h ao meio-dia. (b) S ′ = 1200 km 2 /h ao meio-dia.<br />
Questão 4) (a) A área total cercada é a menor possível quando y = 4<br />
é o perímetro<br />
4 + π<br />
da área quadrada e x = π<br />
é o perímetro da área circular.<br />
4 + π<br />
(b) A área total cercada é a maior possível quando toda a cerca é utilizada para cercar<br />
uma única área circular.<br />
Questão 5) (a) f(x) = ex<br />
x 3<br />
Ponto crítico: x = 3 (f ′ (3) = 0) ;<br />
Decresc. em (−∞, 0) e (0, 3] . Crescente em [3, +∞) ; Mínimo local em x = 3 .<br />
Concavidade para baixo em (−∞, 0) e para cima em ; (0, +∞) .<br />
Assíntota horizontal: y = 0 , pois lim f(x) = 0 . lim f(x) = +∞ .<br />
x→−∞ x→+∞<br />
Assíntota vertical: x = 0 , pois lim f(x) = +∞ e lim f(x) = −∞ .<br />
x→0 + x→0− (b) g(x) = 3√ 1 − x 2<br />
Pontos críticos: x = 0 (g ′ (0) = 0) , x = −1 (∄ g ′ (−1) ) ou x = 1 (∄ g ′ (1) ) .<br />
Decrescente em [0, +∞) e crescente em (−∞, 0] . Máximo em x = 0 .<br />
Concavidade para baixo em (−1, 1) e para cima em (−∞, −1) e (1, +∞) .<br />
Inflexões em P (−1, 0) e Q(1, 0) .<br />
Assíntotas horizontais: não possui ( lim g(x) = −∞ ).<br />
x→±∞<br />
Assíntotas verticais: não possui (g é contínua em toda a reta).<br />
m/s
Aplicações da Derivada 121<br />
• Página 114: Coletânea 5<br />
Questão 1) (a) 10% (aumento percentual aproximado no volume) (b) ln(8, 1) ≈ 2, 0919 .<br />
Questão 2) (a) vm[0, 2] = e4 − 1<br />
m/s<br />
2e4 2<br />
e v(1) =<br />
e m/s. vm[0, 2] < v(1) .<br />
s(t) = 3 . A maior distância do objeto à posição inicial<br />
(b) lim v(t) = 0 . (c) lim<br />
t→+∞ t→+∞<br />
NÃO É ATINGIDA em momento algum, pois s(t) < 3 ∀ t e lim s(t) = 3 .<br />
t→+∞<br />
Questão 3) θ ′ = 1<br />
4 rad/s quando x = √ 3 m.<br />
Questão 4) h =<br />
√ 3<br />
2<br />
m e r =<br />
Questão 5) (a) f(x) = 2x2<br />
1 + x 2<br />
Ponto crítico: x = 0 (f ′ (0) = 0) ;<br />
√ 6<br />
2<br />
m para que o volume do cilindro seja máximo.<br />
Decrescente em (−∞, 0] e crescente em [0, +∞) . Mínimo local (absoluto) em x = 0 .<br />
Concavidade para baixo em (−∞, − √ 3/3) e ( √ 3/3, +∞) .<br />
Concavidade para cima em (− √ 3/3, √ 3/3) .<br />
Inflexões em P (− √ 3/3, f(− √ 3/3)) e Q( √ 3/3, f( √ 3/3)) .<br />
Assíntota horizontal: y = 2 pois lim f(x) = 2 .<br />
x→±∞<br />
Assíntotas verticais: não possui (f é contínua em toda a reta).
122 CAPÍTULO 2
Capítulo 3<br />
A Integral Definida<br />
3.1 Motivação<br />
Consideremos o problema geométrico de obter área de figuras não tão regulares como os<br />
polígonos da geometria clássica, por exemplo. Vamos considerar inicialmente o seguinte caso:<br />
Seja f : [a, b] → IR uma função contínua, com f(x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b] .<br />
Vamos tentar obter a área S da região delimitada pelas retas x = a e x = b , pelo eixo<br />
das abscissas e pelo gráfico de f:<br />
Uma primeira estimativa (e bem “grosseira”) :<br />
Se m é o valor mínimo absoluto de f em [a, b] e M é o valor máximo absoluto de f em<br />
[a, b], temos:<br />
123
124 CAPÍTULO 3<br />
Refinando nossas estimativas:<br />
Fixemos n ∈ IN . Vamos agora subdividir nosso intervalo [a, b] em n sub-intervalos de<br />
(b − a)<br />
comprimento ∆x = cada um.<br />
n<br />
Para cada i = 1, 2, . . . , n , sejam mi e Mi o mínimo e o máximo absoluto de f no<br />
i-ésimo intervalo. Temos então:<br />
É claro que<br />
m(b − a) ≤ m1∆x + . . . + mn∆x<br />
≤ S ≤ M1∆x + . . . + Mn∆x<br />
<br />
n<br />
mi∆x<br />
n<br />
Mi∆x<br />
i=1<br />
i=1<br />
(Soma inferior) (Soma superior)<br />
≤ M(b − a)<br />
Quanto maior o nosso número n de divisões, melhores são as aproximações de S “POR<br />
FALTA” , dadas por<br />
n<br />
mi∆x , ou “POR EXCESSO” , dadas por<br />
n<br />
Mi∆x .<br />
i=1<br />
A expectativa é que<br />
IDÉIA: fazer n → ∞ (ou seja, ∆x =<br />
lim<br />
∆x→0<br />
n<br />
i=1<br />
⇓<br />
⇓<br />
mi∆x = S = lim<br />
∆x→0<br />
b − a<br />
n<br />
n<br />
Mi∆x<br />
i=1<br />
i=1<br />
→ 0 )
A Integral Definida 125<br />
Exemplo: Vamos calcular a área sob a curva f(x) = x 2 + 1 entre x = 0 e x = 3 :
126 CAPÍTULO 3<br />
3.2 Somas de Riemann e a definição da Integral Definida<br />
Iniciamos com a definição de partição de um intervalo:<br />
Definição 3.1. Uma PARTIÇÃO P de um intervalo fechado [a, b] é qualquer decomposição<br />
de [a, b] em intervalos [x0, x1], [x1, x2], [x2, x3], . . . , [xn−1, xn] com n ∈ IN e<br />
a = x0 < x1 < x2 < . . . < xn−1 < xn = b<br />
∆xi = xi − xi−1 é o comprimento do i-ésimo intervalo [xi−1, xi] (i = 1, 2, . . . , n) .<br />
A NORMA da partição P é o maior dos números ∆x1, ∆x2, . . . , ∆xn, indicado por P .<br />
Vamos agora generalizar FORTEMENTE as idéias anteriores (repare que não pedimos<br />
mais que a função seja contínua, ou que ela seja positiva e vamos tomar uma<br />
espécie de média entre as soma inferior e a soma superior) :<br />
Definição 3.2. (Somas de Riemann)<br />
Sejam f : [a, b] → IR uma função e P uma partição de [a, b] .<br />
Uma SOMA DE RIEMANN de f em relação a P é qualquer soma R(f; P ) da forma:<br />
R(f; P ) =<br />
n<br />
i=1<br />
com wi ∈ [xi−1, xi] para todo i = 1, 2, . . . , n .<br />
f(wi) · ∆xi = f(w1)∆x1 + f(w2)∆x2 + . . . + f(wn)∆xn
A Integral Definida 127<br />
Definição 3.3. (Integral Definida)<br />
Uma função f : [a, b] → IR é dita INTEGRÁVEL NO INTERVALO [a, b] quando existe<br />
o limite<br />
lim<br />
P →0<br />
<br />
i<br />
f(wi) · ∆xi<br />
Isto significa que quando fazemos as normas das partições tenderem a 0, as Somas de<br />
Riemann correspondentes se aproximam tanto quanto quisermos de um número real bem de-<br />
terminado (o limite acima).<br />
Este limite, quando existe, é denotado por<br />
b<br />
f(x) dx<br />
e chamado a INTEGRAL DEFINIDA DE f, DE a ATÉ b.<br />
Observações:<br />
(A) Se c < d então definimos:<br />
(B)<br />
a<br />
f(x) dx = 0 .<br />
a<br />
a<br />
c<br />
d<br />
f(x) dx = − f(x) dx (quando existir).<br />
d<br />
(C) Mais à frente em nossos estudos, será de FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA desen-<br />
volvermos um sistema qua nos permita CALCULAR as integrais de uma maneira mais simples,<br />
direta e precisa, evitando assim aproximações tão trabalhosas como a do exemplo anterior.<br />
Teorema 3.1. Se f : [a, b] → IR é contínua, então f é integrável em [a, b] .<br />
Obs.: Funções descontínuas podem ser integráveis (veremos mais tarde). Apesar disso, es-<br />
tudaremos prioritariamente o cálculo de integrais definidas de funções contínuas nos intervalos<br />
[a, b] de integração.<br />
3.3 Propriedades da Integral Definida<br />
• Se f é integrável em [a, b] e k ∈ IR (constante), então k · f é integrável em [a, b] e temos:<br />
b<br />
b<br />
k · f(x) dx = k · f(x) dx<br />
a<br />
• Se f e g são integráveis em [a, b] então f + g é integrável em [a, b] e temos:<br />
b<br />
b b<br />
[f(x) + g(x)] dx = f(x) dx + g(x) dx<br />
a<br />
a<br />
c<br />
a<br />
a
128 CAPÍTULO 3<br />
• Se f é integrável em um intervalo fechado contendo a, b e c, então:<br />
b c b<br />
f(x) dx = f(x) dx + f(x) dx<br />
a<br />
• Se f é integrável em [a, b] e f(x) ≥ 0 ∀ x ∈ [a, b] então<br />
a<br />
b<br />
f(x) dx ≥ 0<br />
a<br />
Conseqüencia: Se f e g são integráveis em [a, b] e f(x) ≥ g(x) ∀ x ∈ [a, b] então<br />
b b<br />
f(x) dx ≥ g(x) dx<br />
a<br />
• Se f (limitada) é integrável em [a, b] então |f| é integrável em [a, b] e temos:<br />
<br />
b <br />
<br />
f(x) dx <br />
≤<br />
b<br />
|f(x)| dx<br />
a<br />
• Destacamos uma última propriedade sob a forma de um importante Teorema:<br />
Teorema 3.2. (Teorema do Valor Médio para Integrais)<br />
tal que<br />
Se f é contínua em um intervalo [a, b], então existe um número z no intervalo aberto (a, b)<br />
b<br />
f(x) dx = f(z) · (b − a)<br />
a<br />
a<br />
a<br />
c
A Integral Definida 129<br />
3.4 O Teorema Fundamental do <strong>Cálculo</strong><br />
Primitivas (Antiderivadas):<br />
Definição 3.4. Dada uma função f, uma função F é chamada uma PRIMITIVA (ou ANTI-<br />
DERIVADA) DE f EM X quando F ′ (x) = f(x) ∀ x ∈ X .<br />
Exemplos:<br />
(A) f : IR → IR dada por f(x) = x .<br />
Obs.: Se F1 e F2 são duas primitivas para f EM UM INTERVALO, então F1 − F2 é<br />
constante NESTE INTERVALO.<br />
(B) g : IR → IR dada por g(x) = x 2 .
130 CAPÍTULO 3<br />
(C) h : IR → IR dada por h(x) = x n (n = 1, 2, 3, . . .) .<br />
(D) f : IR → IR dada por f(x) = e x .<br />
(E) g : (0, +∞) → IR dada por g(x) = 1<br />
x .<br />
Exercício: Mostre que G(x) = ln |x| é primitiva de g(x) = 1/x em IR − {0} .<br />
(F) h : (0, +∞) → IR dada por h(x) = ln x .<br />
(G) f : IR → IR dada por f(x) = sen x .<br />
(H) g : IR → IR dada por g(x) = cos x .<br />
(I) h : IR → IR dada por h(x) = 1<br />
.<br />
1 + x2 (J) f : IR → IR dada por f(x) = 2 cos 5x .<br />
(K) g : IR − {0} → IR dada por g(x) = x 2 − 3x + 1<br />
x<br />
(L) h : IR → IR dada por h(x) = e 5x − 3 cos 3x .<br />
− sen 2x .
