15.04.2013 Views

as aparições da cova da iria - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

as aparições da cova da iria - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

as aparições da cova da iria - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Diz Juan G. Atienza ccxxv que um dos principais conventos templários <strong>da</strong> Península Ibérica ficava<br />

situado em San Juan <strong>de</strong> Otero, ou Ucero, na actual C<strong>as</strong>tela e Leão; era um local solitário, longe d<strong>as</strong> rot<strong>as</strong><br />

comerciais e fora dos caminhos dos peregri<strong>no</strong>s, sem valor económico nem militar, uma vez que a<br />

fronteira muçulmana ficava muito para sul. Por que razão quiseram os Templários fixar-se em tal ermo, é<br />

uma pergunta lógica, cuja resposta resi<strong>de</strong> na sua privilegia<strong>da</strong> localização numa cartografia mágica.<br />

Ucero fica situado a 41º 43' <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> <strong>no</strong>rte e 3º 02' <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong> oeste, sobre um eixo vertical<br />

que divi<strong>de</strong> a Península Ibérica em du<strong>as</strong> meta<strong>de</strong>s, e dista, exactamente, 527,127 quilómetros do Cabo<br />

Creus, a Oriente, e do Cabo Finisterra a Oci<strong>de</strong>nte. Se num mapa traçarmos um arco <strong>de</strong> circunferência que,<br />

com centro em Ucero, una os dois cabos, verificaremos que a linha curva, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cruzar o mar, p<strong>as</strong>sa<br />

próximo do monte Puig Major, junto <strong>de</strong> Palma <strong>de</strong> Maiorca, entra <strong>no</strong> continente junto do rio Almaçor, em<br />

Água <strong>de</strong>l Medio, na Província <strong>de</strong> Almeria, atravessa, <strong>de</strong>pois, a comarca <strong>de</strong> Alpujarra, Grana<strong>da</strong>, segue para<br />

a zona <strong>de</strong> Aracena e Fregenal e atinge Fátima - Tomar!<br />

Sob o ponto <strong>de</strong> vista esotérico, tod<strong>as</strong> est<strong>as</strong> regiões oferecem gran<strong>de</strong> interesse. Os cabos Creus e<br />

Finisterra foram, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Pré-História, núcleos <strong>de</strong> alta tradição mágica. Puig Major foi o monte sagrado<br />

dos antigos povos d<strong>as</strong> Baleares, on<strong>de</strong> floresceu uma importante cultura megalítica <strong>de</strong> que restam alguns<br />

vestígios, como o santuário labiríntico <strong>de</strong> Capicorp Vell. Na região <strong>da</strong> actual Província <strong>de</strong> Almeria, entre<br />

os rios Almançor e Ant<strong>as</strong>, terão vivido os Thuata-<strong>de</strong>-Danán, um povo protegido pelo <strong>de</strong>us Lug, <strong>de</strong>tentor<br />

<strong>da</strong> gran<strong>de</strong> magia branca dos Atlantes ccxxvi ; ain<strong>da</strong> hoje se po<strong>de</strong>m ver, em povoações como Mojácar,<br />

<strong>de</strong>senhos que representam divin<strong>da</strong><strong>de</strong>s mágic<strong>as</strong> <strong>de</strong> origem fenícia ccxxvii . Alpujarra é uma d<strong>as</strong> comarc<strong>as</strong><br />

mais <strong>de</strong>terminantes do sentimento mágico an<strong>da</strong>luz, cujo carácter sagrado era já reconhecido na época<br />

muçulmana; é uma região on<strong>de</strong> corre a tradição milagreira <strong>de</strong> imagens e santuários, a par d<strong>as</strong> águ<strong>as</strong><br />

medicinais outrora consi<strong>de</strong>rad<strong>as</strong> mágic<strong>as</strong> ccxxviii . Em Aracena, temos <strong>as</strong> célebres e majestos<strong>as</strong> grut<strong>as</strong>, cujo<br />

significado e utili<strong>da</strong><strong>de</strong> esotérica veremos um pouco mais à frente; trinta quilómetros a <strong>no</strong>rte fica Fregenal,<br />

palco <strong>de</strong> lend<strong>as</strong> ocult<strong>as</strong> e <strong>de</strong> alguns fenóme<strong>no</strong>s religiosos, o principal dos quais terá sido a eclosão dos<br />

Iluminados <strong>de</strong> Llerena ccxxix . A seguir, Tomar, ou Fátima.<br />

