Baixar - Brasiliana USP
Baixar - Brasiliana USP Baixar - Brasiliana USP
— 30 — Mole romana que a desgraça ampara; Subcrbo monumento que mil bênçãos De coeva gratidão conquista e tece Sobre a fronte de Pedro, o bcmfazejo, Laurel eterno , luminosa fama , Que irá repercutir — Gloria— aos vindouros; E sobre a fronte activa e previdente De Clemente Pereira compartindo O nobre prêmio, o caridoso esforço, Sua gloria também nos evos firma. Ali ergue o alvanel sagrado adyto Que a imagem guardará d'Aquclle Jovcn Que, as mãos sagradas espalmando, entorna, A par do riso que seus lábios orna, Indulto ao fraco, e á miséria arrimo: Primor d'arte, que a dextra sapiente De Pettrich abrolhou no duro mármore. Tríplice amphiteatro em margem leda Botafogo, e Flamengo, e a Gloria ostentam: Amenas quintas e jardins fragrantes, Feiticeiras mansoens, que a aurora acolhem E ao ciciar das auras pelos renques Das plumeas casuarinas, riso eterno Ao incola feliz gratas derramam. Do louro Tibre, do azulado Bosphoro , Da mareia Roma , de Stambul dourada, Os zimborios, pinaculos celestes Que estranha prole levantou na campa De abatidos gigantes; d'essa Raias, Onde Roma em delicias se engolfava,
- 31 — Os palácios triumphem: vença o orgulho Marmóreo de um tyranno , que no adobe Sangue bumano mesclara. Sim, supere O lavrado artefacto ã singeleza Dos teus parques risonhos e formosos. Onde cm ócio tranquillo se deslizam Sobre o leito da paz horas ditosas, Sem ver pendente a espada de Damocles ! Em minha alma não verte doce engodo A mesta escrava que cm coxins dourados, Coberta dos thesouros do Oriente, Circulada de escravos e de eunucos, Simula um riso, porque o algoz lhe veda Prantear um passado venturoso. Um craneo adereçado de brilhantes, Sobre um leito do ouro, d'ostro e arminho, Ressumbrando perfumes pelas orbitas Onde outr'ora seus olhos luz bebiam, Onde a roza espandio suave aroma, Onde o pomo estilou melífluo nectar: Um árido deserto representa, Um chãos medonho, um astro deseixado, A imagem descarnada do inferno Que cresta da esperança as azas áureas! — Não tem esses encantos physionomicos, Um sim nos lábios, que borbotam risos, E os mágicos accentos que em nossa alma Ávida divinizam!... Não, não fere Como Eva formosa, pura e santa, Como a esposa christã, que livre canta, E o filho embala à sombra da palmeira, E a terra emparaiza, eleva o homem.
- Page 3: BRASILIANA OFFERECIDA AO SEU SOBRE
- Page 6 and 7: O grande panorama, a scena insólit
- Page 8 and 9: — 6 — E em teus jardins hellene
- Page 10 and 11: — 8 — Como uma ave que fendc o
- Page 13 and 14: .11 panorama Que sublime visão min
- Page 15 and 16: ... 13 — Caliginoso escudo o vent
- Page 17 and 18: - 15 - Transparentes painéis, siti
- Page 19 and 20: — 17 — Como 6 bcllo o mar seren
- Page 21 and 22: — 19 — Rastejam no espesso bosq
- Page 23 and 24: - 21 - Pelo mar alongando a vista e
- Page 25 and 26: — 23 — Pela vasta planície, á
- Page 27 and 28: — 25 — Como outr'ora no berço
- Page 29 and 30: — 27 — Que em seu seio circulam
- Page 31: - 29 - Quando os ceos percorria a p
- Page 35 and 36: - 33 - Coroado de um templo, o sacr
- Page 37 and 38: — 35 - N'um elysio converte essas
- Page 39 and 40: - 37 — Em minha alma ora movem sa
- Page 41 and 42: — 39 — Tece a aranha o seu leit
- Page 43 and 44: - 41 — A' douta antigüidade, e a
- Page 45 and 46: - 43 - E ao futuro investiram derro
- Page 47 and 48: — 43 - N'um sugesto de purpura se
- Page 49 and 50: - 47 - Ao som dos psalmos, dos sagr
- Page 51: 49 O verde cirio o vagalume estende
— 30 —<br />
Mole romana que a desgraça ampara;<br />
Subcrbo monumento que mil bênçãos<br />
De coeva gratidão conquista e tece<br />
Sobre a fronte de Pedro, o bcmfazejo,<br />
Laurel eterno , luminosa fama ,<br />
Que irá repercutir — Gloria— aos vindouros;<br />
E sobre a fronte activa e previdente<br />
De Clemente Pereira compartindo<br />
O nobre prêmio, o caridoso esforço,<br />
Sua gloria também nos evos firma.<br />
Ali ergue o alvanel sagrado adyto<br />
Que a imagem guardará d'Aquclle Jovcn<br />
Que, as mãos sagradas espalmando, entorna,<br />
A par do riso que seus lábios orna,<br />
Indulto ao fraco, e á miséria arrimo:<br />
Primor d'arte, que a dextra sapiente<br />
De Pettrich abrolhou no duro mármore.<br />
Tríplice amphiteatro em margem leda<br />
Botafogo, e Flamengo, e a Gloria ostentam:<br />
Amenas quintas e jardins fragrantes,<br />
Feiticeiras mansoens, que a aurora acolhem<br />
E ao ciciar das auras pelos renques<br />
Das plumeas casuarinas, riso eterno<br />
Ao incola feliz gratas derramam.<br />
Do louro Tibre, do azulado Bosphoro ,<br />
Da mareia Roma , de Stambul dourada,<br />
Os zimborios, pinaculos celestes<br />
Que estranha prole levantou na campa<br />
De abatidos gigantes; d'essa Raias,<br />
Onde Roma em delicias se engolfava,