Baixar - Brasiliana USP
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— 18 Parece a meiga terra, e no seu rosto> Estampa a luz do"sól grato sorriso. A dextra, por entre o bosque Que tapeça ingente monte, Mescla a ressaca o seu ronco Ao ruido de clara fonte. Vejo o ceo rompendo o dado Que o cimo da Gavia ostenta, E a seus pés fervendo a espuma Do mar, que em fúria rebenta. Rrancas velas no horizonte, Como cysnes alvejando Nas ondas puras do Eurotas, A terra vem demandando. As frotas encastelladas, Terror de tantas nações, Sobre o mar, d'aqui, parecem Undivagos" mergulhões. Quacs baleias fumegantes. Costa a costa contornando, Sc cruzam negros Vapores D'euros aversos zombando. A vaga na praia gárrula As rochas borrifa e treme, Como calcada serpente Que se enro^ca, ronca c geme.
— 19 — Rastejam no espesso bosque A meus pés, rasos, mesquinhos, Os ledos gorgeios, vários, Dos aéreos passarinhos. Qual no aderno um beija-flor O homem se me afigura! Da terra a imagem grandiosa Eu vejo em miniatura. Pautados sulcos, lamcdadas vias, Como em curlo jardim canteiros floridos. Bairros extensos os meus olhos ferem. Invios trilhos, estreitas azinhagas, Lacrimosos regatos, verdes hortas, A cidade, seus templos, a bahia Matizado tapete delincam: Qual brosla cm níveo crivo a virgem cândida Caprichoso entrançado de arabescos Entre mil Iaçarias de ouro e prata. A membruda mangueira que se envolve De verde manto, de dourados pomos, E obumbra o flanco da montanha e valle, Rasteiro cogumelo se afigurai Negrcja o homem como um ponto movei, E o fogoso corcel que plaustros rola Como terreo escVavelho se me pinta. Das virgens maltas qual rasteiro musgo Se estende o pavilhão virente c odoro; Sidercas imbaybas o recamam Como cm noite de Julho ao ceo os astros. Jaldes massa:, carminea papolina, Aqui c alli as flores simulando
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Parece a meiga terra, e no seu rosto><br />
Estampa a luz do"sól grato sorriso.<br />
A dextra, por entre o bosque<br />
Que tapeça ingente monte,<br />
Mescla a ressaca o seu ronco<br />
Ao ruido de clara fonte.<br />
Vejo o ceo rompendo o dado<br />
Que o cimo da Gavia ostenta,<br />
E a seus pés fervendo a espuma<br />
Do mar, que em fúria rebenta.<br />
Rrancas velas no horizonte,<br />
Como cysnes alvejando<br />
Nas ondas puras do Eurotas,<br />
A terra vem demandando.<br />
As frotas encastelladas,<br />
Terror de tantas nações,<br />
Sobre o mar, d'aqui, parecem<br />
Undivagos" mergulhões.<br />
Quacs baleias fumegantes.<br />
Costa a costa contornando,<br />
Sc cruzam negros Vapores<br />
D'euros aversos zombando.<br />
A vaga na praia gárrula<br />
As rochas borrifa e treme,<br />
Como calcada serpente<br />
Que se enro^ca, ronca c geme.