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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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entrarmos sem fé na gruta <strong>de</strong> Belém, tudo se nos reduzirá a<br />

um sentimento <strong>de</strong> compaixão à vista duma criancinha tão pobre,<br />

que, nascendo no coração do inverno, está reclinada num<br />

presépio, sem lume, numa caverna fria. Ao contrário, se entrarmos<br />

com fé, consi<strong>de</strong>raremos maduramente por que excesso<br />

<strong>de</strong> bonda<strong>de</strong> e amor, um Deus quis humilhar-se ao ponto <strong>de</strong><br />

aparecer como uma criança envolta em paninhos, reclinada<br />

sobre palha, chorando e tremendo <strong>de</strong> frio, sem po<strong>de</strong>r mover-se<br />

e necessitada <strong>de</strong> leite para viver: e então como não nos sentirmos<br />

atraídos e docemente constrangidos a dar todos os nossos<br />

afetos a esse Deus-Menino que se reduziu a tal estado para<br />

se fazer amar?<br />

Depois <strong>de</strong> haverem visitado a <strong>Jesus</strong> no estábulo, narra S.<br />

Lucas, os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por<br />

tudo quanto tinham ouvido e visto. Mas que haviam eles visto?<br />

Nada mais que uma pobre criança a tremer <strong>de</strong> frio sobre um<br />

pouco <strong>de</strong> palha; mas aclarados pela fé, reconheceram naquela<br />

criança o excesso do amor divino e, inflamados <strong>de</strong>sse amor,<br />

foram-se louvando e bendizendo o Senhor, que lhes havia dado<br />

a graça <strong>de</strong> ver um Deus humilhado, aniquilado por amor dos<br />

homens.<br />

Afetos e Súplicas.<br />

Ó doce e amável Menino, embora vos veja tão pobre sobre<br />

a palha, reconheço-vos e adoro-vos como meu Senhor e Criador.<br />

Sei quem vos reduziu a tão miserável estado: foi o vosso<br />

amor por mim. Recordando-me, pois, meu <strong>Jesus</strong>, da maneira<br />

com que vos tratei no passado, das injúrias que vos fiz, admirome<br />

<strong>de</strong> me haver<strong>de</strong>s suportado. — Ah! pecados malditos, que<br />

fizestes? enchestes <strong>de</strong> amargura o coração do meu amado<br />

Senhor! — Ah! meu caro Salvador, pelas dores que suportastes<br />

e pelas lágrimas que <strong>de</strong>rramastes no estábulo <strong>de</strong> Belém, daime<br />

lágrimas, dai-me uma gran<strong>de</strong> dor que me faça chorar toda<br />

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