as aparições da cova da iria - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...
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Uma análise, mesmo superficial, <strong>de</strong>sta versão levanta algum<strong>as</strong> interrogações óbvi<strong>as</strong>.<br />
1. Se os falsos vi<strong>de</strong>ntes estavam mancomunados com os sacerdotes e seriam os únicos que <strong>iria</strong>m ver e<br />
ouvir Nossa Senhora, então que necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> havia <strong>de</strong> fazer participar <strong>no</strong> embuste uma estranha ou<br />
uma imagem ?<br />
2. M<strong>as</strong> se <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> foram, também, vítim<strong>as</strong> do embuste e intrujad<strong>as</strong> pela esposa do coronel Genipro,<br />
ou pela imagem, então que truque <strong>de</strong> ilusionismo usaram os padres para que tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que, a<br />
partir <strong>de</strong> Junho, p<strong>as</strong>saram a ir à Cova <strong>da</strong> Iria, não vissem a falsa Nossa Senhora ?<br />
3. Suponhamos, agora, que foi a esposa do coronel Genipro que se fez p<strong>as</strong>sar por Nossa Senhora; como<br />
foi possível, na última aparição, empoleirar-se <strong>no</strong> peque<strong>no</strong> cepo a que os coleccionadores <strong>de</strong> relíqui<strong>as</strong><br />
tinham reduzido a carr<strong>as</strong>queira? E não será ridículo imaginar um oficial superior do Exército, portanto<br />
um homem <strong>de</strong> meia i<strong>da</strong><strong>de</strong>, c<strong>as</strong>ado com uma menina <strong>de</strong> quinze a<strong>no</strong>s, com um metro e <strong>de</strong>z <strong>de</strong> altura?!<br />
4. Quanto ao milagre do sol, é óbvio o esforço <strong>de</strong> Tomáz <strong>da</strong> Fonseca em diluir a sua explicação na<br />
<strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> idêntic<strong>as</strong> visões que o Papa Pio XII terá tido, <strong>no</strong> Vatica<strong>no</strong>, em 1950 cci , <strong>de</strong> forma a não ter<br />
<strong>de</strong> explicar como os três padres conseguiram convencer cerca <strong>de</strong> 50.000 pesso<strong>as</strong> <strong>de</strong> que o sol<br />
rodopiou três vezes e qu<strong>as</strong>e lhes caiu n<strong>as</strong> cabeç<strong>as</strong>. Quanto ao Padre Mário <strong>de</strong> Oliveira, limita-se a<br />
explicá-lo como um acto pagão …<br />
Em suma, a versão do embuste, ou melhor, esta versão, é tão incrível quanto a <strong>da</strong> Igreja...<br />
A VERSÃO OVNI<br />
Fina d'Arma<strong>da</strong>, pseudónimo <strong>de</strong> uma professora <strong>de</strong> História n<strong>as</strong>ci<strong>da</strong> <strong>no</strong> Minho em 1945, e Joaquim<br />
Fernan<strong>de</strong>s, estudiosos do chamado fenóme<strong>no</strong> ONVI, são os gran<strong>de</strong>s apologist<strong>as</strong> <strong>de</strong>sta versão, a qual se<br />
po<strong>de</strong> resumir <strong>no</strong>s seguintes traços gerais.<br />
Na sequência do que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tempos imemoriais, têm vindo a fazer, uns extraterrestres, que Fina<br />
d'Arma<strong>da</strong> <strong>de</strong>signa Ourania<strong>no</strong>s ccii , proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> algures <strong>no</strong> Espaço, quiseram contactar-<strong>no</strong>s, <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo, a<br />
fim <strong>de</strong> <strong>no</strong>s <strong>de</strong>ixar mais uma mensagem <strong>de</strong> paz.<br />
Como "possuem aparelhagem sofistica<strong>da</strong> que lhes permite saber tudo o que preten<strong>de</strong>m<br />
[<strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente] um<strong>as</strong> pequen<strong>as</strong> luzes - a que [os ovnilogist<strong>as</strong> chamam] «olhos voadores» ou foofighters<br />
[que] atravessam pare<strong>de</strong>s, filmam, lêem " cciii , etc., escolheram três crianç<strong>as</strong> <strong>de</strong> um lugarejo <strong>da</strong><br />
Serra <strong>de</strong> Aire para um encontro imediato do terceiro grau.<br />
Houve, porém, que previamente <strong>as</strong> preparar <strong>de</strong> forma a "a<strong>da</strong>ptar os seus sentidos para verem uma<br />
Senhora que mais ninguém via, para comunicarem com ela, etc." ; para tal, enviaram uma espécie <strong>de</strong><br />
precursor, o Anjo <strong>da</strong> Paz, ou Anjo <strong>de</strong> Portugal, que ministrou às crianç<strong>as</strong> uma «comunhão», isto é, "uma<br />
substância semelhante a qualquer droga necessária à preparação [dos vi<strong>de</strong>ntes, os quais terão] perdido<br />
a memória, como tant<strong>as</strong> vezes acontece em ovnilogia " cciv .<br />
E Fina d'Arma<strong>da</strong> dá, como exemplo, o c<strong>as</strong>o ocorrido em 1974, em Aisne, França, em que "um<br />
motociclista (…) encontrou dois cosmonaut<strong>as</strong> (…) um dos quais lhe apresentou um pe<strong>da</strong>ço <strong>de</strong> substância<br />
com cerca <strong>de</strong> um centímetro quadrado" que o homem comeu; mais tar<strong>de</strong>, caiu num estado <strong>de</strong>pressivo<br />
acentuado e nunca mais quis falar <strong>no</strong> <strong>as</strong>sunto. Já em 1969, <strong>no</strong> Br<strong>as</strong>il, acrescenta a autora, um sol<strong>da</strong>do<br />
tinha sido levado para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um OVNI on<strong>de</strong> ingeriu uma bebi<strong>da</strong> amarga que lhe provocou a "visão <strong>de</strong><br />
um homem que, amigavelmente, lhe revelou cois<strong>as</strong> que ele não po<strong>de</strong>ria transmitir a ninguém antes <strong>de</strong><br />
<strong>no</strong>v<strong>as</strong> instruções" ccv . Para esta ovnilogista fica, <strong>as</strong>sim, perfeitamente explica<strong>da</strong> a aparição do Anjo <strong>de</strong><br />
Portugal e o mistério <strong>da</strong> hóstia e do sangue que os candi<strong>da</strong>tos a vi<strong>de</strong>ntes comeram e beberam.<br />
Termina<strong>da</strong> a f<strong>as</strong>e preparatória, uma gran<strong>de</strong> nave, oculta numa nuvem, <strong>de</strong>slocou-se à Cova <strong>da</strong> Iria<br />
e teletransportou uma extraterrestre para cima <strong>de</strong> uma carr<strong>as</strong>queira. E <strong>as</strong>sim começaram <strong>as</strong> <strong>aparições</strong> <strong>de</strong><br />
1917...<br />
Fina d'Arma<strong>da</strong> prossegue a fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> sua tese com inúmer<strong>as</strong> e <strong>de</strong>talhad<strong>as</strong> informações<br />
sobre os extraterrestres e a sua tec<strong>no</strong>logia, problemática esta com a qual se mostra perfeitamente<br />
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