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P a i n E l i<br />
Gerardo Gadea afirma que o Uruguai precisa vender produtos de maior valor agregado<br />
com maior valor tecnológico, os produtos<br />
do país. “Queremos, naturalmente,<br />
aumentar o fluxo de comércio com<br />
o Brasil. Estamos vendendo muito bem<br />
para os brasileiros, mas necessitamos<br />
exportar produtos de maior valor agregado”,<br />
comentou. Ele pediu, ainda, que<br />
empresários brasileiros confiem no país,<br />
pois o Uruguai está apto a receber investimentos.<br />
“O Brasil será, em breve, uma<br />
das locomotivas econômicas mundial.<br />
“O Brasil será, em breve, uma das locomotivas<br />
econômicas mundial. Por isso, queremos<br />
que a complementaridade produtiva em<br />
indústrias, para que, assim, o Mercosul se<br />
fortaleça”<br />
Gerardo Gardea<br />
Por isso, queremos que a complementaridade<br />
produtiva em indústrias,<br />
para que, assim, o Mercosul se fortaleça.<br />
Ambos os países podem se desenvolver<br />
economicamente de maneira muito<br />
mais forte”, avaliou o vice-ministro<br />
20 Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos B r a s i l • U r U g U a i<br />
uruguaio. Em seguida, ele passou a palavra<br />
Roberto Bennett., gerente -geral do<br />
Instituto “Uruguai XXI” – Montevidéu<br />
Investimentos bilaterais<br />
Bennett disse que faria a sua exposição<br />
sobre a situação das relações bilaterais<br />
através de cifras. Nesse contexto, ele apresentou,<br />
de início, um estudo em relação às<br />
exportações uruguaias ao Brasil, do período<br />
que vai de 2000 até agosto de 2008.<br />
“Podemos ver que, efetivamente, há um<br />
aumento, uma progressão”, disse. Pela<br />
classificação de conteúdo tecnológico dos<br />
produtos existentes na pauta, verificou-se<br />
que a ênfase majoritária das exportações<br />
uruguaias está em produtos primários,<br />
representando 38%. “Os produtos com<br />
alto conteúdo tecnológico representam<br />
porcentagens insignificantes. O que o<br />
Uruguai importa do Brasil, no mesmo período<br />
(2000-2007) são produtos de médio<br />
e baixo conteúdo tecnológico, que somam<br />
mais de 50% de tudo o que os brasileiros<br />
vendem para nós. Essa tendência continua<br />
aumentando nos últimos anos”, enfatizou.<br />
Presença brasileira<br />
Ele apresentou, em seguida, um gráfico<br />
que mostra os principais setores com<br />
presença de capital brasileiro no Uruguai.<br />
Os investimentos em ativos existentes<br />
no país vizinho estão dentro dos<br />
setores de bebidas, energia, frigoríficos<br />
de carne bovina, siderurgia, financeiro<br />
e moinhos de arroz. Ele informou que<br />
o Brasil entrou no setor de bebidas no<br />
Uruguai por intermédio da aquisição da<br />
cervejaria argentina Quilmes, por parte<br />
da AmBev. Dessa forma, a empresa brasileira<br />
passou a comandar as cervejarias<br />
uruguaias presentes no país, que antes<br />
pertenciam à empresa argentina de cerveja.<br />
Atualmente, de acordo com Bennett,<br />
a AmBev responde por 98% do<br />
mercado de bebidas do Uruguai. Já no<br />
setor de energia, a Petrobras adquiriu<br />
a companhia de gás Gaseba y Conecta,<br />
responsável pela distribuição de gás no<br />
país e comprou, também, 85 postos de<br />
serviços da Shell. Quanto a investimentos<br />
em frigoríficos, ele informou que<br />
o grupo Marfrig comprou frigoríficos<br />
uruguaios Tacuarembó, La Caballada,<br />
Elbio Pérez Rodríguez, Establecimientos<br />
Colônia Noblemark. Com essas<br />
aquisições, o grupo Marfrig passou a<br />
dominar 40% do mercado de processamento<br />
de carne no Uruguai. Ele informou,<br />
ainda, que grupo brasileiro Bertin<br />
entrou no Uruguai através da compra<br />
do frigorífico Canelones.<br />
No setor de moinhos de arroz, a compra<br />
da empresa Saman por parte do<br />
Grupo Camil Alimentos, pelo valor de<br />
US$ 160 milhões, fez com que a empresa<br />
brasileira se tornasse a principal<br />
companhia do setor arrozeiro uruguaio<br />
e o segundo maior exportador do país<br />
em 2007. “Essa aquisição implicou na<br />
compra da empresa Samu S.A., subsidiária<br />
da Saman, e a empresa Arrozur<br />
S.A. (47%).<br />
Em relação ao setor financeiro, a compra<br />
do Banco de Boston pelo Banco Itaú<br />
fez com que a instituição bancária brasileira<br />
assumisse 6,4% de participação de<br />
volume de ativos do sistema bancário do<br />
Uruguai. Gerdau (siderurgia) Neditec<br />
(têxtil) e a Compañía de Aguas Cisplatina<br />
(água mineral) são empresas de capi-