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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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tros mundos, mil vezes maiores e mais belos que este, essa<br />

obra seria certamente infinitamente menor do que a <strong>Encarnação</strong><br />

do Verbo. Ele manifestou o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seu braço. Na obra da<br />

<strong>Encarnação</strong> foi necessária a onipotência e a sabedoria infinita<br />

dum Deus, para fazer que a natureza humana se unisse a uma<br />

pessoa divina, e que uma pessoa divina se humilhasse até tomar<br />

a natureza humana. Assim, Deus fez-se homem, e o homem<br />

tornou-se Deus; e estando a divinda<strong>de</strong> do Verbo unida à<br />

alma e ao corpo <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> Cristo, todas as ações <strong>de</strong>sse Homem-Deus<br />

foram divinas; divinas foram suas preces, divinos os<br />

seus sofrimentos, divinos seus vagidos, divinas as suas lágrimas,<br />

divinos os seus passos, divinos os seus membros, divino<br />

o seu sangue, esse sangue do qual queria fazer um banho <strong>de</strong><br />

salvação para nos purificar <strong>de</strong> todos os nossos pecados, e um<br />

sacrifício <strong>de</strong> valor infinito para aplacar a justiça do Pai irritado<br />

com os homens.<br />

E que são esses homens? Criaturas miseráveis, ingratas,<br />

rebel<strong>de</strong>s. E para salvar esses indignos, um Deus se faz homem,<br />

sujeita-se às misérias humanas! Ele sofre, morre! Humilhou-se,<br />

fazendo-se obediente até à morte, até a morte da cruz.<br />

Ó santa fé! Se a fé não no-lo garantisse, quem po<strong>de</strong>ria jamais<br />

acreditar que um Deus <strong>de</strong> infinita majesta<strong>de</strong> se humilhou ao<br />

ponto <strong>de</strong> tornar-se um verme da terra como nós, para nos salvar<br />

a custo <strong>de</strong> tantas penas e ignomínias, a custo duma morte<br />

tão cruel e vergonhosa?<br />

Ó graça! ó po<strong>de</strong>r do amor! exclama S. Bernardo. Ó graça<br />

que homem algum jamais po<strong>de</strong>ria imaginar, se Deus mesmo<br />

não pensasse em no-la fazer! Ó amor divino, que ninguém jamais<br />

po<strong>de</strong>ria compreen<strong>de</strong>r! Ó misericórdia! ó carida<strong>de</strong> infinita,<br />

que só po<strong>de</strong>m nascer duma bonda<strong>de</strong> infinita!<br />

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