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Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus

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tocante exclamação dum piedoso autor: “Ó meu <strong>Jesus</strong>, quanto<br />

vos custou o ser<strong>de</strong>s <strong>Jesus</strong>, isto é, meu Salvador!”<br />

S. Mateus narra, falando da crucifixão <strong>de</strong> Nosso Senhor,<br />

que lhe puseram sobre a cabeça a inscrição: Aqui está <strong>Jesus</strong>, o<br />

Rei dos Ju<strong>de</strong>us. O Padre eterno, pois, quis que na cruz em que<br />

morreu nosso Re<strong>de</strong>ntor, se lesse o nome <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong>, isto é, <strong>de</strong><br />

Salvador do mundo. Por essa inscrição Pilatos não pretendia<br />

<strong>de</strong>clarar <strong>Jesus</strong> Cristo culpado por se arrogar o título <strong>de</strong> rei, como<br />

o acusavam os ju<strong>de</strong>us, pois não se incomodou com a acusação,<br />

reconheceu a inocência <strong>de</strong>le e protestou não querer ter<br />

a parte na sua morte: Eu sou inocente do sangue <strong>de</strong>ste justo.<br />

Por que então lhe dá o título <strong>de</strong> rei? Porque essa foi a vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus que nos quis com isso dizer: Ó homens, sabeis porque<br />

morre este inocente que é o meu Filho? morre porque é o vosso<br />

Salvador; morre, esse divino Pastor, e morre no ma<strong>de</strong>iro<br />

infame para salvar a vós suas ovelhas.<br />

Eis uma razão a mais por que nos Cânticos o nome do<br />

Senhor é chamado óleo <strong>de</strong>rramado; esse nome, diz S. Bernardo,<br />

significa “a efusão da divinda<strong>de</strong>”. Na obra da nossa re<strong>de</strong>nção<br />

Deus levou o seu amor por nós até dar-se e comunicar-se<br />

a nós sem reserva: Ele nos amou e entregou-se por nós. Para<br />

po<strong>de</strong>r comunicar-se a nós, tomou sobre si, diz Isaías, as penas<br />

que tínhamos <strong>de</strong> sofrer. Pelo quirógrafo que foi afixado à cruz<br />

quis Ele, diz S. Cirilo <strong>de</strong> Alexandria, apagar a sentença <strong>de</strong> morte<br />

lavrada contra nós pecadores. É precisamente isso que nos<br />

ensina o apóstolo com as palavras: Cancelou o quirógrafo do<br />

<strong>de</strong>creto que nos era <strong>de</strong>sfavorável, que era contra nós, e o aboliu<br />

inteiramente encravando-o na cruz. Em fim nosso amoroso<br />

Re<strong>de</strong>ntor quis subtrair-nos à maldição que mereceramos, e por<br />

isso atirou sobre sua cabeça as maldições divinas, carregandose<br />

<strong>de</strong> todos os nossos pecados: Cristo remiu-nos da maldição<br />

da lei, feito ele mesmo maldição por nós.<br />

Assim, quando uma alma fiel pronuncia o nome <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> e<br />

se recorda do que o Senhor fez para salvá-la, é impossível que<br />

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