Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus
Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus Encarnação, Infância e Nascimento de Jesus
Exortação para o beijamento dos pés do divino Menino em uso em algumas igrejas. Levantai-vos, almas fiéis; Jesus vos convida esta noite a virdes lhe beijar os pés. Os pastores que o foram visitar no estábulo de Belém levaram-lhe seus presentes; é preciso que lhe ofereçais também os vossos. Mas que lhe ides oferecer? Escutai-me: o mais agradável presente que possais oferecer a Jesus, é um coração arrependido e amante. Eis, pois, os sentimentos que cada um lhe deve exprimir: Afetos e Súplicas. Vendo-me manchado de tantos pecados, não teria a ousadia de aproximar-me de vós, Senhor, se me não convidásseis com tanta bondade; mas já que me chamais tão amorosamente, não quero recusar o favor que me fazeis. Não, não quero acrescentar às minhas faltas esta nova ingratidão para convosco; depois de vos haver tantas vezes voltado as costas, não quero por falta de confiança resistir a um apelo tão doce, tão gracioso. Mas sabeis que sou extremamente pobre; nada tenho para vos oferecer. Não tenho outra coisa que o meu miserável coração, que venho trazer-vos. É verdade que vos ofendi outrora, mas hoje me arrependo, e vo-lo ofereço arrependido. Sim, adorável Menino, arrependo-me de vos haver contristado. Eu o confesso, sou o bárbaro, o traidor, o ingrato, que vos causou tantas dores e vos fez derramar tantas lágrimas no estábulo de Belém; mas as vossas lágrimas são a minha esperança. Sou um pecador indigno de perdão; mas tenho a vós que, sendo Deus, vos fizestes menino para perdoar-me. Ó Pai eterno, se mereço o inferno, olhai para as lágrimas que vosso Filho inocente derrama para me obter misericórdia. Não recusais nada às preces de Jesus Cristo; atendei-o pois que implora de vós o meu perdão nesta noite, que é uma noite de alegria, uma noite 106
de salvação, uma noite de perdão. — Ah! caro Menino, meu Jesus, espero de vós o perdão; mas não me basta o perdão dos meus pecados: nesta noite concedeis grandes graças às almas; eu também desejo uma grande graça que deveis fazerme, a graça de vos amar. Agora que estou arrependido aos vossos pés, abrasai-me todo de vosso santo amor, e prendeime a vós; mas prendei-me de tal forma que me não possa mais separar de vós. Amo-vos, ó meu Deus feito menino por mim, mas amo-vos pouco; quero amar-vos muito, a vós compete fazer que assim seja. Venho beijar-vos os pés e trazer-vos meu coração; eu vo-lo entrego, não o quero mais. Transformai-o e guardai-o para sempre. Não mo deis mais, pois se o puserdes em minhas mãos, temo que vos torne a trair. SS. Virgem Maria, vós que sois a Mãe desse divino Menino, sois também a minha Mãe: em vossas mãos deposito meu pobre coração, apresentai-o a Jesus. Se vós lho apresentardes, Ele o não rejeitará. Apresentai, pois, meu coração a Jesus, ó minha Mãe, e pedi que o aceite. CONSIDERAÇÃO X. DO NOME DE JESUS. Vocatum est nomen ejus Jesus. Deram-lhe o nome de Jesus. O grande nome de Jesus não é de invenção humana; foi o Padre eterno que o deu a seu divino Filho, diz S. Bernardino de Sena. É um nome novo e saído dos lábios do Senhor, segundo o profeta, um nome que só Deus podia dar Àquele que destinara para Salvador do mundo. É um nome a um tempo novo e eterno porque, como a redenção foi decretada desde a eternidade, assim o nome do Redentor lhe foi assinalado desde a 107
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<strong>de</strong> salvação, uma noite <strong>de</strong> perdão. — Ah! caro Menino, meu<br />
<strong>Jesus</strong>, espero <strong>de</strong> vós o perdão; mas não me basta o perdão<br />
dos meus pecados: nesta noite conce<strong>de</strong>is gran<strong>de</strong>s graças às<br />
almas; eu também <strong>de</strong>sejo uma gran<strong>de</strong> graça que <strong>de</strong>veis fazerme,<br />
a graça <strong>de</strong> vos amar. Agora que estou arrependido aos<br />
vossos pés, abrasai-me todo <strong>de</strong> vosso santo amor, e pren<strong>de</strong>ime<br />
a vós; mas pren<strong>de</strong>i-me <strong>de</strong> tal forma que me não possa mais<br />
separar <strong>de</strong> vós. Amo-vos, ó meu Deus feito menino por mim,<br />
mas amo-vos pouco; quero amar-vos muito, a vós compete<br />
fazer que assim seja. Venho beijar-vos os pés e trazer-vos meu<br />
coração; eu vo-lo entrego, não o quero mais. Transformai-o e<br />
guardai-o para sempre. Não mo <strong>de</strong>is mais, pois se o puser<strong>de</strong>s<br />
em minhas mãos, temo que vos torne a trair.<br />
SS. Virgem Maria, vós que sois a Mãe <strong>de</strong>sse divino Menino,<br />
sois também a minha Mãe: em vossas mãos <strong>de</strong>posito meu<br />
pobre coração, apresentai-o a <strong>Jesus</strong>. Se vós lho apresentar<strong>de</strong>s,<br />
Ele o não rejeitará. Apresentai, pois, meu coração a <strong>Jesus</strong>,<br />
ó minha Mãe, e pedi que o aceite.<br />
CONSIDERAÇÃO X.<br />
DO NOME DE JESUS.<br />
Vocatum est nomen ejus <strong>Jesus</strong>.<br />
Deram-lhe o nome <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong>.<br />
O gran<strong>de</strong> nome <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> não é <strong>de</strong> invenção humana; foi o<br />
Padre eterno que o <strong>de</strong>u a seu divino Filho, diz S. Bernardino <strong>de</strong><br />
Sena. É um nome novo e saído dos lábios do Senhor, segundo<br />
o profeta, um nome que só Deus podia dar Àquele que <strong>de</strong>stinara<br />
para Salvador do mundo. É um nome a um tempo novo e<br />
eterno porque, como a re<strong>de</strong>nção foi <strong>de</strong>cretada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a eternida<strong>de</strong>,<br />
assim o nome do Re<strong>de</strong>ntor lhe foi assinalado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
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