15.04.2013 Views

GEOMORFOLOGIA - seplan - Governo do Estado do Tocantins

GEOMORFOLOGIA - seplan - Governo do Estado do Tocantins

GEOMORFOLOGIA - seplan - Governo do Estado do Tocantins

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Zoneamento Ecológico-Econômico Geomorfologia - SB.22-Z-B (Xambioá)<br />

2.1 – Trabalhos anteriores<br />

Com relação a trabalhos anteriores em Geomorfologia<br />

destaca-se o levantamento de caráter regional realiza<strong>do</strong><br />

por BOAVENTURA (1974) na escala 1:1.000.000,<br />

referente à Folha SB-22-Araguaia e parte da Folha SC-<br />

22-<strong>Tocantins</strong>, na qual se insere a presente Folha. Os<br />

demais trabalhos, cita<strong>do</strong>s por diferentes autores, referem-<br />

se, principalmente, às questões de natureza geológica<br />

regional, nos quais se observam algumas considerações<br />

geomorfológicas a respeito. Dentre os trabalhos de<br />

cunho geológico regional destacam-se os de ALMEIDA<br />

(1967), que trata da evolução da Plataforma Brasileira e<br />

de ALMEIDA (1974), relativo ao sistema tectônico <strong>do</strong><br />

Craton <strong>do</strong> Guaporé. Merecem ainda consideração os<br />

trabalhos de BARBOSA et al. (1966), que trata das<br />

condições geológicas no Projeto Araguaia, bem como<br />

BARBOSA et al. (1972) concernente a região <strong>do</strong><br />

<strong>Tocantins</strong>-São Francisco.<br />

AB’SABER (1967) desenvolveu trabalho relativo aos<br />

problemas geomorfológicos da Amazônia brasileira.<br />

Ressalta-se também os estu<strong>do</strong>s desenvolvi<strong>do</strong>s por KING<br />

(1956), concernentes aos níveis de aplainamento,<br />

adapta<strong>do</strong>s por BRAUN (1971) para a região central <strong>do</strong><br />

Brasil, os quais contribuíram para o entendimento <strong>do</strong><br />

processo evolutivo <strong>do</strong> relevo.<br />

Com relação aos aspectos morfogenéticos da região <strong>do</strong><br />

Cerra<strong>do</strong>, destacam-se os trabalhos de RUELLAN (1953),<br />

sobre o papel das enxurradas no modela<strong>do</strong> <strong>do</strong> relevo<br />

brasileiro e de CHRISTOFOLETTI (1966), a propósito da<br />

Geografia Física <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong>.<br />

BOAVENTURA (1974) foi o que melhor tratou a questão<br />

geomorfológica regional, oferecen<strong>do</strong> o primeiro<br />

mapeamento sistemático na escala 1:1.000.000. Tal<br />

2<br />

Características Geomorfológicas<br />

7<br />

autor correlacionou o nível de aplainamento <strong>do</strong>s topos<br />

das serras Cubencranquém e <strong>do</strong> Estron<strong>do</strong>, na Folha SB-<br />

22-Araguaia e parte da Folha SC-22-<strong>Tocantins</strong>, ao<br />

pediplano pliocênico identifica<strong>do</strong> por BARBOSA,<br />

BOAVENTURA & PINTO (1973) nas partes altas da<br />

Bacia Piaui-Maranhão e discutiu a possibilidade desse<br />

aplainamento ter reelabora<strong>do</strong> um nível erosivo mais antigo<br />

de idade pré-cretácica. MELO & FRANCO (1980), na<br />

Folha contígua a Oeste (SC.21 Juruena), não<br />

encontraram confirmação da reelaboração dessa<br />

superfície pré-cretácica na área e teceram considerações<br />

sobre diques de diabásio de idade juracretácica,<br />

existentes na chapada <strong>do</strong> Cachimbo. Esses diques<br />

encontravam-se parcial ou totalmente exuma<strong>do</strong>s,<br />

caracterizan<strong>do</strong> uma fase erosiva pós-cretácica, sen<strong>do</strong><br />

provavelmente a mesma pediplanação pliocênica<br />

delineada por BOAVENTURA (1974).<br />

BOAVENTURA (1974) identificou somente as formas de<br />

relevo (aplanadas, dissecadas, estruturais e de<br />

acumulação) e não mapeou as Unidades<br />

geomorfológicas. Observa-se que nos levantamento de<br />

BOAVENTURA (1974) a meto<strong>do</strong>logia utilizada não<br />

contemplava as relações taxonômicas tratadas<br />

anteriormente, o que proporcionou mapeamento<br />

fundamenta<strong>do</strong> exclusivamente nos grandes<br />

compartimentos defini<strong>do</strong>s pela tipologia <strong>do</strong> modela<strong>do</strong><br />

Três níveis de aplainamento foram identifica<strong>do</strong>s na região<br />

<strong>do</strong> Bico <strong>do</strong> Papagaio: (i) o nível de cimeira, apresentan<strong>do</strong><br />

correspondência altimétrica e proximidade com a área<br />

analisada por MELO & FRANCO (1980), o que<br />

possibilitou uma extrapolação que permitiu datá-lo com<br />

idade pós-cretácica; (ii) o nível intermediário,<br />

representa<strong>do</strong> pelo nível mais baixo <strong>do</strong> Planalto <strong>do</strong>s<br />

Parecis, cuja cobertura constitui a Formação Araguaia<br />

(Plioceno), data<strong>do</strong> como pliopleistocênico; (iii) e o piso

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!