11/08/2012 - Ano 07 - Nº 455 - ABCD Maior
11/08/2012 - Ano 07 - Nº 455 - ABCD Maior
11/08/2012 - Ano 07 - Nº 455 - ABCD Maior
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EXEMPLAR GRATUITO AnO 7 | nº <strong>455</strong> | <strong>11</strong> A 13 DE AGOSTO DE <strong>2012</strong><br />
Eleitora acusa prefeito de<br />
São Caetano de intimidação<br />
o prefeito de São caetano (PTB) foi acusado pela eleitora ira chagas de pressioná-la a retirar da<br />
casa onde mora uma placa de propaganda de um adversário, Paulo Pinheiro (PMDB). ira contou<br />
que o prefeito bateu em sua porta e pediu motivos para não votar na candidata que apoia. páGiNA 5<br />
RODRIGO PInTO<br />
Claudio Bonavento<br />
Filho é o que se pode<br />
chamar de superpai.<br />
Solteiro, tem sete<br />
fi lhos, seis meninos<br />
e uma menina, todos<br />
adotados.<br />
páG. 9<br />
LADO RuRAL DO <strong>ABCD</strong> SE mAnTém vIvO<br />
mesmo uma região industrializada como o ABCd mantém áreas onde o dia a dia se desenrola com ares interioranos. o lado rural das sete cidades mostra a<br />
lida com cavalos, vacas leiteiras, criação de porcos, galinhas, cabras e perus, como a que tem como cuidador donizete Evangelista (foto). páGs. 10 e <strong>11</strong><br />
EnTREvISTA<br />
mARiSA lEtÍCiA<br />
pREFERE A VidA<br />
pÓS-plANAlto<br />
Em entrevista exclusiva ao <strong>ABCD</strong><br />
MAIOR, a ex-primeira-dama da<br />
República, Marisa letícia, revela que<br />
prefere a vida depois que seu marido,<br />
luiz Inácio lula da Silva, deixou o<br />
Palácio do Planalto. páG. 7<br />
CuLTuRA<br />
oRQuEStRA doS<br />
BERRANtEiRoS dE<br />
mAuá lANÇA diSCo<br />
A Orquestra dos Berranteiros e Violeiros<br />
de Mauá enaltece a cidade com o<br />
lançamento do álbum um Presente<br />
para Mauá. O repertório do disco será<br />
apresentado no Teatro Municipal de<br />
Mauá neste sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>). páG. 16<br />
ECOnOmIA<br />
pQ. tECNolÓGiCo<br />
dE S. BERNARdo<br />
dEpENdE dE áREA<br />
O Parque Tecnológico a ser implantado<br />
em São Bernardo depende da defi nição<br />
de uma área. A sugestão de um<br />
terreno próximo ao Rodoanel pode<br />
ser aprovada ainda em setembro pela<br />
Câmara. páG. 13<br />
luciano vicioni<br />
Eu <strong>ABCD</strong><br />
AmAdoR, o QuE<br />
tRoCou A ESpANhA<br />
pElo BRASil páG. 3<br />
luciano vicioni
2 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR 3<br />
opinião<br />
Eu <strong>ABCD</strong><br />
EDITORIAL<br />
Exemplos<br />
São Caetano tem índices econômicos<br />
e sociais que apontam para um município<br />
que tem uma das melhores qualidades de<br />
vida do Brasil. Em reportagem na página 5<br />
desta edição, no entanto, uma eleitora da<br />
cidade denunciou que o prefeito José Auricchio<br />
bateu em sua porta para questioná-la<br />
de uma propaganda eleitoral de um<br />
adversário do chefe do Executivo, afixada<br />
no portão da residência. De acordo com<br />
Ira Chagas, que mora no Bairro Cerâmica,<br />
o prefeito a questionou por causa da faixa<br />
de Paulo Pinheiro, adversário de Auricchio<br />
e candidato a prefeito pelo PMDB. Pediu<br />
também três motivos para não votar na<br />
candidata que apoia, do PTB. Ira não se<br />
intimidou e citou problemas na área da<br />
Saúde e a má conservação de sua rua.<br />
Apesar de o prefeito não responder à<br />
acusação, o fato em si revela uma forma<br />
um tanto agressiva de fazer campanha na<br />
cidade. Moradores, comerciantes e outros<br />
eleitores de São Caetano ficariam intimidados<br />
caso o prefeito os questionasse<br />
por propaganda eleitoral que não fosse<br />
de seu agrado. Em um País onde represálias<br />
do poder público são mais comuns do<br />
que muitos imaginam, o questionamento<br />
feito por um prefeito pode representar<br />
uma ameaça velada. Esperamos que não<br />
tenha sido isso que tenha acontecido em<br />
São Caetano, mas se a eleitora Ira Chagas<br />
estiver certa no que relatou, é de se<br />
louvar sua coragem em denunciar o que<br />
pode ter sido um ato antidemocrático.<br />
Em outra reportagem desta edição,<br />
nas páginas 10 e <strong>11</strong>, é mostrado o <strong>ABCD</strong><br />
rural, um lado da Região que muita gente<br />
desconhece. Vida simples e tranquila são<br />
os atrativos para que muita gente fuja da<br />
correria da área urbana. Na página 9, um<br />
exemplo de vida corajosa e solidária, de<br />
um pai que adotou sete filhos, alguns vítimas<br />
de doenças graves e agressões de<br />
convívios anteriores. O exemplo de Cláudio,<br />
o pai dos sete filhos, deve prevalecer<br />
sobre campanhas publicitárias e o consumismo<br />
que inevitavelmente cerca o Dia<br />
dos Pais.<br />
aqui TEM<br />
aBcD MaioR<br />
PADARIA A CAmPOnSA<br />
R Araucaria, 1023, Santo André<br />
Ver lista completa no www.abcdmaior.com.br<br />
Educação: do jeito que está não dá<br />
Simão Pedro*<br />
É consenso em nossa sociedade<br />
que a educação pública paulista<br />
precisa melhorar muito e ganhar<br />
qualidade pois ela é a base<br />
de formação da maioria de nossas<br />
crianças e jovens.<br />
E o Conselho Estadual de Educação<br />
é um órgão importante neste<br />
objetivo. Porém, ele vem sendo<br />
manipulado. Como pode uma lei<br />
em vigor ser anterior a Constituição<br />
Federal e a Constituição do<br />
Estado de São Paulo?<br />
Estamos falando de uma lei<br />
importantíssima, a de nº 10.403,<br />
de 6 de julho de 1971, que criou<br />
o Conselho Estadual de Educação.<br />
Por ser da época da ditadura<br />
militar, ela não previa a participação<br />
da sociedade civil e hoje<br />
a composição do Conselho é formada<br />
em sua maioria por pessoas<br />
provenientes do setor privado de<br />
ensino e todas indicadas pelo governador.<br />
levantamento feito pelo Observatório<br />
da Educação constatou<br />
que 59% dos conselheiros são ligados<br />
à iniciativa privada (sócios,<br />
representantes ou consultores do<br />
setor), um terço exerce o cargo há<br />
mais de nove anos, o equivalente<br />
a três mandatos.<br />
O poder público representa<br />
apenas 24%, categoria que abrange<br />
aqueles que exercem cargo na<br />
administração (secretários e funcionários<br />
de cargos de confiança<br />
no governo).<br />
Do total, apenas 3% (um conselheiro<br />
suplente) representa os<br />
trabalhadores da educação, neste<br />
caso os supervisores de ensino.<br />
Não há nenhum representante de<br />
A EDuCAçãO é um<br />
DEvER DO ESTADO, DA<br />
FAmíLIA E DA SOCIEDADE<br />
E PARA EFETIvAR ESSE<br />
DEvER é nECESSáRIA A<br />
PARTICIPAçãO DE TODOS<br />
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Fernandes | Fotografia: luciano Vicioni, Amanda Perobelli, Andris Bovo e Rodrigo Pinto | projeto Gráfico: ligia Minami |diagramação e editoração: Guilherme Horta | Assistente de Arte: Viviane Araujo |<br />
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CIRCulAçãO EM SANto ANdRé, São BERNARdo, São CAEtANo, diAdEmA, mAuá, RiBEiRão piRES E Rio GRANdE dA SERRA<br />
categorias como professores da<br />
educação básica, pais e mães,<br />
estudantes, redes, fóruns e movimentos.<br />
Recentemente, elaborei um<br />
projeto de lei junto com meu colega,<br />
o deputado estadual Geraldo<br />
Cruz (PT) que dispõe sobre a reorganização<br />
do Conselho Estadual<br />
de Educação. O projeto de lei<br />
1<strong>08</strong>/<strong>2012</strong> está em tramitação na<br />
Assembleia legislativa.<br />
A educação é um dever do Estado,<br />
da família e da sociedade e,<br />
para efetivar esse dever é necessária<br />
a participação de todos esses<br />
segmentos e de todas as modalidades<br />
de ensino no órgão que<br />
normatiza, delibera e assessora as<br />
políticas públicas de educação.<br />
Pela necessidade de adequação<br />
à Constituição Estadual e<br />
para garantir a participação da<br />
sociedade civil na composição do<br />
Conselho Estadual de Educação é<br />
que continuaremos lutando pela<br />
aprovação do nosso Pl na Assembleia<br />
e pela democratização do<br />
Conselho Estadual de Educação.<br />
* Simão Pedro é deputado<br />
estadual pelo PT e presidente da<br />
comissão de Educação e cultura<br />
da assembleia legislativa de<br />
São Paulo.<br />
TIRAGEM 25 mil ExEMPlARES<br />
certificação:<br />
FONE 4193-5357<br />
Quando o espanhol Amador<br />
B. Fernandez chegou a Diadema,<br />
a cidade havia sido emancipada<br />
de São Bernardo há pouco<br />
mais de um ano. O chão era de<br />
terra e a água estava longe de<br />
ser encanada. Recém-chegado<br />
de Madri, faria do Brasil seu lar<br />
pelo resto da vida.<br />
Habituado às adversidades,<br />
não pestanejou ao deixar a Europa<br />
para viver em terras tupiniquins,<br />
nos anos de portões<br />
abertos à imigração. Aos 9 anos,<br />
Amador foi forçado a deixar<br />
Madri em meio a bombardeios<br />
que afligiam a capital espanhola<br />
durante a Guerra Civil. Permaneceu<br />
em Barcelona e só pôde<br />
retornar à cidade natal no fim<br />
Meio século de Brasil<br />
da Segunda Guerra Mundial.<br />
“As crianças eram levadas para<br />
longe de Madri durante a guerra.<br />
Ficávamos espalhados por<br />
Barcelona, Rússia e até no México.<br />
Até hoje alguns daqueles<br />
garotos nunca mais voltaram<br />
para a Espanha. São chamados<br />
os meninos da guerra”, recorda.<br />
O retorno a Madri não foi tarefa<br />
fácil, o pós-guerra ainda dominava<br />
as ruas e o racionamento<br />
de comida perdurou anos.<br />
Já casado e pai, decidiu que almejava<br />
mais. E viu na imigração<br />
aberta uma oportunidade. Em<br />
1962, desembarcava no Porto<br />
de Santos com a esposa Rosalia<br />
e três filhos pequenos. “A única<br />
coisa que tínhamos eram três<br />
quilos de alho e com isso começamos.<br />
Montamos uma tenda<br />
na feira e ali trabalhamos por<br />
longos anos”, relembra, em um<br />
espanhol arrastado.<br />
Ateu convicto, Amador, hoje<br />
com 85 anos, não pôde calcar<br />
esperança em ajuda divina ou de<br />
qualquer entidade. Sob a incerteza<br />
do êxito, precisou enfrentar<br />
o começo do zero. E como milhares<br />
de imigrantes europeus,<br />
criou no Brasil uma nova morada.<br />
A barraca de alho virou de<br />
roupas e, mais tarde, um laticínio.<br />
Aos poucos, o espanhol da<br />
feira de Diadema foi construindo<br />
seu futuro.<br />
Após vencer as dificuldades e<br />
com os filhos já criados, deixou<br />
a desordem da cidade grande<br />
para viver anos de retiro no Litoral<br />
Sul paulista, em Peruíbe –<br />
onde permaneceu por quase 30<br />
anos, até ter a vida desordenada<br />
pela enfermidade do câncer. Ao<br />
lado de Rosalia, o principal pilar<br />
de sua felicidade, retornou a<br />
Diadema em 20<strong>11</strong>.<br />
Ao completar 50 anos no Brasil<br />
em <strong>2012</strong>, Amador jamais expressou<br />
desejo de voltar ao solo<br />
espanhol. Quando indagado<br />
sobre o tema, responde convencido<br />
que não sente a mínima<br />
vontade de voltar, entretanto<br />
fraqueja quando relembra o famoso<br />
presunto espanhol. “Sinto<br />
falta do Jamón, mas ‘la mamá’<br />
compra aqui no Mercado de<br />
Amador Fernandez<br />
com a mulher<br />
Rosalia, com<br />
quem vive um<br />
amor de 66 anos<br />
luciano vicioni<br />
São Paulo.”<br />
‘La mamá’, Rosalia, 86 anos,<br />
encontra forças para, escondida<br />
dos filhos, pegar três conduções<br />
e andar quilômetros de Diadema<br />
a São Paulo em busca do desejo<br />
particular do marido, com<br />
quem vive um amor de 66 anos.<br />
A esposa, que já voltou a Madri<br />
em 1991, hoje reflete e agradece.<br />
“Voltei nos anos 1990. Mas<br />
foi uma desilusão. A maioria dos<br />
meus conhecidos havia morrido.<br />
A Espanha não era a mesma<br />
que conheci. Sou grata ao Brasil<br />
por ter construído aqui minha<br />
família.”<br />
Nicole Briones
4 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR 5<br />
política<br />
Incentivo<br />
o candidato à reeleição em<br />
São Bernardo, luiz Marinho<br />
Ribeirão Pires<br />
a candidata à Prefeitura de<br />
Ribeirão, Maria inês Soares<br />
(PT) quer uma revisão na lei<br />
(PT), disse que, se eleita, vai<br />
incentivo fiscal para estimular<br />
lutar por uma alça de acesso no<br />
vinda de novas empresas.<br />
trecho leste do Rodoanel.<br />
Manente esconde Dib e privilegia<br />
outros tucanos em sua campanha<br />
Em mais de um mês de atividades, o ex-prefeito foi visto em apenas uma caminhada; nenhum material tem imagem de Dib<br />
Karen marchetti<br />
karen@abcdmaior.com.br<br />
Assim como aconteceu em<br />
20<strong>08</strong>, a imagem do ex-prefeito<br />
de São Bernardo e hoje<br />
deputado federal William Dib<br />
(PSDB) não é vinculada à de<br />
seu afilhado político, o candidato<br />
a prefeito, Alex Manente<br />
(PPS).<br />
Dib foi o grande articulador<br />
político da candidatura<br />
de Manente e da aliança entre<br />
PPS e PSDB. Entretanto, em<br />
mais de um mês de campanha,<br />
o ex-prefeito foi visto em<br />
apenas uma atividade de rua.<br />
Até agora, nenhum material<br />
vincula a imagem de Manente<br />
com a do deputado federal.<br />
Apenas os tucanos Admir Ferro<br />
(candidato a vice-prefeito)<br />
e o governador Geraldo Alckmin<br />
aparecem ao lado do<br />
popular-socialista.<br />
Dib deixou a Prefeitura em<br />
20<strong>08</strong> com alto índice de rejeição.<br />
O candidato que teve o<br />
apoio de Dib na eleição municipal<br />
passada, o deputado<br />
Orlando Morando (PSDB),<br />
também evitou vincular sua<br />
candidatura ao então prefeito.<br />
Foi neste momento que a parceria<br />
entre Morando e Dib se<br />
rompeu.<br />
Manente nega esconder Dib<br />
na campanha, mas afirma<br />
que foi o ex-prefeito quem o<br />
apoiou. Para o candidato, o<br />
apoio do deputado é importante,<br />
mesmo admitindo que<br />
a gestão do tucano (2005 a<br />
20<strong>08</strong>) foi “ruim”.<br />
“Eu achava a gestão passada<br />
