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Biologia e Fisiologia Celular - UFPB Virtual - Universidade Federal ...

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<strong>Biologia</strong> e <strong>Fisiologia</strong> <strong>Celular</strong><br />

necessário aprimorar o sistema óptico. Os trabalhos teóricos do físico alemão Ernst Karl Abbe, em<br />

conjunto com o desenvolvimento de um sistema adequado de lentes, pelo, também alemão, Carl<br />

Zeiss, permitiram um avanço extraordinário no campo da microscopia. Zeiss construiu uma série<br />

de lentes que permitiram a obtenção de imagens no limite teórico da luz visível. Era o início de<br />

uma nova era.<br />

Em 1924, os cientistas franceses Antoine Lacassagne e Jeanne Lattés, ao injetarem<br />

polônio radioativo em ratos e coelhos, desenvolveram uma nova metodologia para a observação<br />

de órgãos e tecidos animais sob microscopia óptica. A nova técnica foi denominada<br />

autohistorradiografia e abria novas possibilidades de investigação celular e tecidual.<br />

:: ARREGAÇANDO AS MANGAS!! ::<br />

Faça uma pesquisa sobre os isótopos radioativos e a sua aplicabilidade<br />

nas ciências biológicas!<br />

Em 1930, Lebedeff projetou e construiu o primeiro microscópio de interferência. Dois<br />

anos mais tarde, o físico holandês Frits Zernike inventou o microscópio de contraste de fase,<br />

mudando os paradigmas da microscopia e da biologia celular. Até então, o uso de corantes era<br />

obrigatório para a visualização das estruturas internas de uma célula e como veremos adiante, o<br />

uso de corantes implica na morte da célula. Com o advento do microscópio de contraste de fase<br />

passa a ser possível visualizar algumas estruturas intracelulares sem a necessidade do uso de<br />

corante, portanto, em células vivas! Zernike procurou negociar a patente do seu invento com<br />

alguns fabricantes de microscópios, incluindo a já poderosa Zeiss, que subestimaram o potencial<br />

do seu microscópio de contraste de fase. No ano de 1953, Frits Zernike foi agraciado com o<br />

Prêmio Nobel de Física pelo seu invento.<br />

No início da década de 1930 entramos na era da microscopia eletrônica, o que conferia<br />

uma nova dimensão à visualização das células e de suas estruturas, abrindo possibilidades para<br />

novas investigações e (re)descobertas. Em 1931, o engenheiro elétrico alemão Max Knoll e o<br />

físico alemão Ernst Ruska constroem o primeiro microscópio eletrônico de transmissão. Dois anos<br />

depois, Ruska constrói o primeiro microscópio eletrônico que ultrapassa a resolução do<br />

microscópio óptico. Logo em seguida, é obtida a primeira eletromicrografia de uma amostra<br />

biológica fixada com ósmio. No final da década de 1930, a Siemens passa, com o auxílio de Ernst<br />

Ruska, a produzir e comercializar o primeiro microscópio eletrônico de transmissão. Pelas suas<br />

contribuições científicas, Ruska dividiu o Prêmio Nobel de Física no ano de 1986, com o físico<br />

alemão Gerd Binnig e o físico suíço Heinrich Roher, inventores, em 1981, do microscópio<br />

eletrônico de tunelamento, que permite a obtenção de imagens tridimensionais (de superfície) dos<br />

objetos ao nível atômico. Em 1937, o físico alemão Manfred von Ardenne dá início aos estudos<br />

sobre os princípios físicos que culminariam na construção do primeiro microscópio eletrônico de<br />

varredura. Apesar da criação dos microscópios eletrônicos de transmissão no final da década de<br />

1930, somente no início da década de 1950, com a criação dos primeiros ultra-micrótomos, pelo<br />

biologista celular canadense Keith Roberts Porter e pelo mecânico americano Joseph Blum, foi<br />

possível dar um salto significativo na visualização dos materiais biológicos sob microscopia

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