A Integral Definida 131<br />
O Teorema Fundamental do <strong>Cálculo</strong> (TFC) :<br />
Teorema 3.3. (Teorema Fundamental do <strong>Cálculo</strong> - TFC) Seja f contínua no intervalo [a, b] .<br />
PARTE I: Se a função G : [a, b] → IR é definida por<br />
s<br />
G(s) = f(x) dx<br />
então G é uma primitiva de f em [a, b].<br />
PARTE II: Se F é uma primitiva de f em [a, b], então<br />
Observações:<br />
a<br />
b<br />
f(x) dx = F (b) − F (a)<br />
• De agora em diante, vamos adotar a seguinte notação:<br />
a<br />
F (x)<br />
b<br />
a<br />
= F (b) − F (a)<br />
• O TFC é o principal resultado do nosso curso, pois constitui-se em uma “ponte” que<br />
liga fortemente os dois assuntos estudados: derivadas e integrais.<br />
Sua segunda parte é a FERRAMENTA que nos ajudará a calcular as integrais definidas<br />
de uma maneira mais objetiva.<br />
Por exemplo:<br />
3<br />
0<br />
x 2 + 1 dx<br />
Demonstração do TFC:
132 CAPÍTULO 3
A Integral Definida 133<br />
(A)<br />
(B)<br />
(C)<br />
(D)<br />
(E)<br />
(F)<br />
(G)<br />
(H)<br />
(I)<br />
(J)<br />
(K)<br />
(L)<br />
Exemplos:<br />
2<br />
0<br />
3<br />
0<br />
3<br />
1<br />
e<br />
1<br />
3<br />
1<br />
π<br />
0<br />
1<br />
0<br />
π<br />
0<br />
π/3<br />
π/4<br />
−1<br />
−5<br />
1<br />
0<br />
2<br />
−1<br />
4x 3 − 5 dx<br />
|2x − 1| dx<br />
1<br />
dx<br />
x2 1<br />
t dt<br />
2x 3 − 4x 2 + 5<br />
x 2<br />
sen x dx<br />
4<br />
dx<br />
1 + x2 sen 2x dx<br />
1 + sen x<br />
cos 2 x dx<br />
− 2<br />
x dx<br />
5 x dx<br />
e 3x dx<br />
dx
134 CAPÍTULO 3<br />
3.5 Integrais Indefinidas<br />
O Teorema Fundamental do <strong>Cálculo</strong> relaciona o cálculo de integrais definidas com a busca<br />
de primitivas (antiderivadas) de uma função dada.<br />
Vamos aproveitar essa relação para definir, de modo natural, uma nova NOTAÇÃO para<br />
primitivas:<br />
<br />
<br />
f(x) dx = F (x) + C quando F ′ (x) = f(x)<br />
f(x) dx é chamada INTEGRAL INDEFINIDA DE f(x) e representa a primitiva<br />
(antiderivada) mais geral de f.<br />
Exemplos:<br />
(A)<br />
(B)<br />
(C)<br />
(D)<br />
<br />
3x dx = 3x2<br />
2<br />
<br />
1 1<br />
dx = −<br />
x2 x<br />
<br />
1<br />
x<br />
Observações:<br />
+ C<br />
+ C<br />
sen x dx = − cos x + C<br />
dx = ln |x| + C , x = 0<br />
• NÃO CONFUNDA:<br />
A integral INDEFINIDA de f(x) = F ′ (x) é uma função:<br />
A integral DEFINIDA de f(x) = F ′ (x) de a até b é um número:<br />
Se F ′ (x) = f(x) em [a, b] temos:<br />
• Dx<br />
<br />
b<br />
<br />
f(x) dx = F (b) − F (a) =<br />
<br />
f(x) dx = f(x) e<br />
a<br />
<br />
<br />
b f(x) dx<br />
Dx [F (x)] dx = F (x) + C .<br />
f(x) dx = F (x) + C .<br />
b<br />
f(x) dx = F (b)−F (a) .<br />
a<br />
a
A Integral Definida 135<br />
3.6 Mudança de variável na integração<br />
Teorema 3.4. (Mudança de variável)<br />
Se f é contínua em I ( intervalo) ⊃ g ( [a, b] ) e g ′ é contínua em [a, b] , temos:<br />
Observações:<br />
b<br />
f(g(x)) · g ′ (x) dx =<br />
a<br />
g(b)<br />
f(u) du onde u = g(x)<br />
g(a)<br />
• Este resultado é aplicável quando queremos integrar uma função que é a composta de<br />
uma função f com uma g, multiplicada (a menos de uma constante) pela derivada de g. Sua<br />
utilização está ligada à nossa habilidade em reconhecer essa situação !<br />
• A notação dx que aparece nas integrais<br />
este Teorema no seu formato mais “prático”.<br />
<br />
f(x) dx é justificada quando utilizamos<br />
• Este resultado tem um análogo para cálculo de integrais indefinidas.
136 CAPÍTULO 3<br />
(A)<br />
(B)<br />
(C)<br />
Exemplos:<br />
1<br />
(x<br />
0<br />
4 − 1) 3 x 3 dx<br />
0<br />
−2<br />
4<br />
1<br />
x2 (x3 dx<br />
− 2) 2<br />
1<br />
√ x · e √ x dx
A Integral Definida 137<br />
(D)<br />
(E)<br />
(F)<br />
(G)<br />
(H)<br />
(I)<br />
<br />
2ex dx<br />
1 + ex √ 2/2<br />
<br />
<br />
0<br />
1<br />
0<br />
e 1/x<br />
tg x dx<br />
x<br />
√ 1 − x 4 dx<br />
e x (1 + cos e x ) dx<br />
x · 4 x2<br />
dx<br />
dx<br />
x2
138 CAPÍTULO 3<br />
Exercícios:<br />
A) Interpretando a integral definida como área sob o gráfico de uma função, determine di-<br />
retamente quais devem ser os valores das integrais definidas abaixo, sem utilizar o Teorema<br />
Fundamental do <strong>Cálculo</strong> (TFC) ou a própria definição de integral (dada por limite de somas<br />
de Riemann):<br />
2<br />
−3<br />
(2x + 6) dx<br />
Faça também um esboço gráfico de cada caso.<br />
3<br />
0<br />
√ 9 − x 2 dx<br />
Obs.: Pode (e deve) “considerar” que a área de um círculo de raio r é πr 2 .<br />
B) Pense na área sob o gráfico da curva y = x 2 , entre x = 1 e x = 4 (faça um esboço),<br />
ou seja,<br />
4<br />
1<br />
x 2 dx . Não temos mais “figuras” tão regulares como no exercício anterior !<br />
Calcule essa área de duas maneiras distintas: (i) “No braço”: dividindo o intervalo em n partes<br />
iguais e usando retângulos inscritos ou circunscritos para aproximar a área e depois fazendo<br />
n → ∞ ; (ii) Via TFC ; Que tal ?<br />
C) Mostre que a área sob a curva y = 1<br />
x entre x = 1 e x = e2 (faça um esboço) é igual a 2 (u.a.).<br />
D) Calcule a área sob o gráfico de f(x) =<br />
x<br />
(x2 entre x = 1 e x = 2.<br />
+ 1) 2<br />
E) Usando uma propriedade da integral definida e SEM CALCULAR as integrais, mostre que<br />
1<br />
0<br />
x 3 dx ≤<br />
1<br />
0<br />
x 2 dx e<br />
2<br />
1<br />
x 3 dx ≥<br />
2<br />
1<br />
x 2 dx<br />
Ilustre com um esboço e por último confirme as desigualdades acima calculando as integrais.<br />
F) OBTENHA (SEM DERIVAR a integral indefinida)<br />
<br />
sec x dx = ln | sec x + tg x| + C<br />
Sugestão:<br />
<br />
<br />
sec x dx =<br />
<br />
sec x + tg x<br />
sec x ·<br />
dx e aplique uma mudança de variáveis.<br />
sec x + tg x<br />
<br />
G) Mostre (de alguma forma) que temos sen x cos x dx = 1<br />
2 sen 2 x + C e que, por outro<br />
<br />
lado, também temos sen x cos x dx = − 1<br />
2 cos2 x + D .<br />
Explique como isto não representa incoerência alguma.
A Integral Definida 139<br />
H) Uma função f : [−a, a] → IR é dita...<br />
... PAR quando f(−x) = f(x) ∀x ∈ [−a, a] .<br />
Exemplos: cos nx (n = 0, 1, 2, . . .), −3x 6 + x 2 − 5 ,<br />
1<br />
, e−x2 , etc.<br />
1 + x2 ... ÍMPAR quando f(−x) = −f(x) ∀x ∈ [−a, a] .<br />
Exemplos: sen nx (n = 1, 2, . . .), x3 + 2x ,<br />
x<br />
, e−x2 sen x , etc.<br />
1 + x2 Alguma observações e propriedades interessantes:<br />
(1) O produto/quociente de duas funções pares (ou duas ímpares) é uma função PAR;<br />
(2) O produto/quociente de uma função par por uma função ímpar (ou vice-versa) é uma<br />
função ÍMPAR;<br />
(3) O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo Oy das ordenadas (ilustre);<br />
(4) O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem O(0, 0) (ilustre);<br />
(5) É óbvio que existem funções que não são pares nem são ímpares: ex , x 2 + x, etc.<br />
(6) Toda função f : [−a, a] → IR pode ser escrita como a soma de uma função par com uma<br />
função ímpar (tente provar).<br />
em<br />
Consideremos agora f : [−a, a] → IR , contínua (portanto integrável).<br />
Mostre que se f é ÍMPAR, então<br />
Mostre que se f é PAR, então<br />
a<br />
f(x) dx = 0 .<br />
−a<br />
a<br />
a<br />
f(x) dx = 2 f(x) dx .<br />
−a<br />
Sugestão: Em cada caso, separe em duas integrais, faça a mudança de variáveis y = −x<br />
0<br />
−a<br />
f(x) dx e aplique propriedades da integral definida.<br />
Ilustre geometricamente os resultados obtidos, relacionando-os com as propriedades (3) e<br />
(4) acima.<br />
Calcule:<br />
π/2<br />
−π/2<br />
sen x cos x dx ;<br />
1<br />
−1<br />
<br />
x 3 dx ;<br />
1<br />
−1<br />
e |x| dx ;<br />
0<br />
3<br />
−3<br />
x 5 − 4x dx ;<br />
π/4<br />
−π/4<br />
sen x<br />
cos 4 x<br />
dx ;
140 CAPÍTULO 3<br />
I) Calcule:<br />
1)<br />
5)<br />
9)<br />
13)<br />
17)<br />
21)<br />
25)<br />
29)<br />
3<br />
−2<br />
1/2<br />
<br />
−1/2<br />
33) Dz<br />
(5 + x − 6x 2 ) dx 2)<br />
1<br />
√ 1 − x 2<br />
dx 6)<br />
(3x + 1) 4 dx 10)<br />
ex (ex dx 26)<br />
+ 1) 2<br />
9<br />
√ 2r + 7 dr 3)<br />
(2 x + 1) 2<br />
2 x dx 4)<br />
<br />
sec 2 5x dx<br />
1<br />
1<br />
e<br />
0<br />
x<br />
dx<br />
1 + e2x 2x 3x 2 (e + e )<br />
7)<br />
e5x dx<br />
3<br />
8) e<br />
1<br />
−4x dx<br />
4<br />
t<br />
−4<br />
5 + 2t 3 dt<br />
<br />
11) x 2 ctg x 3 csc x 3 dx<br />
<br />
ln x<br />
12)<br />
x dx<br />
4 √<br />
16x5 dx<br />
5<br />
15)<br />
3√<br />
2x − 1 dx<br />
<br />
16) (4t+1)(4t<br />
1<br />
1<br />
2 +2t−7) 2 dt<br />
<br />
1<br />
dx<br />
4 + 9x2 14)<br />
<br />
xe x2<br />
<br />
dx 18)<br />
<br />
1<br />
dx 19)<br />
x log10 x<br />
π/4<br />
sen (3 − 5x) dx 20) tg x sec<br />
0<br />
2 <br />
1<br />
e<br />
x dx<br />
x√ dx<br />
1 − e−2x 2 sec<br />
22)<br />
√ x<br />
√ dx<br />
x<br />
<br />
23) x csc 2 (3x 2 +4) dx 24)<br />
<br />
6<br />
|x − 4| dx<br />
<br />
27)<br />
dx<br />
<br />
28)<br />
cos x<br />
√ dx<br />
9 − sen 2x <br />
1<br />
dx<br />
cos 2x<br />
z<br />
<br />
30)<br />
0<br />
−3<br />
(x 2 +1) 10 dx 34)<br />
2 <br />
sen x<br />
37) dx 38)<br />
sec x<br />
41)<br />
45)<br />
49)<br />
53)<br />
57)<br />
61)<br />
5<br />
<br />
<br />
<br />
−1<br />
4<br />
<br />
1<br />
|2x − 3| dx 42)<br />
(x + e 5x ) dx 46)<br />
sen 2x tg 2x dx 50)<br />
(csc 2 x)2 ctg x dx 54)<br />
1<br />
√ x( √ x + 1) 3<br />
x(1 − 2x 2 ) 3 dx 62)<br />
x<br />
x 4 + 2x 2 + 1<br />
<br />
e 2x<br />
√ 1 − e 2x<br />
1 − sen x<br />
x + cos x dx<br />
<br />
x − 2<br />
dx 31)<br />
x2 3 (2 + ln x)<br />
dx 32)<br />
dx<br />
− 4x + 9 x<br />
x 2 + x<br />
(4 − 3x2 − 2x3 dx 35)<br />
) 4<br />
1<br />
√ x(1 + x) dx 39)<br />
e x − e −x<br />
π/2<br />
ex dx 43)<br />
+ e−x cos x<br />
1 + sen 2 x<br />
<br />
dx 47)<br />
0<br />
2<br />
4u<br />
1<br />
−5 +6u −4 du 51)<br />
5<br />
−5<br />
x 3 |x| dx 36)<br />
ctg 6x sen 6x dx 40)<br />
sec(1/x)<br />
x 2 dx 44)<br />
−1<br />
0<br />
<br />
x 3 + 8<br />
x + 2<br />
π<br />
π/6<br />
dx 48)<br />
4<br />
0<br />
<br />
sen xe cos x+1 dx 52)<br />
<br />
sen 4x<br />
dx<br />
tg 4x<br />
<br />
55) (1+e −3x dx<br />
<br />
58) x<br />
) dx<br />
3<br />
56)<br />
1<br />
2 2 x3<br />
dx<br />
<br />
sec x tg x<br />
59)<br />
1 + sec2 dx<br />
x<br />
<br />
60)<br />
2<br />
x2 − 1<br />
dx<br />
x − 1<br />
1<br />
63) (t 2 − 1) 3 t dt<br />
<br />
64)<br />
3<br />
−1<br />
2<br />
1<br />
s 2 + 2<br />
s 2<br />
x<br />
√ x 2 + 9 dx<br />
sen x cos x dx<br />
ds<br />
ex dx<br />
cos ex 2 2x − 5x − 7<br />
dx<br />
x − 3<br />
2x 3 − 4x 2 + 5<br />
x 2<br />
1<br />
x ln x dx<br />
e x tg e x dx<br />
dx
A Integral Definida 141<br />
65)<br />
69)<br />
73)<br />
77)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
