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dos com vulcanismo intenso. É o caso <strong>da</strong>s<br />
chama<strong>da</strong>s dorsais meso-oceânicas, as cordilheiras<br />
submersas que atravessam todos<br />
os oceanos, as quais representam os locais<br />
de geração de crosta oceânica nova, pela<br />
subi<strong>da</strong> de magmas basálticos provenientes<br />
do manto. Se o movimento divergente<br />
durar muitos milhões de anos, o que é comum,<br />
fundos oceânicos inteiros poderão<br />
ser formados. A título de exemplo, pode<br />
ser menciona<strong>da</strong> a Dorsal Meso-Atlântica,<br />
que divide o Atlântico em duas partes simétricas.<br />
Nela situa-se a Islândia, sítio de<br />
grandes fraturamentos e muitos vulcões,<br />
um deles bastante ativo neste ano de 2010,<br />
lançando cinzas e gases na atmosfera. Por<br />
sua vez, os limites de placas conservativos<br />
apresentam grandes sistemas de falhamento,<br />
em que as placas contíguas deslizam<br />
horizontalmente, uma em relação à outra,<br />
com movimentação oposta. O exemplo<br />
mais conhecido e mais característico é o<br />
sistema de falhas de San Andréas, na costa<br />
ocidental <strong>da</strong> <strong>América</strong> do Norte.<br />
Pelo exposto decorre que se situa<br />
no manto o motor dos processos <strong>da</strong> dinâmica<br />
interna do planeta, que produzem as<br />
maiores modificações na fisiografia, estrutura<br />
e natureza do material <strong>da</strong> crosta terrestre.<br />
Esse motor interno é responsável<br />
pela existência do relevo, ou seja, <strong>da</strong>s terras<br />
emersas no planeta, os continentes. Com<br />
efeito, o relevo é continuamente atacado e<br />
desbastado pelos agentes <strong>da</strong> dinâmica externa,<br />
e se não houvesse um mecanismo<br />
adequado para a sua contínua reposição,<br />
não haveria continentes, e o fundo do único<br />
oceano global estaria situado por volta<br />
de 2.500 metros de profundi<strong>da</strong>de.<br />
A FIGURA 3 mostra a situação <strong>da</strong>s<br />
placas tectônicas na região do planeta em<br />
que situam-se os países <strong>da</strong> <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>.<br />
As placas maiores são a Norte-Americana<br />
e a Sul-Americana, que incluem as<br />
respectivas litosferas continentais, mais as<br />
porções de litosfera oceânica relativas às<br />
regiões do Oceano Atlântico que lhe são<br />
contíguas. A placa do Caribe, que inclui<br />
Figura 3 – Denominação e delimitação <strong>da</strong>s placas tectônicas maiores na<br />
região que inclui os países <strong>da</strong> <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>. Nela estão indicados os<br />
sentidos dos movimentos atuais no limites entre as placas, e sua veloci<strong>da</strong>de<br />
aproxima<strong>da</strong>, em cm/ano. A localização de alguns vulcões ativos e de locais em<br />
que ocorreram alguns grandes terremotos também foi mostra<strong>da</strong>.<br />
• Círculos: vulcões ativos. 1 – Islândia; 2 – Tristão <strong>da</strong> Cunha; 3 – Saint Helens;<br />
– 4 Saint Pierre; 5 – Nevado Ruiz; 6 – Galapagos; 7 – Arenal; 8 – Cerro<br />
Hudson; 9 – Ilha de Páscoa.<br />
• Triângulos: Epicentros de grandes sismos. 10 – Ci<strong>da</strong>de do México; 11 – Porto<br />
Príncipe; 12 – Valdívia; 13 – Concepción; 14 – San Francisco.<br />
numerosas ilhas vulcânicas, e as placas de<br />
Nazca, de Cocos, do Pacífico e <strong>da</strong> Antártica,<br />
nas margens do Oceano Pacífico, são<br />
to<strong>da</strong>s forma<strong>da</strong>s por litosfera oceânica.<br />
Na figura 3, limites divergentes<br />
ocorrem apenas ao longo <strong>da</strong>s dorsais do<br />
Atlântico e do Pacífico Oriental, onde<br />
as ilhas vulcânicas <strong>da</strong> Islândia, Tristão <strong>da</strong><br />
Cunha, de Páscoa e Galápagos são testemunho<br />
dos grandes fraturamentos e do<br />
seu vulcanismo associado. Com exceção<br />
do limite conservativo entre a placa do<br />
Pacífico e <strong>da</strong> <strong>América</strong> do Norte, sítio do<br />
grande Falhamento de San Andréas, os<br />
demais limites são convergentes, indicando<br />
aproximação entre placas tectônicas.<br />
Este é o caso <strong>da</strong>s placas de Nazca e de<br />
Cocos em relação às placas <strong>da</strong>s <strong>América</strong>s<br />
do Norte e do Sul, em que a convergência<br />
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