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as aparições da cova da iria - Fraternidade Rosacruz no Rio de ...

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Deus a <strong>as</strong>sistência do Divi<strong>no</strong> Espírito Santo que [sente] sugerindo- [lhe] o que [<strong>de</strong>ve] escrever ou<br />

dizer” cxxxi .<br />

A Irmã Lúcia viveu cinquenta e sete a<strong>no</strong>s <strong>no</strong> Carmelo <strong>de</strong> Santa Teresa, em Coimbra, on<strong>de</strong> dividia<br />

o seu tempo entre a oração e a meditação, pequen<strong>as</strong> taref<strong>as</strong>, leitura e correspondência e tinha na sua cela<br />

um computador ! cxxxii<br />

Desta correspondência não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir três cart<strong>as</strong> extraordinári<strong>as</strong>: uma, envia<strong>da</strong> a<br />

Américo Tomás, pedia que proibisse o uso <strong>de</strong> fatos <strong>de</strong> banho curtos, por ofen<strong>de</strong>rem a Virgem; outra,<br />

dirigi<strong>da</strong> ao Car<strong>de</strong>al Cerejeira, recomen<strong>da</strong>va “que abolisse em Portugal <strong>as</strong> fest<strong>as</strong> profan<strong>as</strong> <strong>no</strong>s di<strong>as</strong> do<br />

Carnaval, porque N. Senhor <strong>de</strong>sejava-<strong>as</strong> substituíd<strong>as</strong> por orações e sacrifícios e preces públic<strong>as</strong> pel<strong>as</strong><br />

ru<strong>as</strong> ” cxxxiii ; a última, en<strong>de</strong>reça<strong>da</strong> em 1971 a Marcelo Caeta<strong>no</strong>, pedia que se legisl<strong>as</strong>se <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> ser<br />

obrigatória a modéstia <strong>no</strong> trajar, sobretudo <strong>da</strong> mulher, a qual não po<strong>de</strong>ria vestir como os homens, usar<br />

roup<strong>as</strong> transparentes, sai<strong>as</strong> acima do joelho, ou <strong>de</strong>cotes abaixo <strong>da</strong> clavícula mais <strong>de</strong> três centímetros, e<br />

que est<strong>as</strong> disposições fossem extensiv<strong>as</strong> a tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> estrangeir<strong>as</strong> que viessem a Portugal ! cxxxiv<br />

Jacinta<br />

A Irmã Lúcia retrata-a, n<strong>as</strong> Memóri<strong>as</strong>, como uma criança sensível, <strong>de</strong> alma <strong>de</strong>lica<strong>da</strong>, cheia <strong>de</strong><br />

amor a Cristo Crucificado, sempre <strong>de</strong>sejosa <strong>de</strong> se sacrificar pela conversão dos pecadores; <strong>da</strong>va a sua<br />

meren<strong>da</strong> às ovelh<strong>as</strong> ou aos pobres; se tinha se<strong>de</strong>, não bebia por intenção dos pecadores, m<strong>as</strong> se o fazia,<br />

então preferia água suja e salobra à pura e fresca; gostava que os pais lhe batessem; se lhe doía a cabeça,<br />

sentia-se feliz porque podia oferecer esse sacrifício pelos pecadores; se tinha dores <strong>no</strong> peito, não se<br />

queixava para sofrer pela conversão dos pecadores, etc. cxxxv<br />

Para além d<strong>as</strong> vezes que, em 1917, terá visto, sozinha, a Senhora, a Irmã Lúcia diz que a prima<br />

recebeu a visita <strong>de</strong> Nossa Senhora outr<strong>as</strong> três vezes. A primeira foi em sua c<strong>as</strong>a, estavam já ela e o irmão<br />

doentes; Nossa Senhora disse-lhe que em breve v<strong>iria</strong> buscar o Francisco para o céu e perguntou-lhe “se<br />

queria ain<strong>da</strong> converter mais pecadores”; a pobre criança disse logo que sim e a piedosa visitante<br />