1<br />
dx 66)<br />
x(ln x) 2<br />
x<br />
√ 36 − x 2<br />
1<br />
√ 9 − 4x 2<br />
x e dx 78)<br />
<br />
dx 70)<br />
dx 74)<br />
<br />
10 3x dx 67)<br />
4<br />
<br />
0<br />
2 x<br />
2 x + 1<br />
1<br />
−1<br />
√ 3t( √ t + √ 3) dt 71)<br />
x<br />
√ 9 − 4x 2<br />
dx 79)<br />
dx 75)<br />
1<br />
0<br />
x 2 tg x dx 68)<br />
<br />
e 2x+3 dx 80)<br />
<br />
2 sen x<br />
1 + 3 cos x dx<br />
√<br />
x e<br />
√ dx<br />
x<br />
<br />
72)<br />
2 tg 2x<br />
sec 2x dx<br />
1<br />
√ dx<br />
e2x − 25<br />
76)<br />
π/3<br />
ctg x dx<br />
<br />
−π/3<br />
sec 2 x(1 + tg x) 2 dx<br />
1<br />
81) (2x − 3)(5x + 1) dx<br />
0<br />
x 2 (e + 1)<br />
82)<br />
ex dx<br />
π/2<br />
cos<br />
83)<br />
π/6<br />
2 x<br />
dx<br />
sen x<br />
8<br />
3√<br />
84) s2 + 2 ds<br />
−8<br />
1<br />
<br />
1<br />
e<br />
85)<br />
dv 86)<br />
0 (3 − 2v) 2 x<br />
ex 2 <br />
x + 1<br />
sen x<br />
dx 87) dx 88)<br />
+ 1 x + 1 cos2 x + 1 dx<br />
<br />
1<br />
89)<br />
x √ x4 −3x tg e<br />
dx 90)<br />
− 1 e3x x −x 10 + 10<br />
dx 91)<br />
10x 2<br />
dx 92) x<br />
− 10−x 0<br />
2√ x3 + 1 dx<br />
<br />
sen x + 1<br />
93)<br />
dx 94) (t<br />
cos x<br />
4 −t 2 )(10t 3 <br />
−5t) dt 95) (y+y −1 ) 2 1<br />
1<br />
dy 96)<br />
−2 2x + 7 dx<br />
<br />
97) Dx(3x 5 −7x 4 <br />
+2x−8) dx 98) 5 x e x <br />
sec<br />
dx 99)<br />
2 <br />
x<br />
x − 1<br />
dx 100)<br />
2 tg x + 1 3x2 − 6x + 2 dx<br />
<br />
101) (1+cos 2 x) sen x dx<br />
<br />
102) (x+csc 8x) dx<br />
<br />
103)<br />
√3 5t + 1 dt<br />
4<br />
1<br />
104)<br />
x2 + 16 dx<br />
105)<br />
109)<br />
2<br />
<br />
1<br />
x 2 + 1<br />
x 3 + 3x<br />
dx 106)<br />
x ctg x 2 dx 110)<br />
<br />
<br />
3 x<br />
√ 3 x + 4 dx 107)<br />
1<br />
x 2 + 2x + 1<br />
dx 111)<br />
π/4<br />
(1+sec x) 2 dx 108)<br />
0<br />
e cos x<br />
csc x<br />
dx 112)<br />
<br />
2<br />
0<br />
2/ √ 3<br />
1<br />
x √ x 6 − 4 dx<br />
1<br />
x √ x 2 − 1 dx
142 CAPÍTULO 3<br />
Respostas de exercícios<br />
• Página 137:<br />
G) e x + sen e x + C H)<br />
• Páginas 138-141:<br />
1<br />
A)<br />
2<br />
−3<br />
B) (i)<br />
C)<br />
e 2<br />
1<br />
3<br />
2 ln 4<br />
(2x+6) dx = 25 (área de um triângulo)<br />
n<br />
i=1<br />
1<br />
x<br />
<br />
1 + 3i<br />
2 ·<br />
n<br />
3<br />
n<br />
dx = ln |x|<br />
E) Se x ∈ [0, 1] então x 3 ≤ x 2 ⇒<br />
F)<br />
<br />
Se x ∈ [1, 2] então x 3 ≥ x 2 ⇒<br />
<br />
sec x dx =<br />
n→∞<br />
−→ 21 (ii)<br />
I) −e 1/x + C<br />
4<br />
1<br />
3<br />
e2 = ln e 2 − ln 1 = 2 D)<br />
1<br />
sec x ·<br />
1<br />
0<br />
2<br />
1<br />
<br />
sec x + tg x<br />
sec x + tg x<br />
x 3 dx ≤<br />
x 3 dx ≤<br />
0<br />
1<br />
√ 9 − x 2 dx = 9π<br />
4<br />
x 2 dx = x3<br />
3<br />
0<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
x 2 dx<br />
x 2 dx<br />
4<br />
1<br />
= 64 − 1<br />
3<br />
x<br />
(x2 3<br />
dx =<br />
+ 1) 2 20<br />
2 sec x + sec x tg x<br />
dx =<br />
dx =<br />
sec x + tg x<br />
(Mudança de variável: u = sec x + tg x )<br />
G) d<br />
<br />
1<br />
dx 2 sen 2 <br />
x + C = 1<br />
· 2 · sen x · cos x = sen x · cos x<br />
2<br />
<br />
d<br />
−<br />
dx<br />
1<br />
2 cos2 <br />
x + D = − 1<br />
· 2 · cos x · (− sen x) = sen x · cos x<br />
2<br />
−1<br />
H)<br />
(1/4 de círculo)<br />
1<br />
u<br />
= 21<br />
du = . . .<br />
Não há incoerência alguma, pois funções deste tipo diferem por uma constante:<br />
<br />
1<br />
2 sen 2 <br />
x + C − − 1<br />
2 cos2 <br />
x + D = 1 2 2 1<br />
sen x + cos x + C − D = + C − D<br />
2<br />
2<br />
π/2<br />
−π/2<br />
e |x| dx = 2<br />
sen x cos x dx = 0<br />
1<br />
0<br />
e x dx = 2(e − 1)<br />
1<br />
−1<br />
<br />
x 3 dx = 2<br />
3<br />
−3<br />
1<br />
0<br />
x 5 − 4x dx = 0<br />
<br />
3<br />
x dx = 2<br />
π/4<br />
−π/4<br />
1<br />
0<br />
sen x<br />
cos 4 x<br />
x 3 dx = 1<br />
2<br />
dx = 0
A Integral Definida 143<br />
I) 1) − 85<br />
2<br />
2) 98<br />
3<br />
3) 2x − 2 −x + 2x ln 2<br />
ln 2<br />
+ C 4)<br />
6) arc tg e − arc tg 1 7) e x + 2x − e −x + C 8) e8 − 1<br />
4e 12<br />
11) − 1<br />
3 csc x3 + C 12)<br />
15) 3 9 3√ 9 − 1 <br />
19)<br />
8<br />
cos(3 − 5x)<br />
5<br />
(ln x)2<br />
2<br />
16) (4t2 + 2t − 7) 3<br />
6<br />
+ C 20) 1<br />
2<br />
+ D 13) 1<br />
6<br />
arc tg<br />
tg 5x<br />
5<br />
9)<br />
+ D 5) π<br />
3<br />
(3x + 1)5<br />
15<br />
<br />
3x<br />
+ E 14)<br />
2<br />
1016<br />
7<br />
+ D 10) 0 (zero)<br />
+ C 17) ex2<br />
2 + D 18) ln 10 · ln |log 10 x| + E<br />
21) arc cos e −x + D 22) 2 tg √ x + E<br />
23) − 1<br />
6 ctg (3x2 + 4) + C 24) ln |x + cos x| + D 25) − 1<br />
ex + 1<br />
27) − √ 1 − e2x <br />
sen x<br />
<br />
+ C 28) arc sen<br />
3<br />
30) −<br />
34)<br />
39)<br />
+ D 29) 1<br />
2<br />
+ E 26) 53<br />
2<br />
ln |sec 2x + tg 2x| + E<br />
1<br />
2(x2 1<br />
+ C 31)<br />
+ 1) 2 ln <br />
2<br />
x − 4x + 9 (2 + ln x)<br />
+ D 32) 4<br />
+ E 33) (z<br />
4<br />
2 + 1) 10<br />
1<br />
18(4 − 3x2 − 2x3 ) 3 + C 35) 0 (zero) 36) 2 37) sen 3x 3 + D 38) 2 arc tg √ x + E<br />
sen 6x<br />
6<br />
44) − 1<br />
8<br />
49) 1<br />
2<br />
53) −<br />
+ C 40) 2 41) 37<br />
2<br />
45) x2<br />
2<br />
+ e5x<br />
5<br />
+ C 46) π<br />
4<br />
sen 2x 43<br />
ln |sec 2x + tg 2x|− +C 50)<br />
2 16<br />
2 ctg x<br />
ln 2<br />
+ C 54) sen 4x<br />
4<br />
42) ln e x + e −x + D 43) − ln |sec(1/x) + tg (1/x)| + E<br />
47) − 16<br />
3<br />
+ D 55) x − e−3x<br />
3<br />
48) ln |sec e x + tg e x | + D<br />
51) −e cos x+1 +D 52) x 2 +x−4 ln |x − 3|+E<br />
+ E 56) 10<br />
3<br />
57) 5<br />
36<br />
58) 2x3<br />
3 ln 2 + C 59) arc tg (sec x) + D 60) ln |ln x| + E 61) − (1 − 2x2 ) 4<br />
+ F<br />
16<br />
62) − 7<br />
2<br />
63) 0 (zero) 64) − ln |cos e x | + C 65) − 1<br />
103x<br />
+ D 66) + E<br />
ln x 3 ln 10<br />
67) 0 (zero) 68) − 2<br />
3 ln |1 + 3 cos x| + C 69) − √ 36 − x 2 + D 70) 8(2 + √ 3 )<br />
<br />
2x<br />
+ E<br />
3<br />
71) 2e √ x + C<br />
1<br />
sen 2x<br />
72) ln |sec 2x + tg 2x| − + D<br />
2 2<br />
1<br />
73) arc sen<br />
2<br />
74) − 1 √<br />
9 − 4x2 + C<br />
4<br />
x<br />
1 e<br />
75) arc sec + D<br />
5 5<br />
76) 0 (zero) 77) xe+1<br />
+ E<br />
e + 1
144 CAPÍTULO 3<br />
78) 1<br />
ln 2 ln |2x + 1|+C 79) e5 − e3 2<br />
83) −ln(2− √ 3 )− √ 3<br />
2<br />
84) 352<br />
5<br />
80)<br />
85) 1<br />
3<br />
(1 + tg x)3<br />
3<br />
+D 81) − 37<br />
6<br />
86) ln(e x +1)+C 87) x2<br />
2<br />
82) e x +2x−e −x +E<br />
−x+2 ln |x + 1|+D<br />
88) − arc tg (cos x)+C 89) 1<br />
2 arc sec(x2 )+D 90) ln |cos e−3x |<br />
+E<br />
3<br />
91) ln |10x − 10−x |<br />
+F<br />
ln 10<br />
92) 52<br />
9<br />
<br />
<br />
<br />
93) ln <br />
sec x + tg x<br />
<br />
cos x + C 94) 5(t4 − t2 ) 2<br />
+ D<br />
4<br />
95) y3 1<br />
+ 2y − + E<br />
3 y<br />
96)<br />
ln 3<br />
2<br />
97) 3x 5 − 7x 4 + 2x − 8 + C 98)<br />
5xex 1<br />
+ D 99)<br />
1 + ln 5 2<br />
100) 1<br />
6 ln 3x 2 − 6x + 2 +C 101) −cos x− cos3 x<br />
x2 1<br />
+D 102) +<br />
3 2 8<br />
103) 3<br />
20 (5t + 1)4/3 + C 104) π<br />
16<br />
107) π<br />
4 + 1 + ln(3 + 2√2) 108) π<br />
6<br />
111) − e cos x + C 112) 1<br />
6<br />
105)<br />
ln 7 − ln 2<br />
3<br />
ln |2 tg x + 1| + E<br />
106) 2 √<br />
3x + 4 + D<br />
ln 3<br />
ln |csc 8x − ctg 8x|+E<br />
109) 1<br />
2 ln 2<br />
sen x <br />
1<br />
+ C 110) − + D<br />
x + 1<br />
3 x<br />
arc sec + D<br />
2
Capítulo 4<br />
Técnicas de integração<br />
4.1 Integração por partes<br />
Aplicável quando temos produtos de funções “bem conhecidas” :<br />
Teorema 4.1. Sejam f e g funções com derivadas contínuas em [a, b]. Temos:<br />
b<br />
f(x).g ′ (x) dx = f(x).g(x)<br />
b b<br />
− f ′ (x).g(x) dx<br />
Demonstração:<br />
a<br />
Para todo x ∈ [a, b] , temos (da Regra do Produto para derivadas):<br />
(f.g) ′ (x) = f ′ (x).g(x) + f(x).g ′ (x)<br />
Isto significa que f.g é uma primitiva para f ′ .g + f.g ′ em [a, b] .<br />
Segue portanto do TFC (Parte II) que<br />
b<br />
Das propriedades da integral, temos:<br />
b<br />
a<br />
a<br />
[f ′ (x).g(x) + f(x).g ′ (x)] dx = f(x).g(x)<br />
[f ′ (x).g(x) + f(x).g ′ (x)] dx =<br />
Portanto: b<br />
f(x).g ′ b (x) dx = f(x).g(x)<br />
a<br />
a<br />
a<br />
a<br />
b<br />
f ′ b<br />
(x).g(x) dx + f(x).g ′ (x) dx<br />
145<br />
a<br />
−<br />
a<br />
b<br />
a<br />
b<br />
f ′ (x).g(x) dx<br />
a
146 CAPÍTULO 4<br />
Observações:<br />
1) De um modo “prático”, fazemos u = f(x) e dv = g ′ (x) dx<br />
e usamos: <br />
(A)<br />
(B)<br />
(C)<br />
u dv = u.v −<br />
<br />
v du<br />
2) O mesmo processo também funciona para integrais indefinidas.<br />
Exemplos:<br />
1<br />
<br />
<br />
0<br />
x.e 2x dx<br />
ln x dx<br />
x 2 .e x dx<br />
<br />
dv<br />
dx = g′ <br />
(x) ⇒ v = g(x)
Técnicas de integração 147<br />
(D)<br />
(E)<br />
(F)<br />
(G)<br />
(H)<br />
(I)<br />
(J)<br />
(K)<br />
(L)<br />
π<br />
e x . sen x dx<br />
<br />
0<br />
sec 3 x dx<br />
π/4<br />
x. sec 2 x dx<br />
π/6<br />
1<br />
x<br />
0<br />
3 .e −x dx<br />
<br />
e 4x . sen 5x dx<br />
π/2<br />
x. sen 2x dx<br />
<br />
0<br />
π 2<br />
0<br />
x.2 x dx<br />
sen √ x dx (Sugestão: faça antes a mudança de variável z = √ x )<br />
<br />
(x + 1) 10 .(x + 2) dx
148 CAPÍTULO 4<br />
4.2 Algumas integrais trigonométricas<br />
Integrais imediatas:<br />
<br />
<br />
sen u du = − cos u + C<br />
csc 2 u du = − ctg u+C<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
tg u du = − ln |cos u| + C<br />
sec u du = ln |sec u + tg u| + C<br />
cos u du = sen u + C<br />
sec u. tg u du = sec u+C<br />
(A) Potências ímpares de sen ou cos :<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
sec 2 u du = tg u + C<br />
csc u. ctg u du = − csc u+C<br />
ctg u du = ln | sen u| + C<br />
csc u du = ln |csc u − ctg u| + C<br />
- Isolamos um fator, que fica então multiplicado por uma potência PAR;<br />
- Usando a relação sen 2 + cos 2 = 1 , desenvolvemos a potência par em função do outro<br />
tipo de função trigonométrica;<br />
<br />
<br />
- Aplicamos uma mudança de variável (imediata).<br />
Exemplos:<br />
cos 3 x dx<br />
sen 5 x dx<br />
<br />
cos 5 3x dx<br />
<br />
sen 3 2x dx
Técnicas de integração 149<br />
(B) Potências pares de sen ou cos :<br />
<br />
<br />
- Utilizamos as fórmulas sen 2 x =<br />
Exemplos:<br />
sen 4 x dx<br />
cos 2 2x dx<br />
<br />
cos 6 x dx<br />
(C) Integrais da forma<br />
<br />
<br />
<br />
1 − cos 2x<br />
2<br />
ou cos 2 x =<br />
sen m x. cos n x dx :<br />
1 + cos 2x<br />
2<br />
- Utilizamos as (duas) técnicas anteriores para resolver o problema.<br />
Exemplos:<br />
sen 3 x. cos 4 x dx<br />
sen 2 x. cos 2 x dx<br />
<br />
cos 4 x. sen 2 x dx<br />
para simplificar.
