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Política cultural na Bahia: o caso do Fazcultura - Universidade ...

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Do ponto de vista institucio<strong>na</strong>l, a restauração <strong>do</strong> Parque Histórico <strong>do</strong> Pelourinho tornou-<br />

se uma das grandes vedetes da política de intervenção <strong>na</strong> área <strong>do</strong> turismo e cultura no Esta<strong>do</strong>,<br />

elaborada <strong>na</strong> gestão <strong>do</strong> então gover<strong>na</strong><strong>do</strong>r Antonio Carlos Magalhães. Fi<strong>na</strong>nciada com verbas<br />

provenientes <strong>do</strong> Prodetur, a revitalização <strong>do</strong> Pelourinho si<strong>na</strong>lizou para a “viabilidade” de unir<br />

cultura e turismo numa secretaria unitária, projeto que se efetivaria em um futuro próximo.<br />

Com o “re<strong>na</strong>scimento” daquele espaço, segun<strong>do</strong> palavras oficias <strong>do</strong> governo 12 , constatou-se<br />

que as duas áreas poderiam sair fortalecidas, através <strong>do</strong> desenvolvimento de ações conjuntas.<br />

Desse mo<strong>do</strong> a cultura foi apropriada como um importante “produto turístico”, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-a o<br />

principal diferencial <strong>do</strong> turismo no Esta<strong>do</strong> e, por sua vez, através desse ca<strong>na</strong>l a cultura baia<strong>na</strong><br />

encontraria uma importante vitrine de exposição que favoreceria o processo de difusão<br />

<strong>cultural</strong>. Preparava-se assim o terreno para a criação da futura Secretaria da Cultura e Turismo<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da <strong>Bahia</strong>.<br />

4.3 SECRETARIA DA CULTURA E TURISMO: CONSOLIDAÇÃO<br />

INSTITUCIONAL DA GESTÃO PÚBLICA NO CAMPO CULTURAL<br />

Pode-se ousar dizer que durante o ciclo administrativo de Antonio Carlos Magalhães<br />

como líder <strong>do</strong> executivo baiano (1991-1994), apesar de ter-se inicia<strong>do</strong> um complexo<br />

programa de modernização turística para a cidade, a concepção ou mesmo formulação de uma<br />

política <strong>cultural</strong> mais consubstanciada comparece muito timidamente (ou praticamente não<br />

existe) em seu projeto político. Não cabe aqui, pois foge aos objetivos desse trabalho,<br />

proceder a uma análise mais aprofundada sobre a implementação de políticas para a atividade<br />

<strong>cultural</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> durante esse perío<strong>do</strong>. No entanto, a título de contextualização, faz-se<br />

necessário mencio<strong>na</strong>r a situação institucio<strong>na</strong>l da pasta da cultura <strong>na</strong> gestão carlista de então, já<br />

que se inicia aí um ciclo longevo de hegemonia de um grupo político <strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte, fato que,<br />

conseqüentemente, vai implicar <strong>na</strong> consolidação de um modelo idiossincrático de conduzir as<br />

políticas para o setor <strong>cultural</strong> <strong>na</strong> <strong>Bahia</strong>.<br />

Nesse primeiro ciclo administrativo da década de 90, a gestão da cultura estava<br />

setorialmente vinculada à Secretaria da Educação e Cultura que, por sua vez, abrigava uma<br />

gigantesca estrutura administrativa voltada à coorde<strong>na</strong>ção e execução de políticas para to<strong>do</strong> o<br />

12 Entrevista de Luis Azeve<strong>do</strong>, assessor especial <strong>do</strong> Secretário da Cultura e Turismo, Paulo Gaudenzi.<br />

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