produção de biodiesel a partir de óleo residual reciclado e ...
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Além <strong>de</strong> afirmar que esse tipo <strong>de</strong> motor traria in<strong>de</strong>pendência na importação <strong>de</strong><br />
combustível líquido nas regiões tropicais, Rudolf Diesel acreditava que, em poucos anos, os<br />
<strong>óleo</strong>s vegetais teriam a mesma importância dos <strong>óleo</strong>s minerais (KNOTHE et al., 2006). Diesel<br />
teria conduzido outros experimentos em São Petersburgo, com locomotivas movidas a <strong>óleo</strong> <strong>de</strong><br />
mamona e a <strong>óleo</strong>s animais. Em ambos os casos, os resultados foram muito satisfatórios e os<br />
motores apresentaram bons <strong>de</strong>sempenhos (SEBRAE, 2007).<br />
Na primeira meta<strong>de</strong> do século XX vários países europeus, principalmente Alemanha e<br />
Grã-Bretanha, se empenharam para que suas colônias obtivessem maior in<strong>de</strong>pendência<br />
energética ao utilizarem <strong>óleo</strong>s vegetais como combustível. Posteriormente, durante a Segunda<br />
Guerra Mundial, os <strong>óleo</strong>s vegetais foram usados como combustíveis emergenciais, atingindo,<br />
assim, posições estratégicas. Por exemplo, o Brasil proibiu a exportação <strong>de</strong> <strong>óleo</strong> <strong>de</strong> algodão<br />
<strong>de</strong> modo a tentar suprir a <strong>de</strong>manda interna <strong>de</strong> <strong>óleo</strong> diesel, que era importada. Outros países<br />
como a Estados Unidos, China, Argentina e Índia também exploraram o potencial dos <strong>óleo</strong>s<br />
vegetais como combustíveis nesse período (KNOTHE et al., 2006).<br />
Após a Segunda Guerra, os combustíveis <strong>de</strong>rivados do petr<strong>óleo</strong> tornaram-se baratos e<br />
abundantes no mercado, constituindo-se, assim, na principal fonte <strong>de</strong> energia da socieda<strong>de</strong><br />
contemporânea. Nesse contexto, o diesel <strong>de</strong> petr<strong>óleo</strong> tornou-se o principal combustível<br />
utilizado em motores diesel.<br />
As crises do petr<strong>óleo</strong> <strong>de</strong> 1973 (ocasionada pela Guerra <strong>de</strong> Yom Kippur e diminuição<br />
da <strong>produção</strong> <strong>de</strong> petr<strong>óleo</strong> por parte dos países do Oriente Médio) e <strong>de</strong> 1979 (com a Revolução<br />
Islâmica e paralisação da <strong>produção</strong> <strong>de</strong> petr<strong>óleo</strong> no Irã) mostraram ao mundo que a oferta <strong>de</strong><br />
petr<strong>óleo</strong> não é garantida e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do contexto político nos países produtores membros da<br />
Organização dos Países Exportadores <strong>de</strong> Petr<strong>óleo</strong> (OPEP). A atual crise do petr<strong>óleo</strong>, ao<br />
contrário das anteriores, é fruto da crescente <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> petr<strong>óleo</strong> por países como a China e<br />
Índia e a escassez <strong>de</strong> estoques. Dentro <strong>de</strong>sse contexto, potências mundiais como os EUA<br />
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