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Biologia e Fisiologia Celular - UFPB Virtual - Universidade Federal ...

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4.6. MICROSCOPIA ELETRÔNICA<br />

17<br />

<strong>Biologia</strong> e <strong>Fisiologia</strong> <strong>Celular</strong><br />

A microscopia eletrônica utiliza o feixe de elétrons como radiação. A fonte de elétrons é um<br />

filamento ou catodo que bombeia os elétrons através de uma estrutura cilíndrica até a amostra. A<br />

grande vantagem no uso do feixe de elétrons ao invés do feixe de luz, utilizado na microscopia<br />

óptica, é o reduzido comprimento de onda do feixe de elétrons (0,004 nm). Este valor é cerca de<br />

100 mil vezes menor que o comprimento de onda da luz visível. Devido ao menor comprimento de<br />

onda do feixe de elétrons, o limite teórico de resolução do microscópio eletrônico é de 0,002 nm<br />

(0,02 Å). No entanto, devido à fatores técnicos, como limitações das lentes (de natureza<br />

eletromagnética), procedimentos para a preparação das amostras e ao próprio dano provocado<br />

pelo feixe de elétrons no espécime, a resolução de trabalho para a maioria das preparações<br />

biológicas fica em torno de 2 nm (20 Å), apesar de que em alguns casos ser possível obter uma<br />

resolução de cerca de 0,1 nm (1 Å).<br />

A microscopia eletrônica permite a visualização de detalhes estruturais de organelas, tais<br />

como a mitocôndria, das nucleoporinas do envelope nuclear, dos ribossomos e de diversas outras<br />

estruturas celulares e, até, mesmo, de vírus.<br />

Assim como na microscopia óptica, o material a ser analisado sob microscopia eletrônica<br />

necessita ser impregnado com substâncias que promovam uma diferença de contraste entre as<br />

estruturas celulares. As substâncias utilizadas com esta finalidade, na microscopia eletrônica, são<br />

sais de metais pesados, cujas características de eletrodensidade permitem a geração do contraste<br />

necessário para a individualização das estruturas celulares. Os sais de chumbo, urânio, ouro,<br />

tungstênio e, principalmente, o tetróxido de ósmio são os mais comumente utilizados. As<br />

estruturas celulares impregnadas com estes sais desviam o feixe de elétrons na medida em que<br />

os mesmos se chocam com estas. Os feixes de elétrons que não são desviados são captados<br />

para a formação da imagem.<br />

A preparação das amostras para observação em microscopia eletrônica requer mais<br />

etapas do que as utilizadas em microscopia óptica. O uso específico de fixadores químicos, a<br />

criofixação (fixação pelo frio), o processo de congelamento, a desidratação e a necessidade de<br />

cortes ultrafinos, requer um treinamento técnico altamente especializado.<br />

Existem três tipos de microscopia eletrônica: a microscopia eletrônica de transmissão, a<br />

microscopia eletrônica de varredura e a microscopia eletrônica de tunelamento. Nas próximas<br />

seções vamos tratar das duas primeiras.<br />

4.6.1. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO<br />

A microscopia eletrônica de transmissão baseia-se na passagem do feixe de elétrons pela<br />

célula. Uma vez que o material está impregnado com sais de metais pesados, ao passar pela<br />

célula, parte do feixe é desviada (devido à presença dos metais pesados ligados à certas<br />

estruturas celulares) gerando uma imagem escura (eletrodensa) na tela de recepção. Por outro<br />

lado, parte do feixe é capaz de atravessar o material, gerando múltiplos tons de cinza na tela de<br />

recepção, que, posteriormente, é revelada em uma microfotografia. Desta forma, a microscopia<br />

eletrônica de transmissão permite uma análise das estruturas intracelulares com um grau de<br />

detalhamento impressionante. As figura 1 e 2 da unidade 4 são fotomicrografias obtida em<br />

microscopia eletrônica de transmissão.

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