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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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do para ser castigado como malfeitor, Ele que era o Santo dos<br />

santos”. Para isso revestiu-se da carne <strong>de</strong> Adão, contaminada<br />

pelo pecado; e embora não contraísse a mancha do pecado<br />

tomou sobre si toda as misérias inerentes à natureza humana<br />

em punição do pecado.<br />

A fim <strong>de</strong> nos obter a salvação, o nosso Re<strong>de</strong>ntor ofereceuse<br />

voluntariamente a seu Pai para expiar todas as nossas faltas:<br />

Foi oferecido porque ele mesmo quis; e que fez o Pai? O<br />

Senhor carregou sobre ele a iniqüida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos nós. Eis pois<br />

o Verbo eterno, a inocência, a pureza, a santida<strong>de</strong>, ei-lo carregado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância <strong>de</strong> todas as blasfêmias, <strong>de</strong> todas as torpezas,<br />

<strong>de</strong> todos os sacrilégios e <strong>de</strong> todos os crimes dos homens;<br />

ei-lo feito por nosso amor o objeto das maldições divinas,<br />

por causa dos nossos pecados, pelos quais se obrigara a<br />

satisfazer à justiça divina. Assim <strong>Jesus</strong> Cristo tomou sobre si<br />

tantas maldições quantos foram e serão os pecados mortais<br />

cometidos pelos homens. É nesse estado que se apresentou a<br />

seu Pai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro instante <strong>de</strong> sua vida neste mundo:<br />

isto é, como réu e responsável por todos os nossos mal-feitos,<br />

e Deus seu Pai o con<strong>de</strong>nou como tal a morrer justiçado e maldito<br />

numa cruz: Et <strong>de</strong> peccato damnavit peccatum in carne.<br />

Ah! se o Padre eterno fosse capaz <strong>de</strong> sofrer, que dor não<br />

sentiria ao ver-se constrangido a tratar como criminoso, como o<br />

mais celerado do mundo a esse Filho inocente, objeto <strong>de</strong> seus<br />

afetos, infinitamente digno <strong>de</strong> todo o seu amor! — “Ecce Homo,<br />

Eis aqui o Homem”, disse Pilatos, mostrando-o aos ju<strong>de</strong>us após<br />

a flagelação, a fim <strong>de</strong> movê-los à compaixão para com esse<br />

justo tão maltratado; o Padre eterno parece-nos dizer também<br />

ao no-lo mostrar o estábulo <strong>de</strong> Belém: Ecce Homo, “Eis<br />

aqui o Homem!” Esse pobre Menino que ve<strong>de</strong>s num presépio,<br />

reclinado sobre palha, sabei, ó homens, é o meu dileto Filho<br />

que veio tomar sobre si os vossos pecados e as penas a eles<br />

<strong>de</strong>vidas; amai-o pois, Ele é digno do vosso amor e muito vos<br />

obrigou a amá-lo.<br />

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