Baixar - Brasiliana USP
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- 26 —<br />
De islâmico alfange atravessado,<br />
Não vence na pureza o ceo brasilio.<br />
Essa luz do oriente que esclarece<br />
De tantos gênios veneraveis berços,<br />
Que no espaço rutila augustas sombras<br />
Quando a mente penetra esclarecida<br />
Os sacros columbarios do passado;<br />
Essa luz que ha mostrado á humanidade<br />
As sendas fortunosas das seiencias,<br />
Da moral e do engenho e do heroísmo,<br />
As idéias fenece e ora offusca<br />
Os olhos cubiçosos e ferozes<br />
D'erradios alarves que pernoitam<br />
Nos marmóreos sepulcros de cidades<br />
Que outr'ora ao mundo deram bastos lumes.<br />
No teu turvo horizonte se reflecte<br />
Do occidenlc a luz, qual na Sibéria<br />
Nocturna aurora, boreal phenomeno,<br />
Crepitando nos ceos seu froxo lume»<br />
A terra engana cum diluc'lo ephemero.<br />
Aqui dorme a esperança sobre um orbe (<br />
Tendo no seio do oceano a chave.<br />
Um mundo , qual não viras no passado,<br />
Guarda o futuro nas estranhas férteis;<br />
Este eterno donaire, eterna pompa<br />
Que a natura escondera tantos séculos<br />
A'quem do oceano, reservado havia<br />
Para um centro de luz, para um destino<br />
Tão grande qual seu porte magestoso,<br />
Tão rico como as minas que cnthesoura(<br />
Tão nobre como os rios gigantescos