ruim e fui oposição. O atual<br />
prefeito (Luiz Marinho/PT/<br />
candidato à reeleição) não<br />
cumpriu o compromisso de<br />
campanha e também sou oposição.<br />
E outra coisa, eu recebi<br />
o apoio (do Dib). Isso é diferente.<br />
As alianças que recebo<br />
Dedé diz que o prefeito ajuda com a coordenação da campanha<br />
Material de campanha de alex Manente não traz a imagem do ex-prefeito; Manente nega esconder<br />
são de pessoas ou lideranças<br />
que acreditam no meu projeto”,<br />
avaliou.<br />
Em nota, Dib informou<br />
RoDRigo PinTo<br />
que está presente nos eventos<br />
desde que isso não contrarie a<br />
agenda de Brasília e ressaltou<br />
ainda que foi Alckmin, junto<br />
RoDRigo PinTo<br />
com ele, um dos responsável<br />
da aliança entre PPS e PSDB,<br />
encabeçada justamente por<br />
Manente.<br />
volpi evita atuar na campanha de Dedé Mário Reali visita nova naval<br />
O candidato ao Paço de Ribeirão<br />
Pires, Edinaldo de Menezes,<br />
o Dedé (PPS), não parece<br />
ser o pleiteante apoiado pelo<br />
governo da cidade. O prefeito,<br />
Clóvis Volpi (PV), tem ficado<br />
de lado quando o assunto é a<br />
disputa eleitoral.<br />
A única participação efetiva<br />
de Volpi até agora parece ter<br />
sido a indicação do nome da<br />
vice para a chapa, Rosi Ribeiro<br />
de Marco (PV), que foi secretária<br />
de Educação neste mandato.<br />
O nome do prefeito não<br />
tem aparecido nem mesmo em<br />
materiais de campanha.<br />
Além disso, Volpi não está<br />
participando das atividades de<br />
rua de Dedé. A única aparição<br />
dos dois juntos foi durante a 8ª<br />
edição do Festival do Chocolate.<br />
Porém, o fato é diminuído<br />
pelo prefeito. “Tenho acompanhado<br />
o Dedé nos eventos noturnos<br />
e de finais de semana.<br />
Durante a semana não dá mesmo<br />
porque estou em horário<br />
de expediente”, justificou.<br />
O mesmo posicionamen-<br />
to foi tomado por Dedé, que<br />
disse estudar a possibilidade<br />
de pedir que Volpi se licencie<br />
do cargo na Prefeitura para<br />
ajudar em tempo integral na<br />
campanha. “O prefeito tem<br />
nos ajudado fora do horário de<br />
seu expediente, como um dos<br />
coordenadores da campanha e<br />
também nos acompanhando<br />
em algumas de nossas agendas<br />
à noite ou em fins de semana.<br />
Futuramente, avaliaremos se<br />
haverá necessidade de um licenciamento<br />
para nos acompanhar<br />
na reta final da campanha”,<br />
disse.<br />
O prefeito de Diadema e<br />
candidato à reeleição, Mário<br />
Reali (PT), visitou na noite<br />
desta sexta-feira (10/<strong>08</strong>) uma<br />
das principais obras executadas<br />
em sua gestão, o conjunto<br />
Nova Naval, no Serraria. Entreguem<br />
em 2010, os prédios<br />
abrigam 204 famílias. Durante<br />
a atividade, o prefeito recebeu<br />
reclamações sobre a dificuldade<br />
de acesso dos moradores a outras<br />
regiões e destacou projetos<br />
na área de mobilidade, como a<br />
construção de um viaduto para<br />
a interligação das zonas Leste e<br />
Oeste.<br />
De acordo com Reali, a prefeitura<br />
enviou ao governo federal<br />
o primeiro plano para<br />
a construção do ‘Viaduto da<br />
Santa’, além do projeto de ruas<br />
marginais à Rodovia dos Imigrantes.<br />
A intenção é de garantir<br />
um aporte de R$ 120 milhões<br />
da União para a execução<br />
das obras.<br />
“A Imigrantes cortou a cidade<br />
e esse trecho Leste não tem<br />
vias paralelas à rodovia. Não te-<br />
mos um sistema de transporte<br />
pra absorver os moradores. Se<br />
olharem no mapa, vão ver que<br />
tem um trecho enorme sem ligação,<br />
por isso estamos com o<br />
projeto para reformular todo o<br />
trânsito nesta região”, afirmou.<br />
A atividade desta sexta-feira<br />
também foi marcada pelo tumulto.<br />
Primeiro, Reali foi abordado<br />
por dezenas de crianças<br />
que perseguiram o petista durante<br />
toda a caminha pelo núcleo.<br />
Irreverente, o candidato<br />
tirou de letra os consequentes<br />
questionamentos dos pequenos<br />
que geravam ‘saia justa’.<br />
Quase ao fim da caminhada,<br />
o prefeito experimentou a<br />
primeira situação de conflito<br />
durante a campanha. Uma das<br />
moradoras do núcleo se exaltou<br />
ao cobrar o candidato sobre as<br />
altas tarifas de energia elétrica.<br />
Reali rebateu as críticas indicando<br />
o cadastro no programa<br />
de tarifa social e recomendou à<br />
moradora que procurasse a Eletropaulo.<br />
(Fabíola Andrade) (nicole Briones)<br />
PROGRAmA DE GOvERnO<br />
o candidato a prefeito pelo PT de São caetano, vereador Edgar<br />
nóbrega, lança seu programa de governo neste sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>).<br />
o evento ocorrerá às 16h, no Hotel Mercure, na rua alegre. o<br />
lançamento também será transmitido ao vivo pela Tv Edgar 13, na<br />
web. o endereço do site é www.professoredgar13.com.br.<br />
Auricchio é acusado de<br />
intimidação por eleitora<br />
Prefeito de S.caetano não gostou de propaganda de adversário afixada em residência<br />
Gislayne Jacinto<br />
gislayne@abcdmaior.com.br<br />
O prefeito de São Caetano,<br />
José Auricchio Júnior (PTB),<br />
tem ido a residências de moradores<br />
que têm placas com<br />
propagandas do candidato a<br />
prefeito da oposição Paulo Pinheiro<br />
(PMDB) para pedir,<br />
pessoalmente, que elas sejam<br />
substituídas por publicidades<br />
de sua candidata Regina Maura<br />
Zetone (PTB).<br />
A assistente de importação e<br />
exportação Ira Chagas, 42 anos,<br />
moradora há 25 anos em São<br />
Caetano, disse que no dia 2 de<br />
agosto, por volta das 12h20,<br />
tocaram a campainha de sua<br />
residência, na rua Engenheiro<br />
Cajado de Lemos, no Bairro<br />
Cerâmica. Nas duas primeiras<br />
tentativas, foram correligionários<br />
de Regina Maura. Na terceira<br />
tentativa, o próprio prefeito<br />
apertou a campainha, de<br />
acordo com Ira.<br />
“O prefeito me perguntou:<br />
Você sabe quem sou eu? Aí eu<br />
respondi. É o prefeito”, disse a<br />
moradora, que saiu para conversar<br />
com o chefe do Executivo.<br />
De acordo com Ira, Auricchio<br />
pediu para ela dar três motivos<br />
ira chagas disse que recusou pedido pessoal do prefeito para tirar propaganda de Paulo Pinheiro de sua casa<br />
para não votar na candidata do<br />
governo. A eleitora apontou<br />
problemas ligados à área da saúde<br />
e também buracos em sua<br />
rua. “O prefeito me pediu para<br />
trocar a placa pela candidata da<br />
máquina, prometeu resolver no<br />
dia seguinte alguns problemas<br />
que há seis meses reclamo na<br />
Ouvidoria, mas não passaram<br />
de promessas”, afirmou.<br />
Para a moradora, a atitude do<br />
prefeito de ir à sua residência e<br />
pedir para trocar a propaganda de<br />
Paulo Pinheiro foi desrespeitosa.<br />
“Sou uma pessoa consciente e<br />
RoDRigo PinTo<br />
não tenho dúvida em quem vou<br />
votar. Achei uma falta de respeito<br />
do prefeito pedir para substituir<br />
a placa. Minha opinião tem de<br />
ser respeitada”, afirmou.<br />
FACEBOOK<br />
Paulo Pinheiro disse ter ou-<br />
grana e aidan apostam em vices para conquistar mais votos<br />
O candidato a prefeito pelo PT<br />
de Santo André, deputado estadual<br />
Carlos Grana, e o prefeito<br />
Aidan Ravin (PTB), que disputa<br />
a reeleição, apostam em suas<br />
vices mulheres para conquistar<br />
mais votos nestas eleições. E não<br />
é por acaso que os prefeituráveis<br />
estão de olho no voto feminino.<br />
Em Santo André, 52% dos eleitores<br />
são mulheres.<br />
Grana e Aidan lideram as pesquisas<br />
eleitorais na cidade e adotaram<br />
estratégias diferentes para<br />
apostar na questão das vices mulheres.<br />
O petista optou por fazer<br />
agendas conjuntas com sua vice,<br />
a empresária Oswana Fameli<br />
que descentralizou a campanha<br />
e pediu para sua vice-prefeita,<br />
Dinah Zekcer (PTB), cumprir<br />
agendas diferentes.<br />
“Minha vice tem me surpreendido<br />
de forma positiva. Militantes<br />
tradicionais do PT estão impressionados<br />
com a capacidade<br />
de adquirir em tão pouco tempo<br />
a simpatia da militância e dos<br />
partidos aliados. Quero Oswana<br />
ao meu lado. Essa é a estratégia<br />
atual, de fazer corpo a corpo para<br />
nos relacionarmos com as pessoas”,<br />
afirmou Grana.<br />
O candidato do PT afirmou<br />
que o País passa por um momento<br />
em que a mulher está com<br />
muita credibilidade. “A presença<br />
da mulher ajuda, dá equilíbrio,<br />
temos de considerar que as mulheres<br />
estão com muita credibilidade<br />
na política, é só ver os índices<br />
de aceitação da presidente<br />
Dilma Rousseff (PT).”<br />
A vice-prefeita Dinah Zekcer<br />
tem andado separado do prefeito<br />
Aidan. Nesta sexta-feira, por<br />
exemplo, foi à feira livre da rua<br />
Antonio Cardoso Franco, na<br />
Vila Casa Branca. Dinah estava<br />
acompanhada de seu marido, o<br />
vereador Israel Zekcer (PTB).<br />
“Decidimos descentralizar a<br />
campanha para atingirmos um<br />
maior número de eleitores”, justificou<br />
Dinah.<br />
(PRP), ao contrário de Aidan, (Gislayne Jacinto)<br />
oswana: surpresa positiva<br />
tros casos de moradores que receberam<br />
a visita do prefeito. O<br />
peemedebista também postou<br />
a denúncia em sua página no<br />
Facebook. “O prefeito de São<br />
Caetano até licenciou-se do seu<br />
cargo e está nas portas das residências<br />
ameaçando a população,<br />
especialmente as casas onde estão<br />
instaladas minhas placas de<br />
divulgação. Se isso ocorrer, denuncie<br />
à Justiça Eleitoral. Peço<br />
que não se intimidem. No dia 7<br />
de outubro, o povo dará o grito<br />
de liberdade para acabar com a<br />
ditadura da máquina”, disse.<br />
O prefeito foi procurado para<br />
comentar a acusação, mas não<br />
respondeu.<br />
A candidata governista negou<br />
que haja qualquer tipo de intimidação<br />
dos eleitores. “Quando<br />
chegamos na casa das pessoas,<br />
pedimos licença e com muito<br />
respeito conversamos com a<br />
população. Sempre de forma<br />
elegante”, disse Regina Maura.<br />
A petebista disse estar sendo<br />
vítima de boatos na cidade que<br />
a decepcionam. “Estou sendo<br />
pressionada de forma desumana.<br />
A oposição tem me caluniado.<br />
Por ser mulher e viúva tenho<br />
sido vítima de baixarias e difamação”,<br />
finalizou.<br />
foToS: aManDa PERoBElli<br />
Dinah: campanha descentralizada
6 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR 7<br />
política<br />
entrevista<br />
adversários unificam discurso para<br />
equacionar dívida de R$ 1 bi em Mauá<br />
Donisete Braga e vanessa Damo falam em renegociação do valor por meio de relacionamento direto com Estado e união<br />
Rodrigo Bruder<br />
rodrigo@abcdmaior.com.br<br />
Renegociar a dívida pública de<br />
Mauá, estimada pela Prefeitura<br />
em cerca de R$ 1 bilhão, por<br />
meio de relacionamento direto<br />
com instituições dos governos<br />
estadual e federal passou a ser<br />
uma das principais obsessões dos<br />
candidatos ao Executivo Donisete<br />
Braga (PT) e Vanessa Damo<br />
(PMDB). Ambos adotaram discurso<br />
assemelhado no primeiro<br />
mês da campanha, ao abordarem<br />
os eleitores em suas caminhadas.<br />
Ao menos publicamente, o<br />
petista parece ter reclamado primeiro<br />
a necessidade de a cidade<br />
buscar alternativas para driblar<br />
a dívida. “A cidade precisa escriturar<br />
essa dívida pública. Não<br />
estou dizendo que devemos dar<br />
calotes, mas essa dívida é impagável,<br />
não podemos considerar<br />
que a canalização de um córrego<br />
de sete quilômetros tenha gerado<br />
uma dívida de mais de R$ 680<br />
milhões. É preciso que se faça<br />
um grande debate com Caixa<br />
Econômica Federal (CEF), para<br />
resgatarmos um passivo que já<br />
foi pago há anos”, disse.<br />
Com base em dados fornecidos<br />
pela Prefeitura, esse débito diz<br />
respeito a financiamento contraído<br />
junto a Caixa em 1991 para<br />
canalizar o rio Tamanduateí, e os<br />
córregos Bocaina e Corumbé. A<br />
Administração informou que a<br />
dívida atualizada é de R$ 701<br />
milhões e, a cada mês, o município<br />
deixa de angariar até R$ 3<br />
milhões do FPM (Fundo de Participação<br />
dos Municípios) para<br />
saldar o financiamento. Trata-se<br />
do maior passivo da cidade, que<br />
ainda contabiliza mais R$ 274,1<br />
milhões de débitos de impostos<br />
trabalhistas, entre outros.<br />
Vanessa Damo também encampou<br />
esse discurso ao longo da<br />
campanha. Promete que se apoiará<br />
no relacionamento que usufrui<br />
com o vice-presidente, Michel<br />
Temer (PMDB), para amortizar<br />
o passivo com a CEF. “A cidade<br />
sofre muito com isso e precisa renegociar<br />
essa dívida de R$ 1 bilhão.<br />
Por meio do vice-presidente,<br />
Michel Temer, e do Geddel Vieira<br />
Lima (vice-presidente de Pessoa<br />
Jurídica da CEF), vou buscar alternativas<br />
para renegociarmos essas<br />
dívidas”, prometeu Vanessa.<br />
OuTROS<br />
Os demais candidatos adotaram<br />
outro tipo de discurso. Avaliam<br />
que tanto o petista quanto a<br />
peemedebista estão dando relevo<br />
à dívida para “esconderem” problemas<br />
de gestões anteriores. “O<br />
candidato que coloca a culpa na<br />
dívida não deveria nem estar em<br />
campanha. Isso porque a maior<br />
parte do débito está sub judice,<br />
em renegociação. E o saldo devedor<br />
de mais de R$ 200 milhões<br />
deixado pela administração anterior<br />
já está sendo amortizado”,<br />
disse Diniz Lopes (PR).<br />
O candidato pelo PPS, Átila Jacomussi,<br />
seguiu o mesmo raciocínio<br />
do republicano. “A gente vê<br />
que as últimas administrações da<br />
cidade foram catastróficas, e agora<br />
os candidatos colocam a culpa<br />
na dívida. Eu não vou colocar a<br />
responsabilidade na dívida. Mas<br />
vou chamar os credores, especialmente<br />
