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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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ção era tão inflamado <strong>de</strong> amor por Deus, que os <strong>de</strong>mônios, no<br />

dizer <strong>de</strong> S. Bernardino <strong>de</strong> Sena, não ousavam aproximar-se<br />

<strong>de</strong>la para tentá-la. Ricardo ajunta que os próprios Serafins podiam<br />

<strong>de</strong>scer do céu para apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Maria o modo <strong>de</strong> amar a<br />

Deus. E já que o coração <strong>de</strong> Maria era sempre todo abrasado<br />

do divino amor, continua S. Boaventura, ela comunica o mesmo<br />

fogo a todos os que a amam e <strong>de</strong>la se aproximam, tornando-os<br />

semelhantes a ela.<br />

(Quem <strong>de</strong>seja ajuntar a estas consi<strong>de</strong>rações algum exemplo<br />

atinente à <strong>de</strong>voção do Menino Deus, po<strong>de</strong> escolher-se um<br />

dos que damos no fim das Meditações.)<br />

Afetos e Súplicas.<br />

“Ó fogo que sempre ar<strong>de</strong>s, abrasa-me”. Ó Verbo encarnado,<br />

fizestes-vos homem para acen<strong>de</strong>r em nós o fogo do amor<br />

divino; como pu<strong>de</strong>stes pois encontrar tanta ingratidão nos corações<br />

dos homens? Nada poupastes para vos fazer amar por<br />

eles; sacrificastes o vosso sangue e a vossa vida. Como pois<br />

resistem eles a tanta bonda<strong>de</strong>? Ignoram o que fizestes por eles?<br />

Ah! eles sabem e crêem que por amor <strong>de</strong>les <strong>de</strong>scestes do<br />

céu para vos revestir da carne humana, vos sobrecarregar <strong>de</strong><br />

suas misérias, viver entre dores e pa<strong>de</strong>cer uma morte ignominiosa.<br />

Como pois passam sua vida sem sequer pensar em<br />

vós? Amam os parentes, amam os amigos, amam até os animais.<br />

Se <strong>de</strong>les recebem qualquer sinal <strong>de</strong> afeto, procuram remunerá-los;<br />

só a vós não testemunham nem amor nem reconhecimento.<br />

Mas ai <strong>de</strong> mim, gemendo sobre a ingratidão dos<br />

homens, acuso-me a mim mesmo <strong>de</strong> haver sido mais do que<br />

os outros culpado para convosco. Mas a vossa bonda<strong>de</strong> me<br />

encoraja. Com tanta paciência me ten<strong>de</strong>s suportado, a fim <strong>de</strong><br />

me perdoar e abrasar no vosso amor, contanto que me arrependa<br />

e vos ame. Sim, meu Deus, quero arrepen<strong>de</strong>r-me e me<br />

arrependo <strong>de</strong> toda a minha alma <strong>de</strong> vos ter ofendido; quero<br />

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