Ensino Tamanduateí Utopia de um Rio Urbano tfg Danilo Zamboni ...

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15.04.2013 Views

oulevard As margens do rio são o que há de mais dsejável para se passear. Este passeio é um grande boulevard que acompanha toda a extensão do canal, conectando a foz (e pelo outro lado, a nascente) ao parque D. Pedro através de um trajeto de mínima variação de cota, praticamente plano, transformando-se na artéria coletora dos espaços públicos da região. É, simplificando, um parque linear, que aproveita a linearidade do rio como estruturador de um caminho que conecta equipamentos distantes na cidade. Porque existe um que de subje- tivo na distância, no caminho; se for monótono e desconfortável, compreendemos de uma forma o trajeto, tornase penúria, sofrimento. Antes mesmo de se sair de casa já se antecipa mentalmente as chatices do translado, optase até por transporte público, coletivo, automóvel, tudo para não ter que passar por determinados locais, isso em distâncias muitas vezes perfeitamente transponíveis à pé, de bicicleta. A qualidade do trajeto influencia diretamente a escolha do meio de transporte. Se ao invés de ter que caminhar ao longo do córrego (expressão compreendida hoje como forma deprecia- 131 tiva para denominar pequenos e insignificantes rios poluídos), murado pela avenida do Estado, pudéssemos seguir por um boulevard, por um parque linear repleto de eventos ao longo do percurso, lojas, bares, oficinas, casas, restaurantes, escolas, feiras, praças, clubes, o rio, sombra, vista, certamente muita gente optaria por caminhar ou andar de bicicleta. E quem o faz já hoje (coincidentemente estou escrevendo isso justamente no dia mundial sem carro) sabe o quanto melhora o humor, a disposição e mesmo a saúde. Problemas atuais como o intenso stress de se pegar múltiplas conduções, ou pior,

Desenho 27 | 40 - Nas cabeceiras das pontes, as travessias em ambas as direções interligam o tecido com o mínimo de obstáculos. 132

oulevard<br />

As margens do rio são o que há <strong>de</strong> mais<br />

dsejável para se passear. Este passeio é<br />

<strong>um</strong> gran<strong>de</strong> boulevard que acompanha<br />

toda a extensão do canal, conectando<br />

a foz (e pelo outro lado, a nascente) ao<br />

parque D. Pedro através <strong>de</strong> <strong>um</strong> trajeto<br />

<strong>de</strong> mínima variação <strong>de</strong> cota, praticamente<br />

plano, transformando-se na<br />

artéria coletora dos espaços públicos<br />

da região. É, simplificando, <strong>um</strong> parque<br />

linear, que aproveita a linearida<strong>de</strong> do<br />

rio como estruturador <strong>de</strong> <strong>um</strong> caminho<br />

que conecta equipamentos distantes na<br />

cida<strong>de</strong>. Porque existe <strong>um</strong> que <strong>de</strong> subje-<br />

tivo na distância, no caminho; se for<br />

monótono e <strong>de</strong>sconfortável, compreen<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma o trajeto, tornase<br />

penúria, sofrimento. Antes mesmo<br />

<strong>de</strong> se sair <strong>de</strong> casa já se antecipa mentalmente<br />

as chatices do translado, optase<br />

até por transporte público, coletivo,<br />

automóvel, tudo para não ter que passar<br />

por <strong>de</strong>terminados locais, isso em<br />

distâncias muitas vezes perfeitamente<br />

transponíveis à pé, <strong>de</strong> bicicleta. A qualida<strong>de</strong><br />

do trajeto influencia diretamente<br />

a escolha do meio <strong>de</strong> transporte.<br />

Se ao invés <strong>de</strong> ter que caminhar<br />

ao longo do córrego (expressão compreendida<br />

hoje como forma <strong>de</strong>precia-<br />

131<br />

tiva para <strong>de</strong>nominar pequenos e insignificantes<br />

rios poluídos), murado pela<br />

avenida do Estado, pudéssemos seguir<br />

por <strong>um</strong> boulevard, por <strong>um</strong> parque linear<br />

repleto <strong>de</strong> eventos ao longo do<br />

percurso, lojas, bares, oficinas, casas,<br />

restaurantes, escolas, feiras, praças,<br />

clubes, o rio, sombra, vista, certamente<br />

muita gente optaria por caminhar ou<br />

andar <strong>de</strong> bicicleta. E quem o faz já hoje<br />

(coinci<strong>de</strong>ntemente estou escrevendo<br />

isso justamente no dia mundial sem<br />

carro) sabe o quanto melhora o h<strong>um</strong>or,<br />

a disposição e mesmo a saú<strong>de</strong>. Problemas<br />

atuais como o intenso stress <strong>de</strong> se<br />

pegar múltiplas conduções, ou pior,

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