a CEF, para renegociar-<br />
foToS: RoDRigo PinTo<br />
Donisete Braga questiona origem da dívida vanessa Damo diz que cidade sofre e vai buscar alternativa<br />
mos os débitos para mantermos<br />
os investimentos”.<br />
José Silva (PSOL), avalia que<br />
a melhor maneira de resolver é<br />
rever os contratos mais caros,<br />
e criar um “conselho popular”<br />
para o município tomar decisões<br />
descentralizadas do gabinete.<br />
O candidato ao Paço pelo<br />
PTB, vereador Irmão Ozelito,<br />
disse que a dívida constituída em<br />
sua maior parte por juros é um<br />
nó a ser desatado. O petebista<br />
disse que vai promover auditoria<br />
para rever os valores respeitando<br />
os contratos. “Terei vontade política<br />
para resolver a questão”, reforçou.<br />
A reportagem procurou<br />
os candidatos Edmar da Reciclagem<br />
(PSDB), e Paulo Bio (PV),<br />
mas não obteve retorno.<br />
Donisete quer rever icMS<br />
O candidato à Prefeitura de<br />
Mauá, Donisete Braga (PT), vai<br />
além da proposta de renegociação<br />
da dívida de R$ 700 milhões<br />
da cidade com a CEF, ao propor<br />
uma revisão no repasse de tributos<br />
do ICMS (Imposto Sobre<br />
Circulação de Mercadorias e<br />
Serviços) oriundos do refino de<br />
petróleo feito na Refinaria Capuava,<br />
instalada na cidade há mais<br />
de 40 anos. Com base em dados<br />
apurados pelo <strong>ABCD</strong> MAIOR,<br />
a maior fatia do imposto da<br />
produção fica para São Caetano<br />
(cerca de R$ 390 milhões), porque<br />
a gasolina, o óleo diesel e o<br />
GLP, produzidos na refinaria são<br />
faturados e distribuídos em São<br />
Caetano.<br />
Já Mauá recebe aproximadamente<br />
R$ 6,2 milhões, e outra<br />
parte dessa produção ainda vai<br />
para o município paulistano<br />
de Barueri. “Vamos lutar para<br />
recuperarmos nossas receitas,<br />
especialmente mais de R$ 160<br />
milhões que deixamos de arrecadar<br />
com a refinaria Capuava.<br />
Esse é um tema que tenho reafirmado,<br />
para convencermos o<br />
governo estadual e a Transpetro<br />
de que esta é a única saída para<br />
viabilizar o município. Não dá<br />
para aceitar o fato de que Mauá<br />
faz 100% do refino de petróleo<br />
e deixa de receber os recursos”,<br />
observa Braga.<br />
Marisa diz que vida mudou<br />
para melhor no pós-Planalto<br />
Ex-primeira-dama fala sobre a rotina em São Bernardo, filhos, netos e a cura da doença de lula<br />
Marisa letícia foi a primeira-dama da República durante oito<br />
anos (2003 a 2010) quando seu marido, luiz inácio lula<br />
da Silva (PT), esteve no cargo de presidente da República.<br />
agora, de volta a São Bernardo e à sua rotina normal,<br />
Marisa conta como está o dia-a-dia fora da Presidência. Diz<br />
ela que não pretende voltar a morar no Planalto e afirma<br />
que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem de disputar a<br />
reeleição pela boa gestão que está fazendo. a ex-primeiradama<br />
agora dedica-se, exclusivamente, à família e é uma<br />
militante do partido. Entretanto, reafirma não ter perfil de<br />
candidata e não pretende disputar alguma eleição. Marisa<br />
fala também da dificuldade durante o tratamento do tumor<br />
de lula e da alegria da cura da doença.<br />
Karen marchetti<br />
karen@abcdmaior.com.br<br />
<strong>ABCD</strong> MAIOR - Como<br />
está sua vida após deixar a<br />
presidência? Mudou muito a<br />
sua rotina?<br />
Marisa Letícia - Mudou para<br />
melhor. Gostei muito de ser a<br />
primeira-dama durante os oito<br />
anos. Mas hoje posso pensar<br />
mais em mim e na minha família.<br />
Como primeira-dama,<br />
tinha de cumprir uma agenda<br />
e agora posso focar mais no<br />
particular, diferentemente de<br />
quando estava na presidência.<br />
Era muita pressão e exigia<br />
muito de mim. Por isso falo<br />
que hoje é melhor. Hoje foco<br />
a minha vida na minha agenda<br />
e me dedico ao meu marido,<br />
filhos e netos.<br />
Como primeira-dama, o que<br />
foi importante durante os<br />
oito anos?<br />
Foi uma experiência inexplicável.<br />
Tive a oportunidade de<br />
conhecer o mundo todo. O<br />
Brasil eu já conhecia, quando<br />
fiz a Caravana da Cidadania e<br />
nas campanhas de Lula. Mas<br />
eu não conhecia o mundo e<br />
tive essa grande oportunidade,<br />
mesmo com as agendas<br />
oficiais. O importante disso<br />
tudo foi ver a transformação<br />
no País durante esses oito<br />
anos e a valorização do nosso<br />
povo. Ninguém vai esquecer<br />
desse homem (Lula). O Brasil<br />
mudou e para melhor. O<br />
povo brasileiro é respeitado<br />
no mundo todo e isso mudou<br />
durante as duas gestões de<br />
Lula. O povo ser respeitado<br />
é o meu e o nosso grande orgulho.<br />
Lutamos tanto e conseguimos.<br />
Não fizemos para<br />
nós, fizemos para o povo. Vai<br />
ficar para história. Não tem<br />
jeito. Foi uma experiência de<br />
vida e que valeu a pena toda<br />
dificuldade e luta que fizemos.<br />
Em São Bernardo, a senhora<br />
tem participado de eventos<br />
oficiais e é anunciada como<br />
uma liderança política. A<br />
senhora se reconhece como<br />
uma liderança?<br />
Eu não vou para este lado de<br />
ser uma liderança política. Eu<br />
gosto de fazer e trabalhar. Ser<br />
uma militante mesmo. Muitos<br />
falam que deveria me candidatar<br />
e participar de fato da<br />
vida política, mas eu não gosto.<br />
O meu interesse é ajudar,<br />
trabalhar e ser uma militante.<br />
Sempre gostei de política, ajudei<br />
a criar o PT, ajudei a criar<br />
a bandeira, participei de reuniões<br />
importantes e momentos<br />
históricos do partido, mas<br />
como Marisa militante e não<br />
como liderança.<br />
Na descoberta do tumor na<br />
laringe do Lula, qual foi a<br />
sua reação e o que pensou<br />
naquele momento?<br />
Foi muito difícil. Na verdade,<br />
um dos mais difíceis da minha<br />
vida. Nem me fale dessa<br />
doença. Tudo nessa vida é<br />
difícil, mas se você tem força,<br />
luta e sai da dificuldade. Dife-<br />
Marisa: “o momento mais dificil para mim foi quando lula não podia comer”<br />
rente de uma doença, que não<br />
depende só da gente. A gente<br />
fica refém da doença. E a descoberta<br />
do câncer foi difícil e<br />
me abalou muito. Mas estava<br />
firme e forte ao lado de Lula.<br />
Foram cinco meses de tratamento<br />
sem passear, sem sair e<br />
no pé. O momento mais difícil<br />
para mim foi quando Lula<br />
não podia comer. Eu o proibi<br />
de falar, mas ficar sem comer<br />
mexeu muito comigo.<br />
Foi difícil segurar o Lula<br />
para evitar os excessos<br />
durante o tratamento?<br />
Muito. Eu que tive que segurar<br />
as rédeas. Dizer não para<br />
nInGuém vAI ESquECER<br />
DESSE hOmEm (LuLA).<br />
O BRASIL muDOu E<br />
PARA mELhOR<br />
mARISA LETíCIA,<br />
ex-primeira-dama<br />
RoDRigo PinTo<br />
muitas coisas e muita gente.<br />
Falei para muitos amigos não<br />
irem em casa, porque o Lula<br />
não iria receber ninguém.<br />
Os médicos me pediam isso,<br />
porque o Lula não podia falar<br />
e estava um pouco fraco,<br />
pois não podia comer. O Lula<br />
estava sempre de mau humor<br />
e não era porque ele queria<br />
estar, mas era uma das consequências<br />
dos remédios. Neste<br />
período fui muito rude com<br />
os amigos, mas agora estamos<br />
todos de bem. Eles entenderam<br />
o motivo.<br />
A cura da doença e a<br />
liberação dos médicos foram<br />
recebidos com alívio por<br />
vocês? A senhora avalia que<br />
Lula está bem para dedicarse<br />
à campanha?<br />
Recebemos a notícia com<br />
muita alegria e alívio. Sempre<br />
acreditamos na recuperação,<br />
mas foi muito bom ter essa liberação.<br />
Lula tem de retomar<br />
a agenda e participar da campanha,<br />
senão ele fica doente<br />
dentro de casa. Agora que os<br />
médicos liberaram, tenho de<br />
soltar ele. Antes, os próprios<br />
médicos pediam para eu segurar,<br />
agora não tem mais jeito.<br />
É claro que a agenda não<br />
será tão sacrificada. Será uma<br />
programação que ele possa ter<br />
um tempo para ele. Ele vai ter<br />
um tempo pela frente para se<br />
restabelecer. Os médicos liberaram<br />
o Lula para campanha,<br />
mas pediram bom senso. Esses<br />
dois meses de campanha<br />
são para a garganta desinflamar.<br />
Vamos fazer uma reunião<br />
e a agenda mesmo será<br />
definida nos próximos dias.<br />
Por enquanto, não temos datas<br />
e locais.<br />
Na sua avaliação, o Lula<br />
deveria disputar outra<br />
eleição para presidente ou<br />
qualquer outro cargo?<br />
Não. Ele também não tem<br />
interesse. Há alguns meses ele<br />
falou brincando que se a Dilma<br />
não quiser, ele sairia, mas<br />
foi uma brincadeira. Lula não<br />
precisa mais disputar eleição.<br />
Dilma é quem deve disputar<br />
a reeleição. Está fazendo um<br />
bom governo, com boa aprovação.<br />
Ela está ótima e representando<br />
bem as mulheres.<br />
A senhora lembra como foi<br />
a última noite antes de Lula<br />
ser empossado presidente da<br />
República e da última noite<br />
antes de deixar a Presidência?<br />
Foi um mix de emoção nessas<br />
duas noites. Antes da posse de<br />
presidente, foi mais chocante.<br />
Não estávamos acreditando.<br />
A gente falava, me belisca para<br />
ver se é verdade. Na primeira<br />
noite no Palácio, não dormi.<br />
Era tudo muito grande e era<br />
uma euforia. Mas deu tudo<br />
certo, era trabalho e trabalho.<br />
Por isso, quando fomos<br />
passar a faixa para Dilma, foi<br />
mais fácil. Diferentemente<br />
da posse, na última noite em<br />
Brasília conseguimos dormir.<br />
Sempre soube que o Palácio<br />
não era a minha residência. A<br />
minha casa é em São Bernardo.<br />
Eu e o Lula saímos de cabeça<br />
erguida. Sentimos falta<br />
no começo, porque trabalhamos<br />
muito, mas logo depois<br />
Lula começou a trabalhar<br />
no Instituto Lula e teve uma<br />
agenda lotada.
8 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR 9<br />
nacional/internacional<br />
Dinheiro brasileiro<br />
ao contrário do que disse<br />
o presidente do Paraguai, o cidades<br />
uPA em Ribeirão<br />
a uPa (unidade de Pronto<br />
atendimento) de Ribeirão<br />
governo brasileiro afirmou<br />
Pires será inaugurada no dia<br />
nesta sexta que paga pela<br />
1º de setembro, de acordo<br />
energia de itaipu.<br />
com o prefeito clóvis volpi.<br />
veja pediu a<br />
cachoeira que<br />
grampeasse<br />
deputado<br />
Diretor da revista veja, Policarpo Júnior, será<br />
convocado a depor na cPi do cachoeira<br />
Júlio Gardesani<br />
julio@abcdmaior.com.br<br />
Relatório preparado pelo deputado<br />
federal Dr. Rosinha, do PT<br />
do Paraná, e que será apresentado<br />
à CPI (Comissão Parlamentar<br />
de Inquérito) do Cachoeira<br />
na próxima terça-feira (14/<strong>08</strong>),<br />
coloca a revista Veja no centro<br />
das investigações que apuram o<br />
envolvimento do bicheiro Carlinhos<br />
Cachoeira com políticos,<br />
como Demóstenes Torres (ex-<br />
DEM), cassado no início de julho.<br />
Publicado pela revista Carta<br />
Capital em reportagem de Leandro<br />
Fortes, o documento trará<br />
anexado o pedido de convocação<br />
do diretor da sucursal da Veja em<br />
Brasília, Policarpo Júnior, à CPI.<br />
A matéria reproduz algumas<br />
conversas interceptadas pela Polícia<br />
Federal na Operação Monte<br />
Carlo entre o próprio Policarpo<br />
e o bicheiro. Em uma delas, o<br />
jornalista pede, sem delongas,<br />
que Cachoeira grampeie um deputado<br />
da base governista: “É o<br />
seguinte, não, eu queria te pedir<br />
uma dica. Como é que eu levanto<br />
umas ligações aí do deputado<br />
Jovair Arantes?”, pergunta Policarpo<br />
ao contraventor.<br />
“Vamor ver, uai. Pra quando?<br />
Que dia?”, pergunta Cachoeira.<br />
E Policarpo responde: “De imediato.<br />
Com a turma da Conab”.<br />
A Conab (Companhia Nacional<br />
de Abastecimento) é ligada ao<br />
Ministério da Agricultura. O<br />
resultado do grampo: algumas<br />
semanas após a interceptação<br />
do áudio, gravado em julho de<br />
20<strong>11</strong>, a revista Veja publica matéria<br />
denunciando esquema de<br />
corrupção na Pasta. Um mês<br />
depois, o ministro Wagner Rossi<br />
(PMDB) é demitido.<br />
Em troca de grampos, fotos, vídeos<br />
e informações privilegiadas<br />
do mundo político e empresarial<br />
ao jornalista, Cachoeira derrubava<br />
reportagens negativas ao esquema<br />
contraventor, diretamente<br />
com Policarpo. Além disso,<br />
cunhou a imagem de “guardião<br />
da moral e da ética” de Demóstenes<br />
juntamente com a revista,<br />
o designado pela quadrilha no<br />
Senado.<br />
ChAnTAGEm<br />
No final de julho, a mulher do<br />
bicheiro, Andressa Mendonça,<br />
foi detida, acusada de chantagear<br />
o juiz Alderico Rocha Santos,<br />
responsável pelas investigações<br />
sobre a organização criminosa<br />
supostamente liderada pelo contraventor.<br />
De acordo com o próprio<br />
juiz, Andressa o ameaçou e<br />
teria dito que possui um “dossiê”<br />
contra o magistrado, preparado<br />
por Policarpo Jr.. Caso o juiz não<br />
emitisse o alvará de soltura de<br />
Cachoeira, o suposto documento<br />
seria publicado na revista.<br />
Alderico Rocha Santos deu<br />
detalhes da possível chantagem:<br />
“Doutor, tenho algo muito bom<br />
para o senhor. O senhor conhece<br />
o Policarpo Jr.? O Carlos<br />
contratou o Policarpo para fazer<br />
um dossiê contra o senhor. Se o<br />
senhor soltar o Carlos, não vamos<br />
soltar o dossiê”, teria dito<br />
Andressa. O juiz respondeu que<br />
não tinha nada a temer. (Com informações<br />
da Carta Capital).<br />
COmO é quE Eu<br />
LEvAnTO umAS<br />
LIGAçõES Aí?<br />
DO JOvAIR ARAnTES,<br />
DEPuTADO.<br />
POLICARPO JúnIOR,<br />
diretor da revista veja<br />
carlinhos cachoeira escoltado por polícias federais; bicheiro tinha ajuda da veja para emplacar negócios criminosos<br />
