Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...

Tabela 3 – Dez maiores patrocinadores (período 2001-2002)
Classificação Empresa Valor 6 (R$)
1º Bompreço 810.000,00
2º Copene 799.489,00
3º Maxitel 524.393,00
4º Telemar 402.042,00
5º Coelba 340.085,00
6º Souza Cruz 264.854,00
7º Chesf 229.127,00
8º Extra Supermercados 219.127,00
9º Lojas Insinuante 195.320,00
10º Telebahia Celular 159.121,00
Analisando a tabela 3, constamos que as empresas que mais investiram em cultura na
Bahia, através do Fazcultura, estão entre os cem maiores contribuintes em arrecadação de
ICMS no Estado, segundo dados da Secretaria da Fazenda (BAHIA, 2003l). Do total dos R$
5.714.584,00 investidos por todas as empresas que lançaram mão do incentivo fiscal entre
2001 e 2002, 69% (ou R$ 3.945.558,00) equivalem a investimentos, com recursos próprios,
das dez maiores investidoras. Ainda que o material colocado à nossa disposição pela SCT não
esteja totalmente completo, percebe-se que são empresas que participam do programa desde o
seu início. Foi ainda possível observar que essas organizações investem em variadas
linguagens artísticas, situação que nos permite suscitar a hipótese de que não há uma política
muito clara de investimento, considerando-se, aqui, a diversidade de projetos que apóiam. A
Maxitel parece ser aquela empresa que apresenta uma maior uniformidade no perfil dos seus
investimentos, ao concentrar seu patrocínio a projetos de inclusão social através da arte,
como é o caso de projetos desenvolvidos pelo Grupo Cultural Bagunçaço, pelo Centro de
Referência Integral de Adolescentes (Cria) e pela Associação Picolino de Artes do Circo. As
6 Vale ressaltar que esses valores referem-se apenas à contrapartida de, no mínimo, 20% do valor total do
projeto, como assim estabelece a lei.
202