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Edição 39 - Memorial da América Latina

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Cena do filme A Água Fria do Mar, <strong>da</strong> costa-riquenha Paz Fábrega.<br />

independência de Argentina, Chile,<br />

Colômbia, México e Venezuela, com a<br />

apresentação de curta-metragens, todos<br />

realizados nos países aniversariantes.<br />

A primeira edição do festival<br />

foi em 2006, uma iniciativa inédita<br />

no país, que revelou a vitali<strong>da</strong>de de<br />

um cinema dono de estética singular,<br />

mas, ain<strong>da</strong> assim, ligado à linguagem<br />

cinematográfica universal. O cinema<br />

latino-americano foi ganhando fôlego<br />

ao longo do tempo e mostrou, nas edições<br />

subsequentes, que seus cineastas<br />

caminhavam, de fato, em direção ao<br />

público e vice-versa.<br />

Com parceria do Governo do<br />

Estado de São Paulo (Secretaria de<br />

Estado de Cultura e Secretaria de Relações<br />

Institucionais) e organização <strong>da</strong><br />

Associação do Audiovisual, a edição<br />

deste ano foi movimenta<strong>da</strong>. A crítica<br />

especializa<strong>da</strong> afirmou que o festival<br />

exibiu, no mínimo, 20 dos melhores filmes<br />

já produzidos na <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>.<br />

A relação é vasta: de Viúvas <strong>da</strong>s Quintasfeiras,<br />

do homenageado e renomado<br />

Marcelo Piñeyro, um dos principais<br />

diretores latino-americanos, a A Água<br />

Fria do Mar, filme que lança Paz Fábre-<br />

30<br />

ga, uma cineasta costa-riquenha, estreante<br />

em um país sem qualquer tradição<br />

cinematográfica.<br />

As sessões lotaram a plateia do<br />

Teatro Simón Bolívar, assim como <strong>da</strong>s<br />

demais instituições que receberam o<br />

evento: o Cinesesc, o Cinusp, o Museu<br />

<strong>da</strong> Imagem e do Som, e a Sala Cinemateca<br />

BNDES. Muita gente compareceu,<br />

desde a noite de abertura com a apresentação<br />

<strong>da</strong> obra de Paz Fábrega, escolhi<strong>da</strong><br />

pelas proprie<strong>da</strong>des muito particulares<br />

e pelo ineditismo em seu país de<br />

origem. A afluência de público também<br />

comprovou o interesse pelas oficinas<br />

e pelos debates, cujas discussões correram<br />

em torno <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong>de que<br />

é fazer cinema na <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>. Paz<br />

Fábrega contou que sofreu para “tirar<br />

do papel” o seu A Água Fria do Mar. Explicou<br />

que, em seu país, as pessoas não<br />

vão ao cinema, apenas assistem à televisão<br />

e, além disso, ninguém vê o cinema<br />

como uma vertente <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cultural. Por<br />

isso, demorou a obter o financiamento.<br />

Quando os recursos foram liberados, o<br />

filme – longamente amadurecido por<br />

conta <strong>da</strong> espera – teve de ser ro<strong>da</strong>do às<br />

pressas, “havia uma pequena janela de

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