26/<strong>07</strong><br />
20<strong>11</strong><br />
16/05<br />
20<strong>11</strong><br />
29/06<br />
20<strong>11</strong><br />
Diálogos interceptados pela Polícia Federal entre Policarpo e Cachoeira<br />
O jORnAlIstA peDe pARA O BICheIRO gRAMpeAR uM DeputADO DA BAse AlIADA<br />
Policarpo Jr.: É o seguinte. Eu queria te pedir uma dica. você pode falar?<br />
Cachoeira: Pode falar.<br />
Policarpo Jr.: como é que eu levanto umas ligações aí do Jovair arantes, deputado?<br />
Cachoeira: vamos ver, uai. Para quando, que dia?<br />
Policarpo Jr.: De imediato, com a turma da conab.<br />
DeMóstenes COMeMORA A DesIstênCIA De pOlICARpO puBlICAR uMA MAtéRIA<br />
Demóstenes: Morreu o assunto, né?<br />
Cachoeira: Beleza. isso aí resolveu. Então 100% resolvido. foi a conversa que eu e<br />
o cláudio (abreu) tivemos lá com o Policarpo. foi bom demais. valeu!”<br />
internacional<br />
agência BRaSil<br />
DIálOgO entRe CláuDIO ABReu, DIRetOR DA DeltA, e CAChOeIRA COMeMORAnDO MAtéRIA nA VejA.<br />
Cachoeira: Teve com o Policarpo?<br />
Cláudio Abreu: cara, show de bola. achei que ele ia beijar a minha boca!<br />
Cachoeira: Ele vai fazer o trem? vai tá lá?<br />
Abreu: falou que vai mandar gente.<br />
OIT ALERTA quE CORTE DE SALáRIOS vAI APEnAS AGRAvAR EFEITOS nOCIvOS DA<br />
CRISE nA EuROPA<br />
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) emitiu nota nesta sexta-feira (10/<strong>08</strong>) alertando para os<br />
efeitos da redução salarial como recurso para a promoção da competitividade. O economista-sênior da<br />
agência, Patrick Belser, afirmou que a medida pode, inclusive, provocar o efeito contrário. A declaração foi<br />
feita depois de o Banco Central Europeu pedir mais “flexibilidade” no processo de fixação de ordenados,<br />
como, por exemplo, o salário mínimo.<br />
uRuGuAI: LEGALIzAçãO DA mACOnhA DEvE SER vOTADA PELO PARLAmEnTO ATé<br />
O FIm DO AnO<br />
Com apenas um artigo, o projeto de lei que pretende regulamentar a venda e o consumo de maconha no<br />
uruguai deve ser votado até o fim deste ano. O texto elaborado pelo governo do presidente José Mujica foi<br />
encaminhado nesta semana ao legislativo.<br />
Os sete filhos de Claudio<br />
amor e dedicação 24 horas por dia marcam história de pai solteiro que se doa para a família<br />
Angela de Paula<br />
angela@abcdmaior.com.br<br />
A perda dos pais e do irmão<br />
no intervalo de apenas<br />
três anos teria levado muitos<br />
a se lamentar da vida. Mas<br />
esta não foi a atitude escolhida<br />
pelo analista de marketing<br />
Claudio Bonavento Filho. Ao<br />
invés de mergulhar na dor<br />
pela falta dos entes queridos,<br />
a saída foi doar-se inteiramente<br />
a uma nova família. Ele escolheu<br />
ser pai de seis crianças<br />
adotivas, mas o destino deulhe<br />
mais uma. Se pudesse, a<br />
prole seria maior ainda.<br />
“Tinha o plano de adotar<br />
seis crianças, mas quando já<br />
tinha cinco filhos fui a uma<br />
festa de fim de ano em um<br />
abrigo e a religiosa que cuidava<br />
do local informou que havia<br />
dois irmãos que esperavam<br />
por adoção há cinco anos.<br />
Então decidi ficar com os dois<br />
meninos”, contou Claudio. A<br />
história de amor e dedicação<br />
começou há 17 anos, após a<br />
morte dos familiares. Ao visitar<br />
a madrinha, conheceu<br />
os irmãos Thiago e Lucas, na<br />
época com 3 e 1 ano, respectivamente.<br />
O mais velho com<br />
raquitismo e o caçula tinha<br />
séria anemia e era portador do<br />
vírus HIV.<br />
independência é meta Pais devem se preparar para adoção<br />
Em uma casa com tantos filhos,<br />
a bagunça é inevitável, mas<br />
Claudio garante que é um pai<br />
durão. Cada um tem sua tarefa<br />
e a prioridade é estudar. “Quero<br />
que eles tenham sua independência<br />
quando forem adultos.<br />
Nunca tive medo de encarar<br />
o desafio, mas me preocupava<br />
com o lado financeiro. Tenho<br />
meu emprego e sustento a casa<br />
sozinho. Essa sempre foi uma<br />
condição que me impunha ao<br />
adotar as crianças. Precisava ter<br />
consciência de que tinha de me<br />
virar sozinho.”<br />
Mas, como ninguém é de<br />
ferro, uma ajudazinha vai bem,<br />
obrigado. A babá Cícera há 12<br />
anos trabalha na casa da numerosa<br />
família, que só não aumenta<br />
justamente por falta de recursos<br />
“Minha madrinha ajudava a<br />
família, que não tinha como<br />
cuidar das crianças. Me emocionei<br />
com a situação e quis<br />
ajudar”, lembrou. Seis meses<br />
depois ele conseguiu a guarda<br />
dos meninos, com assentimento<br />
dos pais das crianças.<br />
Procurou médicos e começou<br />
o tratamento do pequenos<br />
Lucas, que pouco a pouco reagiu<br />
contra a doença. Hoje, a<br />
carga viral está praticamente<br />
zerada. Dois anos depois foi<br />
a vez de Bárbara, com 5 anos<br />
na época. A menina já tinha<br />
sido rejeitada duas vezes, pela<br />
família biológica e por um casal,<br />
que devolveu a criança ao<br />
abrigo após a mulher descobrir<br />
estar grávida.<br />
mOLECA<br />
Única menina entre os garotos,<br />
ela cresceu com ares de<br />
moleca. Depois de Bárbara, a<br />
família aumentou ainda mais<br />
com a chegada de Paulo. “Havia<br />
decidido adotar mais uma<br />
criança e liguei para a Vara da<br />
Infância e Juventude. Foram<br />
apenas quatro dias de espera.<br />
Paulo já tinha 10 anos e ninguém<br />
se interessa em adotar<br />
crianças mais velhas”, comentou.<br />
Assim como a menina,<br />
o garoto também tinha histórico<br />
de abandono pela mãe<br />
financeiros. E embora Claudio<br />
tenha procurado candidatas para<br />
assumir a vaga de mãe, ninguém<br />
ocupa o papel. “Eu ando procurando,<br />
mas quando digo que<br />
tenho sete filhos, quem se interessa?”,<br />
brincou.<br />
DIA DOS PAIS<br />
O Dia dos Pais, comemorado<br />
neste domingo, não terá nada<br />
de muito especial. Apenas uma<br />
macarronada e mesa cheia. Aliás,<br />
apenas aos domingos é que a<br />
família consegue se reunir para<br />
uma refeição. São em momentos<br />
como esse que Claudio sente<br />
seu dever cumprido. “A vida<br />
é uma passagem, é evolução.<br />
Estamos aqui para fazer o melhor<br />
que pudermos e me sinto<br />
completo”, definiu.<br />
biológica. Seus quatro irmãos<br />
conseguiram abrigo nas casas<br />
dos pais. Ele ficou sozinho.<br />
“Neste caso, pela idade dele,<br />
a adaptação foi um pouco<br />
mais demorada. Mas as coisas<br />
melhoraram rapidamente e<br />
ele pegou o ritmo da família”,<br />
orgulhou-se Claudio. Um ano<br />
depois, mais um irmão chegava.<br />
Matheus tinha 5 anos e<br />
uma história ainda mais triste<br />
que os demais. O pai foi preso<br />
e a mãe o queimava com ponta<br />
de cigarro. Ao procurar um<br />
médico, Claudio ouviu do menino<br />
a confissão de que a mãe<br />
o castigava porque era “feio”.<br />
As marcas dos maus-tratos ficaram<br />
para trás, assim como<br />
os dias tristes no abrigo.<br />
Com cinco filhos, a meta de<br />
adotar seis crianças estava próxima.<br />
Mas uma festa promovida<br />
pela empresa em que trabalha<br />
em São Caetano, em um<br />
abrigo para menores abandonados,<br />
reservava uma surpresa:<br />
a oportunidade de adotar<br />
os irmãos Nicolas e Artur, de<br />
<strong>11</strong> e 9 anos. Eles vagavam nas<br />
ruas quando foram recolhidos<br />
pela Justiça, junto à irmã de<br />
14 anos. Ela fugiu do abrigo e<br />
ambos esperavam ansiosos por<br />
um novo lar, que veio através<br />
de Claudio. A família, enfim,<br />
estava completa.<br />
AnDO PROCuRAnDO<br />
(CAnDIDATAS à vAGA<br />
DE mãE), mAS quAnDO<br />
DIGO quE TEnhO SETE<br />
FILhOS, quEm SE<br />
InTERESSA?<br />
CLAuDIO BOnAvEnTO,<br />
superpai adotivo<br />
claudio Bonavento com os filhos: se pudesse, prole seria ainda maior<br />
De acordo com a psicóloga<br />
e professora do departamento<br />
de pediatria da FMABC (Faculdade<br />
de Medicina do ABC),<br />
Maria Regina Domingues de<br />
Azevedo, é imprescindível que<br />
os candidatos passem por uma<br />
avaliação psicológica para verificar<br />
se estão aptos a assumir<br />
o novo papel de pais de uma<br />
criança ou adolescente.<br />
“É preciso checar se a pessoa<br />
tem estrutura emocional para<br />
receber esse filho. E isso é tão<br />
importante quanto ter estrutura<br />
financeira”, avaliou a psicóloga.<br />
Independentemente de adotar<br />
bebês ou crianças mais velhas,<br />
os pais devem entender<br />
que cada indivíduo possui uma<br />
história e que, mesmo que não<br />
se lembre, os traumas podem<br />
RoDRigo PinTo<br />
aflorar com o tempo. Nestes<br />
casos, deve também procurar<br />
acompanhamento médico nos<br />
primeiros meses de convivência,<br />
para tornar a adaptação<br />
mais fácil.<br />
“A dica é a mesma de quem<br />
tem filhos biológicos: amor e<br />
muita paciência”, reforçou a<br />
psicóloga e professora da Faculdade<br />
de Medicina do ABC.<br />
E nada de esconder as origens<br />
da criança numa tentativa de<br />
proteção.<br />
“Nenhuma relação se constrói<br />
baseada na mentira. A<br />
partir do momento em que a<br />
criança começa a ter alguma<br />
compreensão do mundo, devese<br />
tocar no assunto. Com o<br />
tempo ela irá entender a situação”,<br />
explicou.
10 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR <strong>11</strong><br />
cidades<br />
Protesto no Lacan<br />
funcionários do Hospital lacan,<br />
em São Bernardo, protestaram<br />
Tiroteio em S. Caetano<br />
Dois adolescentes foram<br />
baleados e apreendidos, nesta<br />
nesta sexta (10/<strong>08</strong>) contra o que<br />
sexta-feira (10/<strong>08</strong>), em São<br />
chamaram de falta de segurança<br />
caetano, na tentativa de assalto<br />
para exercício da profissão.<br />
a um veículo land Rover.<br />
COmISSãO DA Onu vISITA S. BERnARDO<br />
uma comissão formada por técnicos do governo federal e<br />
da Junta internacional de fiscalização de Entorpecentes,<br />
organismo ligado à onu, esteve em São Bernardo nesta<br />
sexta-feira (10/<strong>08</strong>) para conhecer o trabalho desenvolvido no<br />
município com pessoas em uso abusivo de álcool e drogas.<br />
Jeito caipira de viver ainda se mantém no <strong>ABCD</strong> rural<br />
Mesmo colada à maior metrópole do País, algumas áreas da Região ainda guardam a calmaria típica do campo, com criação de animais e comercialização de produtos agrícolas<br />
Renan Fonseca<br />
pauta@abcdmaior.com.br<br />
É comum pensar que nos locais<br />
mais escondidos e distantes<br />
do <strong>ABCD</strong> existam apenas franjas<br />
da Mata Atlântica, estradas<br />
vicinais desertas, um ou outro<br />
bairro afastado e rodovias. Mas<br />
a vida no campo, como imaginamos<br />
longe dos centros urbanos,<br />
é ativa aqui na Região e<br />
guarda ainda muito dos trejeitos<br />
mais interioranos e, por que<br />
não, caipiras. O lado rural do<br />
<strong>ABCD</strong> é lugar tranquilo onde<br />
o chão é esverdeado pelo pasto<br />
e escuro avermelhado da terra<br />
fértil e quase virgem, diferente<br />
do cinza sujo do asfalto.<br />
Riacho Grande pós-balsa, vicinais<br />
da estrada Velha para Santos,<br />
pequenas entradas dispersas<br />
pela Imigrantes e Anchieta, divisas<br />
tríplices, como Mauá, Ribeirão<br />
Pires e Suzano e também<br />
Paranapiacaba e Rio Grande da<br />
Serra são lugares onde pessoas<br />
do campo vivem de modo simples<br />
com suas atividades cotidianas,<br />
como a lida com cavalos,<br />
vacas leiteiras, porcos, galinhas,<br />
patos, avestruzes e cabras.<br />
RAnChO<br />
Próximo à estrada das Sete<br />
Cruzes, que liga Mauá e Ribeirão<br />
a Suzano, Shirlei Pinheiro,<br />
43 anos, e a família tocam um<br />
rancho com criações de várias<br />
espécies. As cabras são vendidas<br />
a R$ 8 o quilo do animal vivo.<br />
A sede da propriedade também<br />
serve como comércio de rações,<br />
celas e todo o tipo de material<br />
de que necessita o homem do<br />
campo. Ali é ponto de encontro<br />
para campeiros vizinhos.<br />
Um dos empregados, Donizete<br />
Evangelista, 39 anos, se orgulha<br />
da vida que escolheu. “Nasci<br />
e fui criado no campo. Já trabalhei<br />
em fazendas no Interior de<br />
São Paulo e Mato Grosso”, conta.<br />
Assim como a patroa, o peão<br />
não pretende trocar o campo<br />
pela vida na cidade. “Aqui é<br />
muito tranquilo e gosto muito<br />
de lidar com animais.”<br />
De botas, chapéu nordestino,<br />
canivete junto ao cinto de couro,<br />
Evangelista gosta de mostrar<br />
a prática adquirida. “Trabalho<br />
no campo desde os oito anos.<br />
Acordo cedo e vou ordenhar as<br />
vacas, depois dou comida para<br />
as outras criações”, descreve,<br />
acrescentando que consegue<br />
tirar 35 litros de leite em 30<br />
minutos. Todas as tardes, segue<br />
pela estrada do Carneiro para<br />
tocar a boiada que passou o dia<br />
pastando e volta para o curral<br />
da propriedade de Shirlei.<br />
TRABALhO nO CAmPO<br />
DESDE OS OITO AnOS.<br />
ACORDO CEDO E vOu<br />
ORDEnhAR AS vACAS,<br />
DEPOIS DOu COmIDA àS<br />
OuTRAS CRIAçõES<br />
DOnIzETE EvAnGELISTA,<br />
que trabalha em rancho<br />
Donizete Evangelista cuida das criações em rancho localizado próximo à estrada das Sete cruzes, que liga Mauá e Ribeirão Pires a Suzano : “aqui é muito tranquilo e gosto muito de lidar com os animais”<br />
Em casa de ferreiro, lança se transforma em ferradura<br />
Precisar quantas unidades<br />
rurais existem no <strong>ABCD</strong> é tão<br />
complicado quanto chegar a<br />
uma delas. O IBGE computa<br />
12,8 mil pessoas, somente em<br />
São Bernardo, que moram na<br />
zona rural. Não é que o instituto<br />
ignore as demais propriedades,<br />
os dados são colhidos com<br />
base na legislação das prefeituras<br />
que definem o que é área rural.<br />
Mesmo sem saber quantos<br />
campeiros existem de fato no<br />
<strong>ABCD</strong>, comerciantes exploram<br />
há décadas o mercado rural na<br />
