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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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os <strong>de</strong>mônios, se abririam a sentimentos <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> e carida<strong>de</strong>.<br />

A cana representa a humilda<strong>de</strong>, porque, segundo o comentário<br />

do Car<strong>de</strong>al Hugo, quem é humil<strong>de</strong> julga-se vazio ou<br />

<strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> méritos; o junco representa a carida<strong>de</strong> porque,<br />

segundo o mesmo intérprete, em algumas regiões serve <strong>de</strong><br />

mecha a ar<strong>de</strong>r as lâmpadas.<br />

Numa palavra, quando recorremos a <strong>Jesus</strong> Cristo, encontramos<br />

nele toda a graça, toda a força, todo o socorro: Nele, diz<br />

o apóstolo, fostes enriquecidos <strong>de</strong> todos os bens... <strong>de</strong> maneira<br />

que nada vos falta em graça alguma. É por isso que Ele se fez<br />

homem, que se aniquilou. Em certo sentido reduziu-se a nada,<br />

diz Cornélio; <strong>de</strong>spojou-se <strong>de</strong> sua majesta<strong>de</strong>, <strong>de</strong> sua glória e <strong>de</strong><br />

sua força. Tomou sobre si a nossa miséria e a nossa fraqueza,<br />

para nos comunicar a sua dignida<strong>de</strong> e o seu po<strong>de</strong>r, para ser<br />

nossa luz, nossa justiça, nossa santificação, e nossa re<strong>de</strong>nção.<br />

E está sempre pronto a auxiliar e confortar a quem o invoca.<br />

S. João viu o Senhor com o peito cheio <strong>de</strong> leite, isto é, <strong>de</strong><br />

graças, e cingido dum cinto <strong>de</strong> ouro. Isso significa que <strong>Jesus</strong><br />

Cristo em certo sentido está ligado e constrangido pelo amor<br />

que tem aos homens: à semelhança duma mãe que, tendo os<br />

seios cheios <strong>de</strong> leite, procura o filho para amamentá-lo e para<br />

se <strong>de</strong>sfazer do precioso peso, Nosso Senhor <strong>de</strong>seja ar<strong>de</strong>ntemente<br />

que lhe peçamos as suas graças e todos os socorros <strong>de</strong><br />

que temos necessida<strong>de</strong> para vencer os inimigos que procuram<br />

sem cessar roubar-nos a sua amiza<strong>de</strong> e per<strong>de</strong>r-nos.<br />

O profeta exclama: Oh! como Deus é bom e liberal para<br />

com a alma que o procura com sincerida<strong>de</strong> e resolução. Se<br />

pois não nos tornarmos santos, a culpa é nossa; é que nos não<br />

resolvemos a querer só a Deus. Os preguiçosos, ou os tíbios,<br />

querem e não querem, e são sempre vencidos, porque não tomam<br />

a firme resolução <strong>de</strong> agradar só a Deus. Uma vonta<strong>de</strong><br />

bem <strong>de</strong>terminada triunfa <strong>de</strong> tudo, porque quando uma alma se<br />

<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente a dar-se a Deus sem reserva, o Senhor<br />

lhe esten<strong>de</strong> logo a mão e a força <strong>de</strong> superar todas as difi-<br />

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