Diz Juan G. Atienza que "se procedêssemos a um inventário (…) dos lugares on<strong>de</strong>, <strong>no</strong>s últimos<br />

séculos, se produziram fenóme<strong>no</strong>s insólitos e incompreensíveis <strong>de</strong> tipo mágico-sagrado, como <strong>aparições</strong><br />

virginais, cur<strong>as</strong> milagros<strong>as</strong>, observações invulgares <strong>de</strong> OVNI, <strong>da</strong>nç<strong>as</strong> solares e histeri<strong>as</strong> religios<strong>as</strong><br />

colectiv<strong>as</strong>, verificaríamos que, numa eleva<strong>da</strong> percentagem, há antigos enclaves templários - c<strong>as</strong>telos,<br />

capel<strong>as</strong> ou <strong>no</strong>tícia <strong>de</strong> comend<strong>as</strong> - n<strong>as</strong> imediações" ccxxx , lugares esses - acrescentaria eu - cujo clima<br />

esotérico e espiritual, <strong>de</strong>nunciado pela tradição, lhes permitia um melhor e mais aprofun<strong>da</strong>do<br />

conhecimento dos mundos subtis.<br />

É, sem dúvi<strong>da</strong>, o c<strong>as</strong>o <strong>da</strong> região <strong>da</strong> Serra <strong>de</strong> Aire; <strong>da</strong>í que em 1 <strong>de</strong> Março 1160, dia que até 1564<br />

era o primeiro do a<strong>no</strong> legal, Gualdim Pais tenha colocado a primeira pedra do c<strong>as</strong>telo <strong>de</strong> Tomar e, pouco<br />

<strong>de</strong>pois, tenha man<strong>da</strong>do erguer uma magnífica charola, inspira<strong>da</strong> <strong>no</strong> Templo do Santo Sepúlcro, em<br />

Jerusalém, com a forma <strong>de</strong> um octógo<strong>no</strong>, do qual saem <strong>de</strong>z<strong>as</strong>seis arcos que suportam o <strong>de</strong>ambulatório<br />

circun<strong>da</strong>nte ccxxxi . No século XVI esta construção foi a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> a capela-mor <strong>da</strong> igreja manuelina, cuja<br />

famosa janela <strong>da</strong> c<strong>as</strong>a do Capítulo, apresenta <strong>no</strong> seu interior, entre outros motivos, uma alcachofra, flor<br />

cujo simbolismo estabelece um traço <strong>de</strong> união com a rosa dos <strong>Rosacruz</strong>es; acresce, ain<strong>da</strong>, que <strong>no</strong> piso<br />

inferior do Claustro <strong>da</strong> Lavagem, on<strong>de</strong> <strong>no</strong> século XV teriam lugar cerimóni<strong>as</strong> iniciátic<strong>as</strong>, <strong>as</strong> pedr<strong>as</strong><br />

angulares estão <strong>de</strong>corad<strong>as</strong> com uma rosa sobreposta a uma cruz.<br />

De facto, est<strong>as</strong> construções são ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ir<strong>as</strong> preciosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>no</strong> campo <strong>da</strong> simbologia cósmica. Diz<br />

Maurice Guinguand ccxxxii que, se invertermos a planta do c<strong>as</strong>telo sobre a carta do céu levanta<strong>da</strong>, não <strong>no</strong><br />

dia 1 <strong>de</strong> Março, m<strong>as</strong> <strong>no</strong> dia 12 - diferença esta que permite compensar o <strong>de</strong>svio entretanto provocado pela<br />

precessão dos esquinócios - verificaremos que existe uma perfeita coincidência entre o <strong>de</strong>senho e divers<strong>as</strong><br />

constelações: a charola, por exemplo, correspon<strong>de</strong> à Ursa Me<strong>no</strong>r, a torre quadrangular <strong>de</strong> su<strong>de</strong>ste à Ursa<br />

Maior; e a torre pentagonal ao Boieiro; Arcturo, a sua estrela principal, situa-se na objectiva do<br />

miradouro, em direcção ao convento <strong>de</strong> Santa Iria; a constelação <strong>da</strong> Virgem coinci<strong>de</strong> com a capela <strong>de</strong><br />

Nossa Senhora do Olival, ou d<strong>as</strong> Oliveir<strong>as</strong>; a única torre redon<strong>da</strong> correspon<strong>de</strong> a Câncer e Navio, um<br />

presságio d<strong>as</strong> futur<strong>as</strong> <strong>de</strong>scobert<strong>as</strong>, às quais Tomar está liga<strong>da</strong>, etc.<br />

41

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!