150 CAPÍTULO 4<br />
(D) Integrais das formas:<br />
<br />
<br />
sen mx. cos nx dx , cos mx. cos nx dx ,<br />
<br />
<br />
<br />
sen mx. sen nx dx<br />
- Utilizamos as conhecidas (?) fórmulas de transformação de produtos em somas:<br />
Exemplos:<br />
sen 3x. cos 2x dx<br />
sen 5x. sen 3x dx<br />
(E) Integrais da forma<br />
sen a. cos b =<br />
sen (a + b) + sen (a − b)<br />
2<br />
cos a. cos b = ? (Exercício)<br />
sen a. sen b = ? (Exercício)<br />
<br />
cos 2x. cos 3x dx<br />
<br />
tg m x. sec n x dx :<br />
- n par: tg m x. sec n x = tg m x. sec n−2 x. sec 2 x , sec 2 = 1 + tg 2 em sec n−2 x e a mudança<br />
de variável u = tg x ;<br />
- m ímpar: tg m x. sec n x = tg m−1 x. sec n−1 x. sec x. tg x , sec 2 = 1 + tg 2 em tg m−1 x e a<br />
mudança de variável u = sec x ;<br />
<br />
<br />
- m par e n ímpar: Tentar outras coisas, como integração por partes, etc.<br />
<br />
- Obs.: Tratamento análogo para integrais da forma<br />
Exemplos:<br />
tg 3 x. sec 3 x dx<br />
sec 4 x dx<br />
<br />
tg 3 x. sec 4 x dx<br />
<br />
ctg 3 x. csc 3 x dx<br />
ctg m x. csc n x dx .<br />
<br />
tg 4 x dx
Técnicas de integração 151<br />
Algumas integrais trigonométricas para exercitar:<br />
<br />
√ sen x cos 3 x dx<br />
( tg x + ctg x) 2 dx<br />
<br />
π/4<br />
sen 3 x dx<br />
0<br />
sen 4 x. cos 2 x dx<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
tg 5 x. sec x dx<br />
sen 5x. sen 3x dx<br />
sec2 x<br />
dx<br />
(1 + tg x) 2<br />
tg 6 x dx<br />
4.3 Substituições trigonométricas<br />
Aplicáveis sobretudo a integrais envolvendo expressões como<br />
1<br />
√ a 2 − x 2 , √ a 2 + x 2 , √ x 2 − a 2 (a > 0)<br />
<br />
0<br />
tg 2<br />
<br />
πx<br />
<br />
4<br />
tg 2 x − 1<br />
sec 2 x<br />
sec x<br />
ctg 5 x dx<br />
sen 5 x. cos 2 x dx<br />
Expressão envolvida Substituição Variação de θ ( ∗ ) Lembrete<br />
trigonométrica<br />
√ a 2 − x 2 x = a. sen θ −π/2 ≤ θ ≤ π/2 cos 2 = 1 − sen 2<br />
√ a 2 + x 2 x = a. tg θ −π/2 < θ < π/2 sec 2 = 1 + tg 2<br />
√ x 2 − a 2 x = a. sec θ θ ∈ [0, π/2) ∪ [π, 3π/2) tg 2 = sec 2 −1<br />
( ∗ ) Se a expressão envolvida está no denominador de um quociente, devemos evitar “di-<br />
visão por 0” .<br />
dx<br />
dx
152 CAPÍTULO 4<br />
(A)<br />
(B)<br />
Exemplos:<br />
<br />
<br />
1<br />
x √ dx<br />
4 − x2 1<br />
√ 9 + x 2 dx
Técnicas de integração 153<br />
(C)<br />
√ x 2 − 1<br />
x<br />
Observações:<br />
dx<br />
1) Podem surgir situações com √ a 2 − x 2 , √ a 2 + x 2 , √ x 2 − a 2 nas quais outras técnicas<br />
sejam mais diretas.<br />
Exemplo: Calcule<br />
<br />
x<br />
√ 1 + x 2 dx (Sugestão: Faça a mudança u = 1 + x2 )<br />
2) Esta técnica de substituição trigonométrica também é usada em situações nas quais<br />
aparecem a 2 − x 2 , a 2 + x 2 ou x 2 − a 2 .<br />
Exemplo: Calcule<br />
Exercício: Calcule<br />
<br />
<br />
1<br />
(x2 dx (Sugestão: x = tg θ )<br />
+ 1) 2<br />
x 2<br />
√ 4 − x 2 dx<br />
√ x 2 + 1<br />
x<br />
dx<br />
<br />
<br />
x √ 9 + x 2 dx<br />
1<br />
x 4√ x 2 − 4 dx
154 CAPÍTULO 4<br />
4.4 Integrais de funções racionais (Frações Parciais)<br />
Caso (A): Integrais da forma<br />
<br />
A<br />
dx (m = 1, 2, 3, . . .)<br />
(px + q) m<br />
- Basta fazer a mudança de variável u = px+q e resolver a integral mais simples resultante.<br />
Exemplos:<br />
<br />
<br />
3<br />
dx<br />
(2x + 5) 2<br />
1<br />
x − 4 dx<br />
Obs.: Nestas integrais, estamos sempre considerando valores de x tais que as funções<br />
estejam bem definidas (denominadores não-nulos, logarítmos de números positivos, etc.)<br />
Caso (B): Integrais da forma<br />
<br />
Ax + B<br />
(ax2 dx (n ∈ IN), com<br />
+ bx + c) n<br />
ax 2 + bx + c irredutível, ou seja, sem raízes reais (∆ = b 2 − 4ac < 0)<br />
- “Completar quadrados” no denominador e obter<br />
<br />
1<br />
K<br />
Ax + B<br />
((αx + β) 2 dx , γ > 0<br />
+ γ) n<br />
- Fazer a mudança de variável u = αx + β e “cair” numa integral da forma<br />
A ′ u + B ′<br />
(u2 du , γ > 0 ,<br />
+ γ) n<br />
a qual pode ser resolvida com técnicas anteriores.
