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24<br />
ARTE<br />
DEPOIS DO VAzIO<br />
bienal se recomPõe<br />
Latino-americanos<br />
na 29 a edição<br />
Francisco Alambert<br />
tudo soa instigante nesta proposta de Bienal.<br />
Tudo agora se reveste de promessas para desfazer<br />
o mal-estar causado pela Bienal anterior,<br />
que ficará para a história como a Bienal<br />
do Vazio. Promessas que poderiam até remeter<br />
ao pior do discurso político tradicional.<br />
E é justamente a relação entre arte e política o tema agora<br />
proposto: novas promessas para se estabelecer, em um evento<br />
do porte <strong>da</strong> Bienal, uma discussão contemporânea e digna.<br />
A Bienal anterior, aliás, antes de ser “vazia” (ou “diet”, como<br />
ironizou o crítico Paulo Sérgio Duarte), também prometeu<br />
pôr a mão na política, escancarar o vazio, a crise constante<br />
dessa mostra sempre turbulenta, que há um bom tempo vem<br />
se afogando em denúncias de corrupção, brigas de ricos,<br />
disputas por público de massa, e quase nenhuma relevância