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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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MEDITAÇÃO IX.<br />

SOLIDÃO DE JESUS NO ESTÁBULO.<br />

<strong>Jesus</strong>, ao nascer, escolheu-se para ermitagem e oratório o<br />

estábulo <strong>de</strong> Belém; quis nascer fora da cida<strong>de</strong>, numa caverna<br />

solitária, para inspirar-nos o amor da solidão e do silêncio. Entremos<br />

nessa gruta, lá só acharemos solidão e silêncio: <strong>Jesus</strong><br />

conserva-se silencioso na manjedoura; Maria e José o adoram<br />

e contemplam em silêncio. Foi revelado à Irmã Margarida do<br />

SS. Sacramento, carmelita <strong>de</strong>scalça, apelidada a Esposa do<br />

Menino <strong>Jesus</strong>, que tudo o que se passou na gruta <strong>de</strong> Belém,<br />

mesmo a visita dos pastores e a adoração dos Santos Reis<br />

Magos se fez em silêncio.<br />

O silêncio das outras crianças provém da sua impotência;<br />

o <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> Cristo foi uma virtu<strong>de</strong>. <strong>Jesus</strong> Menino não fala; mas<br />

em seu silêncio, que não diz Ele? Oh! felizes os que se entretém<br />

silenciosamente com <strong>Jesus</strong>, Maria e José nessa santa solidão<br />

do presépio! Os pastores lá passaram poucos instantes e<br />

saíram inflamados <strong>de</strong> amor para com Deus louvando-o e bendizendo-o.<br />

Oh! feliz a alma que se retira à solidão <strong>de</strong> Belém<br />

para contemplar a divina misericórdia e o amor que um Deus<br />

teve e tem aos homens! Eu a levarei à solidão e falarei a seu<br />

coração. Lá o divino Infante lhe falará não aos ouvidos mas ao<br />

coração, e a convidará a amar um Deus que tão ternamente a<br />

ama. Ao ver a pobreza <strong>de</strong>sse encantador ermitãozinho que fica<br />

na gruta gelada, sem lume, tendo apenas uma manjedoura por<br />

berço e um pouco <strong>de</strong> palha por leito; ao ouvir os vagidos e ao<br />

ver as lágrimas <strong>de</strong>sse Menino, a inocência mesma; ao refletir<br />

que é o seu Deus, como po<strong>de</strong>ria pensar em outra coisa senão<br />

em amá-lo? O estábulo <strong>de</strong> Belém, eis a doce ermida para a<br />

alma que tem fé.<br />

Imitemos a Maria e José que, inflamados <strong>de</strong> amor, contemplam<br />

o adorável Filho <strong>de</strong> Deus revestido <strong>de</strong> carne e sujeito<br />

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