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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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minha ansieda<strong>de</strong> até que ele se conclua! Aspirava ao batismo<br />

<strong>de</strong> seu próprio sangue para lavar não os seus pecados, porque<br />

era inocente e santo, mas os pecados dos homens que lhe eram<br />

tão caros: Ele nos amou, diz S. João, e nos purificou <strong>de</strong><br />

nossas iniqüida<strong>de</strong>s em seu sangue. Ó excesso do amor dum<br />

Deus, excesso <strong>de</strong> amor que todos os homens e todos os anjos<br />

nunca chegarão a compreen<strong>de</strong>r e a louvar dignamente!<br />

Mas S. Boaventura chorava ao ver a gran<strong>de</strong> ingratidão dos<br />

homens para com tão gran<strong>de</strong> amor: “Senhor, exclama, como<br />

não se rompe o coração do homem diante do vosso amor?”<br />

Coisa maravilhosa, com efeito! um Deus suporta tantas penas,<br />

nasce chorando num estábulo, vive pobre numa oficina, morre<br />

exangue numa cruz, numa palavra passa uma vida toda cheia<br />

<strong>de</strong> trabalhos e aflições por amor dos homens, e os homens não<br />

se consomem <strong>de</strong> amor por um Deus tão amante, que digo?<br />

têm coração para <strong>de</strong>sprezar seu amor e sua graça! — Ah! como<br />

é possível <strong>de</strong>sprezar seu amor e sua graça! — Ah! como é<br />

possível que um Deus se tenha reduzido a tanto sofrimentos<br />

pelos homens, e que haja homens que ofen<strong>de</strong>m e não amam<br />

esse Deus?<br />

Afetos e Súplicas.<br />

Meu amado Re<strong>de</strong>ntor, sou um <strong>de</strong>sses ingratos que pagaram<br />

com ofensas e <strong>de</strong>sprezos vosso amor imenso, as vossas<br />

dores e a vossa morte. Ó meu caro <strong>Jesus</strong>, como, ao ver<strong>de</strong>s as<br />

ingratidões que eu iria cometer contra vós, me pu<strong>de</strong>stes amar<br />

cm tanta ternura e resolver-nos a suportar por mim tantas humilhações<br />

e sofrimentos? Ah! o mal está feito; mas não quero<br />

<strong>de</strong>sesperar. Dai-me agora, Senhor, a contrição que me merecestes<br />

com vossas lágrimas; <strong>de</strong>sejo que meu arrependimento<br />

iguale a minha iniqüida<strong>de</strong>. Coração amoroso do meu Salvador,<br />

tão aflito e <strong>de</strong>solado um tempo pela minha salvação, e que hoje<br />

ainda ar<strong>de</strong>is em amor por mim, ah! mudai-me o coração: dai-<br />

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