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as aparições da cova da iria - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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II<br />

OS ACONTECIMENTOS,<br />

SEGUNDO OS RELATOS DE 1917<br />

INTRODUÇÃO<br />

Para reconstituir o que se p<strong>as</strong>sou em 1917 na Cova <strong>da</strong> Iria, vou-me b<strong>as</strong>ear, fun<strong>da</strong>mentalmente,<br />

<strong>no</strong>s primeiros relatos que os vi<strong>de</strong>ntes e algum<strong>as</strong> testemunh<strong>as</strong> fizeram a divers<strong>as</strong> personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, na<br />

maioria eclesiástic<strong>as</strong>, que os p<strong>as</strong>saram a escrito m<strong>as</strong> permaneceram inéditos durante setenta e cinco<br />

longos a<strong>no</strong>s.<br />

De facto, só em 1992 é que <strong>no</strong> âmbito <strong>de</strong> uma projecta<strong>da</strong> história crítica d<strong>as</strong> <strong>aparições</strong>, o Santuário<br />

<strong>de</strong> Fátima publicou o primeiro volume <strong>da</strong> Documentação Crítica <strong>de</strong> Fátima, intitulado Interrogatórios<br />

aos Vi<strong>de</strong>ntes – 1917.<br />

Contém este livro:<br />

os apontamentos do Pároco <strong>de</strong> Fátima sobre os interrogatórios a que submeteu <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>, sobretudo<br />

Lúcia, após ca<strong>da</strong> uma d<strong>as</strong> <strong>aparições</strong>;<br />

<strong>as</strong> <strong>no</strong>t<strong>as</strong> do Cónego Dr. Manuel Nunes Formigão sobre <strong>as</strong> su<strong>as</strong> visit<strong>as</strong> à região e os interrogatórios<br />

aos vi<strong>de</strong>ntes e alguns familiares, feitos por si a partir <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1917;<br />

os três inquéritos atrás referidos: <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, <strong>de</strong> Ourém e <strong>de</strong> Fátima, este praticamente igual aos<br />

apontamentos do pároco;<br />

e cinco testemunhos: dois <strong>de</strong> sacerdotes, um do administrador <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Ourém, outro <strong>de</strong> um<br />

advogado e futuro <strong>de</strong>putado, e o último <strong>de</strong> um funcionário dos correios.<br />

Sendo estes relatos, portanto, os primeiros e coetâneos, sem dúvi<strong>da</strong> que reproduzem os<br />

acontecimentos com muito maior autentici<strong>da</strong><strong>de</strong> e fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> do que todos aqueles que, mais tar<strong>de</strong>, vieram<br />

a lume; por outro lado, o facto <strong>de</strong>sta obra ser <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do Santuário <strong>de</strong> Fátima e conter<br />

p<strong>as</strong>sagens que, surpreen<strong>de</strong>ntemente, contrariam, ou não corroboram, a versão oficial <strong>da</strong> Igreja, conferelhe<br />

to<strong>da</strong> a credibili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

OS PROTAGONISTAS<br />

Antes <strong>de</strong> entrar na reconstituição dos acontecimentos, vou apresentar os quatro principais<br />

protagonist<strong>as</strong> tal como foram <strong>de</strong>scritos em 1917: uma Senhora vin<strong>da</strong> do céu e três peque<strong>no</strong>s p<strong>as</strong>tores,<br />

Lúcia, Jacinta e Francisco. Lúcia via, ouvia e falava com a Senhora; Jacinta via e ouvia o que esta dizia,<br />

embora com muit<strong>as</strong> interrupções; Francisco apen<strong>as</strong> via, m<strong>as</strong> com frequentes lapsos <strong>de</strong> visão.<br />

A Senhora<br />

Segundo <strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> <strong>de</strong>scrições d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>, a Senhora era uma mulherzinha (sic) x <strong>de</strong> tez branca<br />

e lumi<strong>no</strong>sa, olhos negros e <strong>de</strong> uma beleza extraordinária e ofuscante que qu<strong>as</strong>e cegava, sendo difícil fixála<br />

com o olhar; aparentava ter uns quinze a<strong>no</strong>s e não media mais do que um metro e <strong>de</strong>z <strong>de</strong> altura xi .<br />

A sua expressão era sempre séria xii , nunca tendo chorado nem sorrido; nunca olhou para o povo<br />

que, a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> aparição, p<strong>as</strong>sou a ir à Cova <strong>da</strong> Iria <strong>no</strong>s di<strong>as</strong> 13. Tinha uma voz doce e meiga;<br />

quando falava alargava os braços e abria <strong>as</strong> mãos, m<strong>as</strong> mantinha a boca fecha<strong>da</strong>, sem mexer os lábios xiii .<br />

Uma d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que a partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> aparição estiveram presentes na Cova <strong>da</strong> Iria, disse que <strong>da</strong><br />

9

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