informou-a <strong>de</strong> que <strong>iria</strong> para um hospital cxxxvi , que <strong>iria</strong> sofrer muito e “que sofresse pela conversão dos<br />

pecadores, em reparação dos pecados contra o Imaculado Coração <strong>de</strong> Maria e por amor <strong>de</strong> Jesus” Na<br />

segun<strong>da</strong> visita, também em sua c<strong>as</strong>a, Nossa Senhora anunciou-lhe “<strong>no</strong>v<strong>as</strong> cruzes e sacrifícios” e,<br />

certamente para a animar, informou-a <strong>de</strong> que <strong>iria</strong> para Lisboa, para outro hospital, que não tornaria a ver<br />

a Lúcia nem os pais e que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sofrer muito, morreria sozinha! A última visita teve lugar já <strong>no</strong><br />

Hospital <strong>de</strong> D. Estefânia e serviu, apen<strong>as</strong>, para Nossa Senhora informar a <strong>de</strong>sgraça<strong>da</strong> criança <strong>da</strong> hora e<br />

dia em que <strong>iria</strong> morrer ! cxxxvii<br />

Um parêntesis para um <strong>de</strong>sabafo - é <strong>de</strong> todo inconcebível que, em ple<strong>no</strong> sec. XX, ain<strong>da</strong> pu<strong>de</strong>sse<br />

haver na Igreja Católica quem fosse capaz, não só <strong>de</strong> imaginar tamanh<strong>as</strong> atroci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, m<strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>as</strong> atribuir à<br />

chama<strong>da</strong> Mãe <strong>de</strong> Deus; porém, ain<strong>da</strong> mais inconcebível é a própria Igreja, pelo imprimatur <strong>de</strong> um dos<br />

seus prelados, sancionar tais monstruosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s!<br />

Jacinta teve outr<strong>as</strong> visões. Viu o Papa numa c<strong>as</strong>a muito gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong> joelhos, a chorar, enquanto <strong>no</strong><br />

exterior uma multidão o insultava e apedrejava; mais tar<strong>de</strong> viu estrad<strong>as</strong>, caminhos e campos cheios <strong>de</strong><br />

gente a chorar, com fome e o Papa a rezar numa igreja, diante do Imaculado Coração <strong>de</strong> Maria cxxxviii .<br />

M<strong>as</strong> Jacinta teve, também, os seus “segredos”. Diz monsenhor José Geral<strong>de</strong>s Freire em O Segredo<br />

<strong>de</strong> Fátima, que a criança, quando esteve em Lisboa, fez du<strong>as</strong> recomen<strong>da</strong>ções urgentes em <strong>no</strong>me <strong>de</strong> Nosso<br />

Senhor, uma à Madre Godinho, directora do Orfanato <strong>de</strong> Nossa Senhora dos Milagres, on<strong>de</strong> esteve até<br />

baixar ao Hospital <strong>de</strong> D. Estefânia, e outra ao Cónego Formigão. Na primeira, Jacinta pedia à religiosa<br />

que dissesse ao Papa “que o mundo [estava] agitado, e que Nossa Senhora já não [podia] conter o braço<br />

do seu Amado Filho, muito ofendido pelos pecados que se [faziam] <strong>no</strong> mundo; m<strong>as</strong> se o mundo resolvesse<br />

ain<strong>da</strong> fazer penitência, Ela ain<strong>da</strong> lhe v<strong>iria</strong> a valer, m<strong>as</strong> <strong>no</strong> c<strong>as</strong>o contrário, o c<strong>as</strong>tigo ca<strong>iria</strong> infalivelmente<br />

sobre ele, por ter faltado à obediência ao Santo Padre” cxxxix .Na segun<strong>da</strong>, alertava para o facto <strong>de</strong><br />

“Nosso Senhor [estar] profun<strong>da</strong>mente indignado com os pecados e crimes que se [cometiam] em<br />

Portugal. Por isso, um terrível cataclismo <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social [ameaçava] o <strong>no</strong>sso País e principalmente a<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa. [Desenca<strong>de</strong>ar-se-ia] (…) uma guerra civil <strong>de</strong> carácter anarquista ou comunista,<br />

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