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Ensino Tamanduateí Utopia de um Rio Urbano tfg Danilo Zamboni ...

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<strong>de</strong> se abordar, embora havemos <strong>de</strong><br />

convir que a aparência do observador<br />

<strong>de</strong> fato po<strong>de</strong> influenciar na realida<strong>de</strong><br />

observada a partir do momento em<br />

que há interação entre as partes, <strong>um</strong><br />

olhar não existe sem o substrato da<br />

carne, que é carregada <strong>de</strong> atributos.<br />

Este trabalho é construído na minha<br />

posição como estrangeiro <strong>de</strong>ntro<br />

da própria cida<strong>de</strong>, no olhar quase lavado<br />

<strong>de</strong> alguém que <strong>de</strong>sconhece muito<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a região mas que terá <strong>um</strong> contato<br />

e <strong>um</strong>a imagem criados pela presença<br />

direta no local. Senti a importância <strong>de</strong><br />

manifestar <strong>um</strong> ponto <strong>de</strong> vista frente a<br />

questões observáveis da cida<strong>de</strong>, sensí-<br />

veis, não calcadas em dados ou estudos,<br />

mas aferidas visual e sensivelmente<br />

na minha presença e segundo aquilo<br />

que minha formação, olhar, audição,<br />

olfato, paladar, enfim, minhas qualida<strong>de</strong>s<br />

como indivíduo permitam ver.<br />

Não gostaria <strong>de</strong> res<strong>um</strong>ir estas informações<br />

a dados apenas, a <strong>um</strong>a pesquisa<br />

ou levantamento, não que esta proposta<br />

<strong>de</strong>ixe completamente <strong>de</strong> o ser,<br />

mas a importância à carga emocional<br />

<strong>de</strong> se estar n<strong>um</strong> lugar é a questão central<br />

<strong>de</strong>sta aproximação. Certamente<br />

através <strong>de</strong> estudos, entrevistas e múltiplos<br />

relatos <strong>de</strong> moradores eu po<strong>de</strong>ria<br />

criar todo <strong>um</strong> panorama muito mais<br />

21<br />

completo do que acreditamos que seja<br />

esta região, mas <strong>de</strong>sta forma eu não estaria<br />

vendo aquilo que veria estando lá<br />

simplesmente. Eu saberia <strong>de</strong> antemão,<br />

por exemplo, que o fluxo <strong>de</strong> tal avenida<br />

é muito maior que o <strong>de</strong> outra, que esta<br />

é essencialmente resi<strong>de</strong>ncial enquanto<br />

aquela é comercial e que todas as sobrelojas<br />

são na verda<strong>de</strong> cortiços. Mas<br />

não é este o objetivo. Perceber a cida<strong>de</strong><br />

como <strong>um</strong> pe<strong>de</strong>stre a sentiria é que foi<br />

meu intuito, para <strong>de</strong>pois (e mesmo na<br />

hora) po<strong>de</strong>r pensar o que eu mudaria<br />

e por quê, n<strong>um</strong> ângulo <strong>de</strong>finido por<br />

esta minha condição <strong>de</strong> visão. E com<br />

isso queria mostrar nada mais do que

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