Biologia e Fisiologia Celular - UFPB Virtual - Universidade Federal ...
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<strong>Biologia</strong> e <strong>Fisiologia</strong> <strong>Celular</strong><br />
membrana interna quanto a externa são bicamadas lipídicas, diferindo, entretanto, nas suas<br />
composições lipídicas e protéicas. Entre as duas membranas encontramos o espaço<br />
intermembrana (figura 5.3).<br />
Figura 5.3 – Esquema ilustrativo da estrutura mitocondrial. Modificado de<br />
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Animal_mitochondrion_diagram_en_%28edit%29.svg<br />
A organela é comumente descrita como cilindros alongados ou elipsóides, com dimensões<br />
aproximadas de 0,5 a 1 µm de diâmetro, constituindo, aproximadamente, 20 % do volume celular<br />
total. Recentemente, a mitocôndria vem sendo tratada como uma entidade única (rede<br />
mitocondrial). Independe de estar representada por centenas de unidades isoladas (fragmentos<br />
mitocondriais) ou por uma única estrutura contínua (retículo contínuo), a organela está deixando<br />
de ser tratada no plural (mitocôndrias; em inglês, mitochondria), passando a ser tratada no<br />
singular (mitocôndria celular ou rede mitocondrial). A mitocôndria celular é capaz de se dividir em<br />
unidades menores ou ser ampliada pela fusão destas unidades, espelhando a atividade celular<br />
em um determinado momento. Além destas alterações morfológicas, a sua distribuição celular<br />
também reflete a sua integração com a fisiologia da célula. A mitocôndria há muito deixou de ser<br />
vista como uma organela estática, assumindo, definitivamente, uma posição dinâmica. A<br />
mitocôndria pode se deslocar pela célula através de mecanismos que envolvem várias estruturas<br />
do citoesqueleto (filamentos de actina e microtúbulos) e diversas proteínas motoras, como as<br />
miosinas, as dineínas e as cinesinas.<br />
3.1 MEMBRANA MITOCONDRIAL EXTERNA<br />
A membrana mitocondrial externa é caracterizada por uma alta permeabilidade à íons e<br />
moléculas de até 5.000 daltons, onde podemos incluir, além dos íons, metabólitos e pequenas<br />
proteínas. A permeabilidade da MME é conferida pela expressão de uma proteína de 30 KDa,<br />
denominada VDAC (do inglês, voltage-dependent anion channel), também conhecida como<br />
porina, e que vem a ser a proteína mais abundante na MME. Cada canal é constituído por apenas<br />
uma única proteína, apresentando uma estrutura assimétrica e associações com esteróides e/ou<br />
fosfolipídios da membrana. Além da porina, encontramos na MME uma série de outras proteínas,