Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
percentual de recursos para a cada área de atuação e a revogação de normas regulamentares<br />
referentes ao incentivo de projetos que tinham como objeto a organização de festas juni<strong>na</strong>s e<br />
eventos car<strong>na</strong>valescos.<br />
Segun<strong>do</strong> Fábio Liger, atual secretário executivo <strong>do</strong> Programa <strong>Fazcultura</strong>, em entrevista<br />
concedida à pesquisa<strong>do</strong>ra, a determi<strong>na</strong>ção da cota por segmento <strong>cultural</strong>, desde 2000, vem<br />
sen<strong>do</strong> realizada anualmente levan<strong>do</strong>-se em consideração basicamente critérios tais como o<br />
número de projetos inscritos, aprova<strong>do</strong>s e patroci<strong>na</strong><strong>do</strong>s por cada área. A partir dessa<br />
estimativa, o percentual da verba é estipula<strong>do</strong>, priorizan<strong>do</strong> justamente as áreas que obtiveram<br />
melhor desempenho.<br />
A<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> a distribuição de recursos ao longo <strong>do</strong>s últimos três anos, constata-se que a<br />
área que obteve o melhor índice de crescimento no perío<strong>do</strong> foi a de “Artes Cênicas”. Se no<br />
ano de 2001, essa área contou com 14,29% <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> programa, em 2003, após a<br />
publicação da Resolução nº473/2003, reservou-se 24% da verba para as produções de teatro,<br />
dança, circo, ópera e congêneres, a serem realizadas no ano de 2004 – indica<strong>do</strong>r que revela a<br />
efervescência que as artes cênicas vêm ganhan<strong>do</strong> no circuito <strong>cultural</strong> local, <strong>na</strong> última década<br />
(Ver Franco, 1998). Junto com as “Artes Cênicas”, as outras áreas beneficiadas com o<br />
aumento de percentual <strong>do</strong>s recursos foram “Música” (em 2001 dispunha de uma cota de<br />
14,29% <strong>do</strong>s recursos, em 2004 chega a obter 20%) e “Arquivo, Biblioteca, Museu e Bens<br />
Móveis e Imóveis” (que em 2001 contava com 18,55% e em 2004, tem um pequeno aumento<br />
percentual, passan<strong>do</strong> a ter 20% <strong>do</strong>s recursos desti<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao programa). As demais áreas<br />
tiveram decréscimo no percentual de recursos: “Literatura” (decresceu de 14,29% em 2001<br />
para 8% em 2004), “Cinema e Vídeo” (passou de 10 % em 2001 para 8% em 2004), “Artes<br />
Plásticas, gráficas e fotográficas”, “Artesa<strong>na</strong>to, folclore e tradição popular” (em 2001, para<br />
cada uma foram desti<strong>na</strong><strong>do</strong>s 14,29% <strong>do</strong>s recursos, já em 2004 contaram ape<strong>na</strong>s com 10%,<br />
individualmente).<br />
As restrições ao apoio a projetos volta<strong>do</strong>s para a realização de festas juni<strong>na</strong>s e eventos<br />
car<strong>na</strong>valescos vêm sen<strong>do</strong> uma constante <strong>na</strong>s alterações <strong>do</strong>s critérios que regulam o programa.<br />
A primeira delas ocorreu no ano de 2000, quan<strong>do</strong> foi publica<strong>do</strong> o Decreto 7.833/2000, no qual<br />
se excluiu o apoio a festas juni<strong>na</strong>s em virtude da polêmica causada pelo esgotamento <strong>do</strong>s<br />
recursos logo no início <strong>do</strong> ano. Doravante, limitou-se também o apoio a eventos<br />
car<strong>na</strong>valescos, permitin<strong>do</strong>-se ape<strong>na</strong>s o incentivo a projetos liga<strong>do</strong>s a manifestações culturais<br />
184