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as aparições da cova da iria - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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A MINHA EXPLICAÇÃO<br />

A correlação <strong>de</strong>stes factos configura a minha versão dos acontecimentos.<br />

A região on<strong>de</strong> se situa a Cova <strong>da</strong> Iria é um chakra <strong>da</strong> Terra por on<strong>de</strong> flui, constantemente, uma<br />

corrente <strong>de</strong> espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Uma pessoa vulgar po<strong>de</strong>rá não sentir os efeitos <strong>de</strong>ssa corrente, m<strong>as</strong> uma criança, ou um adulto<br />

mais sensitivo, po<strong>de</strong>m ter alguns vislumbres <strong>de</strong> pla<strong>no</strong>s superiores que, muito provavelmente, não saberá<br />

interpretar por <strong>de</strong>sconhecer aquilo que hoje em dia se insiste em chamar ciênci<strong>as</strong> ocult<strong>as</strong>. Daí <strong>as</strong> visões<br />

que, pelo me<strong>no</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos dos berberes, se têm produzido na região em causa.<br />

Reportando-me às du<strong>as</strong> <strong>aparições</strong> que ocorreram antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1917, penso que a <strong>da</strong> Senhora<br />

<strong>da</strong> Ortiga é uma len<strong>da</strong>, m<strong>as</strong> a sua origem po<strong>de</strong> ter sido a aparição <strong>de</strong> uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> espiritual a uma<br />

criança; quanto à Santa <strong>da</strong> La<strong>de</strong>ira, embora me incline para uma frau<strong>de</strong>, acredito que a Maria <strong>da</strong><br />

Conceição, cuja compleição física era comum a muitos médiuns femini<strong>no</strong>s, tenha visto uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

mundos subtis, talvez sobre uma carr<strong>as</strong>queira, o que a terá inspirado para fazer <strong>da</strong> La<strong>de</strong>ira do Pinheiro<br />

uma concorrente <strong>de</strong> Fátima.<br />

No que respeita aos Templários, <strong>as</strong> caus<strong>as</strong> <strong>da</strong> sua instalação em Tomar são <strong>de</strong> natureza superior; a<br />

corrente espiritual e anagógica que flui nesta região ter-lhes-á permitido, não só um acesso melhor e mais<br />

fácil aos mundos subtis, como também outr<strong>as</strong> realizações, provavelmente <strong>de</strong> natureza espagírica e<br />

alquímica, m<strong>as</strong> que fazem parte do seu segredo.<br />

Em 1916 e 1917, Lúcia, Jacinta, Francisco, bem como outros peque<strong>no</strong>s vi<strong>de</strong>ntes que não p<strong>as</strong>saram<br />

à história oficial d<strong>as</strong> <strong>aparições</strong>, <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente a Carolina e a Conceição, estavam na i<strong>da</strong><strong>de</strong> em que <strong>as</strong><br />

crianç<strong>as</strong> possuem um certo grau <strong>de</strong> clarividência, neste c<strong>as</strong>o mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pela especifici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

esotericista do local on<strong>de</strong> viviam.<br />

É nest<strong>as</strong> condições que, em 1916, um grupo <strong>de</strong> crianç<strong>as</strong> avistou, <strong>de</strong> forma fugaz e in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>, uma<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos mundos subtis, o vulto <strong>da</strong> Estrumeira.<br />

Em 13 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1917, e <strong>no</strong>s cinco meses seguintes, Lúcia, Jacinta e Francisco avistaram uma<br />

outra enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, a qual, ao invés <strong>da</strong> anterior, conseguiu manifestar-se <strong>de</strong> forma muito mais níti<strong>da</strong> e<br />

completa, talvez por saber utilizar melhor <strong>as</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s ocult<strong>as</strong> <strong>de</strong> uma árvore eixo do mundo.<br />

Lúcia, cuja clarividência era a mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>, foi a única que conseguiu comunicar com a<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong>; para tal, falava <strong>no</strong>rmalmente m<strong>as</strong> a sua interlocutora tinha <strong>de</strong> lhe transmitir telepaticamente a<br />

sua mensagem, que a Jacinta conseguia também captar, embora com maior dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>; <strong>da</strong>í que a Senhora<br />

- continuemos a chamá-la <strong>as</strong>sim – quando falava, mantivesse a boca fecha<strong>da</strong> e não mexesse os lábios, e<br />

Lúcia tivesse feito algum<strong>as</strong> confusões sobre o que lhe era dito. Quanto ao irmão do Francisco, João<br />

Marto, que esteve presente na aparição dos Valinhos, o facto <strong>de</strong> na<strong>da</strong> ter visto leva-me à conclusão <strong>de</strong> que<br />

já teria ultrap<strong>as</strong>sado a f<strong>as</strong>e <strong>da</strong> clarividência infantil ou que nunca a teve, como por vezes suce<strong>de</strong>.<br />

47<br />

* * *<br />

A questão seguinte é saber quem seria a Senhora e o que queria.<br />

A sua <strong>de</strong>scrição física permite supor que tivesse sido uma menina <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> beleza, <strong>de</strong> baixa<br />

estatura, que viveu naquela região - recor<strong>de</strong>-se que se referiu a Vila Nova <strong>de</strong> Ourém como a Al<strong>de</strong>ia,<br />

topónimo há muito caído em <strong>de</strong>suso - e que faleceu em plena juventu<strong>de</strong>; na altura d<strong>as</strong> <strong>aparições</strong>,<br />

encontrar-se-ia, talvez, <strong>no</strong> Primeiro Céu, m<strong>as</strong>, por qualquer razão, quis manifestar-se <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> terre<strong>no</strong> e<br />

contactar crianç<strong>as</strong> como ela fora em vi<strong>da</strong>, <strong>da</strong> mesma i<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> mesma terra.<br />

A Senhora disse às crianç<strong>as</strong> para apren<strong>de</strong>rem a ler, ensi<strong>no</strong>u-lhes uma oração e, principalmente,<br />

insistiu para que rez<strong>as</strong>sem o terço, insistência esta que foi, inegavelmente, a tónica dominante <strong>da</strong> sua<br />

mensagem. Tendo em atenção o valor esotérico <strong>da</strong> repetição <strong>da</strong> prece, penso que <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> estariam na<br />

presença <strong>de</strong> um espírito superior, talvez cristão, m<strong>as</strong> seguramente não católico.

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