Região. Em São Bernardo, onde<br />
a criação de cavalos se destaca<br />
na região do Riacho Grande,<br />
lojas vendem suplementos alimentares,<br />
medicamentos, selas,<br />
arreios, cabrestos, freios, esporas<br />
e todo tipo de material para<br />
montaria de passeio. “Alguns<br />
consumidores vêm uma vez por<br />
mês para fazer compras. Essas<br />
pessoas vivem mais no campo”,<br />
contou o gerente da JC Tavares,<br />
César Tavares, 40 anos.<br />
Ainda é possível encontrar<br />
antigos ferreiros especialistas na<br />
confecção de ferraduras. A técnica<br />
foi aprendida com o tempo,<br />
como conta seu Alcino Carlos<br />
Alberto, 51 anos. “Faço ferraduras<br />
há 25 anos. Já trabalhei em<br />
empresa, mas, como fui criado<br />
em fazenda, preferi voltar para o<br />
campo.” Hoje atende dois haras.<br />
“Mas tenho vários clientes com<br />
quem trabalho há anos”, explica.<br />
ARTESAnAL<br />
Seu Alcino usa lanças metálicas<br />
de portões velhos para<br />
fabricar as ferraduras. Serra pequenos<br />
pedaços da barra, lixa as<br />
pontas e aquece os bastonetes<br />
em forno de barro. Tudo é feito<br />
luciano vicioni<br />
na pequena oficina que mantém<br />
no quintal de casa, onde vivem<br />
galinhas, carneiros, um cavalo<br />
e uma mula. Quando o metal<br />
está incandescente, vermelho e<br />
crepitando, é hora de seu Alcino<br />
usar marreta e bigorna. A labuta<br />
dura menos de hora. Com o<br />
semiarco moldado, o ferreiro<br />
remove as rebarbas e passa ao<br />
processo de perfurar a ferradura.<br />
“Aprendi quando novo, olhando<br />
um ferreiro que trabalhava perto<br />
do sítio de meu pai”, revela<br />
Alcino, olhando com orgulho o<br />
material recém-forjado.<br />
Trecho leste do Rodoanel desapropria<br />
última olaria da Região, em Ribeirão Pires<br />
A Olaria do Pilar, em Ribeirão<br />
Pires, encerrou seus trabalhos<br />
em novembro passado,<br />
quando as obras de construção<br />
do Trecho Leste do Rodoanel<br />
Mário Covas chegaram ao distante<br />
Jardim Sampaio Vidal. Foi<br />
através da produção oleira que<br />
Jair Ramos, 68 anos, criou 12<br />
filhos. Ele adquiriu a propriedade<br />
há 44 anos e, de acordo com<br />
seu Jair, a olaria já funcionava<br />
naquela época. “A gente produzia<br />
4,5 mil tijolos por dia”,<br />
relembra. Parte do terreno foi<br />
desapropriada, restando apenas<br />
uma área onde estão uma pequena<br />
tapera, algumas árvores<br />
frutíferas e o velho caminhão<br />
de seu Jair. O antigo forno e o<br />
local de secagem dos tijolos foram<br />
tomados pelo canteiro de<br />
obras do Rodoanel. E seu Jair<br />
não sabe se terá indenização.<br />
Os tijolos da Olaria do Pilar<br />
serviram para construir casas,<br />
casarões, igrejas e até mesmo<br />
parte da Prefeitura de Mauá,<br />
conforme descreveu o proprietário.<br />
Toda a produção era feita<br />
ainda conforme os métodos antigos,<br />
usando as mãos para revirar<br />
o barro e lenha para aquecer<br />
o forno. Mas ali também se<br />
criavam porcos, galinhas, vacas<br />
leiteiras e havia um pomar.<br />
Seu Jair lembra quando podia<br />
abrir a janela na pequena<br />
tapera, avistar o grande morro<br />
de mata verde que se erguia por<br />
trás do antigo forno. “Toda a<br />
minha história está aqui”, lamenta.<br />
Um dos filhos, Carlos,<br />
39 anos, ainda ajudava o pai na<br />
A GEnTE PRODuzIA<br />
4,5 mIL TIJOLOS POR DIA<br />
(nA OLARIA DO PILAR).<br />
TODA A mInhA hISTóRIA<br />
ESTá AquI<br />
JAIR RAmOS,<br />
que encerrou seu trabalho de<br />
oleiro em novembro passado<br />
olaria. “Tive de arranjar outro<br />
emprego para ajudar meu pai,<br />
que já está de idade”, explica.<br />
InDEnIzAçãO<br />
A SPMar, empresa responsável<br />
pelas obras do Rodoanel<br />
naquela área, informou em<br />
nota que “os funcionários só<br />
trabalham em áreas legalmente<br />
autorizadas, ou seja, que já<br />
tiveram o valor da indenização<br />
depositado pela concessionária<br />
e a liberação pelo juiz do documento<br />
de imissão de posse”.<br />
Além disso, a empresa ressaltou<br />
que, “se o processo de<br />
desapropriação foi definido<br />
amigavelmente, o pagamento<br />
já foi realizado perante o juiz.<br />
Se o valor de indenização teve<br />
que ser determinado pelo laudo<br />
do perito contratado pelo juiz,<br />
a concessionária realiza o pagamento<br />
em juízo, conforme rege<br />
a legislação. Neste caso, cabe ao<br />
proprietário do imóvel solicitar<br />
o que lhe é de direito, não tendo<br />
a SPMar nenhuma gestão<br />
sobre este processo”.<br />
aManDa PERoBElli<br />
o ferreiro alcino carlos alberto é especialista na confecção de ferraduras, feitas pelo método tradicional em São Bernardo
12 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR 13<br />
economia<br />
PARA O DIA DOS PAIS<br />
Pesquisa do observatório Econômico da universidade<br />
Metodista indica que o preço médio para o presente<br />
Semana de economia<br />
a fundação Santo andré<br />
faz de 13 a 17/<strong>08</strong> a Semana<br />
do Dia dos Pais, neste domingo, será de R$ 144,10.<br />
da Economia Brasileira. o<br />
vestuário e calçados estão entre os itens de maior<br />
tema é Meio ambiente –<br />
procura no comércio da Região, indica o levantamento.<br />
Desenvolvimento e crise”.<br />
DinHEiRo vivo PoR LuIS nASSIF<br />
O novo desenvolvimento e o papel do Estado - 3<br />
País sede da primeira revolução<br />
industrial, nos planos<br />
científico e tecnológico, a Inglaterra<br />
não possuía avanços<br />
significativos em relação a outros<br />
grandes países europeus.<br />
O historiador Eric Hobsbawn<br />
define “revolução industrial”<br />
como a criação de um “sistema<br />
fabril mecanizado que por<br />
sua vez produz em quantidades<br />
tão grandes e a um custo<br />
tão rapidamente decrescente<br />
a ponto de não mais depender<br />
da demanda existente, mas de<br />
criar o seu próprio mercado”.<br />
Segundo Hosbawn, “qualquer<br />
que tenha sido a razão do<br />
avanço britânico, ele não se<br />
deveu à superioridade tecnológica<br />
e científica.”<br />
Dois fenômenos produziram<br />
o milagre inglês: uma indústria<br />
que já oferecia recompensas<br />
excepcionais para o fabricante<br />
expandir rapidamente sua produção<br />
(proporcionando mais<br />
ganhos do que o comércio);<br />
turbinada por um mercado<br />
mundial àquela altura monopolizado<br />
por uma única nação.<br />
Em suma: deveu-se à criação<br />
de mercados.<br />
No início, a base de sua economia<br />
era a lã de ovelhas. O país<br />
vendia lã em estado bruto para<br />
a Bélgica, onde eram tingidos e<br />
trabalhados. Sob o reinado de<br />
Carlos I e Jaime I houve proteção<br />
à produção inglesa. Em breve, a<br />
indústria têxtil se consolidou, a<br />
Inglaterra passou a exportar tecidos<br />
fi nos, de valor agregado, e<br />
a importar pouquíssimo.<br />
A indústria da lã motivou a mineração<br />
do carvão que, por sua<br />
vez, deu origem ao extenso comércio<br />
pesqueiro e à pesca, os<br />
dois últimos servindo de base<br />
à montagem do poderio naval<br />
Espaço solidário tem também trabalhos artesanais<br />
britânico, consolidados nas leis<br />
de Navegação, que reservaram<br />
aos navios ingleses a pesca e o<br />
transporte do carvão.<br />
A obra de arte diplomática<br />
foi o Tratado de Mehuen com<br />
Portugal.<br />
Havia quatro blocos de países<br />
em jogo.<br />
* A Inglaterra, com sua manufatura<br />
em expansão e o domínio<br />
do comércio do Atlântico,<br />
com as Índias Orientais e<br />
Ocidentais.<br />
* Portugal tinha metais que<br />
interessavam a Inglaterra e<br />
uma indústria de vinhos.<br />
* A Índia tinha uma indústria<br />
têxtil poderosa, mais articulada<br />
que a inglesa, e outras manufaturas<br />
desenvolvidas. Mas<br />
tinha carência de ouro.<br />
O acordo com Portugal, firmado<br />
pelo embaixador britânico<br />
Paul Methuen previa os<br />
seguintes pontos:<br />
1. A Inglaterra permitiria a<br />
importação de vinhos portugueses<br />
com tarifas alfandegárias<br />
equivalentes a 1/3 das<br />
tarifas de países concorrentes.<br />
2. Portugal consentiria em<br />
importar tecidos e roupas inglesas<br />
com taxas alfandegárias de<br />
23%, mesma alíquota cobrada<br />
antes de 1684, quando Portugal<br />
se tornou protecionista.<br />
Imediatamente após o acordo,<br />
houve uma inundação de<br />
manufaturas inglesas que praticamente<br />
arrebentou com a indústria<br />
portuguesa. A Inglaterra<br />
recorreu a todos os expedientes,<br />
inclusive colocando produtos<br />
subfaturados, para pagar<br />
menos taxas alfandegárias. Na<br />
outra ponta, levou toda prata e<br />
todo ouro de Portugal.<br />
O ouro e prata de Portugal<br />
garantiram à Inglaterra acesso<br />
aManDa PERoBElli<br />
aos produtos indianos, com<br />
que inundaram a Europa. Todas<br />
as colônias portuguesas,<br />
especialmente o Brasil, se<br />
transformaram em feudos ingleses.<br />
Com essa estratégia, a Inglaterra<br />
adquiriu um poder sem<br />
paralelo; os demais países,<br />
que adquiriram manufaturas<br />
mais baratas, ganharam o inverso.<br />
EmpREGo iNduStRiAl VARiA<br />
-0,2% Em JuNho<br />
O total do pessoal ocupado<br />
na indústria mostrou variação<br />
negativa de 0,2% no mês de<br />
junho frente ao período imediatamente<br />
anterior, na série<br />
livre de influências sazonais,<br />
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro<br />
de Geografia e Estatística).<br />
Este é o quarto resultado<br />
negativo consecutivo nesse<br />
tipo de comparação, acumulando<br />
nesse período perda de<br />
1,2%. Na comparação com<br />
junho de 20<strong>11</strong>, o emprego<br />
industrial caiu 1,8%, a perda<br />
mais intensa desde dezembro<br />
de 2009 (-2,4%).<br />
totAl dE hoRAS pAGAS Em<br />
JuNho é 0,3% mENoR<br />
Segundo o IBGE, o número<br />
de horas pagas aos trabalhadores<br />
da indústria em junho caiu<br />
0,3% ante maio, já descontadas<br />
as influências sazonais,<br />
atingindo assim sua quarta<br />
queda consecutiva, e uma perda<br />
acumulada de 2,9%. Com<br />
isso, o índice de média móvel<br />
trimestral apresentou queda de<br />
0,6% no trimestre encerrado<br />
em junho, enquanto o total em<br />
relação a 20<strong>11</strong> caiu -2,6%, a<br />
décima taxa negativa consecutiva<br />
nesse tipo de confronto.<br />
Diretoria do Sindicato dos<br />
químicos do aBc toma<br />
posse neste sábado<br />
Redação<br />
pauta@abcdmaior.com.br<br />
A diretoria do Sindicato dos<br />
Químicos do ABC toma posse<br />
neste sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>), a partir das<br />
18h. Os integrantes eleitos em<br />
dezembro passado cumprirão o<br />
mandato até 2015. A atuação da<br />
nova diretoria dará continuidade<br />
ao trabalho das gestões anteriores<br />
que estão no sindicato desde<br />
1982. O evento de posse será na<br />
Casa de Portugal, em Santo André<br />
e contará com a presença de<br />
sócios, representantes do governo<br />
federal, prefeitos, lideranças<br />
políticas e sindicais da Região.<br />
“Desde o início do processo<br />
eleitoral, que foi aberto na assembleia<br />
de 21 de outubro de<br />
20<strong>11</strong>, com a presença de mais<br />
de 600 associados, a vontade dos<br />
trabalhadores prevaleceu. E o resultado<br />
mais signifi cativo dessa<br />
disputa foi o quórum atingido e<br />
superado em praticamente dois<br />
dias de eleição. Isso demonstra o<br />
tamanho da responsabilidade da<br />
diretoria eleita”, destaca o presidente<br />
reeleito Paulo Lage. A sua<br />
chapa conquistou 89,7% do total<br />
de votos válidos.<br />
O próximo passo da nova<br />
diretoria será a convocação do<br />
<strong>11</strong>º Congresso dos Químicos<br />
do ABC, que objetiva um planejamento<br />
adequado das ações<br />
do sindicato para o período. “A<br />
Conferência Internacional que<br />
realizamos no ano passado, resultou<br />
em propostas para aumentar<br />
a oferta de empregos no setor,<br />
a melhorar a qualidade de vida<br />
e as condições de trabalho em<br />
nossas indústrias e em estratégias<br />
para enfrentar a terceirização e<br />
a rotatividade que dilapidam os<br />
ganhos salariais e os benefícios<br />
conquistados. O <strong>11</strong>º Congresso<br />
irá aprofundar essas propostas e<br />
elaborar um plano de ação efetivo”,<br />
explicou Lage.<br />
Na base do Sindicato estão<br />
instaladas cerca de 1.000 empresas,<br />
que empregam 40 mil trabalhadores.<br />
Paulo lage, presidente reeleito cumpre o novo mandato até 2015<br />
lanchonete q’Sabor é a nova economia solidária em São Bernardo<br />
São Bernardo oferece mais<br />
uma atividade da economia solidária.<br />
A Lanchonete e Pastelaria<br />
Q’Sabor, localizada dentro do<br />
Espaço Solidário será inaugurada<br />
até o fi nal de agosto.<br />
A novidade é que os funcionários<br />
são usuários da Rede de Saúde<br />
Mental da Secretaria de Saúde<br />
de São Bernardo, como também<br />
do Centro de Atenção Psicossocial<br />
Álcool e Drogas. “A intenção<br />
é promover a reabilitação psíquico<br />
social dos usuários, por meio<br />
do trabalho e renda”, destacou a<br />
luciano vicioni<br />
responsável social do Núcleo de social. No local trabalham 20 ar-<br />
Trabalho e Arte Nutrarte), Elizatesãos. “O Espaço possibilita a<br />
bete Henna.<br />
qualifi cação e geração de renda<br />
“A culinária está me aju- de uma forma coletiva”, comendando,<br />
me equilibrando e gatou a coordenadora Sandra Crisnho<br />
meu dinheiro com o tratina Olmedilha.<br />
balho”, disse o funcionário “Trabalho no Espaço Solidá-<br />
Divaldo Simões dos Santos. rio, e me sustento com as vendas<br />
das minhas mercadorias, além<br />
ARTESAnATO<br />
da minha aposentadoria. É uma<br />
O Espaço Solidário foi criado terapia pra mim. Gosto de con-<br />
em agosto de 20<strong>11</strong> e se tornou feccionar, amo o meu traballho”,<br />
uma inovadora alternativa de enfatizou a artesã, Iracy Gomes<br />