Técnicas de integração 155<br />
Exemplo:<br />
<br />
x + 5<br />
x 2 + 6x + 13 dx<br />
Obs.: Se n ≥ 2 pode ser necessária uma substituição trigonométrica para resolver<br />
Ex.:<br />
<br />
1<br />
(4x2 dx<br />
− 4x + 2) 2<br />
A ′ u + B ′<br />
(u2 du<br />
+ γ) n<br />
Caso (C): (Frações parciais) Integrais da forma<br />
f e g polinômios tais que grau (f) < grau (g)<br />
f(x)<br />
g(x)<br />
dx , sendo<br />
- Fatorando o denominador g(x) , obtemos sua decomposição como produto de fatores dos<br />
tipos px + q e/ou ax 2 + bx + c (irredutíveis). Qualquer polinômio pode ser decomposto desta<br />
forma.<br />
- Agrupam-se os fatores repetidos, obtendo-se assim uma decomposição em fatores dos<br />
tipos (px + q) m e/ou (ax 2 + bx + c) n .<br />
- A cada fator do tipo (px + q) m , m ≥ 1 , corresponderá uma soma de m FRAÇ ÕES<br />
PARCIAIS da forma:<br />
A1<br />
px + q +<br />
A2<br />
+ . . . +<br />
(px + q) 2<br />
Am<br />
(px + q) m
156 CAPÍTULO 4<br />
- A cada fator do tipo (ax 2 + bx + c) n , n ≥ 1 , ∆ = b 2 − 4ac < 0 , corresponderá uma<br />
soma de n FRAÇÕES PARCIAIS da forma:<br />
A1x + B1<br />
ax 2 + bx + c + A2x + B2<br />
(ax 2 + b + c) 2 + . . . + Anx + Bn<br />
(ax 2 + bx + c) n<br />
- Desta forma, podemos decompor o quociente f(x)/g(x) numa soma de frações parciais<br />
típicas dos casos (A) e (B) vistos anteriormente e podemos então resolver as integrais resul-<br />
tantes.<br />
(A)<br />
(B)<br />
(C)<br />
Exemplos:<br />
6x − 9<br />
x 2 − 1 dx<br />
<br />
x2 + x + 2<br />
dx<br />
(x + 3)(x + 1) 2<br />
3 2 5x − 3x + 7x − 3<br />
dx<br />
(x 2 + 1) 2
Técnicas de integração 157<br />
Caso (D): Integrais da forma<br />
tais que grau (f) ≥ grau (g)<br />
f(x)<br />
g(x)<br />
dx , sendo f e g polinômios<br />
- Decompor f da seguinte forma: f(x) = h(x).g(x) + r(x) , com grau (r) < grau (g) .<br />
(esta decomposição é obtida dividindo f por g: r é o resto)<br />
- Temos então<br />
f(x) h(x).g(x) + r(x)<br />
= = h(x) +<br />
g(x) g(x)<br />
r(x)<br />
g(x)<br />
<br />
r(x)<br />
h(x) é polinômio (fácil de integrar) e dx é o caso (C), pois grau (r) < grau (g) .<br />
g(x)<br />
(A)<br />
(B)<br />
(C)<br />
Exemplos:<br />
x 3 + 3x − 2<br />
<br />
x 2 − x<br />
x5 (x2 dx<br />
+ 4) 2<br />
dx<br />
6 3 x − x + 1<br />
dx<br />
x 4 + x 2
158 CAPÍTULO 4<br />
Exercício: Calcule<br />
5x − 12<br />
x(x − 4) dx<br />
x 4 + 2x 2 + 4x + 1<br />
(x 2 + 1) 3<br />
2x 2 − 12x + 4<br />
dx<br />
x 3 − 4x 2<br />
4.5 Integrais impróprias<br />
dx<br />
3 2x + 10x<br />
(x2 dx<br />
+ 1) 2<br />
9x 4 + 17x 3 + 3x 2 − 8x + 3<br />
x 5 + 3x 4<br />
x 3 − 6x 2 + 5x − 3<br />
x 2 − 1<br />
Até agora temos calculado integrais definidas de funções contínuas em intervalos limitados.<br />
Veremos a seguir duas situações extraordinárias, as quais caracterizam as chamadas INTE-<br />
GRAIS IMPR ÓPRIAS.<br />
1 a Situação: Integrais com limites de integração INFINITOS:<br />
• Seja f uma função contínua em [a, +∞) . Definimos<br />
+∞<br />
t<br />
f(x) dx = lim<br />
t→+∞<br />
f(x) dx (desde que exista o limite)<br />
a<br />
a<br />
• Se f é contínua em (−∞, a] . Definimos<br />
a<br />
a<br />
f(x) dx = lim<br />
t→−∞<br />
f(x) dx (desde que exista o limite)<br />
−∞<br />
t<br />
Em cada um dos casos acima, as expressões à esquerda são chamadas INTEGRAIS IMPR ÓPRIAS.<br />
Quando os limites existem, dizemos que as integrais CONVERGEM. Caso contrário, dize-<br />
mos que elas DIVERGEM.<br />
(A)<br />
Exemplos:<br />
+∞<br />
1<br />
1<br />
dx<br />
x2 dx<br />
dx
Técnicas de integração 159<br />
(B)<br />
(C)<br />
+∞<br />
1<br />
0<br />
−∞<br />
1<br />
x dx<br />
e x dx<br />
• Se f é contínua em toda a reta, definimos:<br />
+∞ a<br />
f(x) dx = f(x) dx +<br />
−∞<br />
−∞<br />
+∞<br />
a<br />
f(x) dx (a ∈ IR)<br />
dizemos que esta integral imprópria CONVERGE quando ambas as integrais à direita<br />
convergem. Caso contrário (ou seja, se qualquer uma divergir), diremos que<br />
DIVERGE.<br />
Obs.: A verificação da convergência ou não de<br />
escolhido.<br />
(A)<br />
CUIDADO:<br />
Exemplos:<br />
+∞<br />
−∞<br />
1<br />
dx<br />
1 + x2 +∞<br />
−∞<br />
+∞<br />
−∞<br />
f(x) dx não é o mesmo que lim<br />
t→+∞<br />
t<br />
f(x) dx !!!<br />
−t<br />
+∞<br />
−∞<br />
f(x) dx<br />
f(x) dx não depende do número a
160 CAPÍTULO 4<br />
(B)<br />
+∞<br />
−∞<br />
e x dx<br />
Exercício: Verifique a convergência das seguintes integrais impróprias:<br />
2 a Situação:<br />
+∞<br />
1<br />
+∞<br />
−∞<br />
1<br />
dx<br />
x4/3 x<br />
x 4 + 9 dx<br />
0<br />
−∞<br />
1<br />
dx<br />
(x − 1) 3<br />
+∞<br />
0<br />
x.e −x dx<br />
+∞<br />
0<br />
+∞<br />
1<br />
x<br />
dx<br />
1 + x2 ln x<br />
x dx<br />
b<br />
f(x) dx , f com descontinuidade infinita em [a, b] :<br />
a<br />
• Se f é contínua em [a, b) e se torna infinita em b, definimos<br />
b<br />
a<br />
f(x) dx = lim<br />
t→b −<br />
t<br />
f(x) dx<br />
• Se f é contínua em (a, b] e se torna infinita em a, definimos<br />
b<br />
a<br />
f(x) dx = lim<br />
t→a +<br />
a<br />
b<br />
f(x) dx<br />
Em cada um destes casos, as expressões à esquerda também são INTEGRAIS IMPR ÓPRIAS.<br />
Dizemos que elas CONVERGEM quando os limites existem. Caso contrário elas DI-<br />
VERGEM.<br />
(A)<br />
Exemplos:<br />
1<br />
0<br />
1<br />
x dx<br />
t
Técnicas de integração 161<br />
(B)<br />
(C)<br />
(D)<br />
1<br />
0<br />
2<br />
0<br />
1<br />
0<br />
1<br />
dx<br />
x2 1<br />
3√ 2 − x dx<br />
ln x dx (Exercício)<br />
• Se f é contínua em [a, b] − {c} , c ∈ (a, b) , definimos<br />
b c b<br />
f(x) dx = f(x) dx + f(x) dx<br />
a<br />
a<br />
Esta integral, também IMPRÓPRIA, CONVERGE quando ambas as integrais<br />
<br />
à direita<br />
b<br />
convergem. Caso contrário (ou seja, se qualquer uma divergir), diremos que f(x) dx<br />
DIVERGE.<br />
Obs.: CUIDADO! Não saia aplicando diretamente o TFC se houver descontinuidade no<br />
(interior do) intervalo de integração!<br />
(A)<br />
Exemplos:<br />
2<br />
−2<br />
1<br />
dx<br />
(x + 1) 3<br />
c<br />
a
162 CAPÍTULO 4<br />
(B)<br />
1<br />
−1<br />
x −2/3 dx (Exercício)<br />
Exercício: Verifique a convergência (e calcule o valor, quando convergir) das seguintes<br />
integrais impróprias:<br />
8<br />
0<br />
1<br />
0<br />
1<br />
3√ x dx<br />
e √ x<br />
√ x dx<br />
1<br />
−3<br />
2<br />
1<br />
1<br />
dx<br />
x2 x<br />
x 2 − 1 dx<br />
π/2<br />
sec 2 x dx<br />
0<br />
π<br />
0<br />
1<br />
0<br />
cos x<br />
√ 1 − sen x dx<br />
x. ln x dx<br />
4<br />
2<br />
1<br />
−1<br />
x −4/3 dx<br />
x − 2<br />
x 2 − 5x + 4 dx<br />
Exercício: Calcule:<br />
<br />
1) x sen x dx<br />
<br />
2) sec 6 x dx<br />
<br />
3)<br />
1<br />
x √ dx<br />
9 + x2 4 3 2 2x − 2x + 6x − 5x + 1<br />
4)<br />
x3 − x2 dx<br />
+ x − 1<br />
<br />
+∞<br />
2<br />
1<br />
1<br />
x<br />
5) dx 6)<br />
dx 7)<br />
x + x3 1 x3/4 0 (x2 <br />
dx 8) x<br />
− 1) 2 2 e 3x dx<br />
<br />
9) tg x sec 5 9<br />
<br />
x<br />
x dx 10) 3√ dx 11) e<br />
0 x − 1 x√ 1 − ex 2 5x − 10x − 8<br />
dx 12)<br />
x3 dx<br />
− 4x<br />
<br />
<br />
1<br />
13) x sec x tg x dx 14)<br />
x3√x2 +∞<br />
dx 15) cos<br />
− 25 −∞<br />
2 <br />
x dx 16) x(ln x) 2 dx<br />
<br />
17) cos 7 <br />
x dx 18) e 1+ln 5x <br />
π/2<br />
dx 19)<br />
dx 20) tg x dx<br />
21)<br />
25)<br />
29)<br />
33)<br />
37)<br />
41)<br />
√x ln x dx 22)<br />
+∞<br />
3<br />
e tg x<br />
<br />
1<br />
x 2 − 1<br />
cos 2 x<br />
<br />
dx 26)<br />
dx 30)<br />
x<br />
dx<br />
25 − 9x2 34)<br />
e −2x <br />
dx 38)<br />
+∞<br />
<br />
0<br />
<br />
5x 2 + 11x + 17<br />
x 3 + 5x 2 + 4x + 20<br />
x 3<br />
√ 16 − x 2<br />
dx 23)<br />
cos 3 2x sen 2 2x dx 27)<br />
4x 3 − 3x 2 + 6x − 27<br />
<br />
sen 2 x cos 5 x dx 42)<br />
1<br />
x 4 + 9x 2 dx 31)<br />
tg 2 x sec x dx 35)<br />
e x sec 2 (e x ) dx 39)<br />
<br />
arc tg x dx 43)<br />
<br />
0<br />
<br />
0<br />
e3x dx 24)<br />
1 + ex <br />
ln x<br />
dx 28)<br />
x<br />
<br />
(ln x) 2 dx 36)<br />
x 2 + 3x + 1<br />
x 4 + 5x 2 + 4<br />
<br />
<br />
csc 4 x ctg 4 x dx 32)<br />
<br />
dx 40)<br />
(x 2 + 1) cos x dx 44)<br />
x<br />
(16 − x2 dx<br />
) 2<br />
e −x sen x dx<br />
9<br />
0<br />
1<br />
x2√x2 + 9 dx<br />
+∞<br />
4<br />
e<br />
1/e<br />
1<br />
x √ x dx<br />
1<br />
√ x dx<br />
1<br />
dx<br />
x(ln x) 2
Técnicas de integração 163<br />
<br />
45) sen 3 x cos 2 x dx<br />
<br />
46) x arc sen x dx<br />
<br />
47)<br />
1<br />
x √ 25x2 dx<br />
− 16<br />
<br />
48) x 5√ x3 + 1 dx<br />
<br />
49) cos √ x dx<br />
0<br />
1<br />
50)<br />
−∞ x2 dx<br />
− 3x + 2<br />
<br />
51) x 2 e −4x dx<br />
3 2 3x − 12x − 37x − 34<br />
52)<br />
dx<br />
(x − 6)(x − 2)<br />
+∞<br />
1<br />
53)<br />
−∞ ex 2<br />
1<br />
dx 54)<br />
dx<br />
+ e−x −2 (x + 1) 3<br />
<br />
<br />
55) sen 2x cos x dx 56) e 3x <br />
4x<br />
57)<br />
(x<br />
cos 2x dx<br />
2 <br />
1<br />
dx 58) √ dx<br />
+ 1) 3 4x2 − 25<br />
<br />
cos<br />
59)<br />
3 <br />
x<br />
1<br />
√ dx 60)<br />
sen x x ln x(ln x − 1) dx<br />
<br />
x<br />
61)<br />
3<br />
x3 − 3x2 <br />
+∞<br />
<br />
3<br />
dx 62) sen (ln x) dx 63) cos x dx 64)<br />
+ 9x − 27 0<br />
x2 − 6x + 18 dx<br />
2<br />
1<br />
65)<br />
1 x √ x2 3 2 x + 3x + 3x + 63<br />
dx 66)<br />
− 1 (x2 − 9) 2 1<br />
x<br />
dx 67)<br />
0<br />
3<br />
π<br />
√ dx 68) x sen<br />
x2 + 1 −π<br />
2 x dx<br />
<br />
1<br />
69)<br />
(x2 <br />
2x + 3<br />
dx 70)<br />
− 1) 3/2 x2 π/2<br />
2<br />
1<br />
1 − x<br />
dx 71)<br />
dx 72)<br />
+ 4 0 1 − cos x 0 x2 + 3x + 2 dx<br />
<br />
73) (1+ √ cos x ) 2 <br />
sen x dx 74) tg 3 x sec 2 <br />
√<br />
4 − x2 x dx 75) x arc tg x dx 76)<br />
x2 dx<br />
π <br />
77) cos<br />
0<br />
3 x dx<br />
+∞<br />
x<br />
78)<br />
dx<br />
1 1 + x2 <br />
79) ctg 2 (3x) dx<br />
<br />
80)<br />
37 − 11x<br />
(x + 1)(x − 2)(x − 3) dx<br />
<br />
81) x(2x+3) 99 dx<br />
2 2 (x − 1)<br />
82)<br />
dx<br />
x<br />
4<br />
1<br />
83)<br />
0 x2 dx<br />
− x − 2<br />
π/4<br />
84) sec x tg x dx<br />
−π/4<br />
4 2 x + 2x + 3<br />
85)<br />
x3 dx<br />
