Ensino Tamanduateí Utopia de um Rio Urbano tfg Danilo Zamboni ...
Ensino Tamanduateí Utopia de um Rio Urbano tfg Danilo Zamboni ... Ensino Tamanduateí Utopia de um Rio Urbano tfg Danilo Zamboni ...
ta ao tráfego. No fim ele veio comigo. Caminhamos fazendo a incrível curva por cima do Palácio, nos aproximando do São Vito, vendo o skyline do centro da cidade, um passeio que recomendo a todos, é realmente bonito. Lembrei de uma vez anos atrás em que havia me perdido da forma mais aterradora de carro pelo centro, à noite, e peguei este viaduto justamente, embora não tenha ajudado a me localizar propriamente, a vista quase apagou o nervosismo que sentia no momento. Chegando sobre o Tamanduateí, concluí que aquele lugar era o que procurava para finalizar o trajeto. Mais, concluí que terminaria o trajeto com uma vista panorâmica, de praticamente 360º daquilo que define o Parque D. Pedro hoje e seus arredores imediatos, desde seu fim indefinido para perto do terminal quanto as descidas do viaduto e os elementos mais marcantes como o Palácio das Indústrias, o São Vito e o Mercadão, tudo estruturado pelo rio Tamanduateí. Este Parque D. Pedro é um enorme vazio do qual a própria cidade parece se defender, e é um ponto que tem me chamado a atenção justamente por conta disso. Metaforicamente, o Palácio aparece como uma fortaleza, o São Vito 73 é um castelo tomado, fadado a ser tirado da jogada para ‘salvar’ o restante, enquanto o Mercado Municipal surge como salvação, atraindo uma elite de turistas e gente ‘digna’ de dentro e fora da própria cidade. O Parque D. Pedro é a terra de ninguém, cruzada pelo rio venenoso, que apenas atrapalha a estrada das riquezas, a Avenida do Estado. Lembrei-me de quando, semana passada, estava desenhando na ponte da Avenida Mercúrio e um casal de turistas me perguntou que rio era aquele, e eu respondi prontamente ‘o Tamanduateí’, mas eles pareceram não entender, ou deram pouca atenção,
Desenho 28 | 30 - Visita 08 - 16 de junho de 2010 Viaduto Diário Popular, sobre a Avenida do Estado, olhando para o Parque Dom Pedro II. À direita, está a Colina Histórica. era retórica, pois já emendaram a pergunta seguinte: ‘este é aquele que alaga que é um horror, né?’. Fiquei meio sem saber o que responder, ‘é, é’ lhes disse meio embaraçado. Porque é isso que importa, se canalizar o rio fizer com que terminem os alagamentos, façamos isso, e todos agradecerão, rio na cidade não é tido como coisa boa. Tentei registrar neste desenho a minha posição sobre o viaduto, contornando o interessantíssimo Palácio das Indústrias com sua mais nova vocação de museu. Na verdade ele foi construído para ser um pavilhão de exposições, mas recebeu inúmeros usos ao longo dos anos. Eu tentei, no começo do trabalho, entrar no museu para ver se podia desenhar a partir da torre do palácio, mas a menina da recepção foi tão estúpida quando perguntei que perdi toda a vontade de fazê-lo. A mata que aparece mais à direita no desenho é uma das bordas do Parque D. Pedro, estando este pedaço cercado e restrito aos visitantes do museu, cuja parada de ônibus acompanha interessantemente a curvatura do viaduto. Esta caixa-d’água enorme possui uma posição na paisagem mais marcante que o próprio palácio. Aliás, não são poucos os reservatórios 74 visíveis ao redor do parque D. Pedro. Desenho 28: De cima do viaduto é possível ver bem longe, mais do que eu imaginava. Não quis olhar muito para o outro lado para me concentrar mais neste, no sentido do terminal. Semana que vem desenharei ao contrário, mirando o caminho que tenho traçado desde o começo do ano, visto de cima, meio afastado já. A imagem que tenho é do sol escondido atrás do São Vito, caminhando lentamente e se mostrando de novo, bem alinhado com este trecho do rio, o mercadão polvilhando de gente embai
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Desenho 28 | 30 - Visita 08 - 16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2010<br />
Viaduto Diário Popular, sobre a Avenida do Estado, olhando para o Parque Dom Pedro II. À direita, está a Colina Histórica.<br />
era retórica, pois já emendaram a pergunta<br />
seguinte: ‘este é aquele que alaga<br />
que é <strong>um</strong> horror, né?’. Fiquei meio<br />
sem saber o que respon<strong>de</strong>r, ‘é, é’ lhes<br />
disse meio embaraçado. Porque é isso<br />
que importa, se canalizar o rio fizer<br />
com que terminem os alagamentos,<br />
façamos isso, e todos agra<strong>de</strong>cerão, rio<br />
na cida<strong>de</strong> não é tido como coisa boa.<br />
Tentei registrar neste <strong>de</strong>senho a<br />
minha posição sobre o viaduto, contornando<br />
o interessantíssimo Palácio<br />
das Indústrias com sua mais nova<br />
vocação <strong>de</strong> museu. Na verda<strong>de</strong> ele foi<br />
construído para ser <strong>um</strong> pavilhão <strong>de</strong><br />
exposições, mas recebeu inúmeros<br />
usos ao longo dos anos. Eu tentei, no<br />
começo do trabalho, entrar no museu<br />
para ver se podia <strong>de</strong>senhar a partir<br />
da torre do palácio, mas a menina<br />
da recepção foi tão estúpida quando<br />
perguntei que perdi toda a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fazê-lo. A mata que aparece mais à direita<br />
no <strong>de</strong>senho é <strong>um</strong>a das bordas do<br />
Parque D. Pedro, estando este pedaço<br />
cercado e restrito aos visitantes do<br />
museu, cuja parada <strong>de</strong> ônibus acompanha<br />
interessantemente a curvatura<br />
do viaduto. Esta caixa-d’água enorme<br />
possui <strong>um</strong>a posição na paisagem<br />
mais marcante que o próprio palácio.<br />
Aliás, não são poucos os reservatórios<br />
74<br />
visíveis ao redor do parque D. Pedro.<br />
Desenho 28:<br />
De cima do viaduto é possível ver bem<br />
longe, mais do que eu imaginava. Não<br />
quis olhar muito para o outro lado para<br />
me concentrar mais neste, no sentido<br />
do terminal. Semana que vem <strong>de</strong>senharei<br />
ao contrário, mirando o caminho<br />
que tenho traçado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo<br />
do ano, visto <strong>de</strong> cima, meio afastado<br />
já. A imagem que tenho é do sol escondido<br />
atrás do São Vito, caminhando<br />
lentamente e se mostrando <strong>de</strong> novo,<br />
bem alinhado com este trecho do rio, o<br />
mercadão polvilhando <strong>de</strong> gente embai