Baixar - Brasiliana USP
Baixar - Brasiliana USP
Baixar - Brasiliana USP
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
— 40 —<br />
Que o seu ser devorou, amando uns olhos!<br />
Cruel flagello que cm seu peito ardendo,<br />
Como o fogo callinico, inexlincto,<br />
A par das carnes calcinou-lhe a vida.<br />
Em virente chaneza, alamedada ,<br />
Da regia augusta os torreões alvejam,<br />
Que plantara na roca a mão do homem ,<br />
Entre odoros vergeis, fictícios lagos;<br />
Rematam-lhe o alto cimo, oh nobre ideia !<br />
Do livre americano o raro invento ,<br />
E de Hipparco a estellifera morada.<br />
A lança de Franklin encantadora<br />
Que dos trovões invade a plaga ardente,<br />
E o raio insuperável arrancando<br />
Quebra-lhe a sanha, a força decompoem-lhe,<br />
E humilde, encandeado, mudo, escuro,<br />
O sepulta na terra inofensivo;<br />
D'aqui lubrigo, e a seu lado hasteando<br />
O augusto pavilhão aurivirente<br />
Tremulando no céo as pátrias cores.<br />
Da parle opposta brilha em vitreo templo<br />
De Galileo o tubo que ultrapassa<br />
Do Lynce e de Condor a vista aguda.<br />
Ali, em claro céo, Augusto Joven<br />
Da sciencia escudado o céo perlustra;<br />
Penetra a mente nos volcões da lua,<br />
Percorre as regiões sidereas, gira<br />
Sobre o anel de Saturno, conta e marca<br />
Em torno às fachas que circulam Júpiter<br />
Novos astros ignotos aos Chaldeos,