− 4x<br />
<br />
86) x 2 (8−x 3 ) 1/3 dx<br />
3 12x + 7x<br />
87)<br />
x4 dx<br />
<br />
88) arc sen x dx<br />
1<br />
89) ln(1 + x) dx<br />
0<br />
<br />
90)<br />
x<br />
csc(3x2 dx<br />
)<br />
<br />
√9<br />
+∞<br />
x<br />
91) − 4x2 dx 92)<br />
1 (1 + x2 <br />
x<br />
93)<br />
dx<br />
) 2 3 + 1<br />
dx<br />
x(x − 1) 3<br />
<br />
94)<br />
1<br />
dx<br />
(x − 7) 5<br />
<br />
1<br />
95) sen x ln(cos x) dx 96) e<br />
−1<br />
3|x| dx<br />
−1<br />
1<br />
97)<br />
dx<br />
−2 (x + 2) 5/4<br />
1<br />
98) e<br />
0<br />
√ x<br />
dx<br />
5 3 x − x + 1<br />
99)<br />
x3 + 2x2 dx<br />
<br />
100) x 2 ln x dx<br />
π/4<br />
101) cos x cos 5x dx<br />
0<br />
2 2 (4 + x )<br />
102)<br />
x3 dx<br />
0<br />
103) xe<br />
−∞<br />
x dx<br />
<br />
104)<br />
e2x dx<br />
1 + e4x 105)<br />
+∞<br />
xe −x2<br />
dx<br />
1<br />
106) x 2 sen x dx 107)<br />
1<br />
x 3 e −x2<br />
dx<br />
<br />
108) sen x10 cos x dx<br />
109)<br />
<br />
−∞<br />
tg 4x cos 4x dx 110)<br />
−1<br />
4<br />
0<br />
1<br />
dx 111)<br />
(4 − x) 3/2<br />
0<br />
3 2 4x + 2x − 5x − 18<br />
(x − 4)(x + 1) 3 dx
164 CAPÍTULO 4<br />
Respostas de exercícios<br />
• Página 147:<br />
E)<br />
sec x tg x + ln |sec x + tg x|<br />
2<br />
H) 4 sen 5xe4x − 5 cos 5xe 4x<br />
41<br />
L)<br />
(11x + 23)(x + 1)11<br />
132<br />
+ C<br />
• Página 148:<br />
<br />
sen 5 x dx = − cos x + 2 cos3 x<br />
<br />
<br />
cos 5 3x dx =<br />
+ C F) π<br />
4 − π√3 1<br />
6e − 16<br />
+ (ln 2 − ln 3) G)<br />
18 2 e<br />
+ C I) π<br />
4<br />
3<br />
− cos5 x<br />
5<br />
+ C<br />
J)<br />
sen 3x<br />
3 − 2 sen 33x +<br />
9<br />
sen 53x + C<br />
15<br />
sen 3 cos 2x<br />
2x dx = −<br />
2 + cos3 2x<br />
+ C<br />
6<br />
• Página 149:<br />
<br />
cos 2 2x dx = x<br />
2<br />
<br />
<br />
+ sen 4x<br />
8<br />
+ C<br />
cos 6 x dx = 5x sen 2x 3 sen 4x<br />
+ +<br />
16 4 64 − sen 32x 48<br />
sen 2 x cos 2 x dx = x<br />
8<br />
• Página 150:<br />
<br />
sen 3x sen 5x dx =<br />
<br />
<br />
<br />
− sen 4x<br />
32<br />
sen 2x<br />
4<br />
sec 4 x dx = tg x + tg 3 x<br />
3<br />
+ C<br />
<br />
sen 8x<br />
− + C<br />
16<br />
<br />
+ C<br />
ctg 3 x csc 3 x dx = csc3 x<br />
3 − csc5 x<br />
+ C<br />
5<br />
tg 4 x dx = x − tg x + tg 3 x<br />
3<br />
+ C<br />
+ C<br />
(x ln 2 − 1)2x<br />
(ln 2) 2 + D K) 2π<br />
cos 4 x sen 2x dx = x sen 4x<br />
−<br />
16 64 + sen 32x + D<br />
48<br />
<br />
cos 2x cos 3x dx =<br />
sen 5x<br />
10<br />
tg 3 x sec 4 x dx = tg 4x 4 + tg 6x + D<br />
6<br />
+ sen x<br />
2<br />
+ D
Técnicas de integração 165<br />
• Página 151:<br />
√ sen x cos 3 x dx = 2 √ sen 3 x<br />
<br />
<br />
3<br />
− 2√ sen 7 x<br />
7<br />
+ C<br />
tg 5 x sec x dx = sec5 x<br />
5 − 2 sec3 x<br />
+ sec x + C<br />
3<br />
( tg x + ctg x) 2 <br />
dx = tg x − ctg x + C<br />
2 tg x − 1<br />
sec2 sen 2x<br />
dx = − + C<br />
x<br />
2<br />
<br />
sec2 x<br />
1<br />
dx = − + D<br />
(1 + tg x) 2 1 + tg x<br />
<br />
<br />
<br />
sen 4 x cos 2 x dx = x sen 4x<br />
−<br />
16 64 − sen 22x + C<br />
48<br />
sen 5 x cos 2 x dx = − cos3 x<br />
3 + 2 cos5 x<br />
−<br />
5<br />
cos7 x<br />
+ D<br />
7<br />
tg 6 x dx = −x + tg x − tg 3x 3 + tg 5x + C<br />
5<br />
• Página 153:<br />
<br />
x 2<br />
√ 4 − x 2<br />
√ x 2 + 1<br />
<br />
x<br />
<br />
x<br />
<br />
dx = 2 arc sen −<br />
2<br />
x√4 − x2 + C<br />
2<br />
<br />
<br />
<br />
dx = ln <br />
x <br />
√<br />
<br />
x2 + 1 + 1<br />
+ √ x2 + 1 + C<br />
1<br />
x4√x2 − 4 dx = (x2 + 2) √ x2 − 4<br />
24x3 + D<br />
1<br />
0<br />
tg 2<br />
<br />
πx<br />
<br />
4<br />
sen 5x sen 3x dx =<br />
dx =<br />
sen 2x<br />
4<br />
4 − π<br />
π<br />
− sen 8x<br />
16<br />
π/4<br />
sen<br />
0<br />
3 x dx = 8 − 5√2 12<br />
<br />
sec x<br />
ctg 5x dx = sec5 x<br />
5 − 2 sec3 x<br />
+ sec x + C<br />
3<br />
• Página 158:<br />
<br />
5x − 12<br />
dx = 3 ln |x| + 2 ln |x − 4| + C<br />
x(x − 4)<br />
2 2x − 12x + 4<br />
x3 − 4x2 3 ln |x − 4|<br />
dx = − +<br />
4<br />
11 ln |x|<br />
+<br />
4<br />
1<br />
+ C<br />
x<br />
4 3 2 9x + 17x + 3x − 8x + 3<br />
x5 + 3x4 dx = 4 ln |x + 3| + 5 ln |x| − 2<br />
x<br />
<br />
x √ 9 + x 2 dx =<br />
3 1<br />
+ − + C<br />
2x2 3x3 + D<br />
<br />
(9 + x2 ) 3<br />
+ D<br />
3
166 CAPÍTULO 4<br />
x 4 + 2x 2 + 4x + 1<br />
(x 2 + 1) 3<br />
dx = arc tg x −<br />
3 2x + 10x<br />
(x2 + 1) 2 dx = ln(x2 + 1) − 4<br />
x2 + C<br />
+ 1<br />
x 3 − 6x 2 + 5x − 3<br />
x 2 − 1<br />
• Página 160:<br />
+∞<br />
1<br />
+∞<br />
0<br />
+∞<br />
0<br />
dx = x2<br />
2<br />
1<br />
dx = 3 (converge)<br />
x4/3 x<br />
dx diverge<br />
1 + x2 xe −x dx = 1 (converge)<br />
• Páginas 161-162:<br />
161-D)<br />
162-B)<br />
1<br />
0<br />
1<br />
−1<br />
• Página 162:<br />
8<br />
0<br />
1<br />
(x2 + C<br />
+ 1) 2<br />
− 6x + 15 ln |x + 1|<br />
2<br />
+∞<br />
0<br />
−∞<br />
−∞<br />
+∞<br />
ln x dx = −1 (converge)<br />
x −2/3 dx = 6 (converge)<br />
1<br />
3√ x dx = 6 (converge)<br />
π/2<br />
sec 2 x dx diverge<br />
0<br />
1<br />
−1<br />
2<br />
1<br />
4<br />
2<br />
x −4/3 dx diverge<br />
x<br />
x 2 − 1<br />
x − 2<br />
x 2 − 5x + 4<br />
dx diverge<br />
dx diverge<br />
1<br />
0<br />
1<br />
0<br />
π<br />
0<br />
1<br />
−3<br />
−<br />
3 ln |x − 1|<br />
2<br />
1<br />
1<br />
dx = −<br />
(x − 1) 3 2<br />
x<br />
x 4 + 9<br />
1<br />
ln x<br />
x<br />
dx = 0 (converge)<br />
dx diverge<br />
1<br />
dx diverge<br />
x2 x. ln x dx = − 1<br />
4<br />
(converge)<br />
e √ x<br />
√ x dx = 2(e − 1) (converge)<br />
cos x<br />
√ 1 − sen x dx = 0 (converge)<br />
+ C<br />
(converge)
Técnicas de integração 167<br />
• Páginas 162-163:<br />
1) sen x − x cos x + C 2) tg x + 2 tg 3x 3 + tg 5x 1<br />
+ D 3)<br />
5<br />
4) x 2 + 3 ln(x2 + 1)<br />
2<br />
8) x2 e 3x<br />
3<br />
− 2xe3x<br />
9<br />
+ ln |x − 1| + C 5) − ln(x2 + 1)<br />
2<br />
3 ln<br />
<br />
√<br />
<br />
9 + x2 − 3<br />
<br />
<br />
<br />
+ E<br />
x <br />
+ ln |x| + D 6) diverge 7) diverge<br />
2e3x<br />
+<br />
27 + C 9) sec5 x<br />
243<br />
+ D 10)<br />
5 10 (converge) 11) − 2(1 − ex ) 3/2<br />
+ E<br />
3<br />
12) 2 ln |x| + 4 ln |x + 2| − ln |x − 2| + C 13) x sec x − ln |sec x + tg x| + D<br />
14) 1<br />
<br />
x<br />
<br />
arc sec +<br />
250<br />
5<br />
5√x2 − 25<br />
x2 <br />
17) sen x − sen 3 x + 3 sen 5 x<br />
5<br />
20) diverge 21)<br />
23) (1 + ex ) 2<br />
2<br />
26) sen 3 2x<br />
6<br />
30)<br />
2 ln |x|<br />
3<br />
− sen 7 x<br />
7<br />
(6 ln x − 4)x3/2<br />
9<br />
+C 15) diverge 16) 2(x ln x)2 − 2x 2 ln x + x 2<br />
4<br />
+D<br />
5ex2<br />
+ C 18)<br />
2 + D 19) − (x2 + 32) √ 16 − x2 + E<br />
3<br />
+ C 22) ln(x 2 + 4) + 1<br />
2<br />
− 2(1 + e x ) + ln(1 + e x ) + C 24)<br />
arc tg<br />
<br />
x<br />
<br />
+ 3 ln |x + 5| + D<br />
2<br />
1<br />
2(16 − x2 ln 2<br />
+ D 25)<br />
) 2 (converge)<br />
− sen 52x 10 + C 27) diverge 28) −e−x ( sen x + cos x)<br />
+ D 29) e<br />
2<br />
tg x + E<br />
3<br />
+<br />
x + 5 ln(x2 + 9)<br />
+ C 31) −<br />
3<br />
ctg 5x 5 − ctg 7x + D 32) 6 (converge)<br />
7<br />
33) − ln |25 − 9x2 |<br />
+ C<br />
18<br />
sec x tg x ln |sec x + tg x|<br />
34) − + D<br />
2<br />
2<br />
37) 1<br />
2 (converge)<br />
35) x(ln x) 2 − 2x ln x + 2x + C<br />
√<br />
x2 + 9<br />
36) − + D<br />
9x<br />
38) tg (e x ) + E 40) 1 (converge)<br />
39) 1<br />
2 x + 1<br />
ln<br />
2 x2 <br />
x<br />
<br />
+ arc tg<br />
+ 4<br />
2<br />
<br />
+ C 41) sen 3x 3 − 2 sen 5x +<br />
5<br />
sen 7x + D<br />
7<br />
42) x arc tg x − ln(1 + x2 )<br />
2<br />
45) cos5 x<br />
5 − cos3 x<br />
+ C 46)<br />
3<br />
47) 1<br />
4<br />
arc sec<br />
<br />
5x<br />
4<br />
51) (−8x2 − 4x − 1)<br />
32<br />
+ C 43) (x 2 − 1) sen x + 2x cos x + D 44) diverge<br />
2 2x − 1<br />
arc sen x +<br />
4<br />
x√1 − x2 + D 50) ln 2 (converge)<br />
4<br />
+C 48) 2(x3 + 1) 5/2<br />
15<br />
e −4x + C 52) 3x2<br />
2<br />
− 2(x3 + 1) 3/2<br />
+D 49) 2(<br />
9<br />
√ x sen √ x+cos √ x)+E<br />
+ 12x − 10 ln |x − 6| + 33 ln |x − 2| + D
168 CAPÍTULO 4<br />
53) π<br />
2<br />
(converge) 54) diverge 55) − cos 3x<br />
6<br />
cos x<br />
−<br />
2 + C 56) e3x (3 cos 2x + 2 sen 2x)<br />
+ D<br />
13<br />
1<br />
57) −<br />
(x2 + 1) 2 + C 58) ln √ <br />
2x + 4x2 − 25 + D<br />
2<br />
59) 2 √ 2( sen x)5/2<br />
sen x − + E<br />
5<br />
<br />
<br />
60) ln <br />
1 <br />
1 − <br />
ln x<br />
+ C 61) x + 3 ln(x2 + 9)<br />
−<br />
4<br />
3<br />
<br />
x<br />
<br />
arc tg +<br />
2 3<br />
3 ln |x − 3|<br />
+ D<br />
2<br />
63) diverge<br />
62)<br />
66)<br />
x( sen (ln x) − cos(ln x))<br />
2<br />
5 ln |x + 3|<br />
6<br />
−<br />
70) ln(x 2 + 4) + 3<br />
2<br />
73) − cos x −<br />
<br />
x − 3<br />
+ C 64) arc tg<br />
3<br />
3 ln |x − 3|<br />
+ −<br />
2(x + 3) 6<br />
arc tg<br />
4(cos x)3/2<br />
3<br />
+ D 65) π<br />
3 (converge) 67) 2 − √ 2<br />
3<br />
7<br />
+ C 68) 0 (zero) 69) −<br />
2(x − 3)<br />
x<br />
√ x 2 − 1 + D<br />
<br />
x<br />
<br />
+ C 71) diverge 72) 2 ln 3 − 3 ln 2 74)<br />
2<br />
tg 4x + D<br />
4<br />
− cos2 x<br />
2<br />
+ C 75) 1<br />
2<br />
√<br />
4 − x2 76) − − arc sen<br />
x<br />
<br />
<br />
80) ln <br />
(x + 1)<br />
<br />
4 (x − 3)<br />
(x − 2) 5<br />
<br />
<br />
<br />
(200x − 3)(2x + 3)100<br />
+ C 81)<br />
40400<br />
84) 0 (zero) 85) x2<br />
2<br />
<br />
x<br />
<br />
+ C 78) diverge 79) − x −<br />
2<br />
(x 2 + 1) arc tg x − x + D 77) 4<br />
3<br />
ctg 3x<br />
3<br />
+ D 83) diverge<br />
+ D 82) x2<br />
4 − x2 + ln |x| + E<br />
3 ln |x|<br />
−<br />
4 + 27 ln |x2 − 4|<br />
+ C 86) −<br />
8<br />
(8 − x3 ) 3√ 8 − x3 4<br />
87) 12 ln |x| − 7<br />
2x 2 + C 88) x arc sen x + √ 1 − x 2 + D 89) ln<br />
91) 9<br />
4<br />
94) −<br />
arc sen<br />
<br />
2x<br />
+<br />
3<br />
x√9 − 4x2 + C 92)<br />
2<br />
1<br />
2<br />
4<br />
e<br />
<br />
+ D<br />
90) − cos(3x2 )<br />
6<br />
+ E<br />
<br />
<br />
(converge) 93) ln <br />
(x − 1)<br />
<br />
2<br />
<br />
<br />
<br />
x −<br />
x<br />
+ D<br />
