Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ... Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, assim falham os pensamentos quando querem exprimir a realidade. Fernando Pessoa
RESUMO A presente dissertação examinou as políticas culturais implementadas pelo governo da Bahia, entre os anos de 1995 e 2002, período de atuação do grupo político articulado pelo senador Antonio Carlos Magalhães que retoma sua hegemonia na cena política baiana no início da década de 90. A pesquisa amparou-se em dois eixos analíticos, a saber: i) na compreensão do “modus operandi” do governo estadual ao intervir na área cultural, privilegiando o enlace entre turismo, cultura e entretenimento; ii) na compreensão dos deslocamentos nas linhas de comando da gestão do campo cultural, orientadas pela articulação cada vez mais estreita entre cultura e entretenimento, política e economia, tomando como célula de análise o Programa Estadual de Incentivo à Cultura – Fazcultura. Os resultados desta investigação permitiram inferir que ao eleger as áreas da cultura e do turismo como agendas prioritárias, o governo se ajustou à demanda contemporânea por bens culturais, apostando na celebração de uma identidade baiana “singular” como elemento de diferenciação simbólica. Ademais, tomou o Fazcultura como instrumento privilegiado, capaz de tornar a esfera da cultura e do entretenimento uma das prioridades no projeto de desenvolvimento econômico contribuindo, desse modo, para o fortalecimento das forças políticas hegemônicas no Estado.
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACUL
- Page 3 and 4: V657 Vieira, Mariella Pitombo. Pol
- Page 5 and 6: À minha mãe e a meu filho, Gabrie
- Page 7: que me receberam pacientemente e di
- Page 11 and 12: LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Numero
- Page 13 and 14: SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...........
- Page 15 and 16: 1 INTRODUÇÃO Desde o início da d
- Page 17 and 18: financiamento da cultura, através
- Page 19 and 20: metamorfoses nas práticas, nas est
- Page 21 and 22: Analisar a reformulação dos papé
- Page 23 and 24: No que diz respeito à experiência
- Page 25 and 26: vocacionado para o desenvolvimento
- Page 27 and 28: 2000a, p.41). Em 1996, na gestão d
- Page 29 and 30: 2 METAMORFOSES INSTITUCIONAIS NA ES
- Page 31 and 32: estamos interligados em um ambiente
- Page 33 and 34: compreensão das experiências e pr
- Page 35 and 36: à minuciosa tarefa de dissecar, ao
- Page 37 and 38: Esse paradoxo que marca a especific
- Page 39 and 40: enquanto agente não somente regula
- Page 41 and 42: processam no encadeamento funcional
- Page 43 and 44: seu próprio substituto, um produto
- Page 45 and 46: commercial circuits, or who subvert
- Page 47 and 48: suas práticas e experiências simb
- Page 49 and 50: modo de vida artístico e intelectu
- Page 51 and 52: urbano, o turismo vai atuar como im
- Page 53 and 54: internacionais - reorganizam-se em
- Page 55 and 56: traz à baila uma diatribe aparente
- Page 57 and 58: asileira, a partir de meados da dé
RESUMO<br />
A presente dissertação examinou as políticas culturais implementadas pelo governo da<br />
<strong>Bahia</strong>, entre os anos de 1995 e 2002, perío<strong>do</strong> de atuação <strong>do</strong> grupo político articula<strong>do</strong> pelo<br />
se<strong>na</strong><strong>do</strong>r Antonio Carlos Magalhães que retoma sua hegemonia <strong>na</strong> ce<strong>na</strong> política baia<strong>na</strong> no<br />
início da década de 90. A pesquisa amparou-se em <strong>do</strong>is eixos a<strong>na</strong>líticos, a saber: i) <strong>na</strong><br />
compreensão <strong>do</strong> “modus operandi” <strong>do</strong> governo estadual ao intervir <strong>na</strong> área <strong>cultural</strong>,<br />
privilegian<strong>do</strong> o enlace entre turismo, cultura e entretenimento; ii) <strong>na</strong> compreensão <strong>do</strong>s<br />
deslocamentos <strong>na</strong>s linhas de coman<strong>do</strong> da gestão <strong>do</strong> campo <strong>cultural</strong>, orientadas pela<br />
articulação cada vez mais estreita entre cultura e entretenimento, política e economia,<br />
toman<strong>do</strong> como célula de análise o Programa Estadual de Incentivo à Cultura – <strong>Fazcultura</strong>. Os<br />
resulta<strong>do</strong>s desta investigação permitiram inferir que ao eleger as áreas da cultura e <strong>do</strong> turismo<br />
como agendas prioritárias, o governo se ajustou à demanda contemporânea por bens culturais,<br />
apostan<strong>do</strong> <strong>na</strong> celebração de uma identidade baia<strong>na</strong> “singular” como elemento de diferenciação<br />
simbólica. Ademais, tomou o <strong>Fazcultura</strong> como instrumento privilegia<strong>do</strong>, capaz de tor<strong>na</strong>r a<br />
esfera da cultura e <strong>do</strong> entretenimento uma das prioridades no projeto de desenvolvimento<br />
econômico contribuin<strong>do</strong>, desse mo<strong>do</strong>, para o fortalecimento das forças políticas hegemônicas<br />
no Esta<strong>do</strong>.