geração de trabalho e renda e Fernandes.<br />
uma resposta a favor da inclusão (Ana paula dante)<br />
S. Bernardo terá defi nição de<br />
área para parque tecnológico<br />
centro de pesquisa de empresas e universidades vai atender demandas da Região<br />
michelly Cyrillo<br />
michelly@abcdmaior.com.br<br />
São Bernardo terá um parque<br />
tecnológico e a aprovação do<br />
local deverá ocorrer em setembro<br />
pela Câmara. A localização<br />
será próxima ao Trecho Sul do<br />
Rodoanel e a área está na lei de<br />
uso e ocupação de solo da cidade,<br />
que há três meses tramita<br />
na Câmara de Vereadores.<br />
O parque tecnológico será<br />
destinado a empresas que desenvolvam<br />
pesquisa e inovação<br />
nas áreas de petróleo e gás, indústrias<br />
de defesa, movelaria,<br />
ferramentaria e economia criativa<br />
para o setor de cinema e<br />
animação. O terreno será doa-<br />
Empresas anunciam investimentos em plantas de Diadema<br />
A empresa japonesa Yaskawa<br />
Elétrico do Brasil e o grupo<br />
Artecola anunciaram nesta semana<br />
investimentos em novas<br />
plantas na cidade. A companhia<br />
japonesa está se instalando<br />
em Diadema e a Artecola ampliando<br />
a planta local. Ambas<br />
desenvolvem produtos com alta<br />
tecnologia e inovação. A localização<br />
estratégica do município,<br />
às margens da Imigrantes, Rodoanel<br />
e próxima da Capital, é<br />
um dos fatores que atrai cada<br />
vez mais empresas para o município.<br />
O secretário de Desenvolvi-<br />
mento Econômico, Luis Paulo<br />
Bresciani, afi rmou que<br />
até o fi nal de <strong>2012</strong><br />
outras empresas<br />
desse mesmo nível<br />
também se<br />
instalarão na<br />
cidade.<br />
“Insistimos<br />
que é necessário<br />
ter empresas que criem e<br />
desenvolvam produtos,<br />
não só as que montam<br />
e confeccionam. Estamos<br />
alinhados à<br />
perspectiva do go-<br />
do pela Prefeitura e gerenciado<br />
pelo setor privado e universidades<br />
que vão desenvolver pesquisas<br />
para atender à demanda<br />
desses segmentos, considerados<br />
estratégicos para o município.<br />
O projeto faz parte do plano<br />
de desenvolvimento para<br />
São Bernardo, que prevê atrair<br />
empresas de diversos ramos de<br />
atividade para diversifi car a cadeia<br />
produtiva, que atualmente<br />
é focada no setor automotivo.<br />
Nesta semana, o projeto de<br />
lei de uso e ocupação do solo<br />
entrou em pauta, mas não votado<br />
pelos vereadores. O objetivo<br />
da lei é revisar e adequar os<br />
parâmetros urbanísticos adotados<br />
pela legislação do Plano<br />
Diretor. Já que o documento,<br />
ao mesmo tempo, libera áreas<br />
de São Bernardo para moradias<br />
populares e instalação de novas<br />
empresas, também é rígido<br />
para as construções imobiliárias<br />
nesta área. Os parlamentares<br />
alegam que a Administração<br />
demorou em apresentar as<br />
alterações e que não cumpriu<br />
com o acordo de alterar alguns<br />
pontos da lei.<br />
DEFInIçãO<br />
O vereador Paulo Dias (PT)<br />
afi rmou que o terreo previsto é<br />
próximo ao Rodoanel e que é<br />
necessário agilizar a aprovação<br />
para a articulação com empresas<br />
e universidades. “Só pode-<br />
mos ir formatando o projeto do<br />
parque tecnológico com a área<br />
defi nida. Todas as etapas do<br />
parque passarão pela aprovação<br />
dos vereadores, e a primeira é a<br />
área.”<br />
O parque será gerenciado<br />
por sindicatos, empresas e<br />
universidades. Tarcísio Secoli,<br />
ex-secretário de Coordenação<br />
Governamental, que acompanhou<br />
a elaboração do projeto,<br />
explicou que a articulação já<br />
está avançada com os possíveis<br />
gestores, mas é necessário ter o<br />
local defi nido e aprovado para<br />
fi rmar de fato as parcerias. “Diversas<br />
reuniões já foram realizadas,<br />
há muitos interessados<br />
porque são setores promissores<br />
de crescimento. Acredito que<br />
em setembro os ajustes sejam<br />
feitos e esta etapa aprovada pelo<br />
Legislativo. Precisamos agilizar<br />
os trâmites legais para atender<br />
esses mercados que necessitam<br />
de espaços como o parque para<br />
se desenvolver”, afi rmou.<br />
Na estratégia de desenvolvimento<br />
econômico do município<br />
consta ainda área para<br />
implantação de indústrias para<br />
produzir e atender empresas<br />
desses setores considerados<br />
promissores.<br />
O prazo para a implantação<br />
do parque ainda não foi<br />
divulgado, já que são diversas<br />
etapas legais no qual o projeto<br />
tramitará.<br />
RoDRigo PinTo<br />
verno federal que é o de atrair<br />
companhias que desenvolvam o<br />
conhecimento aqui. Não queremos<br />
mais ser um país apertador<br />
de parafuso. Atrelado a essas<br />
empresas estão profi ssionais<br />
mais qualifi cados e com a remuneração<br />
melhor. Só investindo<br />
em inovação poderemos nos<br />
destacar no mercado competitivo”,<br />
afi rmou o secretário.<br />
A japonesa Yaskawa está há<br />
90 anos no mercado e há 40 no<br />
Brasil. É fabricante de equipamentos<br />
de automação industrial<br />
de alta tecnologia. A empresa<br />
atuava na Capital e em São<br />
Bernardo, mas optou em unir<br />
´luis Paulo Bresciani disse que é importante para a cidade o investimento de empresas do setor de tecnologia e inovação<br />
as duas plantas em um espaço<br />
moderno e de fácil<br />
favorável. Aqui vamos desentalado no Jardim Casa Grande, uma multinacional que fabri-<br />
localização. O novo envolver<br />
os projetos dos nossos em Diadema há alguns anos, reca diversos itens como colas,<br />
dereço da empresa é na<br />
equipamentos”, afi rmou o disolveu ampliar a planta e ter um adesivos, silicones, laminados<br />
avenida Piraporinha, 777.<br />
retor da Yaskawa do Brasil, José novo centro de distribuição. especiais. O novo prédio, que<br />
“A proximidade com a<br />
Luiz Rubinato.<br />
“O grupo desenvolve produtos atende a marca Afi x da empre-<br />
Capital, porto de Santos, o Ao todo, a Yaskawa tem 10 com alta tecnologia para diversa, recebeu investimento de R$<br />
Rodoanel e a facilidade de mil metros quadrados e empresos setores como o da constru- 2 milhões e se localiza ao lado<br />
locomoção dos funcionága 140 funcionários. A perspecção civil, e já estuda ampliar a da fábrica.<br />
rios pelo trólebus foram<br />
tiva de investimento até 2018 é empresa ainda mais no municí- “Até o fi nal do ano temos a<br />
os fatores determinantes<br />
de R$ 30 milhões.<br />
pio por conta da facilidade de perspectiva da instalação de<br />
para escolhermos<br />
logística”,afi rmou Bresciani. outras empresas no município.<br />
Diadema. O mu-<br />
ALTA TECnOLOGIA<br />
A Artecola foi fundada em Porém, os nomes ainda são siginicípio<br />
tem um<br />
Já o grupo brasileiro Artecola, 1948 com uma pequena fábrilosos”, afi rmou Bresciani.<br />
espaço geográfi co do Rio Grande do Sul, já insca de tintas e cola, e hoje já é<br />
(michelly Cyrillo)
14 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong><br />
classificados<br />
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e CNPJ 66.8<strong>07</strong>.280/0001-52, comunica o extravio<br />
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2001,2002,2003,2004.<br />
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<strong>11</strong> A 13 DE AGOSTO DE <strong>2012</strong><br />
arte e ação<br />
Não é<br />
peteca; é<br />
badminton<br />
Pág. 20<br />
RoDRigo PinTo<br />
Temaki ao<br />
alcance do bolso<br />
O Makis Place, na avenida<br />
Kennedy, em São Bernardo,<br />
oferece temaki a preços que<br />
variam de R$ 9 a R$ 16. Pág. 17<br />
aRquivo/ aBcDMaioR<br />
RoDRigo PinTo<br />
Badminton é praticado por<br />
1.500 pessoas no <strong>ABCD</strong>;<br />
algumas se dedicam ao esporte<br />
na quadra do São Bernardo<br />
Tênis Clube<br />
Semifinais animam a<br />
várzea em S. Bernardo<br />
Taboão (camisa vermelha) disputa neste<br />
domingo, às 10h, a final da Primeira Divisão<br />
do Futebol Amador em São Bernardo contra a<br />
equipe do Vila Baeta. Página 19
16 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR 17<br />
arte e ação cultura<br />
Risos<br />
Conhecida pela personagem Janete do<br />
programa Zorra Total, a atriz Thalita Carauta vem<br />
ao Teatro lauro Gomes (rua Helena Jacquey 171,<br />
São Bernardo) domingo (12/<strong>08</strong>), às 19h, com a<br />
comédia Favela. Informações: 4368-3483.<br />
ROCK nACIOnAL<br />
As bandas de pop rock Caps lock (foto), Charlie Brown Jr. e Forfun<br />
participam do evento Estância Rock no sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>), que começa<br />
às 21h no Estância Alto da Serra (Estrada Velha de Santos, Km 33,<br />
Riacho Grande, São Bernardo). Os preços variam de R$ 50 a R$ 170.<br />
Mais informações pelo telefone 4101-5000.<br />
Star Trek na veia<br />
O Cineclube Photogramas (rua Bauru, 21, Baeta<br />
Neves) dedica a programação do sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>)<br />
à série de fi lmes Star Trek. Filmes e episódios serão<br />
exibidos das 13h às 17h. Recomendação etária: 12<br />
anos. Entrada franca. Informações: 4336-8239.<br />
orquestra de Berranteiros e violeiros<br />
presenteia Mauá com novo disco<br />
conjunto dedica álbum às belezas da cidade que o acolhe; trabalho será apresentado neste sábado<br />
Caio Luiz<br />
caio@abcdmaior.com.br<br />
“Mauá é terra de ninguém”,<br />
“Que Mau-á nisso?”, “Mauá<br />
é terra de índio”. Estes são alguns<br />
bordões que polvilham<br />
uma espécie de mítica pejorativa<br />
sobre um dos municípios<br />
mais recentes da Região. No<br />
entanto, ignorando as brincadeiras,<br />
uma iniciativa musical<br />
independente da Orquestra<br />
dos Berranteiros e Violeiros<br />
de Mauá enaltece a cidade por<br />
meio do lançamento do álbum<br />
Um Presente para Mauá.<br />
O disco de 15 faixas será<br />
apresentado ofi cialmente em<br />
um evento no Teatro Municipal<br />
de Mauá neste sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>),<br />
às 20h. Aproximadamente metade<br />
do CD será executada pelos<br />
integrantes da orquestra. A<br />
obra é constituída por músicas<br />
inteiramente compostas por<br />
participantes do conjunto, assim<br />
como as letras.<br />
“Faço parte da orquestra desde<br />
a fundação, em 1999, e vivo<br />
em Mauá há quase 50 anos,<br />
portanto, tenho um amor<br />
muito grande pela cidade”, declarou<br />
Antenor Aparecido de<br />
Oliveira, natural de Piracaia<br />
(Interior de São Paulo), o principal<br />
criador das letras que pesquisou<br />
em livros para auxiliálo.<br />
Os outros são Ana Stoppa,<br />
Mariana Canova, Francisco<br />
Bessa e Léo Machado.<br />
Além de trabalhar na administração<br />
de um posto de<br />
saúde do município, o músico<br />
toca violão desde os 15 anos e<br />
contribui com o grupo musical<br />
desde o primeiro CD. O novo<br />
disco é o sexto trabalho do conjunto<br />
que, ao todo, reúne cerca<br />
de cem pessoas.<br />
Além de tocar e cantar semanalmente<br />
em missas, o<br />
conjunto já fez mais de 1.300<br />
apresentações pelo Sul e Sudeste<br />
do País, em escolas, museus,<br />
fábricas, quermesses. Também<br />
desenvolve projetos de iniciação<br />
musical com fl auta doce e<br />
possui um coral das comunidades.<br />
As aulas de formação são<br />
orquestra dos Berranteiros e violeiros foi fundada em 1999 e já havia gravado cinco cDs, voltados para o repertório sertanejo e caipira tradicional<br />
ministradas em escolas estaduais<br />
e igrejas católicas.<br />
hOmEnAGEm<br />
Os cinco primeiros CDs tinham<br />
um enfoque voltado<br />
para o repertório sertanejo e<br />
caipira tradicional, com regravações<br />
de clássicos como Menino<br />
da Porteira. A novidade<br />
do lançamento está exatamente<br />
no conteúdo inédito. Todas<br />
as músicas são sobre o patrimônio<br />
cultural, natural e/ou<br />
arquitetônico da cidade.<br />
TRATA-SE DE um<br />
PROJETO FOnOGRáFICO<br />
quE COnTA A hISTóRIA<br />
DE mAuá POR mEIO DE<br />
SEuS mARCOS<br />
JOãO ALLETO,<br />
regente da orquestra<br />
“Trata-se de um projeto fonográfi<br />
co que conta a história<br />
de Mauá por meio de seus<br />
marcos”, explicou um dos idealizadores<br />
da proposta, o maestro<br />
João Alleto, que rege a<br />
orquestra desde que ela emitiu<br />
o primeiro acorde de viola ou<br />
berro de berrante.<br />
Ao longo do CD, há composições<br />
sobre a padroeira da cidade,<br />
Imaculada Conceição, uma<br />
canção para também homenagear<br />
a igreja matriz, a Gruta de<br />
Santa Luzia, onde nasce o rio<br />
Tamanduateí, e a execução do<br />
hino de Mauá.<br />
A praça 22 de Novembro, localizada<br />
no Centro, o Santuário<br />
de Frei Galvão, a capelinha do<br />
Sertãozinho, destruída em 20<strong>08</strong><br />
e que completaria 100 anos em<br />
2015, o Parque Ecológico do<br />
Guapituba e o Barão de Mauá<br />
por trazer a linha férrea não fi caram<br />
de fora do disco que custou<br />
R$ 18 mil. “Mesmo sem patrocínio<br />
de instituições da Região, o<br />
disco é um cartão-postal sonoro<br />
da cidade e será distribuído em<br />
escolas estaduais e municipais”,<br />
acrescentou Alleto.<br />
PARA ADquIRIR O CD E PARTICIPAR DA ORquESTRA<br />
PROGRAmAçãO<br />
no novo disco do grupo, há composições sobre a padroeira da cidade<br />
foToS: Divulgação<br />
Quem tiver interesse em participar da orquestra como músico não é necessário<br />
ser profi ssional ou ter conhecimento prévio. Todo sábado, às 15h, na igreja matriz<br />
de Mauá, o grupo se reúne para ensaios e todos são bem-vindos.<br />
Para adquirir o CD, no valor de R$ 20, basta entrar em contato pelo telefone<br />
4516-2603 ou 9864-8003 ou comparecer ao show no teatro, que fi ca na rua<br />
Gabriel Marques, 353, Vila Noêmia. A entrada para a apresentação custa R$ 5.<br />
Duração: 120 min. Indicação: livre. Informações <strong>455</strong>5-0<strong>08</strong>6.<br />
