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Biologia e Fisiologia Celular - UFPB Virtual - Universidade Federal ...

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1. UM POUCO DE HISTÓRIA<br />

4<br />

<strong>Biologia</strong> e <strong>Fisiologia</strong> <strong>Celular</strong><br />

1665! Este é o ponto de partida da nossa jornada pela célula. Neste ano, o cientista<br />

britânico Robert Hooke publicou o livro intitulado “Micrographia”. Trata-se do primeiro registro de<br />

um trabalho científico utilizando a microscopia como ferramenta de estudo para a observação e a<br />

descrição de um material biológico. Desde então, uma série de conquistas tecnológicas<br />

permitiram, aos cientistas, uma maior aproximação do mundo microscópico, revelando, aos<br />

poucos, o maravilhoso mundo celular e até mesmo subcelular.<br />

Diversos pesquisadores do século XVII contribuíram para os primórdios da <strong>Biologia</strong><br />

<strong>Celular</strong>, ramo da ciência que estuda as células e que inicialmente era denominado de Citologia.<br />

Alguns destes pesquisadores merecem destaque, como Antonie van Leeuwenhoek, microscopista<br />

holandês, que no ano de 1674 reportou a descoberta de protozoários flagelados. Um ano mais<br />

tarde, o pesquisador relata a descoberta dos glóbulos vermelhos sanguíneos em humanos,<br />

peixes, anfíbios e suínos. Em 1677, Leeuwenhoek descreveu, pela primeira vez, o<br />

espermatozóide em diversas espécies, tais como: peixes, anfíbios, aves, cães e seres humanos.<br />

Leeuwenhoek acreditava que os espermatozóides eram parasitas que residiam nos órgãos<br />

sexuais masculinos. No ano de 1683, o cientista holandês, observou, pela primeira, uma bactéria<br />

ao estudar o tártaro dentário, descrevendo em seguida a presença de bactérias e protozoários<br />

nas fezes. Leeuwenhoek contribuiu, ainda, para o aprimoramento da microscopia, desenvolvendo<br />

uma série de microscópios e lentes especiais, marcando de vez o seu nome na história da<br />

biologia celular e da Microbiologia. Seus estudos sobre a morfologia dos espermatozóides de<br />

diversas espécies levaram o cientista alemão Nicolaas Hartsoeker, inventor do microscópio<br />

simples ‘parafuso-barril’, a postular a hipótese do homúnculo (figura 1.2), onde propunha que o<br />

espermatozóide continha um indivíduo completamente pré-formado em seu interior. O<br />

desenvolvimento de novos indivíduos seria, portanto, apenas uma questão de crescimento do<br />

homúnculo. O conceito do homúnculo ia de encontro à hipótese hereditária do preformacionismo.<br />

Figura 1.2 - Ilustração do Homúnculo. Nicolaas Hartsoeker, 1695.<br />

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Preformation.GIF<br />

Na década de 30 do século XIX, o botânico alemão Matthias Jakob Schleiden e o<br />

fisiologista alemão Theodor Schwann propuseram a Teoria <strong>Celular</strong>, declarando que a célula é a<br />

unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos, e que todas as células se originam<br />

de células pré-existentes. Alguns autores consideram este fato como marco formal do nascimento<br />

da <strong>Biologia</strong> <strong>Celular</strong>. Schwann foi um cientista bastante ativo, combatendo com veemência a Teoria<br />

da Geração Espontânea, que preconizava a origem de seres vivos a partir de matéria inanimada.<br />

Schwann atuou, também, na área de bioquímica, estudando a fermentação alcoólica por fungos e<br />

foi responsável por cunhar o termo metabolismo. As células da glia (do grego, “cola”) que recebem

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