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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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me um coração que compense os <strong>de</strong>sgostos que vos causei,<br />

um amor que iguale a minha ingratidão. Mas sinto já um gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> vos amar; agra<strong>de</strong>ço-vos, meu <strong>Jesus</strong>, vejo que tivestes<br />

a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tocar o meu coração. Detesto sobre tudo os<br />

ultrajes que vos fiz, eu os o<strong>de</strong>io e abomino. Agora prefiro a<br />

vossa amiza<strong>de</strong> a todas as riquezas e a todas as honras. Desejo<br />

comprazer-vos quanto possa. Amo-vos, amabilida<strong>de</strong> infinita,<br />

mas vejo que meu amor é muito fraco; aumentai-lhe a chama,<br />

dai-lhe mais amor. Devo correspon<strong>de</strong>r ao vosso amor com um<br />

amor maior do que a ofensa que vos fiz, tanto mais porque em<br />

vez <strong>de</strong> castigar-me me ten<strong>de</strong>s cumulado <strong>de</strong> favores especiais.<br />

Ó Bem supremo, não permitais eu continue a viver na ingratidão<br />

após tantas graças recebidas. Dir-vos-ei com S. Francisco:<br />

Morra eu por amor do vosso amor, vós que vos dignastes morrer<br />

por amor do meu amor!<br />

Maria, minha esperança, ajudai-me; pedi a <strong>Jesus</strong> por mim.<br />

MEDITAÇÃO XIV.<br />

Quae utilitas in sanguine meo,<br />

dum <strong>de</strong>scendo in corruptionem.<br />

Que utilida<strong>de</strong> tirarás da minha morte,<br />

quando eu <strong>de</strong>scer à corrupção? (Sl 29,10)<br />

Nosso Senhor revelou à venerável Águeda da Cruz que,<br />

no seio <strong>de</strong> Maria, a sua mais cruel pena foi <strong>de</strong> ver a dureza dos<br />

corações dos homens que, <strong>de</strong>pois da re<strong>de</strong>nção, <strong>de</strong>sprezariam<br />

as graças que viera difundir sobre a terra. Segundo a interpretação<br />

comum dos Santos Padres, Ele próprio exprimira muito<br />

antes a mesma coisa pela boca <strong>de</strong> Davi: Que utilida<strong>de</strong> tirarás<br />

da minha morte, quando eu <strong>de</strong>scer à corrupção? Segundo S.<br />

Isidoro, as últimas palavras significam: Quando eu <strong>de</strong>scer do<br />

céu para tomar a natureza humana corrompida pelos vícios e<br />

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