Abertura às 20h com o grupo de Violões Clássicos de música erudita. Em seguida<br />
a Orquestra de Flautas apresenta músicas folclóricas, de raiz e MPB. Grupo<br />
de Berranteiros: 40 berrantes farão saudações e toques em diferentes timbres. A<br />
orquestra se reúne e toca as músicas do CD em homenagem a Mauá.<br />
Autores da Região estão na<br />
Bienal do Livro de S. Paulo<br />
começa um dos maiores eventos de literatura do País, e escritores do aBcD estarão presentes<br />
marina Bastos<br />
marina@abcdmaior.com.br<br />
Livros transformam o mundo, livros<br />
transformam pessoas é o tema<br />
da 22ª Bienal Internacional do<br />
Livro de São Paulo, que vai até o<br />
domingo (19/<strong>08</strong>) no Pavilhão de<br />
Exposições do Anhembi. Com<br />
uma programação abrangente,<br />
o evento mescla literatura com<br />
diversão, negócios, gastronomia<br />
e cultura. E o <strong>ABCD</strong> terá alguns<br />
representantes.<br />
A Bienal reúne as principais<br />
editoras, livrarias e distribuidoras<br />
do País. São cerca de 480 expositores<br />
que apresentarão para 800<br />
mil visitantes seus lançamentos.<br />
É nesta ocasião que escritores da<br />
Região como Moacyr Pinto, Ernesto<br />
Reis, Verônica Gomes dos<br />
Santos, Gilberto Antônio Silva,<br />
agentes de leitura de São Bernardo,<br />
entre outros, terão oportuni-<br />
dade de mostrar que o <strong>ABCD</strong><br />
tem produção literária atuante e<br />
de qualidade.<br />
Estreante na Bienal e também<br />
na literatura, Ernesto Reis,<br />
de Santo André, apresentará<br />
ao público da Bienal Piratas no<br />
Atlântico Sul. “Sempre gostei<br />
de história e o que mais me chamava<br />
a atenção era a história dos<br />
bandeirantes, pois isso nunca foi<br />
bem divulgado nas escolas. Lendo<br />
a respeito, descobri pequenas<br />
notas nos livros nacionais sobre<br />
ataques de corsários e piratas ingleses<br />
em Santos, Vitória e outras<br />
cidades”, contou o autor, que estará<br />
na Bienal na segunda-feira<br />
(13/<strong>08</strong>), às 17h, no estande da<br />
Cia dos Livros - rua C50 e C60.<br />
Já Gilberto Antônio da Silva,<br />
de São Bernardo, estará com sua<br />
obra 4 Fundamentos da Felicidade<br />
no estande da editora Perse; Verônica<br />
Gomes dos Santos, de São<br />
Gastronomia<br />
Makis Place, templo do temaki<br />
A Kennedy, rota dos barzinhos<br />
de São Bernardo, tem novidade.<br />
Desde abril, foi aberta<br />
na avenida franquia do Makis<br />
Place, a maior rede de temakerias<br />
do Brasil. O temaki é um<br />
cone de algas marinhas, recheado<br />
de gohan (arroz japonês) e<br />
salmão ou outro sabor da preferência<br />
do cliente.<br />
O ambiente é aconchegante<br />
e climatizado, e recebe um público<br />
de várias idades. “Muitos<br />
jovens saem da balada e vêm<br />
comer aqui”, afi rmou Sidney<br />
Esteves, gerente administrativo.<br />
Com preços acessíveis, que<br />
variam entre R$ 9 e R$ 16, o<br />
estabelecimento oferece muitas<br />
opções saborosas. Entre os<br />
temakis que fazem sucesso está<br />
o de recheio de alface, pepino,<br />
manga, cream cheese e gergelim,<br />
ao custo de R$ 9. Outra<br />
boa alternativa é o temaki com<br />
salmão empanado, com opções<br />
de cebolinha e cream cheese,<br />
que sai por R$ 14.<br />
A Temakeria Makis Place fi ca<br />
na av. Kennedy, 725, telefone<br />
4123-2681. Funciona das 12h<br />
Bernardo, apresentará o infantil<br />
A Princesa Escolhida também no<br />
estande da Perse; Moacyr Pinto<br />
realizará tarde de autógrafos de<br />
Tecendo o Amanhã no estande da<br />
Editora Scortecci; e Ana Maria<br />
Dietrich, professora doutora da<br />
UFABC, lançará ofi cialmente<br />
durante a Bienal a obra Nazismo<br />
Tropical?<br />
SERvIçO<br />
22ª Bienal<br />
Internacional do Livro<br />
Até 19 de agosto no<br />
Pavilhão de Exposições do<br />
Anhembi<br />
avenida Olavo Fontoura,<br />
1.209, Santana - São Paulo<br />
Visitação diária, das 10h<br />
às 22h<br />
Ingressos: R$ 12 e R$ 6<br />
Temakis do Makis Place têm preços que variam de R$ 9 a R$ 16<br />
RoDRigo PinTo<br />
às 23h na segunda-feira; das<br />
12h às 4h da manhã às quintas;<br />
das 12h às 5h às sextas; das 12h<br />
às 6h aos sábados e das 12h às<br />
3h aos domingos, terças e quartas.<br />
Conta com 62 lugares.<br />
(Gislayne Jacinto)<br />
Moacyr Pinto autografa Tecendo o amanhã no sábado, dia 18, às 16h30<br />
LA CAnTInA<br />
O restaurante italiano oferece<br />
treze tipos de massa, que podem<br />
ser combinadas com 22 opções de<br />
molho. Uma das possibilidades é<br />
batizada de tio baxo; trata-se de<br />
um capelete de carne gratinado<br />
com molho branco. Além das<br />
massas, sessenta rótulos de vinho<br />
repousam na adega. A casa fi ca na<br />
rua Padre Manoel de Paiva, 66, no<br />
bairro Jardim, em Santo André.<br />
PALáCIO TAI ChI<br />
Especializada em comida chinesa,<br />
a casa oferece, dentre muitas<br />
opções, fi lé de pescada grelhado<br />
com molho de limão ou frito,<br />
ambos acompanhados de legumes<br />
e em porção para duas pessoas. A<br />
caipirinha de saquê e abacaxi é<br />
sugestão de bebida. Fica na avenida<br />
Arthur de Queirós, <strong>11</strong>2, no bairro<br />
Casa Branca, em Santo André.<br />
aManDa PERoBElli<br />
Restaurante --------------------- Bar ---------------------------------------<br />
GIRAmunDO<br />
O bar tem seis ambientes bem<br />
distintos, marcados por luminárias,<br />
pufes, peças de artesanato e<br />
plantas. Exceto às segundas-feiras,<br />
quando o bar não abre, há shows<br />
todas as noites. Aos domingos,<br />
as mesas são retiradas e o espaço<br />
ganha ares de balada. Fica na rua<br />
Olegário Herculano, 235, Jardim<br />
do Mar, em São Bernardo.<br />
ExCELEnTíSSImO<br />
A porção que traz dois bolinhos de<br />
carne moída, quatro de mandioca<br />
com queijo, dez croquetes de<br />
carne de porco desfi ada e seis<br />
pedaços de frango está entre as<br />
prediletas do público, que lota a<br />
casa durante as apresentações de<br />
pop rock e samba, entre sexta e<br />
domingo. Fica na avenida Onze<br />
de Agosto, 65, em São Bernardo.<br />
Informações: 4177-1814.
18 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong> | <strong>ABCD</strong>MAIOR 19<br />
agenda<br />
Teatro<br />
A peça Tar, processo investigativo a partir dos textos<br />
de Fernando Arrabal, estreia neste domingo (12/<strong>08</strong>), arte e ação esportes<br />
Azulão<br />
Invicto há 13 jogos, sob comando do<br />
técnico Sérgio Guedes, o São Caetano recebe<br />
E saiba a programação<br />
completa pelo site<br />
às 19h, no Polo Cultural Casa de Vidro (av. Goiás,<br />
<strong>11</strong><strong>11</strong>, bairro Santa Paula, São Caetano). Os ingressos<br />
o líder Criciúma, neste sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>), às<br />
16h20, pela Série B do Brasileiro. O Azulão<br />
www.abcdmaior.com.br custam de R$ 6 a R$ 12. Informações: 4238-3030.<br />
está em quarto lugar, com 29 pontos.<br />
Diversidade cultural -------------------------------------------------------coletivo<br />
cultural realiza sarau vamos<br />
nos encontrar na esquina neste sábado<br />
Diversidade cultural é o foco<br />
do sarau Vamos nos Encontrar<br />
na Esquina, que será realizado<br />
neste sábado (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>), às 19h30,<br />
no Estofaria Roberto Agostinho<br />
(rua Silva Jardim, 130, centro de<br />
São Bernardo). Talentos de diversas<br />
cidades estarão reunidos para<br />
presenciar o lançamento gratuito<br />
da primeira ação organizada por<br />
um novo coletivo cultural que<br />
está surgindo na cidade.<br />
O grupo, ainda sem nome,<br />
se reúne quinzenalmente para<br />
discutir mercado, política, sustentabilidade<br />
e ações culturais a<br />
serem realizadas a princípio em<br />
São Bernardo, com o objetivo<br />
de dar visibilidade e reconhecimento<br />
às produções culturais<br />
Cinema -------------------------------<br />
RITmOS BRASILEIROS<br />
O Sesc São Caetano (rua Piauí,<br />
554) exibe na terça-feira (21/<strong>08</strong>),<br />
às 20h, uma coletânea de curtasmetragens<br />
que celebram os Ritmos<br />
Brasileiros. Nestes, samba<br />
de raiz, maracatu pernambucano,<br />
rap e viola caipira se misturam<br />
mostrando diversidade e filiações<br />
sutis. Gratuito.<br />
CInEmA ALEmãO<br />
Lang, Wenders, Murnau, Fassbinder,<br />
Herzog são alguns dos<br />
nomes mais conhecidos do cinema<br />
alemão. Foram selecionados<br />
cinco filmes da recente<br />
filmografia germânica para uma<br />
aproximação dessa interessante e<br />
multicultural produção. O próximo<br />
longa a ser exibido será o É<br />
Melhor Nada do que Coisa Nenhuma,<br />
com direção de Jan Peters,<br />
no Cineclube Photogramas<br />
– Auditório João Domingues<br />
Tavares (rua Bauru, 21, Baeta<br />
Neves), na sexta-feira (17/<strong>08</strong>), às<br />
20h. Mais informações pelo telefone:<br />
4336 8235.<br />
vInhAS DA IRA<br />
O Cine Eldorado (rua Frei Ambrósio<br />
de Oliveira Luz, 55, Eldorado,<br />
Diadema) exibe o filme Vinhas<br />
da Ira, no sábado (18/<strong>08</strong>), às<br />
19h30. Durante a depressão dos<br />
anos 30, agricultores da região<br />
seca de Oklahoma partem para a<br />
Califórnia à procura de uma vida<br />
melhor. Mas sua chegada não é<br />
bem-vista pelos moradores locais.<br />
As famílias de meeiros são submetidas<br />
a condições sub-humanas<br />
de trabalho, vivendo em acampamentos<br />
miseráveis. Gratuito.<br />
locais. A abertura do sarau contará<br />
com seresta para recepcionar<br />
o público, enquanto os artistas,<br />
grupos culturais e convidados se<br />
credenciam para as apresentações<br />
no palco livre, em um ambiente<br />
retrô com toque contemporâneo.<br />
Simultâneo às apresentações, serão<br />
projetados em telões produções<br />
de artistas plásticos locais,<br />
contemplando artes plásticas e<br />
multimídia na atividade. Esta<br />
primeira edição do sarau contará<br />
com a participação de mais<br />
de 30 artistas do teatro, dança,<br />
artes plásticas, literatura, artes<br />
circense, cultura popular e música,<br />
onde poderão se misturar à<br />
vontade. O evento está previsto<br />
para encerrar às 23h.<br />
Festivais -----------------------------<br />
Du MERlino/PMScS<br />
Festa ocorre nos fins de semana de agosto<br />
à ITALIAnA<br />
A 20ª Festa Italiana de São Caetano<br />
(no entorno da praça Comendador<br />
Ermelino Matarazzo e das<br />
ruas 28 de Julho e Mariano Pamplona,<br />
no Bairro Fundação) oferece<br />
aos visitantes boa comida e música<br />
típica da Itália. Gratuito. Aos sábados<br />
ocorre das 18h às 23h; aos domingos,<br />
das 18h às 22h30, durante<br />
os fins de semana de agosto.<br />
ChOCOLATE<br />
Nos finais de semana de agosto<br />
ocorre o 8° Festival do Chocolate<br />
de Ribeirão Pires, no Complexo<br />
Ayrton Senna (av. Brasil, 193, Centro).<br />
O evento gastronômico traz<br />
também shows com grandes nomes<br />
da música brasileira. Os ingressos<br />
podem ser retirados mediante a<br />
doação de 3 kg de alimentos. Aos<br />
sábados ocorre das 14h às 21h, e aos<br />
domingos das 12h às 20h.<br />
literatura ---------------------------<br />
TRAPALhADAS DA OnçA<br />
Histórias de autores da literatura<br />
brasileira são transformadas em<br />
ação cênica na programação do<br />
Sesc Santo André (rua Tamarutaca,<br />
302, Vila Guiomar). Neste sábado<br />
(<strong>11</strong>/<strong>08</strong>), às 15h, a história A Onça<br />
e a Anta será encenada. A indicação<br />
é livre e o evento, gratuito.<br />
o evento, que contempla a diversidade cultural, ocorrerá neste sábado e conta com a participação de mais de 30 artistas<br />
exposição -------------------------<br />
RIquEzAS BRASILEIRAS<br />
O Shopping Metrópole (praça Samuel<br />
Sabatini, 200, Centro, São<br />
Bernardo) exibe até o dia 29 de<br />
agosto a exposição Brasil Mosaico<br />
Cultural. A mostra pretende<br />
divulgar a diversidade e a riqueza<br />
das expressões das culturas populares<br />
brasileiras presentes e manifestadas<br />
no Brasil. Está aberta ao<br />
público de segunda à sábado, das<br />
10h às 22h, e aos domingo, das<br />
12h às 22h. Gratuito.<br />
SãO PAuLO COm ESTILO<br />
O Sesi Mauá (avenida Presidente<br />
Castelo Branco, 237, Jardim Zaíra)<br />
recebe até 15 de agosto a exposição<br />
São Paulo com estilo, na qual<br />
a fotógrafa Priscila Zambotto exibe<br />
<strong>11</strong> obras da cidade. As imagens<br />
desta mostra passaram por<br />
processos para ganhar um aspecto<br />
de ilustração, tornando-se mais<br />
alegres e coloridas. Está aberta ao<br />
público de segunda a sexta-feira,<br />
das 8h às 12h e das 14h às 16h;<br />
aos sábados e domingos das 14h<br />
às 16h. Gratuito.<br />
AvES máGICAS<br />
O Museu de Arte Popular de Diadema<br />
(rua Graciosa, 300, Centro)<br />
apresenta até 31 de agosto a<br />
exposição Aves Mágicas – Asas<br />
do Cotidiano. São 20 obras de<br />
artistas da arte naïf (arte popular)<br />
que expressam o imaginário e o<br />
magnetismo que as aves exercem<br />
não só no dia a dia, mas também<br />
nas histórias, mitos e lendas da<br />
cultura nacional. Está aberta ao<br />
público de terça a sexta-feira, das<br />
10h às 19h, e aos sábados, das<br />
13h às 17h. Gratuito.<br />
teatro ----------------------------------<br />
COméDIA<br />
O Sesc Santo André (rua Tamarutaca,<br />
302, Vila Guiomar) exibe<br />
sábado e domingo (<strong>11</strong>/<strong>08</strong>, às<br />
20h e 12/<strong>08</strong>, às 19h) a peça O<br />
Amor De Clotilde Por Um Certo<br />
Leandro Dantas. A comédia<br />
conta a história de uma jovem<br />
que engravida do namorado em<br />
Recife e é emparedada viva pelo<br />
próprio pai para fugir da vergonha<br />
familiar e preservar a honra.<br />
Indicação: 12 anos. Os ingressos<br />
vão de R$ 2 a R$ 8.<br />
