15.04.2013 Views

Edição 39 - Memorial da América Latina

Edição 39 - Memorial da América Latina

Edição 39 - Memorial da América Latina

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

us. Perguntaram-lhe como ele pretendia<br />

que assistissem a um filme “com um<br />

título desses?” Ele acrescentou que faz<br />

filmes “para instigar a imaginação”, que<br />

faz mesmo apenas o que lhe interessa,<br />

sem se preocupar com rentabili<strong>da</strong>de.<br />

Felipe Bragança também. Premiado por<br />

A Fuga <strong>da</strong> Mulher Gorila, o cineasta conta<br />

que se preocupa com o imaginário audiovisual,<br />

“não saberia construir uma<br />

equação estratégica para alcançar um<br />

público X,Y ou Z.”<br />

Em outro debate, o tom descontraiu-se<br />

com a intervenção do cineasta<br />

e professor de roteiro Flavio González<br />

Mello, mexicano autor de narrativas<br />

para cinema, televisão e teatro: “A<br />

pessoa mais importante em um filme é<br />

o fotógrafo. Alguém com uma câmara<br />

na mão pode prescindir <strong>da</strong> montagem<br />

e a figura do diretor não tem a menor<br />

32<br />

As duas grandes premia<strong>da</strong>s deste ano:<br />

acima, a argentina Natalia Smirnoff e<br />

cena de seu filme Quebra-Cabeças; ao<br />

lado, a brasileira Marilia Rocha e seu<br />

filme A Falta Que Me Faz. Abaixo,<br />

João Batista de Andrade, homenageado<br />

brasileiro <strong>da</strong> edição deste ano.<br />

importância.” O cubano Miguel Coyula,<br />

jovem cineasta que mora nos Estados<br />

Unidos por conta de uma bolsa <strong>da</strong><br />

Fun<strong>da</strong>ção Guggenheim, autor do filme<br />

Memórias do Desenvolvimento, arrematou<br />

que “alguém com um computador pode<br />

prescindir de um fotógrafo”. Peremptório<br />

foi o brasileiro Kiko Goifman, autor<br />

do documentário 33, sobre a busca por<br />

sua mãe biológica, que começou aos 33<br />

anos de i<strong>da</strong>de, com um diário online que<br />

se transformou em filme. Ele acha que<br />

se produz muito no Brasil, mas se exibe<br />

pouco, frase que pode ser um paradigma<br />

<strong>da</strong> atual situação do cinema latinoamericano,<br />

permanentemente encarando<br />

o poder do cinema norte-americano.<br />

Ana Candi<strong>da</strong> Vespucci é jornalista especializa<strong>da</strong><br />

em cultura.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!