(x − 1) 2<br />
1<br />
4(x − 7) 4 + C 95) cos x − cos x ln(cos x) + D 96) 2(e3 − 1)<br />
3<br />
98) 2 99) −<br />
ln |x|<br />
4<br />
97) diverge<br />
1 23 ln |x + 2|<br />
− − + C 100)<br />
2x 4<br />
x3 (3 ln x − 1)<br />
+ D 101) −<br />
9<br />
1<br />
12<br />
102) − 8<br />
x2<br />
+ 8 ln |x| +<br />
x2 2 + C 103) − 1 (converge) 104) arc tg (e2x )<br />
+ D 105) 0 (zero)<br />
2<br />
106) 0 (zero) 107)<br />
e − 2<br />
2e<br />
111) ln [(x − 4) 2 (x + 1) 2 ] −<br />
108) −<br />
10cos x<br />
ln 10<br />
3<br />
+ C<br />
2(x + 1) 2<br />
+ C 109) − cos 4x<br />
4<br />
+ D 110) diverge
Capítulo 5<br />
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida<br />
5.1 Áreas de regiões planas<br />
É a aplicação mais direta (imediata), pois está diretamente relacionada com a própria<br />
definição da integral definida:<br />
Problema: Seja f : [a, b] → IR contínua, com f(x) ≥ 0 ∀ x ∈ [a, b] .<br />
Como calcular a área sob o gráfico de f, entre x = a e x = b ?<br />
Solução: (Recordando...)<br />
Iniciamos fazendo uma aproximação através das Somas de Riemann.<br />
Fazemos uma partição P do intervalo [a, b], dividindo-o em vários intervalos<br />
[x0, x1] , [x1, x2] , . . . , [xn−1, xn]<br />
169
170 CAPÍTULO 5<br />
∆xi é o comprimento de cada intervalo [xi−1, xi] e P = max<br />
i ∆xi .<br />
Tomamos então um ponto wi em cada intervalo [xi−1, xi] e consideramos (em cada<br />
intervalo) o retângulo de base ∆xi e altura f(wi) , de área f(wi).∆xi .<br />
A soma das áreas desses retângulos é uma Soma de Riemann de f com relação a P .<br />
n<br />
R(f; P ) = f(wi).∆xi representa uma aproximação da área A que desejamos calcular.<br />
i=1<br />
A área A é o limite das Somas de Riemann quando refinamos a partição P , ou seja, tomamos<br />
mais divisões ainda, de modo que P → 0 .<br />
Exemplos:<br />
A = lim<br />
P →0<br />
n<br />
b<br />
f(wi).∆xi = f(x) dx<br />
i=1<br />
(A) Vamos obter a área de um círculo de raio r :<br />
a
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 171<br />
Obs.: Se f, g : [a, b] → IR são contínuas e f(x) ≥ g(x) ∀ x ∈ [a, b], a integral nos<br />
permite calcular a ÁREA ENTRE OS DOIS GRÁFICOS, de x = a até x = b :<br />
b<br />
A = [f(x) − g(x)] dx<br />
a<br />
(mesmo que f ou g sejam negativas, o que importa é que f(x) ≥ g(x) em [a, b])<br />
(B) Calcule a área delimitada pelos gráficos das funções f(x) = x e g(x) = x 2 entre x = 0<br />
e x = 1 :<br />
Obs.: Raciocínio semelhante pode ser feito para se obter áreas delimitadas por gráficos de<br />
equações onde x é dado como função de y ( x = f(y) ).
172 CAPÍTULO 5<br />
(C) Calcule a área delimitada pela curva x = −y 2 + 3y e o eixo Oy das ordenadas.<br />
(D) Refaça o exemplo (B) anterior usando o raciocínio da última observação. (Exercício)<br />
Exercícios:<br />
1) Se f(x) = 2x2<br />
∀ x = 4 , calcule a área sob o gráfico de f entre x = 0 e x = 2.<br />
(x − 4) 2<br />
2) Se g(x) = 3x<br />
∀ x ∈ IR , calcule a área sob o gráfico de g entre x = 0 e x = 2.<br />
ex 3) Qual o valor de a (a > 1) para que a região sob o gráfico de y = 1/x entre x = 1 e x = a<br />
tenha área igual a 5 u.a. ?<br />
4) Mostre que, para qualquer a > 1, a área sob a curva y = 1/x 2 entre x = 1 e x = a é sempre<br />
menor do que 1 u.a.<br />
5) Faça um esboço e calcule as áreas das regiões delimitadas pelos gráficos das seguintes<br />
equações:<br />
(a) y = 1/x 2 , y = −x 2 , x = 1 , x = 2 ;<br />
(b) y = x 2 + 1 ; y = 5 ;<br />
(c) x = y 2 ; x = 2y 2 − 4 ;<br />
(d) y = cos x ; y = sen x ; x = −π/2 ; x = π/6 ;<br />
(e) y = e 2x ; y = x<br />
x 2 + 1<br />
(f) y = x<br />
; x = 1 ; y = 0 ;<br />
1 + x4 ; x = 0 ; x = 1 ;<br />
6) Prove que as curvas de equações y = x 2 e x = y 2 dividem o quadrado de vértices<br />
(0, 0) , (1, 0) , (0, 1) e (1, 1) em 3 regiões de mesma área. Faça também um esboço.
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 173<br />
5.2 Volumes de (alguns) sólidos de revolução<br />
Problema: Seja f : [a, b] → IR contínua ( f(x) ≥ 0 ∀ x ∈ [a, b] ).<br />
Como calcular o volume do sólido de revolução gerado quando rodamos a região sob o<br />
gráfico de y = f(x), entre x = a, x = b e o eixo Ox, em torno do eixo Ox ?<br />
Solução: Iniciamos (novamente) com uma partição P do intervalo [a, b]<br />
Em cada intervalo [xi−1, xi] da partição, escolhemos um ponto wi e consideramos o<br />
retângulo de base ∆xi e altura f(wi) .<br />
Girando este retângulo (de base ∆xi e altura f(wi) ) em torno do eixo Ox, obtemos um<br />
cilindro de volume π.f(wi) 2 . ∆xi :<br />
Somando os volumes desses cilindros, temos uma aproximação para o volume que desejamos<br />
calcular.
174 CAPÍTULO 5<br />
n<br />
i=1<br />
π.f(wi) 2 . ∆xi = R(πf 2 ; P )<br />
O volume V procurado é o limite desta soma quando P → 0 , ou seja, quando refinamos<br />
a partição P :<br />
V = lim<br />
P →0<br />
n<br />
πf(wi) 2 ∆xi =<br />
1=1<br />
b<br />
πf(x) 2 dx<br />
Obs.: Raciocínio análogo para girar x = f(y) em torno do eixo Oy !<br />
Exemplos:<br />
(A) Vamos obter o volume da “bola” de raio r :<br />
Obs.: Se f, g : [a, b] → IR são contínuas e f(x) ≥ g(x) ≥ 0 ∀ x ∈ [a, b], a integral nos<br />
permite calcular o volume do sólido obtido quando giramos a região entre os gráficos de f e g<br />
em torno do eixo Ox :<br />
a<br />
b<br />
V =<br />
a<br />
π[f(x) 2 − g(x) 2 ] dx
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 175<br />
(B) Calcule o volume do sólido de revolução obtido quando giramos a região entre os gráficos<br />
de f(x) = √ x e g(x) = x (entre x = 0 e x = 1) em torno do exo Ox .<br />
Obs.: E se quisermos girar y = f(x) em torno do eixo Oy ?<br />
Neste caso temos um novo problema...<br />
Problema: Seja f : [a, b] → IR contínua ( f(x) ≥ 0 ∀ x ∈ [a, b] ).<br />
Como calcular o volume do sólido de revolução gerado quando rodamos a região sob o<br />
gráfico de y = f(x), entre x = a, x = b e o eixo Ox, em torno do eixo Oy ?<br />
Solução: (Método das cascas cilíndricas)<br />
Consideremos, como sempre, uma partição P do intervalo [a, b].<br />
Em cada intervalo [xi−1, xi] da partição, fixemos seu ponto médio di e consideramos o<br />
retângulo de base ∆xi e altura f(di) .
176 CAPÍTULO 5<br />
Girando este retângulo (de base ∆xi e altura f(di) ) em torno do eixo Oy, obtemos uma<br />
CASCA CIL ÍNDRICA<br />
de volume<br />
πx 2 i · f(di) − πx 2 i−1 · f(di) = π(xi − xi−1) · (xi + xi−1) · f(di) = π∆xi · 2 xi + xi−1<br />
= 2π di f(di) · ∆xi<br />
2<br />
· f(di) =<br />
Somando os volumes dessas cascas cilíndricas, temos uma Soma de Riemann da função<br />
g(x) = 2πx.f(x) , a qual representa uma aproximação para o volume que desejamos calcular.<br />
n<br />
2π di f(di) · ∆xi = R(2πxf(x); P )<br />
i=1<br />
O volume V procurado é o limite desta soma quando refinamos a partição P , de modo que<br />
P → 0 :<br />
V = lim<br />
P →0<br />
n<br />
2π di f(di) · ∆xi =<br />
1=1<br />
b<br />
2πxf(x) dx<br />
Exemplo: Calculemos o volume do sólido obtido quando giramos a região delimitada pelo<br />
gráfico de y = f(x) = 2<br />
, x = 1 , x = 2 e o eixo Ox , em torno do eixo Oy :<br />
x<br />
a
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 177<br />
Exercícios:<br />
1) Utilize a integral definida para deduzir (faça um esboço) a fórmula do volume de um cone<br />
circular reto com raio da base r e altura h.<br />
2) Giramos em torno do eixo Ox a região delimitada por y = sec x ; x = −π/3 ; x = π/3 ;<br />
y = 0 . Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido.<br />
3) Giramos em torno do eixo Ox a região delimitada por y = 1<br />
√ x ; x = 1 ; x = 4 ; y = 0 .<br />
Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido.<br />
4) Seja R a região delimitada por y =<br />
1<br />
(x − 1)(4 − x)<br />
; x = 2 ; x = 3 ; y = 0 .<br />
Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido quando...<br />
...giramos R em torno do eixo Ox;<br />
...giramos R em torno do eixo Oy;<br />
5) Giramos em torno do eixo Oy a região do plano delimitada por y = ln x ; y = 0 ; x = e .<br />
Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido.<br />
6) Fazemos girar em torno do eixo Ox a região do plano delimitada por y = tg x ; y = 0 ;<br />
x = π/6 ; x = π/4 . Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido.<br />
7) Seja S a região delimitada por y = sen x ; x = 0 ; x = π ; y = 0 .<br />
Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido quando...<br />
...giramos S em torno do eixo Ox;<br />
...giramos S em torno do eixo Oy;<br />
8) Fazemos girar em torno do eixo Ox a região do plano delimitada por y = 1<br />
; y = 0 ;<br />
1 + x2 x = 0 ; x = 2 . Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido.<br />
9) Giramos em torno do eixo Oy a região do plano delimitada por y = e−x2 ; y = 0 ; x = 0 ;<br />
x = 1 . Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução obtido.
178 CAPÍTULO 5<br />
(a)<br />
(b)<br />
(d)<br />
(a)<br />
Coletânea de provas anteriores (1)<br />
Questão 1: (45 pts) Calcule as seguintes integrais definidas:<br />
1<br />
(3x<br />
0<br />
2 + 1)e x dx<br />
e<br />
1/e<br />
1<br />
0<br />
ln x cos(ln x)<br />
x<br />
dx (c)<br />
2x 4 − 4x 3 − x 2 + 3x − 7<br />
x 3 − 2x 2 + x − 2<br />
dx<br />
π/3<br />
π/6<br />
tg θ<br />
cos 2 θ dθ<br />
Questão 2: (25 pts) Calcule as seguintes integrais indefinidas:<br />
<br />
x 3<br />
√ 9 − x 2<br />
dx (b)<br />
<br />
2 sen 3θ sen 2 θ dθ<br />
Questão 3: (15 pts) Verifique (mostre as contas) se as integrais impróprias abaixo con-<br />
vergem ou não e obtenha os valores das que convergirem:<br />
(a)<br />
(b)<br />
+∞<br />
1<br />
1<br />
0<br />
ln x<br />
dx<br />
x2 1<br />
x(x2 dx<br />
+ 1) 2<br />
Questão 4: (15 pts) Considere a região R delimitada por y = 2x 2 , x = 1 e y = 0 .<br />
(a) Faça um esboço da região R e calcule a sua área;<br />
(b) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sx obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Ox ;<br />
(c) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sy obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Oy ;<br />
(d) Responda: Qual dos dois sólidos de revolução (Sx ou Sy) tem o maior volume ?