InTERATIvIDADE<br />
O Teatro Sesi Mauá (avenida<br />
Presidente Castelo Branco, 237,<br />
Jardim Zaíra) apresenta neste<br />
domingo (12/<strong>08</strong>), às 19h, a peça<br />
Teritório Banal. Gratuito. Informações<br />
4542-8977.<br />
PEçAS InFAnTIS<br />
Neste fim de semana, o Teatro<br />
Santos Dumont (avenida Goiás,<br />
<strong>11</strong><strong>11</strong>, bairro Santa Paula) será<br />
palco de duas peças infantis. No<br />
sábado (<strong>11</strong>/8), o espetáculo será<br />
o Sonhatório, a partir das 16h.<br />
No domingo (12/<strong>08</strong>), no mesmo<br />
horário, é a vez de Hugo,<br />
os imaginários e a cidade do<br />
medo. Os ingressos custam de<br />
R$ 1,50 a R$ 6. Mais informações<br />
pelo telefone 4238-3030.<br />
KaRiM SauRo/cia TRuKS<br />
Peça Sonhatório será exibida neste domingo<br />
Divulgação<br />
Música --------------------------------<br />
REPEnTISTAS<br />
O Teatro Clara Nunes (rua<br />
Graciosa, 300, Centro) realiza<br />
o 4° Encontro de Cantadores<br />
Repentistas do Nordeste<br />
em Diadema, neste domingo<br />
(12/<strong>08</strong>), às 17h. O evento ocorre<br />
anualmente para celebrar o<br />
dia do poeta repentista (15/<strong>08</strong>),<br />
incluído no calendário oficial do<br />
município. A apresentação será<br />
feita pelo cordelista Moreira de<br />
Acopiara, que faz parte da coordenação<br />
da atividade. Informações<br />
4056-3366.<br />
zé BARBEIRO<br />
O Sesi Santo André (praça Dr.<br />
Armando de Arruda Pereira,<br />
100, Santo André) apresenta<br />
o cantor Zé Barbeiro, neste<br />
domingo (12/<strong>08</strong>), às <strong>11</strong>h. O<br />
espetáculo proposto pretende<br />
apresentar o trabalho deste<br />
conceituado músico com 14<br />
canções, interpretadas por um<br />
conjunto formado por violão de<br />
sete cordas, cavaquinho, percussão,<br />
flauta e clarinete. Gratuito.<br />
A classificação etária é livre.<br />
Dança ---------------------------------<br />
DAnçA SACRA<br />
Neste domingo (12/<strong>08</strong>), a partir<br />
das 15h, o Teatro Municipal de<br />
Mauá (rua Gabriel Marques, 353,<br />
vila Noêmia) apresenta o 2° Festival<br />
da Cia. Sacro Movimento<br />
de Dança, que tem o intuito de<br />
difundir a dança em seus diversos<br />
gêneros e segmentos. A duração é<br />
de aproximadamente seis horas e<br />
a indicação é livre. Os ingressos<br />
custam de R$ 7 a R$ 14.<br />
Sai neste domingo campeão<br />
do amador de S.Bernardo<br />
cerca de três mil torcedores são esperados na final entre vila Baeta e Taboão no 1º de Maio<br />
Edélcio Cândido<br />
edelcio@abcdmaior.com.br<br />
Vila Baeta e Taboão se enfrentam<br />
de novo neste domingo,<br />
às 10h, no estádio 1º de Maio,<br />
pela decisão do Campeonato<br />
da Primeira Divisão de Futebol<br />
Amador de São Bernardo. Em<br />
caso de empate no tempo normal,<br />
o Taboão leva o título pela<br />
melhor campanha, mas o Vila<br />
Baeta acredita que pode levantar<br />
a taça. Nos dois jogos em que<br />
atuaram no campeonato, o Vila<br />
Baeta ganhou por 2 a 0, no estádio<br />
Baetão e por 2 a 1, no campo<br />
do rival. Em 20<strong>11</strong>, o campeão<br />
da categoria foi o Vila Ferreira.<br />
Em campo, mais uma vez,<br />
muito folclore, apelidos esquisitos<br />
e o espírito guerreiro do futebol<br />
amador. O Vila Baeta, de<br />
nOTíCIAS OLímPICAS<br />
FEChA o EVENto Os jogos olímpicos acabam neste<br />
domingo (12/<strong>08</strong>), mas antes do encerramento a partir<br />
das 7h, ocorre a maratona olímpica. A modalidade<br />
em questão terá a presença de Marilson Gomes dos<br />
Santos, atleta de São Caetano e Frank Caldeira<br />
VolEiBol Após vencer a seleção italiana na semifinal,<br />
a seleção brasileira de vôlei disputa o ouro<br />
olímpico neste doming, às 9h contra a Rússia. O<br />
adversário europeu foi superado na primeira fase da<br />
competição por 3 sets a 0.<br />
acordo com o presidente Pedro<br />
Araújo, confia muito no goleador<br />
Diego, com dez gols. O goleiro<br />
Maicon e o meia Rafinha<br />
e o atacante Juquinha, além de<br />
Diego, são os destaques do grupo.<br />
No Taboão, clube fundado<br />
em 1969, Renan, Zoinho, Véio<br />
e Renan são os nomes destacados<br />
e que ditam o ritmo experiente<br />
de toque de bola do time<br />
no campo que costuma jogar<br />
melhor fora de casa.<br />
vILA BAETA<br />
Um dos times mais tradicionais<br />
da várzea, o Vila Baeta,<br />
ganhou seu último título em<br />
1998. O clima entre os diretores,<br />
conselheiros e jogadores<br />
é de festa não só pela decisão<br />
mas, independente do resultado,<br />
pelos 75º aniversário que<br />
dECiSão A seleção brasileira de futebol enfrenta o México<br />
neste sábado(<strong>11</strong>/<strong>08</strong>), <strong>11</strong>h, no Estádio de Wembley.<br />
Após 22 anos, a equipe verde-amarela volta a participar<br />
de uma decisão de olimpíada e possui a chance de<br />
conquistar a tão esperada medalha de ouro.<br />
FiNAl Após atropelar as japonesas na semifinal, a<br />
seleção brasileira feminina de voleibol enfrenta as<br />
meninas do Estados unidos neste sábado, às 14h30,<br />
em londres. Em caso de vitória, as atletas brasileiras<br />
podem faturar o seu segundo título em olimpíadas.<br />
aconteceu em 21 de junho de<br />
<strong>2012</strong>. “Somos o quarto clube<br />
mais velho de São Bernardo. Só<br />
perdemos para o Palestra, EC<br />
São Bernardo e Meninos FC”,<br />
diz o presidente Pedro Araújo.<br />
O clube tem sede social há<br />
vários anos em sobrado de<br />
pastilhas brancas, pretas e<br />
vermelhas, à rua Doutor Baeta,<br />
nº 59. São 13 títulos da<br />
Primeira Divisão e 12 vices.<br />
Na história do Vila Baeta,<br />
constam nomes antigos da<br />
velha guarda como os de João<br />
Gerbelli (primeiro presidente<br />
do clube), Armando Degelo,<br />
Tupã, Mendes, Colombo, Hamilton<br />
Mendes e Edson Ceruti.<br />
O saudoso lateral-direito<br />
Avelmar foi um dos jogadores<br />
mais queridos por onde jogou<br />
até 72 anos.<br />
Em caso de empate, o Taboão leva o título pela melhor campanha<br />
VAlE ouRo Esquiva Falcão, pugilista do A.D São Caetano,<br />
derrotou nesta sexta-feira(10/<strong>08</strong>) o britânico Anthony<br />
Ogogo na categoria peso-médio, até 75kg, e está classificado<br />
para a final do boxe olímpico. O brasileiro irá enfrentar<br />
o japonês Ryota Murata neste sábado, às 17h45.<br />
VElA Fernanda Oliveira e Ana Barbachan fecharam<br />
a participação nos jogos olímpicos na sexta posição.<br />
A dupla brasileira não conseguiu a combinação de<br />
resultados que lhes daria uma medalha de bronze na<br />
classe 470 feminina.<br />
aRquivo/aBcDMaioR<br />
FORA O atletimo está fora da final do revezamento<br />
4x100m. Quarto colocado na primeira bateria, o quarteto<br />
brasileiro de Aldemir Gomes, Sandro Viana, Nilson<br />
André e Bruno lins fez seu melhor tempo na temporada,<br />
com 38s35, mas não conseguiu vaga.<br />
BRoNzE Yamaguchi Falcão, pugilista da seleção brasileira<br />
de boxe olímpico foi derrotado nesta sextafeira(10/<strong>08</strong>)<br />
por Egor Mekhontcev na semifinal da<br />
categoria meio-pesado, até 81 kg. Apesar da derrota,<br />
o atleta brasileiro já garante uma medalha de bronze.
20 <strong>ABCD</strong>MAIOR | <strong>11</strong> a 13 de agosto de <strong>2012</strong><br />
mExA-SE!<br />
Estão abertas as inscrições para o Mexa-se <strong>2012</strong>, que acontecerá<br />
no dia 25 de novembro, em Santo André, com provas de corrida de<br />
10 km e caminhada de 5 km.Os interessados podem se inscrever<br />
nas unidades da Coop do <strong>ABCD</strong>. As inscrições acontecem das 14h<br />
às 20h, e custam para o cooperado R$30 e não cooperado R$ 50.<br />
Jogos Escolares<br />
A abertura do 46º Jogos<br />
Escolares de São Bernardo ocorre<br />
no fim do mês (31/<strong>08</strong>) e contará<br />
com 18 modalidades, sendo sete<br />
coletivas e nove individuais.<br />
Badminton cresce em escolas e<br />
clubes com 1,5 mil adeptos no aBcD<br />
Esporte proporciona raciocínio rápido e melhora condicionamento físico; material não é caro e equipamento tem durabilidade alta<br />
Felipe Rodrigues<br />
felipe@abcdmaior.com.br<br />
O badminton está crescendo<br />
no <strong>ABCD</strong>. São Bernardo tem<br />
dois clubes que trabalham com<br />
a modalidade e a federação paulista<br />
estima que 1,5 mil esportistas<br />
sejam da Região. O esporte<br />
proporciona raciocínio rápido<br />
e contribui para a melhoria do<br />
condicionamento físico.<br />
De acordo com o presidente<br />
da Febasp (Federação de Badminton<br />
do Estado de São Paulo),<br />
Manoel Gori, a modalidade<br />
caiu no gosto das crianças e<br />
dos mais velhos e o <strong>ABCD</strong> já<br />
conta com mais de 1,5 mil pessoas<br />
praticando o esporte. “É<br />
um esporte diferenciado. Não<br />
chega a ser muito caro e pode<br />
ser praticado em inúmeros lugares,<br />
desde que possa ser fechado,<br />
para evitar que o vento<br />
atrapalhe o jogo”, disse.<br />
Para a treinadora do São Bernardo<br />
Tênis Clube e atleta Sandra<br />
Sorpreso, o esportista consegue<br />
adquirir os conhecimentos<br />
da modalidade rapidamente. “O<br />
badminton é um esporte que<br />
proporciona raciocínio rápido<br />
e também ajuda na melhora do<br />
condicionamento físico. É uma<br />
modalidade muito indicada para<br />
o público feminino, pelo fato de<br />
se perder muitas calorias durante<br />
uma partida”, salientou.<br />
Atuando no esporte há seis meses,<br />
o designer Arthur Sacek, 30<br />
anos, morador de Santo André,<br />
disse que optou pela modalidade<br />
para exercer uma atividade física<br />
diária e desde então não pensa<br />
em desistir. “Em pouco tempo,<br />
já evoluí muito. É um esporte<br />
que trabalha boa parte da musculatura”,<br />
ponderou.<br />
Paulo Cruz, 44, engenheiro de<br />
vendas, de São Bernardo, praticante<br />
há cerca de 2 anos, contou<br />
que a modalidade ajuda como<br />
válvula de escape do dia a dia.<br />
“Ajuda a eliminar o stress e proporciona<br />
uma qualidade de vida.<br />
O material não é muito caro e a<br />
durabilidade dos produtos é alta,<br />
com exceção das petecas de pena<br />
de ganso que às vezes duram um<br />
pouco menos”, finalizou.<br />
Arthur Sacek: evolução<br />
em pouco tempo<br />
RoDRigo PinTo<br />
federação divulga e esporte ganha destaque em escolas<br />
A Federação lançou um projeto<br />
para popularizar a modalidade.<br />
Escolas que demarcarem<br />
quadras com as linhas do badminton<br />
receberão um kit com<br />
redes e raquetes. A proposta<br />
tem dado certo e o esporte<br />
cresce nas escolas da Região.<br />
Para incentivar o jogo, o<br />
Colégio Paraíso, localizado no<br />
bairro Baeta Neves, em São<br />
Bernardo, possui há três anos<br />
um projeto para expandir o<br />
esporte. De acordo com a diretora<br />
da escola, Rúbia Vasconcellos,<br />
cerca de 30 alunos<br />
participam. “Começou de forma<br />
experimental, mas os alunos<br />
acabaram se interessando<br />
e desde então estamos ativos e<br />
Manoela e vinicius são craques e já disputaram torneio internacional<br />
anDRiS Bovo<br />
participando de competições”,<br />
disse.<br />
De acordo com Eduardo<br />
Tadeu Arashiro de Almeida,<br />
coordenador de esportes do<br />
Colégio Rio Branco, no Rudge<br />
Ramos, em São Bernardo, as<br />
aulas ocorrem há dois anos na<br />
escola e conta com um grupo<br />
de 57 alunos, que disputam<br />
irmãos miram as olimpíadas<br />
O casal de irmãos Vinícius<br />
Gori, 13 e Manoela Gori, <strong>11</strong>,<br />
atletas do São Bernardo Badminton<br />
Clube e alunos do<br />
Rio Branco, são promessas do<br />
<strong>ABCD</strong> para os próximos jogos<br />
olímpicos. O sonho da dupla é<br />
poder participar de uma olimpíada.<br />
No que depender deles,<br />
o anseio pode virar realidade<br />
pela intensa rotina de treinos de<br />
competições que os dois disputam<br />
pelo mundo afora.<br />
Vinicius Gori contou que<br />
realiza treinos diários de segunda<br />
a sexta-feira, que chegam a<br />
durar aproximadamente três<br />
horas. O atleta destacou que os<br />
adversários mais complicados<br />
que enfrentou no último campeonato<br />
pan-americano júnior<br />
foram os canadenses e os norte-<br />
BADmInTOn<br />
Jogo<br />
O objetivo durante a partida é fazer a<br />
peteca tocar na quadra adversária. O<br />
primeiro jogador, ou dupla, que atingir<br />
21 pontos ganha o jogo.<br />
Equipamentos<br />
A “bola” é uma frágil e eficiente<br />
“peteca,” e é necessário também uma<br />
raquete. Cotoveleiras, tornozeleiras e<br />
joelheiras são recomendadas, além de<br />
sapatos apropriados.<br />
Onde jogar<br />
SBB - São Bernardo Badminton<br />
Clube - Endereço: rua Antonio<br />
Simionato 375 - Vilas unidas – SBC<br />
São Bernardo Tênis Clube -<br />
Endereço: rua Tietê 255 – bairro Vila<br />
Vivaldi – SBC.<br />
competições nacionais e internacionais.<br />
“Podem participar estudantes<br />
com idade entre 9 e 16 anos<br />
e a cada ano aumenta o número<br />
de interessados pela pratica.<br />
Atualmente, ocorrem treinamentos<br />
duas vezes por semana<br />
e estamos pensando em oferecer<br />
mais um dia”, finalizou.<br />
americanos. Vinicius faturou a<br />
medalha de bronze nas categorias<br />
individual e dupla da competição.<br />
“Foi um torneio de alto<br />
nível, mas aos poucos acredito<br />
que é possível obter resultados<br />
melhores. Meu sonho é ganhar<br />
uma medalha numa olimpíada”,<br />
disse.<br />
Já Manoela Gori destacou<br />
que também sonha em se profissionalizar.<br />
A jovem atleta<br />
contou ainda que é admirada<br />
pelas colegas da sua sala pela<br />
habilidade que possui na modalidade.<br />
“Meu pai incentivou a<br />
mim e a meu irmão a praticar o<br />
badminton e desde então estamos<br />
juntos. Gosto muito desse<br />
esporte e um dos objetivos é estar<br />
presente numa olimpíada”,<br />
ressaltou.