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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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pecados. — Eis pois o que o Verbo divino parece ter dito: Meu<br />

Pai, vou revestir-me da carne humana e <strong>de</strong>rramar <strong>de</strong>pois todo<br />

o meu sangue pelos homens; mas <strong>de</strong> que servirá esse sacrifício?<br />

A maior parte dos homens não fará caso do meu sangue e<br />

continuará a ofen<strong>de</strong>r-me como se nada eu fizera por meu amor.<br />

Essa pena foi o cálice amargo <strong>de</strong> que pediu <strong>Jesus</strong> ao pai o<br />

livrasse, quando disse: Afastai <strong>de</strong> mim este cálice. Que cálice?<br />

O ver tanto <strong>de</strong>sprezo <strong>de</strong> seu amor. A mesma previsão arrancou<br />

ainda, do alto da cruz, este grito <strong>de</strong> dor: Meu Deus, meu Deus,<br />

por que me abandonastes? — Seu Pai sofreria o <strong>de</strong>sprezo da<br />

sua paixão e morte por parte <strong>de</strong> tantos homens pelos quais Ele<br />

morria; segundo a explicação do próprio Salvador a S. Catarina<br />

<strong>de</strong> Sena, era do abandono que Ele se queixava então.<br />

Ora, essa mesma pena atormentava a <strong>Jesus</strong> Menino no<br />

seio <strong>de</strong> Maria: via, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, dum lado, tantas dores, tantas<br />

ignomínias, tanto sangue <strong>de</strong>rramado, morte tão cruel e infame,<br />

e <strong>de</strong> outro, tão pouco fruto! O divino Menino antevia muitos<br />

homens, e mesmo a maior parte, calcar aos pés o seu sangue,<br />

e <strong>de</strong>sprezar a graça que esse sangue lhes merecera, pois que<br />

tal é, segundo S. Paulo, a conduta <strong>de</strong> cada pecador. Entretanto<br />

se formos do número <strong>de</strong>sses ingratos, não <strong>de</strong>sesperemos: <strong>Jesus</strong><br />

nascendo veio oferecer a paz aos homens <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>,<br />

como fez cantar os anjos: Mu<strong>de</strong>mos pois a nossa vonta<strong>de</strong>, arrependamo-nos<br />

dos nossos pecados, propondo-nos amar esse<br />

bom Salvador, e acharemos a paz, isto é, a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

Afetos e Súplicas.<br />

Meu amabilíssimo <strong>Jesus</strong>, quanto vos fiz sofrer durante a<br />

vossa vida mortal! Derramastes por mim o vosso sangue com<br />

tanta dor e tanto amor, e que fruto tirastes <strong>de</strong> mim até agora?<br />

<strong>de</strong>sprezos, ofensas, afrontas! Mas, meu Re<strong>de</strong>ntor, não quero<br />

mais afligir-vos; espero que no futuro a vossa paixão produza<br />

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