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GEOMORFOLOGIA - seplan - Governo do Estado do Tocantins

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Zoneamento Ecológico-Econômico Geomorfologia - SB.22-Z-B (Xambioá)<br />

de superimposição. Reflexos da tectônica quebrante<br />

também podem ser senti<strong>do</strong>s na imposição direcional <strong>do</strong><br />

rio Corda, bem como na sucessão de angularidades <strong>do</strong><br />

seu baixo curso.<br />

Verifica-se ainda que tanto o processo de superimposição<br />

favorecida pela tectônica quebrante quanto o<br />

desenvolvimento de drenagem anaclinal no interior das<br />

<strong>do</strong>bras (core das serras Ametista, <strong>do</strong> Bo<strong>do</strong>có e <strong>do</strong> Sororó)<br />

contribuíram para o esvaziamento <strong>do</strong> anticlinal,<br />

originan<strong>do</strong> relevo <strong>do</strong> tipo apalacheano.<br />

Logo a saída de Xambioá (BR-153) tem-se área de relevo<br />

disseca<strong>do</strong> em formas aguçadas contornan<strong>do</strong> a estrutura<br />

circular de rochas proterozóicas representadas pela<br />

Formação Morro <strong>do</strong> Campo, denominada serra <strong>do</strong> Sororó.<br />

O aspecto mais interessante foi a visualização <strong>do</strong>s<br />

reversos <strong>do</strong>s hog-backs, cujos fronts estão volta<strong>do</strong>s para<br />

o interior da estrutura circular, topograficamente rebaixada,<br />

o que foi possível observar, já que a estrada passa em<br />

seu interior. A parte referente ao reverso <strong>do</strong>s hog-backs<br />

chamou a atenção pelo forte mergulho para Sul,<br />

configuran<strong>do</strong> níti<strong>do</strong>s “paredões” rochosos que se<br />

destacam na paisagem, conforme observa<strong>do</strong> na Foto 4.<br />

Ao longo da ro<strong>do</strong>via BR-153, nas imediações da serra<br />

<strong>do</strong> Sororó, constata-se a presença de cascalheiras,<br />

evidencian<strong>do</strong> a atuação de um paleocanal, representa<strong>do</strong><br />

por material constituí<strong>do</strong> de grânulos e seixos de quartzo<br />

grosseiros, individualizan<strong>do</strong> cascalheira de<br />

aproximadamente 2m de espessura, inumada por colúvio<br />

(Foto 5). Ainda nas proximidades da serra <strong>do</strong> Sororó<br />

observam-se estruturas ruiniformes em quartzitos da<br />

Formação Morro <strong>do</strong> Campo (Foto 6).<br />

Na estrada Xambioá-Wanderlândia (BR-153) transgridem-<br />

se por várias formações rochosas: Formação Xambioá e<br />

Morro <strong>do</strong> Campo (Proterozóicas), Formação Pimenteiras,<br />

Piauí, Pedra de Fogo (Devonianas e Permo-Triássicas),<br />

e Formação Sambaíba (Triássica).<br />

Tal variação litológica nem sempre coincide com o<br />

comportamento morfológico, mas os traços gerais da<br />

paisagem denotam algum condicionamento no que se<br />

refere às formas das vertentes. Assim, por exemplo, as<br />

rochas da Formação Xambioá, no contato com a<br />

Formação Pimenteiras, originam formas aguçadas<br />

(cristas), dispostas em longa faixa de senti<strong>do</strong> longitudinal,<br />

que sobressaem em observações de escala regional.<br />

13<br />

No trecho entre a serra <strong>do</strong> Bo<strong>do</strong>có e a Fazenda Califórnia<br />

(paralelo a ro<strong>do</strong>via BR-153) prevalecem vertentes de<br />

formas fortemente convexizadas a aguçadas.<br />

A forte declividade da área responde pelo <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s<br />

Solos Litólicos Distróficos e Eutróficos associa<strong>do</strong>s a<br />

Podzólicos Vermelho-amarelo Pedregoso Distróficos e<br />

Eutróficos (TOCANTINS, 2002b).<br />

A cobertura vegetal, da mesma forma, reflete os efeitos<br />

morfope<strong>do</strong>lógicos, registran<strong>do</strong>-se o <strong>do</strong>mínio da Floresta<br />

Ombrófila Densa Submontana (TOCANTINS, 2002a) nas<br />

estruturas circulares e <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> Típico nas faixas de<br />

<strong>do</strong>bramentos longitudinais. Enquanto a primeira refere-<br />

se a uma floresta pluvial tropical, em parte justificada<br />

pela presença <strong>do</strong>s Podzólicos Vermelho-Amarelo<br />

subordina<strong>do</strong>s, a região de Cerra<strong>do</strong>s pode ser explicada<br />

pelas restrições pe<strong>do</strong>lógicas que implicam fenômeno<br />

oligotrófico.<br />

2.4.2 - Depressão <strong>do</strong> Araguaia<br />

A denominação dessa Unidade decorre em função de<br />

seu posicionamento topográfico mais baixo em relação<br />

às demais Unidades geomorfológicas da área. Trata-se<br />

de uma superfície de aplainamento degradada em<br />

conseqüência de mudança <strong>do</strong> sistema morfogenético,<br />

onde se observam diferentes graus de dissecação.<br />

Aparece freqüentemente mascarada, inumada por<br />

cobertura detrítica e/ou de alteração constituída por<br />

couraças e/ou latossolos e as vezes desnudada em<br />

conseqüência de exumação de camada sedimentar ou<br />

de limpeza de cobertura preexistente.<br />

A Depressão <strong>do</strong> Araguaia é a unidade de maior<br />

distribuição espacial da Folha Xambioá no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Tocantins</strong>. Ela é seccionada na direção longitudinal pelo<br />

Planalto Residual <strong>do</strong> Araguaia (formas aguçadas). A<br />

Leste deste planalto ocorre a presença de formas<br />

tabulares com vários índices de vulnerabilidade (t1.4, t1.5,<br />

t1.6), enquanto na parte oeste são observadas formas<br />

suavemente convexas (c1.4, c1.6, c1.7 e c1.8).<br />

A Unidade caracteriza-se por altitudes médias de 200m,<br />

com caimento geral para NW, chegan<strong>do</strong> a<br />

aproximadamente 160m na sub-bacia <strong>do</strong> ribeirão<br />

Curicacas, acompanhan<strong>do</strong> a calha <strong>do</strong> Araguaia. As<br />

maiores altitudes correspondem às formas residuais<br />

(morros testemunhos) localizadas no inicio da depressão

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