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 179<br />
(a)<br />
(c)<br />
(d)<br />
(a)<br />
Coletânea de provas anteriores (2)<br />
Questão 1: (48 pts) Calcule as seguintes integrais definidas:<br />
π/2<br />
0<br />
(5+π) 2<br />
(5−π) 2<br />
1<br />
0<br />
2+ln(2x+π sen x+1)<br />
4 · e<br />
π<br />
( √ x − 5) sen ( √ x − 5)<br />
2 √ x<br />
dx (b)<br />
dx<br />
2x 5 + 3x 4 + 2x 3 + 2x 2 + 2x − 1<br />
x 4 + 2x 3 + 2x 2 + 2x + 1<br />
π/4<br />
π/6<br />
tg θ<br />
sen 2 θ dθ<br />
Questão 2: (20 pts) Calcule as seguintes integrais indefinidas:<br />
<br />
1<br />
(4 − x2 dx (b)<br />
) 3/2<br />
dx (Obs.: x 4 +2x 3 +2x 2 +2x+1 = (x+1) 2 (x 2 +1) )<br />
<br />
(2 cos 2 θ − 1) cos 5θ dθ<br />
Questão 3: (16 pts) Verifique (mostre as contas) se as integrais impróprias abaixo con-<br />
vergem ou não e obtenha os valores das que convergirem:<br />
(a)<br />
3<br />
2<br />
y = 0 .<br />
ln(3 − x) dx (b)<br />
+∞<br />
0<br />
e −r2<br />
r dr<br />
Questão 4: (16 pts) Considere a região R delimitada por y = 2 √ x , x = 1 , x = 2 e<br />
(a) Faça um esboço da região R e calcule a sua área;<br />
(b) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sx obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Ox ;<br />
(c) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sy obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Oy ;<br />
(d) Responda (mostre as contas): Qual destes sólidos de revolução (Sx ou Sy) tem o maior<br />
volume ?
180 CAPÍTULO 5<br />
(a)<br />
(b)<br />
(d)<br />
(a)<br />
Coletânea de provas anteriores (3)<br />
Questão 1: (48 pts) Calcule as seguintes integrais definidas:<br />
1<br />
0<br />
4<br />
1<br />
1<br />
0<br />
cos(πx) − 3x 2 + 5 + e (2x−1) dx<br />
e (√ x +1) dx (c)<br />
π/3<br />
(1 + tg θ) 2 dθ<br />
π/4<br />
x 4 − 2x 3 + 3x 2 + 3<br />
−x 3 + 2x 2 − x + 2 dx (Obs.: −x3 + 2x 2 − x + 2 = x 2 (−x + 2) + (−x + 2) = . . . )<br />
Questão 2: (20 pts) Calcule as seguintes integrais indefinidas:<br />
<br />
9<br />
(x2 dx (b)<br />
− 9) 3/2<br />
<br />
sen 2θ · sen 2 θ · cos θ<br />
2<br />
Questão 3: (16 pts) Verifique (mostre as contas) se as integrais impróprias abaixo con-<br />
vergem ou não e obtenha os valores das que convergirem:<br />
(a)<br />
(b)<br />
1<br />
0<br />
+∞<br />
e<br />
ln x<br />
dx<br />
x3 1<br />
dx<br />
x(ln x) 3/2<br />
Questão 4: (16 pts) Considere a região R delimitada por y = cos x , x = 0 , x = π<br />
2 e<br />
y = 0 .<br />
(a) Faça um esboço da região R e calcule a sua área;<br />
(b) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sx obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Ox ;<br />
(c) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sy obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Oy ;<br />
(d) Responda (mostre as contas): Qual destes sólidos de revolução (Sx ou Sy) tem o maior<br />
volume ?<br />
dθ
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 181<br />
(a)<br />
(d)<br />
(a)<br />
Coletânea de provas anteriores (4)<br />
Questão 1: (48 pts) Calcule as seguintes integrais definidas:<br />
−1/e 2<br />
−1<br />
2<br />
1<br />
<br />
3 − 1<br />
x<br />
1<br />
+<br />
x2 <br />
dx (b)<br />
3x 5 + 12x 4 + 8x 3 − 3x 2 + 2x + 3<br />
x 3 + 4x 2 + 3x<br />
π/3<br />
π/6<br />
1 − sen θ<br />
cos 2 θ<br />
dθ (c)<br />
Questão 2: (20 pts) Calcule as seguintes integrais indefinidas:<br />
<br />
(1 − 2 sen 2 θ) cos 4θ dθ (b)<br />
3 √ 4<br />
0<br />
3<br />
8 (x3 − 2) 6 x 2 dx<br />
dx (Obs.: x 3 +4x 2 +3x = x(x 2 +4x+3) = . . . )<br />
√<br />
x2 + 1<br />
(x2 dx<br />
+ 1) 3<br />
Questão 3: (16 pts) Verifique (mostre as contas) se as integrais impróprias abaixo con-<br />
vergem ou não e obtenha os valores das que convergirem:<br />
(a)<br />
(b)<br />
+∞<br />
0<br />
π<br />
0<br />
y = 0 .<br />
tg<br />
( sen t) · e −st dt (s > 0, constante)<br />
<br />
θ<br />
dθ<br />
2<br />
Questão 4: (16 pts) Considere a região R delimitada por y = ln x , x = 1 , x = e e<br />
(a) Faça um esboço da região R e calcule a sua área;<br />
(b) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sx obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Ox ;<br />
(c) Faça um esboço e calcule o volume do sólido de revolução Sy obtido quando giramos a<br />
região R em torno do eixo Oy ;<br />
(d) Responda (mostre as contas): Qual destes sólidos de revolução (Sx ou Sy) tem o maior<br />
volume ?
182 CAPÍTULO 5<br />
(a)<br />
(c)<br />
(a)<br />
Coletânea de provas anteriores (5)<br />
Questão 1: (48 pts) Calcule as seguintes integrais definidas:<br />
−1<br />
−2<br />
√ 3<br />
1<br />
<br />
2 (x+2) − 1<br />
<br />
π/6<br />
dx (b)<br />
x<br />
π/4<br />
2x 5 + x 4 + 14x 3 + 15x − 3<br />
x 4 + 3x 2 dx (d)<br />
cos 2 θ + tg 2 θ<br />
tg θ<br />
e<br />
1<br />
dθ<br />
x 3 · ln x dx<br />
Questão 2: (20 pts) Calcule as seguintes integrais indefinidas:<br />
<br />
2 · cos 2θ · sen 3 3θ dθ (b)<br />
<br />
1<br />
(1 − x2 dx<br />
) 5/2<br />
Questão 3: (16 pts) Verifique (mostre as contas) se as integrais impróprias abaixo con-<br />
vergem ou não e obtenha os valores das que convergirem:<br />
(a)<br />
(b)<br />
+∞<br />
0<br />
√ 2<br />
1<br />
t 2 · e −st dt (s > 0, constante)<br />
x<br />
2 3√ x 2 − 1 dx<br />
Questão 4: (16 pts) Considere o retângulo R delimitado pelas retas x = 0 , x = 2 ,<br />
y = 0 , y = e 2 .<br />
(a) A curva y = e x divide R em duas regiões R1 e R2 , sendo R1 adjacente ao eixo Ox e<br />
R2 adjacente ao eixo Oy . Faça um esboço com essas três regiões.<br />
(b) Qual das regiões ( R1 ou R2 ) tem a maior área ? (mostre as contas)<br />
(c) Obtenha o volume do sólido S1 obtido quando giramos a região R1 em torno do eixo<br />
Ox . Faça um esboço.<br />
(d) Obtenha o volume do sólido S2 obtido quando giramos a região R2 em torno do eixo<br />
Oy . Faça um esboço.<br />
(e) Responda (mostre as contas): Qual destes sólidos de revolução (S1 ou S2) tem o maior<br />
volume ?
Aplicações geométricas<br />
da Integral Definida 183<br />
Respostas de exercícios<br />
• Página 172:<br />
1) 12 − 16 ln 2 2) 3e2 − 9<br />
e 2 3) a = e 5 4)<br />
5) a) 17<br />
6<br />
b) 32<br />
3<br />
c) 32<br />
3<br />
6) A área de cada região é de 1<br />
3 u.a.<br />
• Página 177:<br />
1) V = πr2 h<br />
3<br />
4) V0x =<br />
d) 3 + √ 3<br />
2<br />
a<br />
u.v. 2) V = 2π √ 3 3) V = 2π ln 2<br />
(3 + 4 ln 2)π<br />
27<br />
, V0y =<br />
6) V0x = (12 − 4√3 − π)π<br />
12<br />
8) V0x = π<br />
<br />
arc tg 2 +<br />
2<br />
2<br />
<br />
5<br />
• Página 178: Coletânea 1<br />
10 ln 2π<br />
3<br />
1<br />
1 1<br />
dx = 1 −<br />
x2 a<br />
e) e1 − 1 − ln 2<br />
2<br />
2 e + 1<br />
5) V0y = π<br />
2<br />
7) V0x = π2<br />
2 , V0y = 2π 2<br />
9)<br />
(e − 1)π<br />
e<br />
Questão 1) a) 4e − 7 b) 0 (zero) c) 4<br />
3<br />
Questão 2) a) (9 − x2 ) 3/2<br />
− 9(9 − x 2 ) 1/2 + C b)<br />
Questão 3) a) 1 (converge) b) diverge<br />
3<br />
d) 1 + 3π<br />
4<br />
cos 5θ<br />
10<br />
− cos 3θ<br />
3<br />
< 1<br />
f) π<br />
8<br />
1<br />
a<br />
+ cos 2θ<br />
2<br />
Questão 4) a) AR = 2<br />
3 u.a. b) VSx = 4π<br />
5 u.v. c) VSy = π u.v. d) Adivinhe !<br />
• Página 179: Coletânea 2<br />
Questão 1) a) e 2 (π + 6) b)<br />
Questão 2) a)<br />
ln 3<br />
2<br />
x<br />
4 √ + C b)<br />
4 − x2 c) 2π d)<br />
sen 7θ<br />
14<br />
+ sen 3θ<br />
6<br />
π − 2<br />
4<br />
+ D<br />
<br />
> 0<br />
+ D
184 CAPÍTULO 5<br />
Questão 3) a) −1 (converge) b) 1<br />
2 (converge)<br />
Questão 4) a) AR = 4(2√ 2 − 1)<br />
3<br />
c) VSy = 8π(4√ 2 − 1)<br />
5<br />
• Página 180: Coletânea 3<br />
u.v. d) VSy > VSx<br />
u.a. b) VSx = 6π u.v.<br />
Questão 1) a) e2 + 8e − 1<br />
2e<br />
b) 2e3 c) √ 3 + ln 2 − 1 d)<br />
Questão 2)<br />
x<br />
a) −√<br />
+ C<br />
x2 − 9<br />
b) cos5 θ<br />
5 − cos3 θ<br />
+ D<br />
3<br />
Questão 3) a) diverge b) 2 (converge)<br />
7 ln 2 − 1<br />
2<br />
Questão 4) a) AR = 1 u.a. b) VSx = π2<br />
4 u.v. c) VSy = π 2 − 2π u.v. d) VSy > VSx<br />
• Página 181: Coletânea 4<br />
Questão 1) a) e4 + 4e 2 − 3<br />
e 2<br />
Questão 2) a)<br />
sen 6θ<br />
12<br />
+ sen 2θ<br />
4<br />
b) 4√ 3 − 6<br />
3<br />
+ D b)<br />
c) 32<br />
7<br />
2x3 + 3x<br />
(x2 + C<br />
+ 1) 3/2<br />
d)<br />
12 + 3 ln 2 + ln 3 − ln 5<br />
2<br />
Questão 3)<br />
Questão 4)<br />
1<br />
a) (converge) b) diverge<br />
1 + s2 a) AR = 1 u.a. b) VSx = π(e − 2) u.v.<br />
2 e + 1<br />
c) VSy = π u.v.<br />
2<br />
d) VSy > VSx<br />
• Página 182: Coletânea 5<br />
Questão 1) a)<br />
Questão 2) a)<br />
1<br />
3 1<br />
+ ln 2 b) −ln +<br />
ln 2 2 8<br />
sen 2θ<br />
2<br />
− sen 8θ<br />
16<br />
− sen 4θ<br />
8<br />
c) 4√ 3<br />
3<br />
+ D b)<br />
3<br />
+ 4 ln 3 −<br />
2 ln 2 + π√3 18<br />
3x − 2x3 3(1 − x2 + C<br />
) 3/2<br />
d) 3e4 + 1<br />
16<br />
Questão 3) a) 2<br />
(converge)<br />
s3 b)<br />
3<br />
8 (converge)<br />
Questão 4) b) AR1 < AR2 c) VS1 = π(e4 − 1)<br />
u.v.<br />
2<br />
d) VS2 = π(2e2 e) VS1 > VS2<br />
− 2) u.v.
Referências<br />
[1] Swokowski, Earl W., <strong>Cálculo</strong> com geometria analítica, vol. 1. Makron Books.<br />
[2] Leithold, Louis, <strong>Cálculo</strong> com geometria analítica. Makron Books.<br />
[3] Simmons, George F., <strong>Cálculo</strong> com geometria analítica. Makron Books.<br />
[4] Munem, Mustafa e Foulis, David J., <strong>Cálculo</strong>. Editora Guanabara Dois.<br />
[5] Guidorizzi, Hamilton Luiz, Um curso de cálculo, vol. 1. Editora LTC.<br />
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